30 novembro 2017

010-Jesus no Getsêmani e seu julgamento - A vida e obra de Jesus Cristo [Pr Afonso Chaves]28nov2017



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LIÇÃO 10: 
JESUS NO GETSÊMANI E SEU JULGAMENTO 

TEXTO ÁUREO: 
“E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão” (Jo 16.7) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 22.39-53 

INTRODUÇÃO 
Na lição anterior estudamos os princípios compartilhados por Jesus com Seus discípulos com o objetivo de prepara-los para a Sua morte, ressurreição e ascensão. Hoje, vamos examinar as Escrituras a fim de compreendermos a agonia de Cristo no Getsêmani, bem como a injustiça aplicada a Ele em Seu julgamento. No Getsêmani e no Seu Julgamento, nosso Salvador revela o Seu amor incondicional de uma forma singular e inesquecível. Então, vamos conhecer mais a fundo o coração do nosso maravilhoso Salvador. 

I – A AGONIA DO SALVADOR NO GETSÊMANI (LC 22.39-46) 
Jesus, após celebrar a última Páscoa com os Seus discípulos, dirigiu-Se juntamente com eles ao Jardim do Getsêmani, o qual ficava ao pé do Monte das Oliveiras. Prevendo os sofrimentos que O aguardavam, nosso Salvador convocou seus discípulos para vigiarem com Ele em oração, com o objetivo de concluir a vontade do Pai. Era extremamente angustiante para Cristo pensar em levar sobre o Seu corpo o pecado do Seu povo e experimentar, ainda que por pouco tempo, o completo desamparo do Pai. Estas coisas eram para Cristo muito mais terríveis que as dores físicas provocadas pelo processo de crucificação. A angústia experimentada por Cristo neste momento foi intensa ao ponto de os poros da Sua pele verterem grandes gotas de sangue. Este fenômeno raro é causado por elevadíssimo nível de estresse capaz de aumentar os batimentos cardíacos e a pressão arterial a um nível absurdamente alto (Is 53.4-7; Rm 8.3-4). Seus discípulos foram vencidos pelo cansaço e pelo sono, porquanto não possuíam o mesmo grau de consciência dos fatos seguintes. Nem mesmo a displicência dos discípulos foi capaz de dissuadir o Cristo de fazer a vontade de Seu Pai. Jesus, após ser convencido da inevitabilidade de beber o cálice da ira de Deus em nosso lugar, submeteu-se prontamente para ser o nosso substituto e morrer a nossa morte. É importante fazermos um contraste entre a deslealdade de Adão no Éden e a lealdade de Cristo no Getsêmani. Adão traiu a confiança de seu Criador enquanto desfrutava das delícias e perfeições do Éden, enquanto Cristo foi obediente ao Pai celestial mesmo tendo que levar sobre o Seu próprio corpo o pecado do Seu povo. Adão, no Éden, desejou ser igual a Deus, no entanto, Jesus, no Getsêmani, mesmo “sendo forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a Si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-11). A fidelidade de Cristo ao Pai foi constituída por um profundo senso de amor (Jo 17.24-26). 

II – A PRISÃO DO SALVADOR (LC 22.47-53) 
Enquanto Jesus estava exortando Seus discípulos à vigilância, surgiu uma multidão acompanhando Judas, o qual saudou o Salvador com um beijo traiçoeiro que custou trinta moedas de prata. Beijar a face de alguém tem por objetivo expressar afeto, porém, no caso de Judas, foi o sinal estabelecido por ele para indicar aos servos do sumo sacerdote a identidade do Nazareno (Mc 14.43- 45). A reação imediata dos discípulos foi oferecer resistência aos enfurecidos algozes do Salvador. Contudo, Jesus mais uma vez revelou Sua total submissão ao Pai, bem como Seu amor incondicional para com os Seus inimigos (Mt 5.43-48). Ele sabia muito bem que não poderia evitar o cálice, portanto, entregou-se prontamente para ser conduzido ao julgamento injusto. A reação pacífica de Jesus à violência dos Seus inimigos é um exemplo inspirador para os Seus discípulos que são submetidos a muitas formas de perseguição e maus tratos por causa da fé no Salvador (Mt 10.16-20, 38 e 39). 

III – O JULGAMENTO DO SALVADOR (LC 22.63-71) 
Jesus, após ser preso, foi encaminhado para o Seu primeiro julgamento, realizado no Sinédrio pelos anciãos do povo, pelos principais dos sacerdotes e pelos escribas. Um julgamento injusto e 20 indecoroso, onde o Messias de Deus foi injustiçado com falsas acusações, bem como zombado e maltratado (Mt 26.59-61; Jo 18.19-23). Os líderes religiosos judeus acusavam Jesus de blasfêmia, por Ele afirmar ser o Filho de Deus. Parece irônico, mas esse é o fato, porquanto os membros do Sinédrio não criam em Jesus como sendo o verdadeiro Messias, mesmo com todos os sinais feitos por Suas mãos. A incredulidade cegou o entendimento dos doutores da Lei e, mesmo com provas tão cabais dadas por Deus acerca da identidade e propósito do Seu Filho, cometeram essa atrocidade contra o Cristo. Como o julgamento religioso não seria o bastante para assegurar a crucificação de Jesus, então, Seus adversários O conduziram até Pilatos, apresentando falsas acusações a fim de requererem a pena máxima contra o acusado: a crucificação (Jo 18.28-32). No Sinédrio, as acusações contra Jesus eram de cunho religioso, enquanto as falsas acusações apresentadas a Pilatos tinham cunho político, pois diziam que Jesus afirmava ser o Rei dos judeus, bem como contrário ao pagamento de tributos para o Império Romano (Lc 23.1-2). Pilatos ficou pressionado, por um lado, pela fúria dos judeus exigindo a crucificação de Jesus e, por outro lado, pelo bom senso de sua esposa, a qual havia recebido em sonho o discernimento da inocência de Jesus Cristo (Mt 27.19; Jo 18.33-38). Sendo assim, Pilatos, na tentativa de não se envolver nesse negócio, enviou Jesus a Herodes, pois este era governante da Galileia (Lc 23.6-11). No entanto, Herodes não achou qualquer culpa em Jesus que O fizesse digno de morte, por isso, enviouO novamente a Pilatos. Enquanto isso, a fúria dos judeus se avolumava cada vez mais, ao ponto de trocarem o Messias por um criminoso chamado Barrabás (Lc 23.17-18). Por fim, Pilatos não teve escolha e cedeu aos auspícios dos judeus de crucificarem o Salvador (Lc 23.20-24; Jo 19.1-5; 19.12- 16). 

CONCLUSÃO 
A prisão, o julgamento e a condenação de Jesus não foram imprevistos que surgiram para frustrar o Seu ministério. Pelo contrário, enquanto judeus e romanos acreditavam estar eliminando o ministério de Cristo, na verdade, eles estavam conduzindo o Salvador ao cumprimento total do Seu propósito aqui na terra. 

QUESTIONÁRIO 
1. Qual a razão da extrema agonia experimentada por Cristo no Getsêmani? 
2. Qual o sinal estabelecido por Judas para os servos do sumo sacerdote identificarem a Jesus? 
3. Por que Jesus foi submetido a um julgamento religioso e um julgamento político? 
4. Quais foram as pressões exercidas sobre Pilatos concernentes ao julgamento de Jesus? 


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22 novembro 2017

009-Jesus prepara seus discípulos para sua ascensão - A vida e obra de Jesus Cristo [Pr Afonso Chaves]21nov2017



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LIÇÃO 9: 
JESUS PREPARA SEUS DISCÍPULOS PARA SUA ASCENSÃO 

TEXTO ÁUREO:
“Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei” (Jo 16.7) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 16.1-16 

INTRODUÇÃO 
Na lição anterior, examinamos as Escrituras Sagradas a fim de compreendermos os propósitos para os muitos milagres operados por Jesus Cristo. Nesta lição, vamos estudar as Escrituras Sagradas com o objetivo de compreendermos as instruções dadas por Cristo aos Seus discípulos no intuito de prepara-los para a Sua morte, ressurreição e ascensão. Toda essa preparação destacava que a morte de Cristo era parte do plano de Deus, e não resultado final da conspiração dos judeus e dos romanos. Jesus, como estava plenamente consciente dos fatos finais do Seu ministério, preocupou-se em preparar os Seus discípulos para não serem surpreendidos nem desapontados. Estas instruções preparativas são repletas de princípios relevantes para a nossa fé hoje, portanto, vamos aprendê-los e sermos edificados. 

I – JESUS CONFIRMA SUA IDENTIDADE (MT 16.13-19) 
Jesus, tendo em vista a necessidade de os Seus discípulos O sucederem na expansão do Seu Reino, certificou-se acerca da convicção alcançada por eles com relação à Sua identidade e ao Seu propósito. Eles jamais seriam bem-sucedidos na obra de expansão do Reino sem uma inabalável convicção sobre a identidade e o propósito do Cristo. O que nos chama a atenção neste texto em análise é o destaque dado por Jesus à revelação concedida pelo Pai a Pedro e aos Seus escolhidos, que estabelece um fundamento sólido e inabalável capaz de resistir firmemente a todo ataque do maligno e, ainda, avançar conquistando o território inimigo. A divina revelação estabelece em nossos corações o testemunho eficaz sobre a realidade de Cristo Jesus. Com base nessa revelação concedida a Pedro e aos demais apóstolos, o Senhor lhes prometeu entregar a “chave do Reino dos céus”, a qual nada mais é que o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus e o livre acesso ao trono de Deus pela fé no sangue de Jesus (Jo 14. 15-23; Mt 18.18 e 23.13; Jo 20.23). Outrora, separados de Deus em razão dos nossos pecados, estávamos em trevas e sombras de morte, mas, agora, como novas criaturas regeneradas por Cristo, podemos conhecer a Sua vontade a fim de realiza-la aqui na terra como ela é feita no céu (Jo 14.13, 14; 15.16; Rm 12.1, 2). Essa revelação e a conexão com Deus por meio da oração compõem a força motriz essencial para o avanço da Igreja rumo ao seu triunfo final, por isso, o Mestre jamais poderia deixar de compartilhar essas verdades com os Seus discípulos antes de partir. 

II – JESUS PREPARA OS SEUS DISCÍPULOS PARA SUA INEVITÁVEL MORTE (LC 9.29-32) Para Jesus, preparar os Seus discípulos para a Sua morte certamente foi uma das Suas tarefas mais difíceis. O motivo da dificuldade desta tarefa estava ligado à mentalidade vigente em Seus discípulos e a expectativa equivocada que eles tinham em relação ao Messias de Deus. Eles esperavam do Messias o uso da força militar para libertar Israel do jugo estrangeiro e dos seus infortúnios. No entanto, a libertação trazida por Cristo não tinha caráter político-econômico, mas sim espiritual, pois o jugo do pecado e do diabo sobre os israelitas eram os verdadeiros responsáveis pela escravidão deles. Pode parecer contraditório, no entanto, o fato é que a vitória de Cristo sobre os Seus inimigos seria consumada somente com a Sua própria morte. Enquanto os grandes imperadores do mundo lutavam para aniquilar seus adversários no campo de batalha, o nosso Rei Jesus triunfou na cruz sobre os Seus inimigos e os expôs publicamente (Mt 16.21; Cl 2.13-15; 1 Co 1.21-24). Era inconcebível para Pedro a ideia de Jesus morrer, pois ele provavelmente enxergava na Sua morte a interrupção da Sua obra, porém, era justamente na morte e ressurreição de Cristo que se encontrava o ápice e consumação da Sua grande obra (1 Jo 2.1, 2; Rm 3.21-26). É interessante notar a abrupta oscilação espiritual experimentada por Pedro, pois num minuto ele recebeu a tremenda revelação sobre a identidade e o propósito de Cristo e, logo em seguida, ele deu lugar para Satanás ao se opor à necessidade de Jesus morrer (Mt 16.20-23). Precisamos ser vigilantes em todo o tempo porque somos suscetíveis a esta mesma horrível oscilação espiritual. 18 

III – JESUS PREPARA OS SEUS DISCÍPULOS PARA A SUA ASCENSÃO (JO 16.4-7) 
Era muito perturbador para os discípulos, após tudo o que aprenderam e todos sinais vistos por eles, pensar na ausência do Filho de Deus. Ora, e não só isso, os discípulos nunca haviam experimentado um amor mais puro e incondicional do que o de Jesus, portanto, a ausência d’Ele representava também a privação do Seu magnífico bem (Mt 9.14, 15; Lc 5.33-35). A fim de pacificar os corações atordoados dos Seus amados discípulos, Jesus os instruiu acerca do sublime propósito da Sua ascensão: preparar as moradas celestiais para os Seus escolhidos e enviar o Consolador, conforme citado nos textos bíblicos acima. A obra principal de Jesus tem por foco a redenção eterna do Seu povo e não a garantia de comodidades terrenas, como alguns equivocadamente pensam. Por enquanto, é um grande mistério como Jesus está preparando as moradas celestiais, todavia, confiamos em Sua fidelidade para cumprir as Suas promessas (Jo 14.1-3). O Consolador seria enviado somente após a ascensão de Cristo para ser o ajudador em tempo integral dos Seus discípulos. Jesus, segundo a Sua bondade, assegura aos Seus discípulos a fiel companhia do Consolador, cujo objetivo era assisti-los ao longo de toda a peregrinação (Jo 7.38, 39; Jo 14.16-18; 16.7-15). Ainda contamos com a presença do Consolador para nos conduzir com segurança ao triunfo final da Igreja na terra. 

CONCLUSÃO 
Era de suma importância que Jesus preparasse os Seus discípulos para a Sua morte, ressurreição e ascensão para eles crerem n’Ele quando tudo fosse cumprido, bem como para eles não serem surpreendidos ou desapontados. Jesus estava preparando os Seus discípulos para os eventos que transformariam radicalmente o mundo para sempre. 

QUESTIONÁRIO 
1. Por que era importante a confirmação da identidade e do propósito de Jesus junto aos seus discípulos? 
2. Qual a razão para Jesus preparar os Seus discípulos para a Sua morte, ressurreição e ascensão? 
3. Qual a importância das promessas das morada s celestiais e do envio do Consolador?

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16 novembro 2017

008-Os propósitos dos milagres de Jesus - A vida e obra de Jesus Cristo - Lição 8 [Pr Afonso Chaves]14nov2017



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LIÇÃO 8:
OS PROPÓSITOS DOS MILAGRES DE JESUS

TEXTO ÁUREO: 
“E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas
doenças.” (Mt 8.16,17)

LEITURA BÍBLICA: Mc 6.54-56

INTRODUÇÃO
Na lição anterior estudamos as razões pelas quais Jesus confrontou a hipocrisia religiosa dos líderes judeus. Hoje, veremos os propósitos dos milagres operados por Jesus durante o seu ministério. Nos quatros
Evangelho temos muitos registros de milagres operados por Cristo, o que ressalta a importância dos mesmos para o ministério de d’Ele. Basicamente, Jesus operou milagres tendo em vista três propósitos:
Testemunhar acerca de sua identidade e missão, manifestar a compaixão de Deus aos afligidos por motivos diversos e deixar um modelo ministerial para os seus sucessores. É comum diferentes denominações evangélicas darem ênfase excessiva a um desses propósitos para os milagres em detrimentos dos demais propósitos, no entanto, nossa proposta de estudo apresenta uma visão equilibrada e saudável para desenvolvermos ministérios aprovados por Deus.

I – OS MILAGRES CONFIRMARAM A IDENTIDADE E PROPÓSITO DE JESUS (Mt 11.1-6)
Segundo as profecias do Antigo Testamento, o Messias prometido por Deus seria ungido com o poder do Espírito Santo a fim de operar muitos milagres e maravilhas (Is 35.5,6; Is 53.4-6). Seu ministério foi poderoso não somente por seus ensinamentos, mas também pelos seus sinais, prodígios e maravilhas.
Até mesmo os príncipes dos judeus, como Nicodemos e Jairo, foram convencidos acerca da autenticidade de Jesus por causa dos seus poderosos milagres (Jo 3.1-2; Jo 9.29-33; Jo 11.43-45). A admiração e o respeito por Jesus cresciam no meio do povo à medida que eles viam seus poderosos milagres (Mc 2.9-12;Mt 8.23-27). Com isso, a popularidade do seu ministério era alavancada de forma tremenda, e grandes multidões vinham até Ele trazendo seus enfermos para serem curados, de modo que Ele frequentemente se retirava para lugares desertos para conseguir privacidade com o Pai ou escapar do louvor dos homens (Lc 5.12-16; Jo 6.14, 15, 24-27).
Infelizmente, mesmo com todos milagres maravilhosos operados por Cristo, muitos não creram n’Ele e O rejeitaram. Os habitantes de Nazaré, por exemplo, duvidaram que Jesus fosse o Messias em virtude da familiaridade com a humanidade d’Ele desenvolvida por eles ao longo dos quase trinta anos de convívio (Mc 6.1-6). Houve também a rejeição por parte dos escribas e fariseus, os quais duvidaram da autenticidade do ministério de Jesus por Ele não seguir as tradições dos anciãos (Mt 15.1-2; Jo 11.46-50).
Contudo, não temos sombra de dúvida sobre a autenticidade de Jesus, pois ninguém poderia fazer os
milagres feitos por Ele sem o poder de Deus. Portanto, cremos que Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo, enviado ao mundo para salvar o seu povo dos seus pecados (Mt 16.15-17). 

II – OS MILAGRES COMO MANIFESTAÇÃO DA COMPAIXÃO DE DEUS (Lc 7.11-17)
Neste episódio com a ressurreição do filho da viúva de Naim fica bastante claro a motivação de Jesus Cristo em operar milagres. Quando Ele contemplou a dor daquela viúva pela perda do seu único filho, sua reação imediata foi de compaixão. Certamente no coração do Mestre pairou muitos pensamentos sobre a provável desolação que sofreria a alma daquela mulher cujo esposo já havia falecido e agora perde seu único filho. Com isso, nosso Mestre demonstrou sua profunda sensibilidade pelas aflições comuns na vida humana neste mundo. E a sua ação compassiva de ressuscitar o rapaz e transformou um cortejo fúnebre em uma grande festa. É difícil imaginar o sentimento daquela viúva diante da repentina substituição da inefável dor do luto pela alegria maravilhosa em ver seu único filho reviver. Não é por acaso o registro do seu testemunho para a edificação da nossa fé (Mt 9.35, 36).
A geração que presenciou o ministério de Jesus era terrivelmente assolada por muitas moléstias e deficiências físicas congênitas, e, ao mesmo tempo, era totalmente desprovida de sofisticados recursos médicos e farmacêuticos. Portanto, o sofrimento provocado pelas enfermidades era praticamente inconsolável até a manifestação da compaixão do Pai por meio de seu Filho Jesus Cristo. Paralíticos, coxos e cegos cujas vidas eram prisioneiras da limitação física e da mendicância encontraram em Cristo cura e libertação. Leprosos e oprimidos pelo diabo estigmados pela rejeição social e religiosa encontraram em Cristo cura e restauração da dignidade (Mc 5.15-20). Cegos, mudos e surdos, cujas vidas eram privadas de perceber completamente a criação divina a sua volta e de relacionarem-se livremente com seus semelhantes, encontraram em Cristo a liberdade que tanto ansiavam. E os mortos, que foram ressuscitados por Cristo, receberam mais uma chance de viver para a glória de Deus.

III – O PROPÓSITO DA OPERAÇÃO DE MILAGRES EM NOSSOS DIAS (Mc 16.14-20)
Jesus, ao longo do seu ministério, empregou sistematicamente esforços com o objetivo de treinar os apóstolos para serem os seus sucessores na propagação do Evangelho do Reino. Ao lermos o livro de Atos dos Apóstolos, percebemos o sucesso do treinamento aplicado por Cristo aos seus sucessores, visto que, o Evangelho do Reino continuou sendo proclamado com poderosas manifestações dos dons do Espírito Santo (At 5.14-16; 6.7; 8.4-8).
Em Marcos 16.14-20, temos o detalhamento das instruções de Jesus aos seus discípulos acerca da operação de sinais miraculosos a fim de cooperar com o testemunho da veracidade do Evangelho do Reino.
Acreditamos que tais instruções não ficaram restritas a primeira geração de cristãos da história, mas que são para nós hoje. Não faz qualquer sentido encarar estas instruções sobre a operação de milagres como algo destinado apenas a geração apostólica, pois o impacto causado pelos sinais miraculosos naquela época é absolutamente necessário em nossos dias para testificarmos da autenticidade da ressurreição de Cristo.
Observamos tanto nos Evangelhos quanto no livro de Atos, a repercussão dos milagres na produção de fé em corações incrédulos (Jo 4.47-53; At 9.32-35, 39-42). Não podemos nos esquivar do fato de que muitas pessoas, conforme os relatos bíblicos, creram no Evangelho do Reino em função da operação de milagres.
Atualmente, mesmo com todos os grandes avanços da medicina e da farmacologia, muitas pessoas são terrivelmente afligidas por enfermidades incuráveis, debilitantes e letais. Portanto, precisamos do mesmo revestimento de poder concedido aos apóstolos para pregarmos o Evangelho do Reino a nossa geração com demonstrações poderosas do Espírito Santo (Lc 24.45-49; 1 Co 2.1-5; Hb 2.4; 13.8; Jo 14.12; 2 Co 5.17-21).

CONCLUSÃO
A confiança na imutabilidade de Cristo é fundamental para desfrutarmos dos mesmos milagres operados por Ele em seu ministério terreno. Ele continua se importando com as pessoas injustiçadas ou oprimidas e, por isso, sua compaixão ainda se manifesta por meio de poderosos milagres. Recebemos de Deus a Palavra e o ministério da reconciliação com o objetivo de sermos fiéis e zelosos embaixadores de Cristo, portanto, precisamos seguir os Seus passos e fazermos as mesmas obras que Ele faria caso estivesse encarnado entre nós.

QUESTIONÁRIO
1) Como os milagres contribuíram na confirmação da identidade de Cristo como o Messias?
2) Por que os milagres de cura podem ser considerados como expressão da compaixão de Deus para com uma humanidade sofredora?
3) Qual a finalidade na operação de milagres na igreja contemporânea?

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09 novembro 2017

007-Jesus confronta a hipocrisia religiosa - A vida e obra de Jesus Cristo - Lição 07[Pr Afonso Chaves]07nov2017



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LIÇÃO 7: 
JESUS CONFRONTA A HIPOCRISIA RELIGIOSA

TEXTO ÁUREO: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mt 23.13)

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 23.1-13

INTRODUÇÃO
Na aula anterior aprendemos sobre os ensinamentos de Jesus e os Seus principais temas. Nesta lição, vamos estudar o embate entre Jesus e os fariseus. De um lado, Jesus, defendendo uma comunhão legítima com Deus e uma espiritualidade profunda; do outro, os fariseus, defendendo suas tradições e uma religiosidade morta. Os fariseus frequentemente se opunham com muita veemência ao ministério de Cristo e aos Seus ensinamentos. No entanto, o Mestre nunca deixou de confrontá-los com a verdade e, com isso, revelou muitos princípios importantíssimos para o nosso relacionamento com Deus.

I – CONFRONTANDO OS MESTRES DA LEI E LEGISLADORES DA TRADIÇÃO (MT 23.1-4)
A “cadeira de Moisés” representava a autoridade confiada aos escribas e fariseus pela interpretação e ensino da Lei. Alguns destes escribas e fariseus também ocupavam posição de autoridade no Sinédrio, uma espécie de tribunal civil e religioso onde as causas dos judeus eram julgadas. A influência destas autoridades religiosas sobre os judeus naquela época era extremamente forte e, por isso, o confronto entre eles e Jesus foi inevitável. Jesus confrontou diretamente as interpretações distorcidas da Lei, bem como as novas regras por eles acrescentadas ao código mosaico. O ministério de ensino dos fariseus pode ser bem definido pelo ditado popular: “Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. Eles cultivavam uma mentalidade do tipo “dois pesos e duas medidas”, visto que impunham maior rigor sobre seus discípulos no tocante ao cumprimento da Lei, do que sobre eles mesmos. Os fariseus e escribas manejavam a Lei conforme lhes era conveniente e não com temor de Deus (Mt 16.6-12; 15.1-3, 7-11, 17-20). A hipocrisia religiosa expressa amplamente por estes líderes acabava servindo de pedra de tropeço para o povo comum, pois estes não observavam naqueles a prática fiel dos seus ensinamentos. A hipocrisia e a opressão promovidas pela liderança religiosa sobrecarregavam até as almas mais sinceras com cargas morais insuportáveis e impraticáveis. É interessante observarmos que, ao longo da história de Israel, após o êxodo do Egito, a idolatria sempre foi o problema mais grave e recorrente que assolava a relação do povo com o seu Deus. No entanto, nos dias de Jesus, notamos a ausência do culto à imagem de escultura, visto que o Mestre não fez qualquer exortação acerca deste assunto. Em contrapartida, naquela época, a hipocrisia religiosa e a avareza representavam grande empecilho no relacionamento entre o Senhor e o Seu povo. Ao que parece, a vergonha moral dos antepassados do povo de Deus foi substituída por um orgulho derivado de uma religiosidade de boa aparência externa destituída de genuína virtude interior (Lc 16.13-18; Jo 9.26-34; Mt 3.9; Jo 8.31-37).
A hipocrisia religiosa farisaica pode ser facilmente desenvolvida, em nossos dias, por falsos convertidos cujos corações não foram verdadeiramente regenerados pela fé em Cristo segundo o poder do Espírito Santo. Somente a revelação do Evangelho da Graça pode nos guardar da hipocrisia religiosa e nos assegurar uma espiritualidade autêntica (At 15.10, 11; 18.27-28; Gl 2.16; 3.1-14, 26-29;Cl 2.6-23).

II – CONFRONTANDO O AMOR AO LOUVOR DOS HOMENS (MT 23.5-12)
Um dos aspectos principais da hipocrisia religiosa dos escribas e fariseus combatidos por Jesus Cristo era o amor que eles tinham pelo louvor dos homens. Toda “performance” religiosa dos escribas e fariseus visava impressionar as pessoas à volta deles e obter reconhecimento. O orgulho religioso era constantemente nutrido pelos elogios, pela honra dos primeiros lugares nas ceias e nas sinagogas, e pelos títulos de Rabi e Pai. Os escribas e fariseus se consideravam como pertencentes a uma classe de pessoas notáveis e superiores, por isso, exigiam que seus compatriotas os tratassem com a máxima reverência (Mt 6.1-7, 16-18; Jo 5.37-47; 12.42, 43). Sendo assim, nosso verdadeiro Mestre e Pai da Eternidade confronta o mau uso dos títulos e posições de liderança a fim estabelecer uma fraternidade genuína marcada pelo humilde desejo de servir ao próximo. O amor à proeminência sempre resultará em alguma forma de manipulação e opressão, enquanto o genuíno amor ao próximo resultará em serviço humilde. Nosso Mestre é o modelo perfeito de liderança baseada no amor e focada no serviço ao próximo (Jo 13.12-17; Lc 22.24-27).
Portanto, temos aqui princípios importantíssimos para a liderança eclesiástica seguir os padrões do Reino e não do mundo. Todos quantos são constituídos por Cristo líderes do Seu precioso rebanho devem ter em mente que a meta do ministério é servir em prol do bem-estar e crescimento das ovelhas do Bom Pastor (Ef 4.11-16). Em hipótese alguma, o chamado ministerial pode ser considerado um meio de promover a glória pessoal (Hb 5.1-4).

III – CONFRONTANDO ENSINAMENTOS E PRÁTICAS PERVERTIDAS (MT 23.13-36)
A mentalidade religiosa vigente naquela época demandava um severo confronto por parte de Cristo em virtude de todos os transtornos que ela causava com pretexto de piedade. As deturpações doutrinárias promovidas pelos líderes religiosos judeus eram extremamente graves e nocivas ao ponto de se constituírem muros de separação entre os israelitas e o Senhor, ao invés de servirem como ponte para ligar ambos. O conhecimento e a posição influente acabaram servindo como meios para: manipular e explorar as viúvas ingênuas; promover juramentos destituídos de real significado; difundir a prática de dizimar divorciada da piedade; zelar por aparência de piedade e negligenciar a pureza interior; perpetuar a desonra aos verdadeiros profetas de Deus como fizeram os seus antepassados (Jo 9.13-17; 5.16-18; 10.25-31). Este quadro religioso caótico era responsável por privar os judeus de um verdadeiro relacionamento com Deus, bem como endurecer os seus corações para a verdade. O povo judeu continuamente apresentou-se, em relação ao chamado de Deus, como um povo rebelde e contradizente, contudo, esta postura nunca anulou o grande amor de Deus por seu povo (Mt 5.20-48). Precisamos considerar com muito cuidado todo confronto promovido por Cristo aos falsos ensinamentos dos fariseus e escribas para sermos guardados de repetir os mesmos erros em nossa geração. Não podemos nos esquecer também o mais severo juízo está reservado para aqueles cujas vidas foram agraciadas com responsabilidades ministeriais, logo, a dedicação destes deve ter em vista a total fidelidade Àquele que os chamou para esta grande obra (Tg 3.1-2).

CONCLUSÃO
Jesus confrontou os equívocos teológicos dos seus contemporâneos por zelar amorosamente pela verdade. Atualmente, o movimento ecumênico rotula tal confronto como uma prática preconceituosa e intolerante. Satanás astutamente está difundindo a falácia do ecumenismo na tentativa de bloquear a evangelização bíblica. Nós, porém, somos convictos acerca do poder da verdade bíblica para promover a verdadeira reconciliação entre Deus e a humanidade caída, portanto, não cessaremos de falar a verdade com amor na esperança de que muitos sejam libertos dos enganos das falsas religiões e, assim, alcancem a salvação em Cristo Jesus.

QUESTIONÁRIO
1. Qual era a responsabilidade dos escribas e fariseus?
2. Por que Jesus tratou os escribas e fariseus como religiosos hipócritas?
3. Por que os escribas e fariseus amavam receber o louvor dos homens?
4. Quais foram os principais ensinamentos dos escribas e fariseus reprovados por Jesus?

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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02 novembro 2017

006-Os ensinamentos de Jesus Cristo - A vida e obra de Jesus Cristo - Lição 06[Pr Afonso Chaves]31out2017

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 LIÇÃO 6: 
OS ENSINAMENTOS DE JESUS CRISTO 

TEXTO ÁUREO: 
“... em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.” (Mt 13.17) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 6.17-45

INTRODUÇÃO
Esta lição apresenta um dos elementos mais relevantes do ministério de Jesus Cristo: o Seu ensinamento. Embora os Seus maravilhosos milagres fossem os principais responsáveis pela rápida expansão da popularidade do Seu ministério, é nos Seus ensinamentos que encontramos revelações transformadoras para os nossos corações. Basicamente, o nosso Salvador e Mestre ocupava-se em ensinar aos Seus discípulos e aos Seus ouvintes curiosos dois assuntos: o Reino de Deus e a Verdade. Seus ensinamentos sobre o Reino abordavam o novo modo de vida de todos os participantes do novo nascimento, enquanto os Seus ensinamentos sobre a Verdade abordavam a revelação da Sua identidade e do Seu propósito. Observamos que a amplitude dos ensinos de Jesus é muito grande; aqui temos uma breve citação. Sobre este assunto há um estudo mais detalhado nos materiais do 1º e 2º trimestre de 2017.

I – COMO VIVENCIAR O REINO DE DEUS AQUI NA TERRA (LC 6.17-45)
Neste texto em análise, verificamos três temas principais que caracterizam a vivência do Reino de Deus aqui na terra: a alegria, o amor e a humildade. A abordagem que nosso Mestre fez a estes temas não foi nada convencional, pois contrariou totalmente a mentalidade vigente numa humanidade alienada de Deus. A alegria dos cidadãos do Reino de Deus está baseada na participação do Reino (Sl 51.12), na abundante provisão de justiça em Cristo (Rm 3.21-24), na esperança da manifestação da graça futura (Hb 10.35-39) e no privilégio de sofrer por amor ao Evangelho (Cl 1.24- 29). Observe como a visão mundana de felicidade está completamente descartada no Reino de Deus. Outro tema central dos ensinamentos de Jesus que merece nosso apreço é o amor. O amor é o cumprimento de toda prescrição da Lei e dos profetas, pois quem ama a Deus guarda seus mandamentos e não faz mal ao próximo (Rm 13.8-10). O amor é a base sólida dos nossos relacionamentos dentro e fora da nossa comunidade de fé (Jo 13.34-35; 1 Jo 3.14-18; 4.7-11). O amor proposto por Cristo é radical e revolucionário, visto que sua aplicação estende-se às pessoas impossíveis de se amar (inimigos, caluniadores, perseguidores e acusadores). Este amor é a expressão máxima ao mundo da nossa legítima comunhão com Deus por meio de Cristo. Agora vejamos a humildade proposta por Cristo aos Seus seguidores. O que é humildade? À luz das Escrituras, humildade é o reconhecimento da fraqueza humana comparada com a onipotência divina (1 Pe 5.6-7). A humildade nos permite enxergar com clareza nossa realidade antes de nos atrevermos a julgar a realidade de outras pessoas. A perfeita compreensão das nossas próprias fraquezas nos torna compassíveis e misericordiosos no trato com os mais fracos (Gl 6.1-5). Estes três temas principais dos ensinamentos de Cristo são indispensáveis para edificação do Seu Reino na terra.

II – A VERDADE SOBRE SI MESMO (JO 3.9-17)
Jesus, além de apresentar ensinamentos que contrariavam totalmente o senso comum, apresentou-se como Senhor de tudo e de todos. Esta revelação de Cristo levou os fariseus a consideralO como blasfemo, pois tal soberania é atribuída apenas a Deus. Os fariseus não O viam como o Verbo que se fez carne para habitar entre nós a fim de nos trazer a graça e a verdade, por isso, resistiam e contendiam contra a divina autoridade d’Ele (Jo 1.1-17). A revelação da verdade sobre Cristo é de fundamental importância para a salvação do Seu povo, por isso Sua insistência em falar abertamente sobre Sua identidade e propósito (Jo 17.3; 4.19-26). Somente a submissão à divina autoridade de Cristo possibilita uma fé sólida o suficiente para resistir a todas as adversidades comuns na peregrinação do cristão rumo à nova Jerusalém (At 5.28- 32). Uma fé espúria logo se revelará pela força das adversidades com efeitos trágicos. Acatar o governo de nosso Senhor é o principal fator do sucesso da nossa carreira cristã. Saulo de Tarso, diante da revelação gloriosa de Cristo no caminho de Damasco, rendeu-se imediatamente ao senhorio do Salvador e se dispôs a fazer toda a vontade d’Ele (At 9.1-6). 12

III – COMO VIVER SEGUNDO OS ENSINAMENTOS DE CRISTO (GL 5.24-25)
O verdadeiro encontro com Cristo sempre produzirá no indivíduo arrependimento, renúncia a si mesmo, submissão e reverência à Sua suprema autoridade. Se alguém alega ser de Cristo, o tal deve mostrar por seus frutos e não apenas por suas palavras (2 Tm 2.19-21). A fé genuína, resultante do novo nascimento, sustentada pelo poder do Espírito Santo, prevalecerá superando todas as contrariedades até a consumação de toda a peregrinação (1 Co 2.1-5; Rm 8.5-17). Os ensinamentos de Cristo são dotados de virtude singular, contudo, na tentativa de praticá- los, o homem natural se encontra impedido por conta da inclinação carnal intrínseca à sua natureza humana decaída. A inclinação carnal exerce sobre a vontade humana um domínio opressor capaz de suplantar até mesmo o bom senso de alguém consciente das demandas da Lei (Rm 7.14-19). Sendo assim, então, como pecadores mortos em ofensas e pecados podem passar a viver segundo os ensinamentos de Cristo? É necessário nascer de novo (Ez 36.25-31; Jo3.1-8). Na proclamação do Evangelho é oferecido o esclarecimento acerca da condição espiritual do pecador, bem como o único meio para este se reconciliar com Deus e obter o perdão dos seus pecados. Ao crermos em Cristo, somos unidos a Ele e, com isso, nossa carne é crucificada e nosso homem interior regenerado para vivermos no Espírito e andarmos no Espírito com o propósito de fazermos a vontade de Deus (Rm 6.1-4). 

CONCLUSÃO
Os ensinamentos de Cristo ocupam uma posição de destacada importância no Seu ministério em virtude do Seu poder esclarecedor e transformador para os Seus discípulos. Portanto, devem ser considerados com a máxima estima para desfrutarmos de toda a sua excelência. Lembremo-nos de que fomos chamados para vivermos os padrões de Deus. 

QUESTIONÁRIO 
1. Quais os temas centrais dos ensinamentos de Cristo? 
2. Quais os três elementos principais da vivência no Reino de Deus? 
3. Como podemos viver segundo os Seus ensinamentos?
PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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