28 dezembro 2021

001- A Criação dos Céus e da Terra - Gênesis Lição 01[Pr Afonso Chaves]28dez2021


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 LIÇÃO 1 

A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA 

TEXTO ÁUREO: “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados” (Gn 2.1) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 1.1-31 

INTRODUÇÃO A partir desta lição iniciamos um novo trimestre no qual estudaremos a primeira parte do livro de Gênesis, que vai do capítulo 1 ao 11. Esta é uma seção reconhecidamente distinta do restante desse livro, pois nela encontramos as origens dos céus e da terra, do homem, do pecado e da promessa de redenção, do culto divino, dos povos e nações e, finalmente, do povo de Israel. Do mesmo modo, nela encontramos os elementos das doutrinas mais importantes da Bíblia, de modo que, se não compreendermos essa narrativa das origens, jamais entenderemos o escopo de toda a revelação divina, nem seremos capazes de perceber sua progressão do princípio até o fim. 

I – DEUS CRIOU TUDO NO PRINCÍPIO (1.1-2) Embora a partir de um ponto de vista teológico poderíamos falar, inclusive com base bíblica, sobre a eternidade passada, ou a existência de Deus antes da criação; como nosso tema é Gênesis, devemos começar onde a narrativa começa: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Aprouve a Deus revelar aos homens antes a verdade sobre aquilo que eles podem ver do que aquilo que está muito além dos seus sentidos e compreensão. Não importa o que havia, ou o que aconteceu, antes; o fundamento da fé está no fato de que Deus criou todas as coisas (Hb 11.3). Naturalmente, princípio aqui não é num sentido absoluto, e sim num temporal; antes disso, era a eternidade passada, como chamamos. Eternidade, de fato, não tem começo nem fim – é característica exclusiva de Deus, que é imutável e não está sujeito ao tempo (Sl 90.2; 2 Pe 3.8). Princípio faz parte da criação e, portanto, o tempo passou a existir e a transcorrer a partir do momento em que Deus começou a criar. Importante também ressaltar o uso da palavra criar em relação a esse princípio. Fica evidente que tudo teve início em uma matéria que Deus teve de criar do nada. Desde a vastidão e beleza infinita do universo até as complexidades mais microscópicas de toda a criação, tudo o que existe foi moldado a partir dessa matéria original (Sl 148.5). E, de fato, a revelação passa a descrever essa matéria original, identificada por antecipação com os céus e a terra que conhecemos, mas que, de início, estava sem forma e vazia, e havia trevas sobre a face do abismo. Não era um caos, ou ruína, como sugerem algumas traduções e hipóteses mirabolantes; mas apenas matéria bruta, pronta para ser trabalhada pelo Espírito de Deus que estava ali presente, pronto para agir. Como o barro sobre a roda do oleiro, assim os céus e a terra seriam moldados, trabalhados pelo Criador até se tornarem nesta obra prima que testemunharia a glória, o poder, a grandeza e a sabedoria de Deus (Rm 1.20; Sl 19.1). 

II – DEUS SEPARA OS CÉUS, A TERRA E O MAR (1.3-10) É perceptível que todas as obras de Deus ao longo desta narrativa estão relacionadas aos “céus e a terra” criados no princípio. Poderíamos então, para fins didáticos, dividir a obra divina narrada no restante deste capítulo em duas etapas: Deus separando os céus, a terra e o mar, que seriam as “esferas” da criação, como que comodos de uma casa; e Deus ornando e povoando os céus, a terra e o mar, como que “mobiliando” esses cômodos e enchendo-os de moradores. A analogia com o modo de trabalhar dos homens não pára aqui. Assim como um artista ou artesão só pode fazer o seu trabalho com excelência durante o dia ou na claridade, do mesmo modo o Criador começa fazendo uma primeira separação entre a luz e as trevas (ou escuridão), e por isso mesmo declarando que a luz é boa. Não que o Criador precisasse da claridade física para executar a Sua obra, mas a Escritura implica aqui que, por ser a condição da matéria original, ainda não moldada por Deus (“havia trevas sobre a face do abismo”), a escuridão não condiz com o caráter de Deus, que é perfeição. Notemos que é o próprio Criador quem estabelece essa distinção, porque Ele é o aferidor do bem e do mal, e assim a luz passa a ser um símbolo da perfeição e plenitude do próprio Deus (Sl 132.12; 1 Jo 1.5). Por esta mesma razão, a obra de cada “dia” se completa num período de transição da escuridão para a claridade: “e foi a tarde e a manhã”. A narrativa prossegue então com a separação, nos dias subsequentes, entre os céus e a terra e, depois, entre a terra e o mar. Notemos que o aspecto original da “terra” era de águas, e que Deus formou os céus a partir de uma “expansão” – um espaço infinito – entre essas águas, de tal modo que houvesse águas encima e águas embaixo dessa expansão (v. 7; cf. 2 Pe 3.5-6). Depois, dentre as águas embaixo da expansão, o Senhor fez surgir a terra seca propriamente, que se tornará sinônimo da habitação dos homens, em oposição à morada de Deus, chamada de céus (At 17.26; Jr 5.22). 

III – DEUS ORNA E POVOA OS CÉUS, A TERRA E O MAR (1.11-31) Ainda no terceiro dia da criação, tendo separado os diferentes ambientes da existência física, o Todo-poderoso passa a prepará-los para acomodarem os seres que ainda criaria em multidão, especialmente o homem (cf. Is 45.18; Sl 8.4-8). Da terra seca, Deus faz surgir a vegetação, nas suas diferentes espécies, cada qual tendo o seu próprio modo de se reproduzir e se perpetuar e assim servir de alimento. No quarto dia, forma o sol, a lua e as estrelas nos céus, a fim de comunicar a luz como testemunho do caráter divino e de permitir que o homem faça a sua obra, seja no aspecto físico ou espiritual (Jo 9.4; 1 Ts 5.5). No quinto dia, Deus cria os primeiros exemplares de uma forma de vida mais elevada que as plantas – os seres de alma vivente. E, depois de encher deles as águas do mar e a face dos céus, já no sexto dia, é a vez da terra seca, sobre a qual são criados os animais que estarão mais próximos do homem e, por isso, são agrupados conformemente: gado (animais domésticos), répteis (animais peçonhentos, rastejantes e geralmente impuros) e bestas-feras (animais selvagens). Finalmente, ainda no sexto dia, o Senhor Deus arremata Sua obra com a formação do primeiro casal humano. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” sugere o conselho do Pai com o Verbo divino, a Palavra viva que estava com Deus no princípio como seu Filho e Discípulo, e sem o qual nada do que foi feito se fez (Jo 1.1-3; Cl 1.15-17). A menção particular do conselho divino tomado em relação ao homem mais uma vez destaca a importância deste no propósito de Deus, o que é reforçado pelo fato de que ele é o único ser criado “à imagem e semelhança de Deus”. Isto se refere à capacidade de o homem “imitar” as qualidades excelentes do caráter santo, justo, bom e verdadeiro daqu’Ele que o criou (cf. Ef 4.22-24; Cl 3.9-10) e, nesta condição, exercer o domínio sobre a criação, do mesmo modo que Deus é o verdadeiro dominador dos céus e da terra (cf. Ap 6.10). Eis, portanto, por que o homem foi criado: para conhecer a Deus na excelência do Seu poder e sabedoria e, tornando-se participante de uma comunhão em virtude e graça com o Criador, desfrutar dos benefícios da criação, administrando-a para a glória de Deus (At 17.27-28; 14.17). 

CONCLUSÃO Deus revela a Sua misericórdia e graça para conosco na criação, ao desvendar toda a Sua obra se desenvolvendo no sentido claro de nos trazer à existência num mundo em que pudéssemos desfrutar de inúmeras benesses e contemplar a grandeza do Criador, e assim render-lhe grata obediência e louvor.

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21 dezembro 2021

013-O significado do Nascimento de Jesus - Lição Avulsa [Pr Afonso Chaves]21dez2021


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 LIÇÃO 13 

O SIGNIFICADO DO NASCIMENTO DE JESUS 

TEXTO ÁUREO: “Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo! E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo”. (Lc 1.68-69) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 1.46-55 

INTRODUÇÃO Aproveitando o ensejo em que nos encontramos no período do ano em que se afirma “comemorar” o natal – isto é, o nascimento – de Jesus Cristo, queremos dar por encerrado o tema principal do trimestre, que foi “ética cristã”, e dedicar esta lição ao tema em epígrafe. Não apenas porque é necessário lembrar os cristãos de que este é um evento importante em toda a história da salvação e que, de fato, merece ser bem compreendido. Mas, assim como ocorre com a Páscoa, a sociedade dita “cristã” profana de tal forma o que chamam de “comemoração natalina” que, toda vez que chegamos a esse período do ano, devemos nos lembrar desse acontecimento à luz das Escrituras Sagradas a fim de não incorrermos no mundanismo e na falsa religiosidade. 

I – A NECESSIDADE DA VINDA E DO NASCIMENTO DE CRISTO A vinda do Filho de Deus a este mundo é um acontecimento de implicações tremendas para a realização dos desígnios divinos, e desde os primeiros tempos da criação vinha sendo prefigurada, prenunciada e profetizada. Desde os primeiros raios da revelação divina, o Espírito Santo quis comunicar ao homem que o Criador, o Altíssimo, não vive nem opera “só”, por assim dizer; mas como que “compartilha” a glória, a felicidade e o amor inescrutável da divindade com um Filho unigênito (Gn 1.26; Sl 2.6-7; Jo 1.1; 17.5). A este Filho, Deus propôs exaltar como herdeiro e senhor de tudo o que é Seu, através de um processo pelo qual toda a criação, ao mesmo tempo em que conheceria esse propósito glorioso, também se salvaria em consequência dele. Assim, a vinda de Cristo ao mundo vinha sendo revelada nas Escrituras como uma grande obra pela qual o Senhor seria sumamente engrandecido e o Seu povo seria eternamente salvo, redimido e libertado da opressão do pecado. A entrada no pecado no mundo e suas consequências foram providenciais para a realização desta obra. Por mais odioso que o pecado seja aos olhos de Deus, nada escapa à soberania divina, de modo que mesmo o pecado tem o seu lugar no propósito divino de engrandecer a Cristo Jesus, e tornar a criação participante de uma glória que somente poderia desfrutar através da graça e da redenção (Rm 5.17-18, 20-21; 11.32). Assim, tão logo veio à luz a nova realidade do homem, produzida pela desobediência, revelou-se os primeiros sinais de um Salvador que sem falta subjugaria o pecado e traria o homem de volta à sua plena realização com Deus (Gn 3.15). Que este Salvador deveria não apenas vir ao mundo para completar esta obra e ter entrada na plenitude que Lhe estava reservada pelo Pai, mas vir ao mundo como homem; faz parte do caminho traçado por Deus para essa exaltação, e desde cedo foi revelado pelo Espírito. Primeiro, porque a vinda do Filho ao mundo consistiria num testemunho de obediência e submissão ao Pai sob qualquer circunstância, e esse testemunho só poderia ser perfeito se Cristo assumisse a forma em que Sua obediência mais pudesse ser posta à prova – a forma humana, que, dentre todas as outras, é a que mais padece as consequências do pecado (Fp 2.5-11; Hb 2.6-10). E, segundo, porque, justamente para salvar e resgatar aqueles que mais perderam em consequência da Queda, o Filho de Deus precisava se fazer semelhante a eles, pois somente assim poderia atender às demandas da justiça divina, pagando com sua própria vida divina e humana os pecados que os homens haviam acumulado diante do Altíssimo (Hb 2.17; 7.26-28; cf. Is 53.4-6, 10-12). 

II – OS PREPARATIVOS PARA O NASCIMENTO DE CRISTO O Filho de Deus não poderia ter vindo ao mundo numa conjuntura mais perfeita do que aquela em que nasceu: Israel já havia alcançado maturidade espiritual, tanto em seus fracassos na obediência ao Senhor como na esperança de redenção fomentada pelas profecias (Gl 3.23-24; 4.4-6); era o tempo indicado muitas vezes no passado, ainda que de forma enigmática (Is 7.14-16; Ag 2.6-7; Ml 3.1). Muitos israelitas nutriam ansiedade e esperança na aparição iminente do Messias; alguns tinham até a certeza de que O veriam em vida (Lc 2.25-26, 36-38). Contudo, nem todos estavam preparados; e preparação era algo necessário, haja vista que o Messias viria não apenas para salvar, mas também para julgar e expor os ímpios (Ml 3.2-5). Por isso, Deus enviou primeiramente João, cujo ministério excepcional foi o de preparar para o Senhor um povo bem disposto (Lc 1.16-17; Mt 3.1-12). 

III – AS CIRCUNSTÂNCIAS DO NASCIMENTO DE CRISTO Se a concepção de João Batista, o precursor, foi algo maravilhoso – um milagre de Deus – a de Jesus Cristo foi algo ainda mais tremendo e, ao mesmo tempo, misterioso. Não vamos discorrer sobre a doutrina da encarnação e da concepção virginal de Maria, mas convém a necessidade indispensável de que assim o fosse, pois do contrário Cristo seria apenas humano, como João. Ao ser a semente da mulher fecundada por virtude e vontade do Espírito, e não do homem, o menino que ela conceberia como o seu primogênito seria ao mesmo tempo o Filho unigênito de Deus, por conta de Sua eterna existência junto ao Pai e procedência para habitar no ventre da virgem (Lc 1.31-35; Jo 1.14; 1 Tm 3.16a; Gl 4.4). A fim de cumprir a profecia, e servir de sinal maravilhoso para os filhos de Israel, o Filho de Deus não apenas nasceu de uma virgem desposada com um legítimo descendente de Davi, mas, à semelhança daquele cujo trono ocuparia por toda a eternidade, nasceu na mesma cidade do filho de Jessé – ainda que para propiciar Seu nascimento nesse local a providência divina tenha movido todo o mundo (Lc 2.1-11). A época exata do ano é difícil determinar, embora, pelo contexto fornecido no anúncio aos pastores que guardavam suas ovelhas nas campinas, possamos dizer que não teria sido durante uma estação rigorosa e árida como o inverno – o que nos permitiria questionar tanto a imagem como a data tradicionalmente atribuídas a este acontecimento. As narrativas evangélicas destacam os testemunhos que muitos receberam da parte de Deus quanto àquela criança nascida numa estrebaria, mas não da parte dos grandes da terra, sejam políticos ou religiosos. Notemos que não são estes, mas são os mais simples e humildes do povo – pastores de ovelhas, anciãos e viúvas – que foram notificados por Deus acerca da chegada do Messias. E, mesmo quando a atenção dos grandes é despertada, algum tempo depois, são magos vindos do Oriente – isto é, gentios de terras distantes – que foram preferidos a receberem a revelação e, conduzidos precisamente até onde o Filho de Deus se encontrava, puderam adorá-lo (Mt 2.1-12). 

CONCLUSÃO O natal de Cristo é um evento maravilhoso e inesquecível para qualquer crente que ama o Salvador, porque aponta para a razão pela qual Cristo veio ao mundo: morrer pelos nossos pecados. Se tivermos de comemorar, que em verdadeira gratidão e votos de maior fidelidade a Deus por nos ter dado Seu Filho unigênito. Não profanemos este acontecimento e sua memória com comida, bebida, presentes, que são coisas lícitas, desde que não haja o impulso do consumismo, da glutonaria e outros apetites carnais. Mas, definitivamente, não são o natal de Cristo.

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14 dezembro 2021

012-A Ética Cristã no Ministério - Ética Cristã Lição 12[Pr Afonso Chaves]14dez2021

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 LIÇÃO 12 

A ÉTICA CRISTÃ NO MINISTÉRIO 

TEXTO ÁUREO: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros”. (Jo 13.13-14) 

LEITURA BÍBLICA: ROMANOS 12.6-21 

INTRODUÇÃO Como em todas as demais áreas da vida pessoal e social, o ministério cristão é igualmente orientado por sólidos princípios éticos, e sua aprovação depende da fidelidade ao compromisso ético que se espera de todo cristão. Embora seja um dos últimos aspectos que analisaremos à luz da ética cristã, veremos que o ministério é aquele em que o indivíduo vê e sente mais claramente a realidade do seu dever para com um Deus que é santo e que nos contempla em toda a nossa maneira de viver. 

I – O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO 1) Todo cristão é chamado para o ministério. Quando falamos em ministério, a primeira coisa que vem à mente de muitos é a separação para um “cargo” ou “função” dentro dos quadros de liderança da igreja, cujos integrantes são chamados de “obreiros” ou “ministros”, propriamente. Mas, à luz das Escrituras Sagradas, o ministério cristão consiste, primeiramente, no chamado feito por Cristo a todos os que desejam ser Seus discípulos para que tomem a sua cruz e O sigam (Mc 8.34; Jo 12.25-26). É o chamado para renunciarmos nossos interesses e tudo o que possa se interpor entre nós e Cristo, e andarmos nos Seus passos, imitando nosso Mestre em todas as coisas, mas, principalmente, no servir uns aos outros (Mt 20.26-28; Jo 13.34-35). Afinal, ser ministro é ser um servidor. Assim como Ele deu a Sua vida para nos salvar, e por isso nos consideramos constrangidos pelo Seu amor a servir a Deus e a Cristo; devemos entender que esse serviço consiste em dar a nossa vida pelos outros, fazer tudo por eles, buscando o seu interesse e visando o seu bem maior e, eventualmente, a sua salvação. Não importa o status eclesiástico nem a qualificação social; todo cristão é chamado para ser ministro de Cristo em favor do próximo. 2) Cada um possui um chamado distinto. Seja no âmbito da igreja ou nos círculos mais amplos da sociedade, o cristão é chamado para servir de acordo com a capacidade que lhe foi concedida por Deus; para atender às necessidades do corpo de Cristo, o Espírito de Deus distribui dons espirituais para aquele que for útil (1 Co 12.8-11; Ef 4.7). Do mesmo modo, para servir aos que estão de fora, é necessário capacitação do alto, e uma mente submissa ao senhorio do Salvador, afim de que os talentos ditos “naturais” sejam empregados com sabedoria e entendimento, e Deus possa ser glorificado, e Cristo ser visto em nós, independente daquilo que fazemos e dos meios de que dispomos para servir àqueles que ainda não conhecem a salvação de Deus (At 1.8; 1 Co 10.31). 3) Atendendo ao chamado divino. Não ignoramos, contudo, que alguns dentre nós são chamados para um propósito mais “espiritual”, por assim dizer – um propósito que se manifesta na forma de um ministério ainda mais centrado no evangelho do que qualquer outra atividade ou trabalho poderia ser (Mt 4.19). É o que muitos designam de forma exclusiva como “ministério”, embora, em termos bíblicos, a diferença seja apenas de grau – na verdade, é uma medida diferente do dom de Cristo, uma responsabilidade que, sob a ótica do reino de Deus, é maior do que as demais; mas, ainda assim, é um ministério como o de qualquer outro cristão “não ordenado”, ou “separado” como obreiro na casa de Deus (cf. Rm 12.3-8; 1 Co 12.28-30). Esse chamado pertence a poucos, é excelente e maravilhoso, pois lida com dispensar diretamente das coisas de Deus para os homens; mas, por outro lado, implica em tão grande responsabilidade e demanda tão alto comprometimento que é necessário por a prova aqueles que acreditam ser vocacionados, ou que são apontados como candidatos ao “ministério pastoral” (Mt 24.45-51; 1 Tm 3.1-7, 10). E não ser apto para este ministério não significa não ser apto para ministério algum; melhor que o cristão compreenda e trabalhe com os talentos que o seu senhor verdadeiramente lhe confiou do que assuma mais do que sua capacidade alcança e depois tenha que prestar contas de seu fracasso (Mt 25.14-30). 

II – O DESEMPENHO DO MINISTÉRIO 1) Sendo fiel na administração dos talentos. O fato é que Deus não impõe carga maior do que não sejamos capazes de levar, embora os homens o façam e nós mesmos sejamos levados a assumir compromissos antes de “fazer as contas dos gastos”. O Senhor não atenta mais para o que faz muito do que para aquele que faz o que lhe foi confiado com fidelidade; e ser fiel significa empregar todos os recursos que nos foram confiados com eficiência, sem desperdícios e sem parcimônia. Quem recebe muito pode produzir muito; quem recebe pouco, pode produzir pouco – nem mais, nem menos (1 Pe 4.10-11; 1 Co 4.1-2). 2) As motivações do ministério cristão. Enquanto muitos, carentes da luz do evangelho de Cristo, fazem o que sabem fazer melhor visando seus interesses pessoais, que muitas vezes incluem o mal de outros; o cristão deve estar atento às motivações que o impelem a servir. É verdade que Deus faz todas as coisas contribuírem para o bem dos que O amam, e até mesmo os mal intencionados de algum modo servem de instrumentos para cumprir o Seu propósito; mas, a um nível pessoal, uma motivação errada pode ser muito prejudicial à fé, além de ser moralmente condenável (Fp 1.15-18). Servimos ao próximo não por vaidade ou vanglória, nem visando alcançar benefícios de ordem material, como louvor, riquezas ou poder; nossa sincera motivação deve ser o amor de Cristo, que, não visando Seu próprio interesse, mas o de seu Pai, entregou-se por nós. Nós também, constrangidos por esse amor, devemos servir aos nossos semelhantes simplesmente porque Cristo morreu não somente para nos salvar a nós, mas também a eles – para salvar o mundo (2 Co 5.14-15; 1 Co 9.16-23). 

III – O ENCERRAMENTO DO MINISTÉRIO 1) Perseverança até o fim. Um aspecto muito bem ilustrado da vocação cristã é o do termo da responsabilidade que nos é confiada. Ser fiel no ministério significa servir até o fim; em outras palavras, nada pode nos privar do nosso chamado (Ap 2.25; Lc 19.13). Circunstâncias adversas e de ordem física ou terrena podem afetar o modo ou aquilo em que servimos, mas de algum modo a providência divina não nos deixará inúteis enquanto vivermos. A ordem é trabalhar até que o Senhor volte; e somente por negligência ou covardia ante os desafios da vocação cristã poderíamos de algum modo querer dar por encerrada nossa missão – embora tal atitude seja indigna aos olhos de Deus (Lc 9.62). 2) A recompensa do servo fiel. Embora motivados pelo amor de Cristo e desinteressados de qualquer recompensa passageira que possa haver debaixo do sol, nem por isso nosso trabalho será indiferente no final, nem o Senhor recompensará do mesmo modo o fiel e o negligente (1 Co 3.8, 14; Ap 22.12). Pelo contrário, somente o fiel será recompensado – e muito bem recompensado, de tal modo que toda responsabilidade, todo esforço e aprimoramento, será contado e valorizado. Bem disse o apóstolo: “Vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Co 15.58). 

CONCLUSÃO Cada cristão é chamado e capacitado por Deus para um propósito único. Em algum momento podemos ser assaltados pela incerteza sobre o que devemos fazer, e se o que fazemos realmente é importante; mas não negligenciemos o nosso chamado, pois em Deus encontramos a direção sobre o caminho a seguir; e não menosprezemos a nossa obra, pois Deus recompensará abundantemente aqueles que forem fiéis à visão celestial.

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07 dezembro 2021

011-A ética cristã e os seus desafios - Ética Cristã Lição 11[Pr Afonso Chaves]07dez2021

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 LIÇÃO 11 

A ÉTICA CRISTÃ E OS SEUS DESAFIOS 

TEXTO ÁUREO: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”. (2 Tm 3.1) 

LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 3.1-17 

INTRODUÇÃO Nesta lição faremos algumas considerações a respeito de desafios enfrentados pelos cristãos nos tempos atuais. Em grande medida, esses desafios resultam da necessidade de mantermos firmemente os princípios da ética cristã em meio a uma sociedade que está espiritualmente decaída e moralmente fracassada, e que por isso questiona os valores bíblicos a partir de suas próprias “razões”. Considerando a importância de tudo o que estudamos ao longo deste trimestre, é necessário estarmos prontos tanto para reconhecer e identificar as diferentes formas que esse desafio pode assumir, como também nos equiparmos apropriadamente com as armas da verdade e da justiça a fim de enfrentá-lo e vencê-lo. 

I – O DESAFIO DA DEPRAVAÇÃO MORAL DO HOMEM 1) A aversão da natureza humana à lei de Deus. Considerando que a ética cristã trata nada menos que das leis de Deus e de sua aplicação em todos os aspectos da vida, o maior desafio encontrado pelo fiel em viver à luz dos princípios éticos e bíblicos é a natureza humana com que tem de lidar, não apenas no seu relacionamento com o próximo, mas também no seu próprio interior. O homem natural é uma criatura moralmente depravada, que tende a amar aquilo que a lei divina reprova ou proíbe e, mesmo quando inibido por algum escrúpulo, não deixa de fomentar o pecado em sua mente, e de buscar meios para realiza-lo sutilmente, e de justifica-lo e sentir-se menos culpado do que deveria (Rm 8.5, 7-8; Ef 4.17-20). Enfim, o fato é que o homem natural não ama a lei de Deus, e essa aversão da carne só pode ser mitigada pela obra do Espírito Santo, pela graça da salvação. Por um momento, podem até aprovar, louvar aqueles que fazem o bem; em outras ocasiões, demonstrarão uma indiferença ante a excelência daqueles que não são capazes de seguir os mesmos passos; mas, quando pressionados pela sua verdadeira natureza, eles não se sentirão envergonhados de se opor e perseguir aquele que é justo, santo e temente a Deus (1 Pe 4.1-4; Jo 15.19-21; 1 Jo 4.4-6). 2) O conformismo e a hipocrisia religiosa. Por outro lado, aqueles que uma vez foram alcançados pelo evangelho e agora têm Cristo gerado em seus corações, suas mentes inclinadas e bem-dispostas a cumprir a vontade de Deus, também enfrentam o desafio da depravação moral na forma de uma luta mais acirrada em seu interior (Gl 5.17, 24; Mt 26.41). A velha natureza precisa ser continuamente mitigada através de um renovado compromisso com a palavra de Deus e de uma constante revisão de nossos valores, tão facilmente influenciados pela sociedade e por falta de vigilância e oração (Rm 12.1- 3). A negligência neste dever, se não corrigida a tempo, leva ao conformismo ou à “mornidão espiritual” – onde, não tendo força e coragem suficiente para manter firme posição ante as insinuações do mundo, o indivíduo transige, mantendo um compromisso apenas intelectual, mas na prática jamais entrando em situações de confronto, preferindo se curvar sem protestos aos padrões da sociedade decaída (1 Jo 2.14- 16; 5.3-4). Um comportamento transigente, por sua vez, é ainda mais prejudicial para a causa da ética cristã, pois acusa a lei divina de ser pesada ou mesmo indigna de ser cumprida; além de escandalizar tanto os fiéis como os incrédulos pela ambiguidade daqueles que pregam uma coisa e fazem outra (2 Tm 3.5; Mt 18.6-10). Lições da Escola Bíblica Dominical 3º Trimestre de 2021 22 

II – O DESAFIO DA DOUTRINAÇÃO MATERIALISTA 1) Os clamores da falsa ciência. Na sua natural oposição à lei de Deus, a sociedade humana busca embasar seus próprios valores em diferentes fontes de conhecimento e através de diferentes métodos de comprovação “científica”. De fato, “ciência” tornou-se sinônimo de verdade para aqueles que não creem na origem divina das Escrituras, e tem sido empunhada como uma arma contra tudo aquilo que não esteja no alcance de seus instrumentos de análise, especialmente visando desbancar os princípios e valores éticos orientados pela palavra de Deus. É necessário estar atento não apenas à educação formal incutida na mente de nossas crianças nas escolas seculares, mas à exposição mais sutil de todos nós a essa doutrinação, ventilada principalmente nos meios de comunicação, e muitas vezes perceptível até mesmo nos temas de nossas conversações (1 Tm 6.20; Pv 22.6; Ef 6.4). 2) Os clamores da falsa religião. Por sua vez, o meio cristão tem sido constantemente invadido por pretensos pregadores e líderes que, ao invés de reforçarem a necessidade de se viver de acordo com a ética cristã, procuram subterfúgios, muitas vezes nas próprias Escrituras, para fugir às demandas da santidade e pureza de uma vida que agrada a Deus (Fp 3.19; 2 Pe 2.1-3, 17-19). Outros ainda, ignorando completamente a prática da piedade cristã, alimentam a cobiça subjacente no coração dos mais fracos, incentivando os fiéis a buscarem seus “sonhos” a todo custo, levando-os a se comprometerem e a amarem mais os seus próprios interesses do que a vontade de Deus – assim enfraquecendo todos os princípios éticos, tornando-os facilmente negociáveis diante da sociedade (Mt 16.24-26). 

III – O DESAFIO DO SUBJETIVISMO RELIGIOSO 1) A objetividade da ética cristã. Em razão da acentuada depravação moral da sociedade e do esvaziamento e desvalorização da ética cristã através da massiva doutrinação materialista, o “cristianismo” tende a ser reduzido pelos de fora a um conjunto de emoções e experiências subjetivas, e muitos “cristãos” aceitam essa redução e se alegram com o que lhes resta. Contudo, a ética cristã trata de princípios e valores objetivos e muito bem definidos, que permitem definir este ou aquele comportamento como “certo” ou “errado” aos olhos de Deus. Muito embora a atitude de considerar a ética um conjunto de atos exteriores acabe levando a outro tipo de erro – do legalismo – a verdade é que a vida cristã começa com uma experiência objetiva com Deus, cujo fruto é um caminhar que consciente e visivelmente testifica dessa experiência (1 Pe 1.17-25; Rm 5.1-5; cf. Is 58.13). 2) A Escritura é o fundamento da verdadeira ética cristã. Para ser objetiva, como já estudamos em lição anterior, a ética cristã precisa ser bíblica, baseada na Escritura. Qualquer definição que divague para fora desses termos cairá no relativismo e num subjetivismo cuja aprovação dependerá, em última análise, do homem, e não de Deus. E Deus não dá a Sua honra aos ídolos criados pelo homem – sejam eles estatuetas, sejam comportamentos, sejam palavras e pensamentos (Cl 2.20-23; Mc 7.7). 

CONCLUSÃO Para vivermos de acordo com os princípios de uma ética sadia e bíblica, devemos estar cientes de que encontraremos muitos desafios e seremos confrontados e constrangidos de alguma forma a questionar esses valores e abandoná-los. Estejamos preparados para dar testemunho da verdade, e para viver e morrer por ela, pois, numa sociedade onde tudo vai mudando para se acomodar às preferências de cada geração, a ética cristã nos ajuda a definir até onde podemos pisar, seguros de que estamos sobre a Rocha eterna e inabalável, que não deixará nossos pés vacilarem.

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30 novembro 2021

010- Ética Cristã e a Política - Lição 10[Pr Afonso Chaves]30nov2021

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 LIÇÃO 10 

A ÉTICA CRISTÃ E A POLÍTICA 

TEXTO ÁUREO: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui”. (Jo 18.36) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 18.33-19.11 

INTRODUÇÃO Mais uma vez nos voltaremos para um tópico da ética cristã já abordado de uma forma geral em uma lição anterior, mas que merece maior reflexão a fim de estabelecermos uma aplicação prática conforme a verdade e apropriada às circunstâncias do nosso tempo. Embora represente o reino de Deus neste mundo, e o seu compromisso seja exclusivamente o evangelho de Cristo, a igreja sempre terá de se posicionar em relação às circunstanciais sociais pelas quais atravessa a cada geração, especialmente as de ordem política. Como deve ser a relação do cristão em particular, e da igreja como comunidade, com a política? Deveríamos ser politicamente engajados? A igreja se beneficiaria de algum modo de uma aproximação maior com a política? Pode a carreira política representar uma vocação válida aos olhos de Deus? Estas e outras indagações serão abordadas nos tópicos a seguir. 

I – DEUS E A POLÍTICA 1) A política é assunto dos homens. Para fins de explicação, “política” se refere ao que é público, de interesse comum ou coletivo. O Estado entra na questão política mais propriamente como a instituição responsável por administrar o que pertence ao interesse comum. Mas, como a sociedade é formada por indivíduos que pensam, concordando e também discordando em muitas coisas, o debate político é uma constante, na tentativa de se estabelecer o que seria esse objeto do interesse comum. Mas, no fundo, porém, a política envolve a discussão sobre o poder do Estado – ora limitando, ora estendendo extraordinariamente seu controle sobre a sociedade; e sobre quem deveria exercer esse poder em nome do interesse comum (Mt 20.25). Eis porque pela política os homens, ao longo da história, firmaram e romperam alianças, fizeram a guerra e, eventualmente, a paz. 2) Deus intervém na política. Independente das circunstâncias políticas de ocasião, do sistema de governo vigente, das motivações e arbitragens daqueles que estão diretamente envolvidos com a política, o fato é que Deus intervém nesta como em qualquer outra esfera da vida humana, afinal Ele é o governante dos céus e da terra, e dispõe tanto daqueles que detêm o poder político de tal forma que o Seu propósito possa se realizar, seja inclinando-os na tomada de decisões, seja substituindo-os por outros conforme bem desejar (Dn 2.21; 4.32; Rm 13.1; Ed 1.1, 2; Pv 21.1). 3) A política se opõe a Deus. Por outro lado, na esfera das resoluções e ações humanas, as Escrituras testificam a frequente oposição das instituições políticas ao propósito divino – uma tendência que cresce na medida em que o senhorio de Deus vai se afirmando ao longo da história através do Seu reino se manifestando em Israel, até ser declarado abertamente na glorificação de Jesus Cristo, o Filho do Altíssimo, como o Messias, aqu’Ele que foi destinado e ungido para ser o “rei dos reis e senhor dos senhores” (Ex 1.8-14; Is 36.13-20; Dn 3.1-15; Sl 2). O que no passado se verificava como uma tendência geral ocasionada principalmente quando governantes se sentiam afrontados ante a firmeza de Israel na sua fidelidade e confiança no Senhor, finalmente tornou-se, sob a dispensação do evangelho, em um espírito predominante de oposição a Deus e ao Seu Cristo, numa tentativa diabólica de frustrar a expansão do reino dos céus neste mundo e que, no fim, se resolverá através de um confronto aberto, onde o Messias, o Cordeiro, prevalecerá, junto com os fiéis, contra os reinos deste mundo – figurados nas Escrituras como “a besta que subiu do mar” (Mt 2.1-9, 13-16; At 12.1-4; Ap 13.1-8; 17.12-14).  

II – A IGREJA E A POLÍTICA 1) A tentativa de controle da igreja pelo Estado. Como uma instituição com o seu aspecto visível diante da sociedade, a igreja muitas vezes é alvo de medidas que visam subordiná-la aos interesses políticos de ocasião e instrumentalizá-la como qualquer outra organização ou instituição social. O propósito da igreja passa a ser visto como objeto de debate e discussão, como se dependesse de um interesse comum que pode ser moldado ao bel prazer dos grupos políticos, e impõe-se a ela obrigações e restrições que fazem seus membros perderem de vista a origem divina da igreja e que a sua finalidade é, portanto, inegociável (At 4.1-7, 18-20). 2) A tentativa de submissão da igreja ao Estado. Consideremos também que a História testifica que muitas vezes são as instituições presumidamente cristãs que procuram se aproximar e criar vínculos mais estreitos com o Estado e participar do poder político. E, neste caso, as consequências desse esforço são ainda mais desastrosas para a igreja, pois vêm desde dentro, e, uma vez comprometida e pactuada com as potestades deste mundo, dificilmente a instituição conseguirá se livrar desse jugo desigual. Pouco benefício para o reino de Deus resulta dessas alianças, uma vez que nossas armas para combater as trevas são espirituais, não carnais; e não há necessidade de ordem material que a comunidade não possa prover através da liberalidade e esforço dos fiéis (2 Co 10.4; Zc 4.6; At 2.44-45; 2 Co 8.1-4). 

III – O CRISTÃO E A POLÍTICA 1) O risco do envolvimento político. É bom que o cristão, como cidadão temporário deste mundo, tenha interesse pelo bem estar e prosperidade da nação, pois disto, como já estudamos em lição anterior, depende a sua própria paz. Esse interesse inclui a submissão às autoridades, de que já falamos também em outra oportunidade; bem como valer-se dos direitos que o Estado e as leis lhe garantem, especialmente em vista de possível dano ou prejuízo em caso de silêncio (At 16.37-39; 28.25-28). Contudo, devido à sua natureza partidária e aos interesses que enfoca, o envolvimento político tende a ocupar o indivíduo num propósito que facilmente se torna prioritário e que pode tender a uma finalidade incompatível com o evangelho – assim como a busca por qualquer outro bem de ordem material, como o dinheiro. 2) A vocação política. É bem verdade que, no passado, Deus interviu nas circunstâncias políticas e fez cumprir Seus propósitos através de homens ou mulheres especialmente destinados a assumir uma posição de autoridade no âmbito do poder político (Gn 41.38-44; Et 4.13-14; Dn 2.48-49). Além disso, a história de Israel demonstra que, não obstante o desvio da nação muitas vezes ocasionado pelo tropeço dos próprios reis, ainda é possível que alguém na posição de governante seja temente e submeta à vontade divina suas decisões (Dt 17.18-20). Atualmente mais identificada como uma vocação do que no passado, quando a única forma de alcançar um posto político se dava por meios hereditários, arbitrários ou violentos; a política é uma vocação lícita e, como qualquer outra, deve ser subordinada pelo cristão aos interesses do seu chamado divino, visando exercer o seu ofício de forma honesta, justa e coerente com um testemunho que glorifique a Deus e a Cristo. 

CONCLUSÃO Embora a sociedade tenha sempre dado a maior parte da sua atenção aos debates de ordem política, interessando-se por cada minúcia das disposições do Estado, a igreja precisa estar alerta contra esta tendência mundanizante e que pode desviá-la do propósito que somente ela pode cumprir. Lembremos que somos cidadãos do reino dos céus, um reino que durará para sempre; e que o Estado, com todas as suas estruturas e interesses, bem como tudo o que tem servido de debate público, passarão, mas Deus e aqueles que O amam permanecerão para sempre.

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23 novembro 2021

009 - Ética Cristã e a mordomia do corpo - Lição 09[Pr Afonso Chaves]23nov2021



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 LIÇÃO 9 

A ÉTICA CRISTÃ E A MORDOMIA DO CORPO 

TEXTO ÁUREO: “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”. (1 Co 6.20) 

LEITURA BÍBLICA: RM 6.15-23 

INTRODUÇÃO Anteriormente abordamos os princípios de uma ética bíblica para o correto usufruto da vida terrena, que se dá principalmente através do corpo. Na presente lição, propomos analisar um tópico mais específico neste campo, mas não menos importante, a saber, sobre a mordomia cristã do corpo. Que o corpo é um instrumento que pode ser usado tanto para o bem como para o mal, todos sabemos. Mas em que isto implica? Se é um instrumento, que tipo de trato deveria ser dispensado ao corpo a fim de que se tornasse ainda mais eficaz e funcional para a tarefa para a qual foi designado? O que representaria um abuso, um excesso e, finalmente, um pecado nos cuidados dispensados ao corpo? 

I – A SANTIDADE DO CORPO 1) O corpo é a expressão visível do ser. O homem foi criado como um ser complexo, mas não composto, no qual o espírito, aquele fôlego divino, anima e concede todas as funcionalidades mentais, espirituais e físicas a um corpo formado do pó da terra. Deste modo, o corpo constitui a expressão visível e imediata desse ser. Tanto que, morto o homem, isto é, retirado o espírito do seu corpo, ele não é mais – todos os aspectos da sua personalidade morrem juntamente com o corpo, uma vez que já não têm mais nenhum meio de expressão (Ec 9.5-6, 10). Tudo o que resta dele são memórias fragmentárias, que jamais poderíamos reunir para formar sua personalidade integral. Somente Deus pode reconstituir esse ser, pois somente Ele conhece a inteireza da personalidade de cada indivíduo, inclusive nos seus aspectos mais íntimos e jamais expressos, mas sempre associados ao corpo. 2) O corpo cumpre um propósito divino. A despeito do que dizem certas religiões e até mesmo alguns segmentos dentro da Cristandade a respeito da sua natureza e função, o corpo é de origem divina. E, como tudo o que foi criado por Deus, o corpo é algo bom, apropriado para servir à sua função (Gn 2.7). É através do corpo que o homem trabalha e lavra a terra na qual foi colocado; é através do corpo que frutifica e enche a terra com os seus descendentes; é através do corpo que exerce o domínio sobre toda a criação; enfim, é através do corpo que se aperfeiçoa na sua busca a Deus, através de obras de santidade, justiça e verdade que o tornam mais conformado à imagem e semelhança do seu Criador. É bem verdade que a corrupção do pecado afetou o corpo da mesma forma que os demais aspectos da criação – graças à concupiscência, o corpo é escravizado pela prática do pecado, a ponto de o termo “carne”, que originalmente se refere ao corpo humano no seu mero aspecto material, ganhar a conotação de “natureza pecaminosa que se expressa pelo corpo” (Gl 5.19; Rm 8.13). 3) O corpo pertence a Deus e a Cristo. Mas, como parte da criação de Deus, o corpo está incluído no sábio e eterno propósito de redenção revelado no evangelho. Afinal, o Filho de Deus veio ao mundo para salvar o homem dos seus pecados – que é o mesmo que dizer que Ele veio libertar o corpo do homem da escravidão mental e espiritual ao pecado para que esse corpo pudesse ser instrumentalizado por uma consciência renovada e voluntária no serviço ao Deus vivo (Rm 6.11). Uma salvação do homem que não inclua a redenção do corpo é uma salvação incompleta, e por isso a promessa final do evangelho é a da ressurreição e glorificação do corpo – a prova mais incontestável do seu valor e importância para Deus (1 Co 15.42; Fp 3.21). Eis que o próprio Salvador, o Verbo divino, se fez carne para que isto fosse possível, de modo que agora o direito divino sobre nosso corpo é reafirmado contra o pecado e contra Satanás, enquanto o amor daqu’Ele que padeceu em Seu corpo aquilo que nós deveríamos ter padecido no nosso próprio corpo nos constrange a instrumentalizá-lo para a glória de Deus e de Cristo (Hb 2.14-15; Gl 2.20). 

II – O CUIDADO DAS NECESSIDADES DO CORPO 1) Cuidados relacionados à alimentação. O Senhor Deus se importa com aquilo que comemos, pois o alimento é indispensável à manutenção do corpo. Todos sabemos que uma alimentação desequilibrada afeta o desempenho do indivíduo em seus afazeres. Deus não criou apenas um tipo de alimento, mas uma variedade a partir da qual o homem pudesse obter todos os elementos necessários ao seu sustento e nutrição, além do prazer de experimentar sabores diferenciados e únicos, e reconhecer aí mais um aspecto da generosidade e bondade divinas (Gn 2.9, 16; At 14.17). 2) Cuidados relacionados à higiene. O cuidado com o asseio é igualmente tão importante quanto com a alimentação, a fim de evitar exposição a resíduos nocivos à saúde. Desde a antiga dispensação, a palavra “santidade” designava tanto a separação em relação às coisas comuns quanto a pureza e asseio das coisas de Deus, em contraste com o pecado, imundo e contaminante (Dt 23.10-14; Lv 22.8). É natural que aquele que procura se santificar em relação ao pecado, em consonância com o seu amor pela pureza, seja cuidadoso quanto ao asseio do corpo e do ambiente em torno. 3) Cuidados relacionados à saúde. O pressuposto básico é que, assim como Deus não abandonou o homem quanto ao necessário para o seu sustento, não seria diferente em relação à sua saúde. Aqui não há espaço para examinarmos as causas da doença, mas podemos afirmar que Deus tanto faz adoecer como sarar, e neste último caso Ele pode fazê-lo tanto através da medicina como apesar da medicina (Sl 103.3; Is 38.21; Mc 5.25-26; 1 Tm 5.23). Que existe o cuidado de Deus pela saúde dos Seus não resta dúvida, pelo fato de que as Escrituras condenam a glutonaria e a bebedeira – que são excessos em coisas lícitas que anulam o bom senso. O mesmo ocorre hoje com as bebidas alcoólicas e os entorpecentes (Gl 5.21; 1 Co 6.10). 

III – CASOS DIVERSOS 1) Doação de sangue e de órgãos. Num tempo em que não havia esta possibilidade médica, as Escrituras não consideram a licitude ou ilicitude da doação. Alguns, apegando-se à proibição do sangue para alimentação, e à inviolabilidade do corpo a ser preservado para a ressurreição, se proíbem tanto doar como receber uma doação por parte de outros. No entanto, à luz do princípio de que dar a vida pelo próximo é lícito, doar parte dessa vida em seu favor deveria se-lo também, pois é um ato de menor impacto para a vida do doador (Jo 15.12-13). 2) Vestuário. O uso de roupas pelo homem surge em consequência da Queda, significando o senso de vergonha em relação à sua própria condição, tanto diante do próximo como diante de Deus (Gn 2.25; 3.7-10). Daí surge também a correlação entre pudor e honra e vestuário, de modo que a falta da cobertura do corpo não apenas torna-se vergonhosa e aviltante para o indivíduo, mas ofensiva e escandalosa para os que o virem nessa condição, equiparando-se a um ato lascivo (Ex 20.26; Lv 18.7- 9). Deste modo, permanece a orientação divina para que os cristãos se vistam de acordo com os princípios da honestidade, pureza, simplicidade e honra (1 Tm 2.9). 

CONCLUSÃO O corpo não é uma carcaça de pouco valor, mas é um instrumento frágil e ao mesmo tempo poderoso em Deus para realizarmos o Seu grandioso propósito para nossa vida. Não negligenciemos os cuidados com o corpo, pois de outro modo condições indesejadas prejudicariam não apenas nosso desempenho em afazeres pessoais, mas em nosso serviço e devoção a Deus.

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16 novembro 2021

008 - Ética Cristã da Vida em Sociedade - Lição 08[Pr Afonso Chaves]16n...

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 LIÇÃO 8 

A ÉTICA CRISTÃ DA VIDA EM SOCIEDADE 

TEXTO ÁUREO: “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl 4.5-6) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 5.13-16 

INTRODUÇÃO A vida em sociedade constitui o aspecto mais extensivo e constante do relacionamento com o próximo, pois é principalmente nesse âmbito que se dá a realização do cristão tanto no seu propósito natural como divino. Ao mesmo tempo, a vida em contato com os nossos semelhantes outros que não a família e a comunidade envolve situações que podem representar um desafio ao caráter e à fé, aos quais devemos estar preparados para responder e sustentar com firmeza aquilo que somos e cremos. 

I – O CRISTÃO NA SOCIEDADE 1) A vida social é uma necessidade natural. Como qualquer outro ser natural, o homem foi criado para viver em companhia, e não só (Gn 2.18) – para isto, o Senhor criou a mulher, e assim instituiu o matrimônio e a vida conjugal. Contudo, o mandato divino era: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn 1.28), o que sugere que a família não seria o único meio no qual o ser humano teria seus relacionamentos sociais. Para encher a terra, seria necessário um aumento expressivo da raça, a ponto de os vínculos familiares que mantêm os indivíduos unidos numa mesma casa, numa mesma região, se diluírem, e a raça poder se dispersar pelo mundo. Por outro lado, a fim de atender suas necessidades, famílias se aproximam uma das outras e estabelecem relacionamentos – daí surgem os clãs, as tribos, os povos com seus idiomas e culturas. Enfim, não importando a extensão da experiência de cada um com o mundo fora do âmbito familiar, mais cedo ou mais tarde a vida social se impõe como uma necessidade para o indivíduo definir e alcançar seus objetivos. 2) O cristão ainda faz parte da sociedade. O evangelho introduz o homem numa nova realidade – a realidade do reino de Deus, onde aqueles que são despertados pela graça a se sujeitarem a esse domínio que não passará jamais vivenciam sua fé e seu relacionamento com o próximo especialmente no âmbito da igreja. De fato, a igreja representa o ideal de uma nova sociedade, cujo cabeça é Cristo Jesus – e essa nova sociedade eventualmente suplantará todas as antigas estruturas da sociedade terrena e decaída dos homens (cf. Dn 2.44; 2 Pe 3.13-14). Contudo, o evangelho não nos despoja de nossos antigos vínculos sociais – seja a nível de família ou nos níveis mais amplos da sociedade. Muitos aspectos desses relacionamentos poderão ser afetados, conforme ainda veremos; mas de qualquer forma a graça de Deus não nos tira do mundo, como disse Jesus (Jo 17.15), e, enquanto estivermos nele, por relativamente breve que seja nossa estadia, ainda precisamos viver deste mundo, como disse o apóstolo (1 Co 7.31). 

II – RESPONSABILIDADES DA VIDA SOCIAL 1) O que esperar da sociedade. Considerando que sociedade significa o mesmo que mundo, podemos dizer que, embora estejamos inseridos nela, não pertencemos mais a ela. De fato, nosso senso de cidadania e pertencimento agora é a outra sociedade e pátria, e aguardamos a redenção da sociedade atual no reino de Deus que há de se revelar na eternidade (Hb 11.13-14; Fp 3.20; cf. Rm 8.20-21). Constituindo-se a sociedade, ou o mundo, predominantemente de homens infiéis ou incrédulos, que não reconhecem a realidade do reino de Deus, ou o fazem de modo hipócrita, sem crer na eficácia da piedade, o máximo que podemos esperar é a possibilidade de viver nossa fé, e cumprir nossos deveres, e alcançar nossos objetivos, em sossego e tranquilidade – pelo que somos exortados a orar (cf. 1 Tm 2.1-2; cf. Jr 29.7). 2) Submissão às autoridades e leis. À parte das discussões a respeito de formas de governo melhores ou piores, e mesmo sobre a possibilidade de uma sociedade “sem governo” constituído, as Escrituras nos fornecem orientação clara sobre como devemos nos conduzir em relação às autoridades constituídas, seja qual for a natureza dessa instituição. A autoridade humana reflete a autoridade divina, e é do maior interesse dos fiéis que aqueles que são investidos desse poder sejam capazes de usá-lo com sabedoria e equidade para a manutenção da ordem e, consequentemente, da paz (cf. Rm 13.1-7). Não apenas às leis divinas que ainda se veem parcialmente reproduzidas nos códigos que regulamentam a conduta de um Estado; mas inclusive a leis que, de outro modo, pareceriam questionáveis ou arbitrárias – enquanto não se oponham à lei de Deus e à sua própria consciência – o cristão é orientado a acatar na boa fé de que seus governantes tencionam o melhor para os governados, e a dar testemunho de obediência (cf. 1 Pe 2.13-17). Se tiver de ser punido pelo Estado, que seja apenas e tão somente enquanto cristão, por causa do nome de Cristo, e não por verdadeira desobediência às leis (1 Pe 4.15- 16). 3) Prudência nos relacionamentos. É verdade que o evangelho de modo algum incentiva a quebra de relacionamentos sinceros e de boa fé, seja a nível de amizade, namoro ou casamento. Contudo, bem sabemos que a tendência pecaminosa tende a prevalecer no homem que não foi alcançado pela graça de Deus; e, eventualmente, o evangelho será motivo de divisão de opiniões e atitudes entre o fiel e o infiel (cf. Lc 12.53). Não podemos exigir do incrédulo e ignorante aquilo que a graça de Deus ainda não lhe concedeu; mas, ao mesmo tempo, não podemos ter comunhão com o pecado ou a aparência do mal (1 Co 5.9-10; 15.33; 1 Ts 5.22; Ef 5.11). O evangelho nos ensina a sermos pacientes e suportar os fracos e ignorantes, na esperança de ganha-los ou, ao menos, santifica-los; se, porém, a fé representa um obstáculo para o incrédulo, e este preferir se afastar do fiel, que se afaste – fomos chamados para a paz, e não para divisão e conflitos, nem para caminhar com o infiel nos mesmos termos e condições (1 Co 7.13-15; 2 Co 6.14). 

III – O TESTEMUNHO CRISTÃO À SOCIEDADE 1) Através da pregação e do exemplo. A missão da igreja e do cristão em particular se definem em grande medida à luz da sua relação com a sociedade. Afinal, o Filho de Deus veio ao mundo, para salvar aqueles que estavam no mundo e que foram amados pelo Pai desde a eternidade (Jo 3.16; 17.6). Tendo sido salvo no mundo, o cristão é mantido no mundo para que outros sejam salvos através do seu testemunho (1 Pe 2.9; Mt 28.19-20). Por outro lado, seu testemunho não consiste apenas em palavra, mas se estende à prática, e é no campo dos relacionamentos sociais que o fiel pode brilhar ainda mais notoriamente. Se reunidos em igreja, os fiéis testificam ao mundo que são verdadeiramente discípulos de Cristo Jesus (Jo 13.34-35; At 2.47); enquanto indivíduos de uma sociedade em confusão e trevas, através de suas boas obras, seus esforços sinceros pela paz, prosperidade e manutenção da ordem, e pelo seu compromisso inabalável com o evangelho, o cristão glorifica a Deus ao mesmo tempo em que frustra os maus intencionados e de alguma forma escandalizados com o comportamento daqueles que em algum momento falharam em seu testemunho (1 Pe 2.12; 1 Co 10.32-33). 

CONCLUSÃO Precisamos estar atentos em nossos relacionamentos com aqueles que não conhecem nem temem a Deus, para não sermos levados a nos submeter a um jugo pela malícia e sutileza do pecado. Mas também não precisamos nos retirar completamente da sociedade para evitar aquilo que desagrada a Deus; somos chamados a viver nela como cidadãos de uma pátria melhor, perfeita e justa, e vivendo como se já a contemplássemos, instigamos em outros o desejo por também conhece-la e almejá-la.

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09 novembro 2021

007 - Ética Cristã da Vida em Comunidade - Lição 07[Pr Afonso Chaves]09nov2021

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 LIÇÃO 7 

A ÉTICA CRISTÃ DA VIDA EM COMUNIDADE 

TEXTO ÁUREO: “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia” (Hb 10.24-25) 

LEITURA BÍBLICA: ATOS 2.41-47 

INTRODUÇÃO Nas lições anteriores consideramos a ética cristã sobre alguns aspectos do relacionamento com o próximo, como na vida familiar e no trabalho. Na lição de hoje, trataremos da vida em comunidade, do relacionamento no qual fomos inseridos através da aceitação do Evangelho de Cristo Jesus. Há uma ética para esse relacionamento, pois a nova vida de fé significa tanto estar vivo para aqu’Ele que nos salvou como também compartilhar as bençãos dessa nova vida com aqueles que foram igualmente salvos e possuem semelhante fé, no interesse de que eles sejam edificados e assim Deus seja grandemente glorificado. 

I – A NATUREZA COMUNITÁRIA DA IGREJA DE CRISTO 1) Ser salvo é fazer parte da igreja de Cristo. A igreja deve sua origem ao propósito de Deus formar para Si um povo especial dentre todos os povos – um povo constituído de homens e mulheres que, não obstante sujeitos à condenação do pecado como todo o mundo, foram resgatados, justificados e santificados através do sacrifício expiatório do Filho de Deus (Ap 5.9-10; Tt 2.11-14). Aqueles que são alcançados por essa graça e salvos pela fé em Cristo Jesus são identificados como aqueles que pertencem a Deus, Seus filhos, Suas ovelhas, Seus eleitos – designações estas que naturalmente levam ao sentido de que pertencem a uma coletividade, chamada nas Escrituras de família de Deus, Seu rebanho, Sua igreja (cf. Ef 2.19; Jo 10.14, 16; 11.51-52; At 2.47). Além disso, em Cristo há uma integração entre os fiéis, não apenas aproximando um do outro na fé, na graça, na virtude; mas também tornando um funcional e útil em relação ao outro, na medida em que o dom de Deus é dispensado em diferentes medidas aos fiéis, daí sendo também designados como membros do corpo de Cristo (1 Co 12.12, 14, 20, 27). 2) O fundamento da vida cristã é o amor fraternal. Juntamente com o primeiro mandamento, e tão importante quanto este, o segundo mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, expressa a essência do ministério de nosso Senhor Jesus Cristo, e resume tudo aquilo que Ele ensinou e mandou aos que desejam agradá-l’O e assim serem chamados Seus discípulos (cf. Jo 15.12, 14). Assim como Ele nos amou, dando Sua vida por nós, do mesmo modo devemos amar aqueles por quem Ele morreu e que, como nós, são os Seus amigos e nossos irmãos de fé (1 Jo 4.7-11, 20-21; 5.1). E, assim como o amor de Cristo foi demonstrado objetivamente através do Seu sacrifício supremo na cruz, o amor com que devemos amar nossos irmãos não é teórico, apenas por consideração; antes, o exercício desse amor requer uma convivência e comunhão entre os fiéis que é proporcionada somente no contexto da igreja (1 Jo 3.16-18; Rm 12.9-10, 13). 

II – ASPECTOS DA VIDA FRATERNAL 1) Humildade e sujeição. Uma das características mais notáveis do amor com que Cristo nos amou e que Ele nos manda amarmos uns aos outros é o serviço ao próximo. Sendo a vida fraternal a expressão mais exemplar de que tem o amor de Deus, o cristão deve se sentir impelido a servir sinceramente ao seu próximo como servindo ao próprio Senhor, tendo-o em honra e preferência no que diz respeito à vida comunitária, e não buscando os seus próprios interesses (cf. Fp 2.3-5; Ef 5.21; 1 Pe 5.6-7). Enquanto no mundo a máxima é dominar e sujeitar o próximo, entre os fiéis deve ser de outro modo: “Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve” (Lc 22.26). 2) Compaixão e tolerância. Todo agrupamento de pessoas enfrenta problemas de ordem relacional, lidando com conflitos de interesses ou opiniões através da hierarquia e de regimentos. Não é diferente na igreja que, embora de origem divina, constitui-se de humanos que procuram viver em sujeição ao senhorio de Cristo Jesus. Dificuldades para compreender certas questões ou implementar certos hábitos, diferenças de opiniões ou propósitos, desde que não sejam de natureza pecaminosa – tais como são heresia, dissensão, emulação, apostasia – devem ser tratadas com paciência e compreensão por parte dos que se sentem contrariados, pois o propósito da igreja não é agradar aos membros, e sim a Cristo, que morreu por todos e por Quem cada um vive a sua fé conforme seus hábitos de convicção particular (cf. Rm 14.1-12). Por outro lado, os que pecaram precisam de perdão, não de castigo, e para tanto é necessário admoestá-los e corrigi-los com verdadeiro interesse na sua recuperação (cf. 2 Ts 3.14- 15; Mt 18.21-35). 

III – A IGREJA DE CRISTO E SUA ORDEM 1) A autoridade na igreja. O dom de Deus é distribuído livremente aos fiéis, mas o fato de que há diferentes medidas dessa graça, de acordo com a necessidade da igreja, não só testifica da diversidade que há no corpo de Cristo, mas também dos diferentes graus de responsabilidade de uns para com os outros. Aqueles que são chamados a exercer funções de maior abrangência e impacto sobre a igreja devem ser respeitados e sua obra estimada, pois sua responsabilidade diante de Deus é maior e por isso haverão de prestar contas diante do Salvador pelas almas incumbidas ao seu cuidado (cf. Hb 13.7, 17; 1 Co 4.1-2; 1 Tm 5.17-20). 2) A reverência devida à igreja. Tratando-se da igreja de Deus, não importa o número de sua membresia, nem as suas acomodações materiais ou condições financeiras, toda a congregação de fiéis é lugar santo e nossa atitude ou comportamento devem ser santificados à altura da casa de Deus, se não quisermos incorrer no grave pecado da profanação (cf. Ec 5.1-2; Lv 10.9-10; Ez 22.26; 1 Co 11.25-29); não somente o culto em si deve ser prestado com a devida atenção e prudência em cada palavra, em cada ato; mas até mesmo no modo como sentamos, conversamos e nos movimentamos no ambiente sagrado, bem como no vestir – tudo deve refletir nossa reverência e piedade, estimulando aos que nos observam ao mesmo comportamento (cf. Ex 20.26). 

CONCLUSÃO A vida em comunidade, embora não represente o todo do nosso relacionamento social, é um dos aspectos mais importantes desse convívio; é aí que aprendemos com o próximo a viver como nosso Mestre, e é cumprindo o mandamento no convívio com o próximo que poderemos levar o testemunho sincero e genuíno desse amor aos que estão de fora, a fim de que saibam que somos verdadeiramente discípulos de Cristo Jesus.

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AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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02 novembro 2021

006- - Ética Cristã do Trabalho - Ética Cristã Lição 06[Pr Afonso Chaves]02nov2021


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 LIÇÃO 6 

A ÉTICA CRISTÃ DO TRABALHO 

TEXTO ÁUREO: “e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; para que andeis honestamente para com os que estão de fora e não necessiteis de coisa alguma.” (1 Ts 4.11-12) 

LEITURA BÍBLICA: 2 TESSALONICENSES 3.6-12 

INTRODUÇÃO Tendo estudado na lição anterior as implicações éticas do fato de a vida de que desfrutamos ser um dom de Deus, falaremos agora sobre um aspecto que consideramos essencial à compreensão do significado e propósito desta vida, com o qual muitos travam diferentes tipos de conflitos: o trabalho. Por que existe o trabalho, e o que Deus realmente tinha em vista ao instituir esse aspecto da vida humana? Todos devem trabalhar? Existem trabalhos ilícitos, impróprios? E o quanto alguém deveria se aplicar ao seu trabalho, e que finalidade deveria estimular seus esforços nesse sentido? 

I – O TRABALHO É UMA INSTITUIÇÃO DIVINA 1) Deus criou o homem para o trabalho. Se nos voltarmos para o princípio de tudo, veremos que o trabalho foi instituído pelo Senhor Deus como o meio pelo qual o homem deveria obter o seu próprio sustento. Não somente isto, mas ele deveria trabalhar consciente também de que, como um ser criado à imagem e semelhança de Deus, o homem era um mordomo da criação, devendo zelar pelos bens que lhe foram confiados, e tendo de responder por ultrapassar os limites dessa mordomia (cf. Gn 2.5, 8, 15, 16- 17, 19). A Queda tornou o trabalho uma atividade cheia de inquietação e sofrimento (Gn 3.17-19), mas permanece verdadeiro que para o homem é honra trabalhar, mesmo com muito suor, para obter o seu pão. Por outro lado, as Escrituras sempre condenam aquele que evita as dores do trabalho, seja pela preguiça ou indolência que os leva a ignorar a escassez e incerteza inerente aos recursos necessários ao sustento da vida; seja pela cobiça e ganância que leva outros a lançar mão dos bens alheios (cf. Pv 6.6- 11; Ec 5.12; 1 Ts 4.11-12; 2 Ts 3.10-12; Ex 20.15). 2) A relação entre senhor e servo. Com a multiplicação da raça humana, aumentaram suas necessidades e as formas de trabalho se diversificaram. Embora nem todos estejam diretamente subordinados a um superior que lhe determine seu salário, em alguma medida todos dependem de outros para obter o seu sustento. Seja entre o patrão e o empregado, entre o vendedor e o cliente, há uma relação onde, como em todas as demais formas de relação de uns com os outros, deve prevalecer a justiça (cf. Pv 11.1; 20.23; Lv 19.13; Jr 22.13). Notemos como Paulo reforça o aspecto de que, independente da posição que ocupamos ou o que fazemos em nosso trabalho, Deus se agrada do fato de que trabalhemos e ofereçamos o nosso trabalho como demonstração de nossa submissão ao próprio Senhor Jesus (cf. Cl 3.22-25; Ef 6.5-9). 3) O caráter sagrado do descanso. Apesar de trabalhar para prover suas próprias necessidades, enquanto engajado em seu negócio, o homem de certo modo imita o próprio Deus, que, mesmo sendo o Todo-poderoso, executa a Sua vontade em termos de trabalho (cf. Jo 5.17). E, muito embora o homem jamais alcance a plena satisfação de suas necessidades a ponto de não precisar mais trabalhar, o Senhor já apontou o caráter transitório do trabalho, pelo fato de que o próprio Deus cessou a Sua obra da criação e descansou (Gn 2.1-3). E isto o Senhor fez com o propósito expresso de que o homem também alcançasse descanso dos seus trabalhos – o que foi representado de diversas maneiras sob a antiga dispensação, particularmente na forma do repouso do sétimo dia (Mc 2.27; Ex 20.8-11). E, embora continue sendo uma forma de repouso necessária tanto para a manutenção do corpo como para impedir a ocupação exclusiva nos nossos próprios negócios, sabemos que o verdadeiro repouso está preparado e reservado para aqueles que permanecerem na fé de Cristo Jesus (cf. Mq 2.10; Hb 4.9-11). 

II – TRABALHANDO PARA ESTA VIDA 1) Deus abençoa aquele que trabalha. Tudo aquilo que decorre como fruto do trabalho – não apenas o necessário para o sustento, mas inclusive o que excede o necessário – é benção e dom de Deus, para desfrute do homem (cf. Ec 2.24; 5.18-19; 9.9-10). Não há mal em adquirir bens deste mundo, desde que não o façamos movidos por algum sentimento mundano, nem abusemos de tais bens, esquecendo-nos de que a alegria que proporcionam é passageira e, portanto, não pode diminuir nossa vigilância para com a vinda do Senhor (cf. Tg 4.1-4; Lc 21.34; 1 Co 7.29-31). Por outro lado, se mesmo trabalhando não conseguimos tudo o que desejamos, tenhamos cuidado com a cobiça e murmuração; Deus fez tanto o pobre como o rico, mas ama e sustenta a ambos (1 Tm 6.6-9). 2) O perigo da preocupação ou da cobiça. Não há nada de errado economizar para o futuro, tendo em vista a precariedade dos bens materiais e a dificuldade de obtê-los (cf. Pv 21.20). Mas, por outro lado, a Escritura condena a atitude daquele que, movido pela falta de confiança na boa providência de Deus, ou mesmo pela cobiça, anseia por acumular riquezas ou ter aquilo que Deus não lhe deu, e tal atitude é caracterizada como amor ao dinheiro, sendo a fonte de diversos males (cf. Mt 6.19-21, 25-34; 1 Tm 6.9-10, 17). Relacionado com este tópico, a dependência da caridade alheia frente a uma adversidade, seja na forma de uma doação ou empréstimo – ambas sendo gestos louváveis (Mt 5.42) – mas passa a ser uma temeridade contar com um socorro de longo prazo ou que represente um risco significativo para as próprias economias do que se põe por fiador (cf. Pv 6.1-5; 11.15; 22.26-27). 

III – TRABALHANDO PARA A VIDA FUTURA 1) Usando os bens desta vida para fins espirituais. Além da dignidade geral que o trabalho concede ao homem, dando-lhe tanto os meios de obter seu sustento como um senso de mordomia sobre a criação, em Cristo Jesus não apenas o trabalho propriamente, mas todo o fruto de nossas mãos adquire novo propósito à luz do fato de que, pertencendo ao nosso Salvador, tudo o que temos também é d’Ele e deve ser usado com vistas a cumprir a Sua vontade. Ele mandou que amássemos uns aos outros, e o nosso trabalho é o meio pelo qual ele nos provê o necessário para cumprirmos este mandamento, na medida em que nos dispomos a abrir mão do que Ele nos concede para favorecer o próximo em suas necessidades (cf. Ef 4.28; 1 Jo 3.17-18). Não é necessário ser rico para isto, pois todos são, pelo trabalho, aptos a contribuir de acordo com suas limitações (2 Co 8.1-4); mas aqueles que são particularmente favorecidos neste aspecto devem ver sua abundância como oportunidade para se destacarem neste dever cristão (cf. 1 Tm 6.17-19; Lc 12.33; 16.9). 

CONCLUSÃO O trabalho foi instituído por Deus para nos dar um senso de propósito quanto a esta vida e utilidade quanto ao nosso próximo. Apesar das diferenças e mesmo injustiças associadas às relações de trabalho, em Cristo somos ensinados a trabalhar não em função do ganho, mas sim desse propósito e utilidade. Devemos glorificar a Deus pelos frutos colhidos em nosso trabalho, ao mesmo tempo em que, agradecidos pela Sua benevolência, atentar para as necessidades daqueles que, atingidos pela adversidade, dependem da abundância do que temos colhido.

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