04 julho 2024

001-Peregrinação do Povo de Deus no deserto - Lição 01[Pr Afonso Chaves]02jul2024

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LIÇÃO 1 

PEREGRINAÇÃO DO POVO DE DEUS NO DESERTO 

TEXTO ÁUREO: “Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.” (1 Coríntios 10.11) 

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 10.1-13 

INTRODUÇÃO Dando início a um novo trimestre, propomos estudar a jornada do povo de Israel através do deserto rumo à terra de Canaã. Vamos nos dedicar especialmente à análise dos acontecimentos narrados no livro de Números, mas não dispensaremos destaques importantes em Êxodo, Levítico e Deuteronômio; ao mesmo tempo em que procuraremos não perder de vista o significado e atualidade desses acontecimentos para o povo de Deus na atualidade. E, nesta primeira lição, falaremos sobre aspectos gerais dessa história e da sua mensagem. 

I – NÚMEROS E O DESERTO Apesar do título pelo qual é denominado em nossas bíblias, o livro de Números trata de muito mais coisas do que apenas recenseamentos do povo de Israel. Não que essas listagens não tenham a sua importância para estabelecer o contexto e o significado de outros acontecimentos narrados neste livro; mas é necessário chamar a atenção para o fato de que se trata de um livro também conhecido simplesmente pelo título “no deserto” (Nm 1.1), pois nele encontramos, ainda que não exclusivamente, a narrativa dos acontecimentos que sobrevieram a Israel durante sua longa peregrinação pelo deserto em direção à terra de Canaã. O apóstolo Paulo, ao rememorar importantes episódios dessa jornada (1 Co 10.1-13), faz referência primeiramente a Êxodo, pois a partida do povo é narrada neste livro; mas segue exemplificando as transgressões e as repreensões no deserto citando inequivocamente Números. A palavra “deserto”, que aparece mais vezes também neste livro do que em qualquer outro da Bíblia, evoca, em primeiro lugar, o fato de que Israel ali se encontrava por ter sido libertado do cativeiro na terra do Egito – fato este lembrado logo no primeiro verso já referido: “no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano da sua saída da terra do Egito”. O deserto representa então um marco na realização das promessas de Deus, no sentido de que não apenas o povo havia sido finalmente libertado da escravidão no Egito, mas havia se encontrado com o seu Deus a fim de conhecer e servir àqu’Ele que lhes daria em herança a terra da promissão (Ex 3.7-8, 12, 16-18). O povo chegara aos pés do Sinai no terceiro mês após a sua saída da terra do Egito, e ali permaneceu por quase um ano (Ex 19.1; Nm 10.11). Durante este período, o Concerto foi firmado e a Lei proclamada, o Tabernáculo foi edificado e a família de Arão consagrada para o sacerdócio. Como preparação para o prosseguimento da jornada pelo deserto, o texto de Números começa descrevendo a organização estabelecida por Deus para a viagem, seja enquanto acompanhassem a coluna de nuvem e de fogo, seja enquanto estivessem acampados em torno da tenda da congregação (Nm 2.34; 9.15-23; 10.33-36). Assim, o livro de Números relata a maior parte da caminhada de Israel pelo deserto, destacando os principais eventos desde que partiram do Sinai (ou Horebe) até chegarem às planícies de Moabe, no decurso de quarenta anos – dos quais trinta e oito passaram em castigo, rodeando o monte Seir, de maneira que, da geração que saiu do Egito, chegaram ao fim da jornada apenas Josué e Calebe, e Moisés, o qual, não obstante, após anunciar suas últimas palavras ao povo, foi recolhido por Deus sem poder entrar na terra prometida (Nm 26.63-65; 27.12-14; cf. Dt 1.1-2, 46; 2.1-3, 14). 

II – LIVRAMENTO E PROVISÃO NO DESERTO É verdade que a travessia pelo deserto para chegar à terra prometida poderia ter sido evitada em troca de um caminho mais curto, mas aprouve a Deus fazer dessa jornada uma etapa necessária para cumprir a sua promessa de dar repouso ao povo. O confronto com os belicosos filisteus logo no início da sua jornada poderia facilmente ter desanimado os israelitas, ao passo que as dificuldades encontradas no deserto e as provisões da graça de Deus para vencê-las os preparariam e os ensinariam a confiar no Senhor, e não em si mesmos (Ex 13.17-18; Dt 8.2-5). Várias eram as dificuldades apresentadas pelos diferentes desertos atravessados por Israel – o terreno acidentado, o clima árido, os animais peçonhentos e a falta de recursos mínimos para alimentar a multidão, entre a qual havia muitas crianças e idosos, além dos rebanhos. Mas já nos primeiros dias após a saída do Egito, o Senhor proveu as necessidades essenciais do povo – pão na forma do maná que choveria durante quarenta anos no deserto, até que entrassem finalmente em Canaã e pudessem colher os primeiros frutos da terra; e água brotando da rocha (Ex 16.1-4, 13-16, 35; 17.1, 5-6). Ora, o apóstolo Paulo considera essas demonstrações da provisão de Deus em favor de Israel uma figura da graça manifestada em Cristo Jesus, primeiramente, comparando o livramento do povo e sua passagem pela nuvem e pelo mar, sob a condução de Moisés, ao batismo, pelo qual todos os que cremos, hoje, somos identificados com o corpo de Cristo, isto é, a igreja. Depois, ao chamar o manjar e a água que manava da pedra de comida e bebida espiritual, Paulo quer dizer que do mesmo modo hoje somos supridos em Cristo Jesus abundante e suficientemente em nossas necessidades espirituais para que possamos vencer as tentações, assim como Israel venceu as dificuldades do deserto. Deste modo, o deserto de Israel equivale ao mundo onde a igreja peregrina, as tentações constituindo em provas da nossa confiança e amor a Deus que só venceremos se vigiarmos e lembrarmos que, com a tentação, o Senhor provê o escape e graça suficiente (Tg 1.2-5; Hb 4.14-16; 1 Pe 5.6-9; cf. Jo 17.15-17). 

III – PROVAÇÃO, REPREENSÃO E JUÍZO NO DESERTO Outro aspecto a se considerar quanto ao propósito da caminhada de Israel pelo deserto é indicado no texto já citado: “para te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não”. A jornada pelo deserto revelou a dureza do coração dos israelitas que haviam sido libertados do Egito; revelou que não foram as dificuldades exteriores que o fizeram cair – porquanto Deus suprira todas elas – mas sim a maldade do seu coração, isto é, a indisposição em obedecer ao Senhor. Um propósito havia sido dado, uma promessa havia sido feita, a qual seria suficiente para não se desesperarem do deserto e para prosseguirem a jornada; mas facilmente eles buscaram em aparentes dificuldades pretextos para expressarem seus desejos mais vis; pelo que foram reprovados, castigados e julgados no deserto, onde a maioria pereceu (Os 11.1-4; Sl 78.40; Hb 3.17-19). O fato de terem entrado em Canaã somente dois, Josué e Calebe, de uma geração inteira que havia participado da mesma graça para vencer os desafios do deserto, serve então de alerta para nós que hoje também temos ouvido a voz do Espírito Santo e nos tornado participantes da graça de Deus pelo evangelho. A promessa de Deus é generosa: “resta ainda um repouso para o povo de Deus”, e o convite de Deus é positivo: “procuremos, pois, entrar naquele repouso”; mas o aviso para que vigiemos, tendo cuidado para não ofender essa graça pela nossa negligência ou desobediência, é igualmente expresso: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia” (cf. Hb 3.7-14; 4.1-11). 

CONCLUSÃO Que possamos, ao longo deste trimestre, reconhecer nossas falhas na nossa obediência e sinceridade para com Deus, a fim de atentarmos mais prontamente à voz do Espírito Santo e assim fazer cada vez mais firme e segura nossa perseverança na fé, até que entremos naquele repouso.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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