24 janeiro 2019

004-A doutrina sobre o Homem - Doutrina Lição 04[Pr Afonso Chaves]22jan2019


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LIÇÃO 4: 
A DOUTRINA SOBRE O HOMEM 

TEXTO ÁUREO: 
“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 8 

INTRODUÇÃO 
Tão importante quanto a doutrina sobre Deus é aquilo que as Escrituras Sagradas nos ensinam sobre o próprio homem: sua origem e natureza, bem como sua condição antes e depois da Queda. Sem este conhecimento, não podemos entender como nos relacionamos com Deus, nossas capacidades e limitações, nem o nosso lugar nos desígnios divinos. Veremos, então, que desta doutrina dependem outras doutrinas fundamentais, como a do pecado, de Cristo e da salvação, as quais estudaremos oportunamente na sequência das próximas lições. 

I – A ORIGEM E NATUREZA HUMANA 
1. Sua Criação. 
Como todos os outros seres viventes, o homem também deve sua origem e existência ao Deus Todo poderoso. Formado no final do sexto dia, ele é a obra conclusiva daquele período em que “os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados” (Gn 2.1). O relato das origens nos informa ainda que Deus criou tanto o homem como a mulher (Gn 1.27), embora acrescente, em maiores detalhes, que primeiro veio o homem e, depois, a partir dele, Deus formou a mulher (Gn 2.7, 20-22). 
Tal como os outros animais, criados para se reproduzirem “segundo a sua espécie”, a este primeiro casal, uma vez unido como um só corpo, também foi dado o poder de frutificar e se multiplicar, e encher a terra (Gn 1.28). Isto foi confirmado após o dilúvio, no qual todo o mundo antigo havia sido destruído por Deus, e assim toda a humanidade, na sua multidão de povos e variações de cor, língua e habitações, remonta sua origem a um só sangue, a um antepassado comum (Gn 9.1, 18-19; Dt 32.8). 

2. Sua Natureza. 
Quanto à composição do ser humano, a princípio não encontramos nada nas Escrituras que o diferencie materialmente das outras criaturas, tendo sido formado a partir da mesma terra – ou, mais propriamente, do pó da terra – assim como elas (Gn 2.7, 19); e sendo animado pelo mesmo sopro, fôlego ou espírito de vida proveniente de Deus (cf. Ec 3.19-21; Gn 6.17; 7.21-22). 
Ele também é chamado de “alma vivente”, junto com os animais (Gn 1.20, 24), pois, como estes, é um ser animado, que desfruta de vida que não é própria, mas derivada ou doada por Deus (Ec 12.1-7). 
Mas, a isto devemos acrescentar que, sob outro aspecto, há uma diferença notável entre o homem e os animais: ele possui faculdades inalienáveis, tais como vontade, intelecto e emoções, as quais compõem o seu caráter, que o individualiza entre os seus semelhantes. É a parte imaterial e invisível do seu ser, mas ao mesmo tempo indissociável da sua condição de alma vivente, pois é somente enquanto corpo animado pelo espírito é que tais faculdades podem ser exercidas (Ec 9.5-6; Sl 146.3-4). Em outras palavras, o homem é um ser indivisível, o exterior e o interior estando entremeados de tal forma que somente Deus é capaz de distinguir uma coisa de outra (Hb 4.12). 

II – SEU LUGAR NO PROPÓSITO DE DEUS 
1. Sua Preeminência sobre a Criação. 
Assim como todas as coisas foram criadas segundo o sábio conselho de Deus, e cooperam juntamente para a execução do Seu grandioso propósito, a criação do homem recebe especial destaque nas Escrituras, na citação expressa da resolução de Deus a seu respeito: “Façamos o homem...” (Gn 1.26). Isto quer dizer que, em todas as obras anteriores pelas quais o mundo fora criado, moldado e adornado, Deus tinha em vista o homem como seu principal habitante, como aquele que faria uso dos melhores recursos da terra e exerceria um justo e bondoso domínio, em nome do seu Criador, sobre as demais criaturas (Gn 1.28-29; 2.4-8, 15, 19-20; Sl 115.16). 

2. Criado à Imagem e Semelhança de Deus. 
Outro aspecto singular na criação do ser humano, e que lança muita luz sobre o seu lugar nos planos divinos, é o fato de ser ele a única criatura feita à imagem e semelhança de Deus, o que é lembrado mesmo após a queda (Gn 5.1; 9.6). Isto se refere não apenas à sua condição original, na qual fora criado moralmente reto (Ec 7.29), ou seja, em harmonia com a justiça, santidade, justiça, bondade e amor de Deus; mas também aponta para o propósito supremo da sua existência. 
O homem foi criado para ter comunhão consciente com Deus, devendo empregar suas faculdades únicas (vontade, intelecto, emoções) para buscar, conhecer e amar ao seu Criador (At 17.26-27; Ml 2.15-16; Jo 4.23). 

3. Cristo Jesus, a Cabeça do Homem
Assim como as demais doutrinas, a doutrina sobre o homem deve nos levar à compreensão do supremo propósito de Deus de glorificar Seu Filho Jesus através da nossa salvação. E isto alcançaremos, se considerarmos, primeiro, que Jesus é o segundo homem, ou último Adão, em distinção ao primeiro (1 Co 15.45-48). 
O primeiro não alcançou o elevado alvo da sua existência, ao passo que, no segundo, a divindade habita em perfeita harmonia com a Sua forma ou condição humana, assumida na encarnação (Jo 1.14; 14.9-10; Cl 1.19; Hb 1.3). 
Por isso Deus o exaltou (Fp 2.5-11), fazendo-O herdar todas as coisas, inclusive o próprio ser humano. Todos os demais homens ou fracassam por estarem identificados com o primeiro homem, Adão, ou são membros do corpo de Cristo, que é a cabeça salvadora da nova humanidade, do homem perfeito (Hb 2.5-9; Ef 4.12- 13; Fp 3.8-14; Rm 8.29). 
Em consequência disto, a virtude da Sua vida é aplicada ao caráter do salvo, aperfeiçoando nele progressivamente a verdadeira imagem divina (Ef 4.21-24; Cl 3.8-11). 

III – SUA CONDIÇÃO ANTES DA QUEDA 
1. Sua Felicidade. 
As condições em que o homem fora criado e estabelecido por Deus eram totalmente favoráveis à sua perfeita felicidade. Sua habitação era um jardim plantado pelo próprio Deus no Éden, onde Adão podia desfrutar de todo o tipo de beleza natural e de variedade de árvores frutíferas (Gn 2.8-9). 
Sua ocupação era lavrar e cuidar do que Deus já havia preparado (v. 15). 
Para cumprir o mandato divino de frutificar e dominar a terra, foi presenteado com uma companheira, que lhe completava (vv. 22-24). E tudo isto sob a tutela e atuação direta de Deus. Por último, a árvore da vida no meio do jardim era um sinal claro do interesse e da boa vontade do Criador em tornar perpétua para eles aquela felicidade (v. 9). 

2. Sua Inocência e Simplicidade
É certo que o primeiro casal não partilhava de qualquer senso de culpa, malícia ou inclinação pelo mal. Foram criados retos e estão incluídos na declaração de Deus de que tudo quanto tinha feito era “muito bom” (Gn 1.31), ou seja, adequado para o Seu santo propósito. 
Por outro lado, as Escrituras sugerem certa simplicidade de entendimento no primeiro casal, que não lhes permitiu valorizar o bem de que desfrutavam e rejeitar o mal, quando este lhes foi apresentado de fora. Isto será assunto da próxima lição. De momento, queremos apenas destacar que, embora sem culpa, Adão e Eva não eram perfeitos em entendimento (Gn 2.25). 

3. Sua Prova. 
Se todas as ordens de Deus até aqui são mais propriamente determinações sobre a condição natural do ser humano, o mandamento: “De toda a árvore do jardim comerás livremente ... mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás” (Gn 2.16-17), encerra a possibilidade de transgressão, e esta implica em sanção. Por aqui fica evidente que o homem ainda estava sob prova de fidelidade ou obediência, podendo ser aprovado ou reprovado. E a firme obediência a este mandamento dependia exatamente do que lhes faltava: discernimento do bem e do mal (2 Co 11.3). 

CONCLUSÃO 
Ao contrário das filosofias humanistas, a doutrina bíblica sobre o homem não o exalta por algo que ele possua ou faça de si mesmo. Ela mostra que ele é uma peça importante no arcabouço dos decretos de Deus, e que a sua felicidade está em reconhecer aqu’Ele que o criou, bem como a bondade, o amor e a misericórdia com que foi honrado por Ele no Seu grandioso propósito. 

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17 janeiro 2019

003-A doutrina sobre Deus(Atos e Obras) - Doutrina Lição 03[Pr Afonso Chaves]15jan2019


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LIÇÃO 3: 
A DOUTRINA SOBRE DEUS (SEUS ATOS E OBRAS) 

TEXTO ÁUREO: 
“Quão grandes são, Senhor, as tuas obras! Mui profundos são os teus pensamentos” (Sl 92.5). 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 33.1-11 

INTRODUÇÃO 
Tendo lançado o fundamento da doutrina bíblica na revelação de Deus sobre o Seu próprio Ser e atributos, precisamos ainda considerar Seus atos e obras. Todas as demais doutrinas só podem ser compreendidas à luz do que Deus é e do que Ele faz. 
Veremos que há uma harmonia perfeita entre uma e outra coisa, e que as grandezas e perfeições do Seu caráter, que estudamos na lição anterior, são principalmente manifestadas nas coisas que Ele determinou na eternidade e que Ele tem feito desde o princípio da criação. 

I – OS DECRETOS E O PROPÓSITO DE DEUS 

1. A Natureza dos Seus Decretos. Como é próprio do homem sábio e prudente pensar e planejar aquilo que pretende fazer, assim também Deus não faz coisa alguma sem antes ter proposto e decidido tudo por Si e em Si mesmo. 
De fato, Ele “faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1.11). Não há nada que Deus faça sem um propósito pré-definido, inescrutável e muito elevado para nossa compreensão, traçado na eternidade (Ef 1.4; 3.11), perfeito em conselho, sabedoria e prudência (Jó 12.13; Is 40.13-14; Rm 11.33-34). 
Seu propósito é imutável, pois Deus não precisa “pensar duas vezes”, tampouco mudar Suas decisões, já que Ele sabe todas as coisas que devem acontecer (Sl 33.11; Hb 6.17-18; At 15.18). O que ele definiu pode ser propriamente chamado de “decreto”, pois emana da Sua onipotência, nada podendo impedir seu cumprimento. 
Em outras palavras, a vontade de Deus é soberana, eficaz e irresistível (Is 46.10; Jó 42.2; Dn 4.35). 

2. A Extensão dos Seus Decretos. O propósito que Deus definiu na eternidade compreende absolutamente todas as coisas, seres e eventos que há nos céus e na terra, do começo ao fim dos tempos. 
Nada pode existir ou suceder fora de Deus, ou sem que Ele tenha decretado (Rm 11.36): desde os eventos mais fortuitos (Ex 21.12-13; Pv 16.33), passando pelas rotinas da natureza (Gn 8.22), até à vida humana, nas circunstâncias físicas e materiais da sua existência (Jó 14.5; Ex 4.11; Ec 7.14), bem como nas suas ações, por mais voluntárias ou aparentemente “livres” que sejam (Pv 19.21; 21.1); para tudo há um propósito definido por Deus (Ec 3.1, 2). 
Nem mesmo as más ações escapam a esse propósito, pois Deus tanto determina a relação de causa e efeito entre o pecador e o pecado, como também dá ao mal uma finalidade que contribui para o cumprimento do Seu propósito, que é sempre bom (At 2.23; Gn 45.8; Ex 11.9-10) e no qual Ele é também glorificado na demonstração da Sua justiça (1 Sm 2.17, 25; Rm 9.22). 

3. O Supremo Propósito dos Seus Decretos. Embora ninguém seja capaz de sondar e entender os desígnios divinos (1 Co 2.11, 16; Is 55.8-9), as Escrituras nos ensinam que Deus desvendou o grandioso propósito da Sua vontade, que é o de “tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef 1.8- 10; 3.9-11). 
Em outras palavras, todas as coisas nos céus e na terra foram determinadas por Deus visando a salvação ou glorificação do Seu povo e, consequentemente, à glorificação da Sua própria graça, bondade e poder manifestados em Cristo Jesus (Ef 1.6, 12; 2.7). Mas, como ainda estudaremos a doutrina do pecado e da salvação, onde este assunto será mais bem desenvolvido, nesta lição falaremos apenas sobre as obras da criação e da providência de Deus, que são subservientes ao Seu supremo propósito de salvação. 

II – A CRIAÇÃO DE DEUS 

1. A Natureza da Criação. Enquanto os decretos são atos “internos” do próprio Deus, na eternidade, a criação pode ser considerada Seu primeiro ato “externo”, no qual Ele dá existência, no tempo, a seres distintos d’Ele, embora em dependência d’Ele. Deus criou todas as coisas, e tudo o que existe foi criado segundo a Sua vontade (Gn 1.1; 2.1; Ap 4.11). 
Antes da criação, havia “apenas” Deus, de modo que Ele não poderia ter usado matéria “pré-existente”, mas criou a própria matéria a partir do nada, passando então a separar, formar e aperfeiçoar todas as coisas que propôs em Seu intento. 
Deus fez tudo pela Sua poderosa palavra (Sl 33.9), a qual se revelou ser o próprio Senhor Jesus (Jo 1.1-3; Hb 1.2; Cl 1.15-17). 

2. A Criação Invisível. Que Deus criou um mundo invisível, e seres invisíveis que n’Ele habitam juntamente com Ele, podemos deduzir a partir das Escrituras Sagradas, embora não com o mesmo nível de informações que ela dá com respeito ao mundo físico. 
Esses seres são genericamente chamados de “exércitos do céu” (Ne 9.6; Lc 2.13), pois foram criados em grande multidão (Dn 7.10; Ap 5.11; Hb 12.22), ou ainda de “anjos” (Sl 148.2), em razão de muitos deles servirem a Deus como excelentes mensageiros, em favor do Seu povo eleito (Hb 1.7, 14; Lc 1.19). 
Outros são apresentados em permanente adoração na presença de Deus, proclamando a Sua glória e santidade, e são chamados de “serafins” ou “querubins” (Is 6.1-3; Ez 1; Ap 4.4-8). Não sabemos exatamente quando foram criados, mas podemos afirmar que eles já estavam presentes no princípio da criação deste mundo (Jó 37.7). 

3. A Criação Visível. A Palavra de Deus é precisa e abundante em declarar que Deus criou os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há. O Criador fez todas as coisas mediante a ordem da Sua palavra; Deus disse: “Haja”, “faça-se”, “apareça”, e assim sucedeu. Mas, ao mesmo tempo, somos informados pela Revelação de que Ele usou de um período definido de seis dias, concluindo Sua obra criativa no sétimo, no qual repousou (Gn 2.1-3; Ex 20.11). Este fato encerra uma verdade muito importante: a criação, como já dissemos, é subserviente ao supremo propósito de Deus. Através das coisas que estão criadas, Ele manifesta aos homens Sua sabedoria, glória e bondade, conclamando-os a voltarem-se para Ele como a fonte da Sua salvação, perfeição e eterno descanso (Sl 8; Hb 4.4-11; Mc 2.27; At 14.15-17). 

III – A PROVIDÊNCIA DE DEUS 

1. A Necessidade da Sua Providência. Deus não apenas criou todas as coisas no princípio, mas Ele continua operando, trabalhando sobre a criação, agora no sentido de preservar e sustenta-la, pois tudo depende d’Ele para existir e se mover (Jo 5.17; At 17.24-25, 28). Assim, Deus é quem mantém os ciclos naturais do dia, noite, estações, semeadura e colheita (Jó 9.6-10; Sl 65.9-10); é Ele quem cuida de todas as Suas criaturas, provendo diariamente o seu sustento (Jó 38.41; Sl 104.27-30; Mt 6.26); e, no que diz respeito ao homem, Ele determina os limites da sua habitação (At 17.26), dirige todos os seus passos, e opera com eles segundo a Sua vontade (Pv 5.21; Jr 10.23; Dn 4.35), conforme estabeleceu em Seus decretos e propósito eterno. 

2. Sua Providência Especial. A bondade e sabedoria de Deus, patentes na Sua providência geral para com todas as criaturas, vê-se ainda mais claramente no Seu cuidado especial pelo Seu povo, pelos quais Ele fez uma provisão infinita, na pessoa de Seu Filho Jesus, a fim de salvá-los (Jo 3.16). Mas, comparativamente, mesmo na Sua providência comum a toda a criação, os eleitos têm ainda maior interesse para Deus (Mt 10.29-31), de tal modo que todas as circunstâncias, inclusive as aparentemente ruins, Ele as faz contribuir para o seu benefício (Gn 50.20; Rm 8.28). 

CONCLUSÃO 
O conhecimento dos atos e obras de Deus traz maior conforto e segurança aos nossos corações, na certeza de que nada escapa ao Seu controle, mas todas as coisas, sendo sabiamente conduzidas por Ele, contribuem para a realização do Seu sábio propósito, no qual Ele graciosamente nos incluiu, sob a previsão de salvação e felicidade eternas. 

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10 janeiro 2019

002-A doutrina sobre Deus(Ser e Atributos)- Doutrina Lição 02[Pr Afonso Chaves]08jan2019


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LIÇÃO 2: 
A DOUTRINA SOBRE DEUS (SEU SER E ATRIBUTOS)

TEXTO ÁUREO:
 “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).

LEITURA BÍBLICA: SALMO 145.1-9

INTRODUÇÃO
Não há dúvida de que Deus ocupa o lugar central na Bíblia, e que toda doutrina bíblica parte do fundamento da existência, natureza, atributos e obras de Deus. Sabemos, porém, que jamais seríamos capazes de dizer uma palavra acerca do Altíssimo, se Ele mesmo não tivesse se revelado a nós nas páginas das Escrituras Sagradas. Começamos, então, nosso estudo das grandes doutrinas da Bíblia apreciando o que ela diz sobre Deus, e isto faremos considerando, na presente lição, o ser e os atributos de Deus. 
Na próxima, meditaremos sobre Seus atos e obras.

I – A EXISTÊNCIA E O SER DE DEUS
1. O Fato da Sua Existência. A Bíblia não tenta provar a existência de Deus, mas assume isto como um pressuposto – um fato que não precisa de provas. Para se aproximar do seu Criador, o homem precisa crer que Ele é, e esta fé é suficiente, mais do que qualquer outro tipo de prova (Hb 1.6). Por outro lado, aqueles que negam a Deus, tanto em seus discursos como através de uma conduta ímpia, são declarados na Bíblia como loucos e indesculpáveis, pois Deus imprimiu na criação sinais evidentes da Sua existência e do que Ele requer do homem (Sl 14.1; Rm 1.18-22; 2.14-16).
2. A Possibilidade do Seu Conhecimento. Precisamos entender que, falar sobre Deus, ou mesmo sobre as coisas divinas, só é possível mediante revelação do próprio Deus (1 Co 2.11, 12). Sem revelação, Deus não pode ser conhecido (At 17.23; Jo 4.22). Ele quer que os homens O conheçam, pois disso depende a sua felicidade eterna (Os 6.3; Jo 17.3). Mas esse conhecimento sempre será parcial, devido à limitação do nosso entendimento. Assim, a grandeza infinita do caráter e das obras de Deus não pode ser entendida, mas apenas confessada e louvada (Jó 38.1-4; 26.14; Rm 11.33). Acomodando-se, então, à nossa fraqueza, o Altíssimo se dá a conhecer usando a nossa linguagem finita, particularmente por analogia aos modos de agir e sentir do ser humano (quando se fala na boca, na mão e nos olhos de Deus, por exemplo; ou que Deus se entristeceu, ou se irou). Consideremos que de tal modo Ele “desceu” ao nível dos homens para que estes O compreendessem, que enviou Seu Filho, Jesus Cristo, ao mundo na forma de homem (Jo 1.18; Cl 1.15; 2.9).
3. O Singularidade do Seu Ser. À pergunta: “Que ou quem é Deus”, Ele mesmo responde: “Eu sou o que sou” (Ex 3.14). Deus é um Ser que existe por si mesmo, independentemente de qualquer causa exterior. Esta é a origem do nome JEOVÁ (que em nossas bíblias geralmente é traduzido por SENHOR), que significa “o auto existente”, “o autossuficiente”. Outra declaração importante acerca da natureza essencial de Deus é feita por Cristo: “Deus é Espírito” (Jo 4.24). O Altíssimo não está limitado a forma, matéria ou espaço (At 17.24-25), ou seja, não tem um corpo, como todos os outros seres (1 Co 15.40). Outra declaração bíblica é de que Deus é único (Dt 6.4; 32.29). 
Embora muitos sejam impropriamente chamados de “deuses” pelos homens (Gl 4.8), existe somente um Deus (1 Co 8.6; 1 Tm 2.3-5). Portanto, Deus é inigualável, incomparável a qualquer outro ser (Is 46.5).

II – OS ATRIBUTOS ESSENCIAIS DE DEUS
Para nossa maior compreensão, começamos por tratar dos atributos ou qualidades divinas que podem ser chamados de “essenciais”, porque pertencem exclusivamente à Divindade e manifestam a diferença infinita entre Deus e a criação.
1. Sua Infinitude. Deus é infinito, pois não está sujeito a qualquer tipo de limitação própria da criatura. Em termos de espaço, essa infinitude implica que Ele é imenso e onipresente, isto é, está presente em toda a parte, ou antes excede a todos os limites de espaço da criação, de tal modo que todas as coisas existem n’Ele (1 Rs 8.27; Jr 23.23-24; At 17.28-29). 
Em relação ao tempo, significa que Ele é eterno, pois não tem princípio, sucessão nem fim de dias (Sl 90.2; Ap 1.8). A estes aspectos da Sua infinitude também está relacionada a Sua onisciência, pois Ele conhece perfeita e intimamente todas as coisas, desde as mais “insignificantes” até as maiores grandezas do universo (Mt 10.30; Sl 147.4); assim como os pensamentos do coração, de modo que nada pode ser ocultado d’Ele (Sl 139.1, 7-8; Hb 4.12-13). 
Quanto à Sua vontade e poder, Ele é onipotente, ou todopoderoso (Gn 17.1; Jr 23.17), pois não há nada difícil para Deus, e nenhum dos Seus pensamentos pode ser impedido; tudo o que Ele quer, Ele faz (Gn 18.13-14; Lc 1.37; Sl 115.3; Jó 42.2). 
2. Sua Imutabilidade. Ao passo que todas as coisas criadas estão sujeitas a algum tipo de mudança ou variação, Deus permanece sempre o mesmo (Sl 102.25-27; Ml 3.6). Ele não muda em Seu caráter nem em Sua vontade, e nada pode surpreender ou frustrá-l’O. 
Embora Sua sabedoria e operações sejam multiformes, n’Ele mesmo não há a menor sombra de variação (Tg 1.17). Por isso também é dito que Deus não pode mentir nem se arrepender (Nm 23.19; Hb 6.17-18). E, se trata os homens de acordo com as suas atitudes e disposições cambiantes, Ele o faz de tal modo que jamais muda ou contradiz o Seu caráter (2 Tm 2.13). 

III – OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS 
Alguns atributos divinos também podem ser encontrados nos homens, ainda que numa medida incomparavelmente inferior, pois Deus os possui e os manifesta como gloriosas perfeições ou grandezas inescrutáveis (1 Pe 2.9). 
Assim, são chamados de atributos morais, não apenas caracterizando o relacionamento da Divindade conosco, mas também nos instruindo quanto às virtudes que devemos buscar d’Ele mesmo como a fonte, tornando-nos mais semelhantes ao nosso Criador (Mt 5.48; Ef 4.24). 1. 
Sua Justiça e Santidade. Deus é justo e reto (Dt 32.4; Sl 97.1, 2), ou seja, Ele tem a disposição de sempre dar a cada um o que lhe é devido. Deus não tem o culpado por inocente (Na 1.3), mas retribui a cada um segundo as suas obras (Rm 2.5-11). 
Por isso é propriamente chamado de “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25). Deus também é santo (Sl 99.5, 9), e este aspecto do Seu caráter está relacionado com o anterior, porque santidade em Deus é a Sua perfeita separação ou pureza em relação a toda injustiça (Hc 1.13; Tg 1.13); razão pela qual Ele é comparado à luz (1 Jo 1.5). 
A santidade de Deus também se manifesta no Seu zelo ou ira contra o pecado, que é injustiça (Js 24.19; 1 Jo 3.3-5); e nisto ela é comparada ao fogo (Is 33.14; Hb 12.29). 2. Sua Misericórdia, Bondade e Amor. Ao mesmo tempo que é justo e santo, o Senhor também é misericordioso (Ex 34.6-7). E, se não fosse a grandeza da Sua misericórdia, que O leva a ser paciente, longânimo, sofredor e perdoador, seríamos todos consumidos no fogo da Sua ira santa (Lm 3.22; Sl 51.1). 
A misericórdia de Deus é a Sua disposição de considerar a miséria e limitação de Suas criaturas, provendo-lhes alívio e socorro (Sl 103.8-18). Deus também é bom (Mt 18.18-19), pois Ele sempre está disposto a olhar e tratar Suas criaturas de modo generoso e benevolente, até mesmo os maus e ingratos (Sl 107.8; Mt 5.45). 
Mas, ainda mais destacada entre essas grandezas está o Seu amor (1 Jo 4.8), primeiro, por Si mesmo, pelo Seu nome, pela Sua glória e excelências (Is 48.11; Sl 115.1; 143.11); depois, por aqueles aos quais Ele se comunica, a fim de torna-los semelhantes a Ele (Pv 15.9; Jo 14.21), e pelos quais tudo Ele fez para que alcancem esse fim (Jo 3.16). 

CONCLUSÃO 
Regozijemo-nos pela revelação que Deus nos fez do Seu glorioso e magnífico Ser. Jamais O conheceremos plenamente, mas o que podemos conhecer d’Ele é suficiente para nossa total satisfação e para nos levar a amar, temer e confiar mais n’Ele. 
Que as grandezas do nosso Deus sejam o tema de nossas conversações e meditações, a proclamação de nossos púlpitos, o conteúdo de nossos louvores e o deleite de nossas almas. 
Que, ao invés de nos inquietarmos com as vaidades e cuidados desta vida, como se fossem coisa de grande importância, aprendamos a nos gloriar em conhecer ao Senhor.

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03 janeiro 2019

001-A importância da Doutrina Bíblica - Doutrina Lição 01[Pr Afonso Chaves]01jan2019



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LIÇÃO 1: 
A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA BÍBLICA 

TEXTO ÁUREO:
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas, porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo, como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16). 

LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 4.1-5 

INTRODUÇÃO 
O conhecimento da doutrina bíblica é de suma importância para a igreja de Cristo. A Bíblia, a Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática, é essencialmente doutrinária. Sem a doutrina, não é possível conhecer a Deus e entender a Sua vontade. Embora a Bíblia seja uma fonte inesgotável de conhecimento e sabedoria divina, tudo aquilo que é absolutamente necessário para nossa salvação e santificação pode ser compreendido no estudo das chamadas “grandes doutrinas da Bíblia”. 

I – O QUE É A DOUTRINA BÍBLICA 
1. Definição e Objetivo. Doutrina significa “ensino”, “instrução”. Pode ser considerada tanto sob o aspecto do ato de transmitir conhecimento a outrem, como do conteúdo desse conhecimento. Doutrina bíblica, no caso, é o ensino ou instrução consignada por Deus nas Escrituras Sagradas. Em outras palavras, é a revelação bíblica de verdades concernentes a Deus ou às coisas divinas, as quais nenhuma ciência ou sabedoria natural pode ensinar ao homem (1 Co 2.6-10). O objetivo da doutrina bíblica é instruir o homem para a salvação e capacitá-lo para a obediência e o cumprimento de toda a vontade de Deus (2 Tm 3.15-17). 2. A Doutrina na Bíblia. Antes de tudo, não há como negar que a Bíblia é um livro de doutrina: todas as coisas nela registradas têm o propósito de nos ensinar algo a respeito de Deus e do Seu relacionamento conosco (Rm 15.4). Se não fosse assim, ela seria apenas um livro de histórias e especulações, sem nenhuma pertinência para nossas vidas. Por outro lado, podemos dizer que a doutrina está presente em toda a narrativa bíblica: desde os primeiros pais (Gn 18.19; cf. Dt 11.18, 19), passando pelos sacerdotes e profetas de Israel (Ml 2.6, 7; Is 8.16-22), até chegarmos em Cristo Jesus, o Mestre por excelência (Jo 13.13; Mt 4.23); nos Seus apóstolos, enviados a fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.18-20); e na presente dispensação, em que o mesmo Senhor tem concedido uma variedade de dons relacionados à ministração da palavra de Deus, com o fim de preservar a doutrina na Igreja (2 Tm 2.2). 

II – POR QUE A DOUTRINA BÍBLICA É NECESSÁRIA 
1. Doutrina e Prática. Muitos nutrem um preconceito contra a doutrina como se fosse mera teoria, sem aplicação prática. Se esse é o caso das ciências seculares, não é de modo algum o da doutrina bíblica. O conhecimento de Deus e das coisas divinas está intimamente ligado à prática cristã, como foi visto na explicação do objetivo da doutrina. Quando recebida com sinceridade e aplicada ao coração pelo Espírito Santo, a sã doutrina necessariamente levará o fiel ao cumprimento da vontade de Deus (Rm 12.1, 2; Ef 4.20-24). É verdade que alguns apenas se interessam pelo conhecimento, e negam a doutrina pela sua prática; o problema, contudo, está em seu coração corrompido e enganado pelo pecado (2 Tm 3.1-7; Tt 1.16). E se, por um lado, o conhecimento só é proveitoso quando leva à prática (Jo 13.17; 1 Jo 2.5), por outro, sem esse conhecimento, não pode haver nenhuma prática da piedade, mas apenas uma religiosidade carnal baseada em preceitos humanos – o que não tem valor algum para Deus (Mt 15.7-9; Cl 2.20-23). 
2. Doutrina e Pregação. À luz do Novo Testamento, o ministério da palavra apoiava-se basicamente na doutrina, ou ensino, e na pregação. Embora muitos façam confusão sobre esses termos, dando ao ensino importância inferior à da pregação, notamos que ambas faziam parte do ministério de nosso Senhor Jesus (Mt 4.23) e dos Seus apóstolos (At 4.2; 28.30, 31). Enquanto a pregação consistia na proclamação das boas novas do reino, o ensino abrangia todas as formas de exposição e argumentação sobre as verdades implícitas nessa proclamação (compare Mt 4.17 com 5.1-2, ss.), abrindo aos que davam crédito à pregação os tesouros ocultos do reino dos céus (Mt 13.11-12, 52). Ora, se é assim, podemos dizer que a doutrina é indispensável para todos os crentes, pois é aí que encontram o sólido mantimento que os fará amadurecer espiritualmente (1 Co 14.20). Já a falta de ministração da doutrina na igreja, ou ainda a necessidade de sempre se repetir os mesmos elementos básicos da fé, são indícios de que não está havendo progresso na graça, e os crentes permanecem numa infantilidade que pode ser perigosa (1 Co 3.1, 2; Hb 5.11-14).
3. Doutrina e Heresia. Não são poucos os alertas que as Escrituras fazem contra as heresias, isto é, os falsos ensinos que se introduzem no meio do povo de Deus, com o fim de deturpar a fé e levar os incautos à perdição (1 Tm 4.1-3; 2 Pe 2.1-3). Assim como a sã doutrina salva e santifica (cf. Texto Áureo), a heresia corrompe e condena (Tt 3.10, 11). O único preventivo contra esse mal é a boa doutrina, que dará ao cristão o “conhecimento da verdade, que é segundo a piedade” (Tt 1.1), capacitando-o para uma vida cristã plena, e que assim redundará em maior edificação, comunhão com a igreja e firmeza na fé (Ef 4.11-16). 

III – COMO ESTUDAR A DOUTRINA BÍBLICA 
1. A Natureza da Doutrina Bíblica. É interessante notar que a doutrina apresenta uma unidade, mesmo quando a palavra se refere a um conjunto de verdades divinas (Mt 7.28). Isto porque a fonte da doutrina, que são as Escrituras, procede de um só e o mesmo Deus (2 Pe 1.20, 21). Podemos então esperar que haja uma harmonia e dependência entre todos os aspectos ou assuntos particulares da doutrina bíblica, convergindo tudo para um só propósito ou “tema” principal. Certamente, o grande interesse de Deus na doutrina bíblica é Seu próprio Filho Jesus Cristo, e nossa fé e comunhão com Ele. Assim devemos buscar, em cada doutrina, sua conexão com nosso Senhor e Salvador Jesus, a fim de melhor compreende-la. É n’Ele que as verdades divinas, já presentes em germe nos primeiros livros da Bíblia (Jo 5.39), vão encontrar seu pleno desenvolvimento e significado profundo (Ef 3.4-6). Por isso, negligenciar a luz incomparável do Novo Testamento, onde Cristo é plenamente revelado, para a compreensão da doutrina é permanecer sob o véu das sombras e figuras (2 Co 3.14-16). 2. Método Sistemático. Muitos se opõem a um estudo sistemático da doutrina, por um receio justificado de que o sentido de uma passagem seja distorcido para se encaixar em uma “categoria teológica”. Porém, é preciso entender que as verdades divinas estão espalhadas pelas Escrituras, e para compreendê-las é preciso comparar as passagens, aproximá-las de acordo com a sua analogia (1 Co 2.13). Um método que reúna de forma ordenada e racional essas verdades não apenas tem utilidade prática para o nosso estudo, mas também é bíblico. Notemos que, por exemplo, os Dez Mandamentos (Ex 20), ou a Oração que o Senhor ensinou (Mt 6), são tópicas, ou seja, expressam de modo conciso princípios que são explicados em muitas outras passagens (cf. ainda 1 Tm 3.16; Hb 6.1-2). Paulo também fala sobre certa forma, ou modelo de doutrina – o que implica em uma sistematização dos princípios da fé (Rm 6.17; 2 Tm 1.13). Desde que não violemos a proibição divina de acrescentar ou diminuir da palavra (Pv 30.5, 6; Ap 22.18, 19), podemos também agrupar as grandes doutrinas bíblicas de acordo com o seu assunto, e de um modo ordenado, para nossa melhor compreensão. 

CONCLUSÃO 
Vivemos num tempo de grande negligência em relação à doutrina bíblica. A maioria daqueles que confessam o nome de Cristo não entendem os elementos mais fundamentais da sua fé e são incapazes de dar a razão da esperança que há neles; acham que, para viver um cristianismo prático, não precisam de explicações teológicas. Em muitos púlpitos, prevalecem as opiniões pessoais dos pregadores, suas sensibilidades emocionais e a autoridade da sua experiência pessoal, ao invés da imutável, infalível e sã palavra de Deus. Se quisermos realmente nos desvencilhar das dificuldades espirituais que afligem nossa geração, precisamos reconhecer que a doutrina bíblica é absolutamente indispensável para conhecermos a Deus e desfrutarmos de uma vida abundante e em harmonia com a Sua vontade, para a nossa própria salvação.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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013-O louvor à Glória e Poder de Deus - Malaquias Lição 13 [Pr Afonso Chaves]25dez2018



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LIÇÃO 13: O LOUVOR À GLÓRIA E PODER DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: 
“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.” (Ap 5.9, 10) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 66.1-9 

INTRODUÇÃO 
Nesta lição, vamos aprender sobre o louvor e a exaltação de Deus segundo as Escrituras Sagradas, a saber: a proclamação da glória de Deus. Toda liturgia de culto ou expressão de adoração, para ser genuína e aceita por Deus, precisa estar focada na Sua majestade e glória. Em tempos onde a liturgia e as formas de adoração estão mais centradas nas aspirações humanas, é necessário mergulharmos nas Escrituras Sagradas para compreendermos a importância da glória de Deus no culto cristão. 

I – O PAPEL FUNDAMENTAL DOS CÂNTICOS NO LOUVOR A DEUS (VV. 1-2) 
O livro dos Salmos é uma coletânea de cânticos que eram usados pelos judeus para adorarem ao Senhor em suas celebrações públicas, bem como para expressarem individualmente gratidão e devoção ao Todo-Poderoso. Boa parte dos Salmos encoraja-nos a louvar e adorar ao Senhor levando em conta Seus feitos e Seus atributos. Embora o uso de cânticos para adorar a Deus remonte aos dias de Moisés (Ex 15.1-19), temos no rei Davi a liderança que mais influenciou os judeus na utilização de cânticos como meio de adoração (1 Cr 23.1-5; 25.1). A utilização de cânticos não ficou restrita à tradição judaica, porquanto na Nova Aliança os cristãos também utilizam os cânticos como meio de expressão de culto. O próprio apóstolo Paulo encoraja seus discípulos a utilizarem os Salmos e outros cânticos com a finalidade de culto (Ef 5.17-21; Cl 3.16). Basicamente, os cânticos podem ser usados no culto como expressão de ação de graças, para louvar a Deus por seus feitos, ou como expressão de adoração, para louvar a Deus por seus maravilhosos atributos. A fusão da doutrina sobre Deus com a poesia e a melodia presente nos Salmos e cânticos espirituais compõe uma forma de adoração repleta de entendimento e emoção. A doutrina fornece o entendimento de quem é Deus, bem como o que Ele faz a favor dos Seus escolhidos. Já o arranjo poético da doutrina somado à melodia proporcionada pelos instrumentos musicais auxilia a comunicação da emoção por trás da adoração. Embora os Salmos contenham cânticos de lamento como meio de expressão de tristeza e angústias sofridas pelos judeus em momento críticos da sua trajetória, a adoração cristã é preponderantemente marcada pelo júbilo da salvação, porquanto os judeus contemplaram apenas as sombras da maravilhosa salvação consumada e manifestada a nós por meio de Jesus Cristo (Rm 8.31-39; 11.33-36). Ao longo de toda era cristã, os cânticos sempre tiverem papel fundamental no culto a Deus, e não será diferente para as gerações futuras e a nossa. No entanto, é preciso ressaltar a necessidade de fidelidade doutrinária na composição dos cânticos utilizados para adoração. Talvez por influência da degeneração da pregação do evangelho autêntico, temos observado uma degeneração das letras dos cânticos que é bastante preocupante. A nossa preocupação acerca do conteúdo doutrinário das pregações ministradas em nossos púlpitos deve também ser dirigida às letras dos cânticos entoados em nossos cultos, porquanto é alarmante a falta de compromisso dos compositores de cânticos com a sã doutrina. 

II – A PROCLAMAÇÃO DOS GRANDES FEITOS ENALTECEM A GLÓRIA DE DEUS (VV. 3-7) 
Nos Salmos notamos a compreensão dos judeus sobre os atributos e os feitos de Deus segundo os registros históricos das intervenções do Todo-Poderoso na trajetória do Seu povo. A grandeza dos feitos divinos para criar o universo, bem como dar origem, libertação e progresso ao Seu povo, eram sempre alvo da admiração e gratidão dos adoradores da Antiga Aliança. Em suma, os feitos de Deus na antiguidade revelavam Sua magnifica glória, a qual era o foco da adoração judaica. Na adoração cristã, a glória de Deus é também reverenciada levando em consideração Seus feitos no passado, conforme descritos no Antigo Testamento, mas atenção especial é dada à glória de Deus manifestada na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Podemos afirmar que a adoração cristã é basicamente “cristocêntrica”, porque é centrada na vida e obra de Jesus Cristo, nosso Salvador (Hb 1.1-6). Por mais grandiosos que tenham sido os feitos de Deus durante a Antiga Aliança, é na morte de Cristo que vislumbramos a obra magna do nosso amado Criador. A razão disso está vinculada à repercussão eterna da obra do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, visto que, por apenas um ato de justiça, foi capaz de assegurar a vida eterna para todos os Seus escolhidos (I Co 15. 20-22). Portanto, precisamos verificar se a composição da letra dos cânticos contemporâneos realmente possuem a centralidade da glória de Deus manifestada por meio de Cristo, a fim de assegurar em nossos cultos uma adoração que verdadeiramente honre ao nosso Senhor e Salvador. A escolha dos cânticos para adoração pública ou particular deve sempre levar em consideração a glória de Deus, e não a satisfação dos homens. Em algumas congregações, o culto assumiu o formato de “show gospel”, em virtude do enfoque em satisfazer as pessoas por meio de cânticos capazes de trazer uma boa energia e consolação para os supostos adoradores, mas, na verdade, não rende qualquer glória ao Senhor. 

III – A ALEGRIA DA SALVAÇÃO LEVA TODOS OS POVOS A BENDIZEREM E LOUVAREM A DEUS (VV. 8-9) 
Como será possível todos os povos do mundo louvarem ao verdadeiro Deus por meio da verdadeira adoração? A resposta é simples: por meio de ações evangelizadoras transculturais comprometidas em glorificar a Deus por meio da salvação de pecadores. A evangelização transcultural tem por alvo ajudar as pessoas alienadas de Cristo a descobrirem o verdadeiro Deus e a verdadeira salvação. A evangelização transcultural é um esforço para transformar os corações das pessoas para que Deus seja mais louvado do que estrelas dos esportes, ou do poder militar, ou de realizações artísticas, ou de qualquer outra coisa que Deus tenha criado. Este esforço ajuda as pessoas a experimentarem Deus como o tesouro acima de todos os tesouros da terra para sempre (Mt 6.21). Atualmente há muitos povos espalhados por todo o mundo privados do conhecimento do evangelho autêntico. São milhares de cidades e vilarejos onde a adoração não está sendo oferecida ao verdadeiro Deus. Comunidades inteiras mergulhadas nas densas trevas do pecado e da ignorância, incapazes de entoar cânticos de louvores ao Deus que criou os céus, a terra, o mar e as fontes de água. Enquanto isso, nos grandes centros populacionais, denominações evangélicas disputam entre si as ovelhas de Cristo (2 Co 10.13-16). Uma verdadeira perca de tempo, recursos e energia, na inútil tentativa de “evangelizar” quem já conhece o evangelho, enquanto milhões de incrédulos permanecem alienados da salvação. O Senhor prometeu através do profeta Isaías encher toda a terra com o conhecimento de Si, portanto, devemos empregar todos os esforços e recursos necessários para que essa promessa seja cumprida por meio de uma igreja fiel e diligente no cumprimento do propósito para o qual foi edificada (Is 11.9; Ef 3.8-12). 

CONCLUSÃO 
A utilização de cânticos espirituais no culto a Deus tem um papel fundamental, tanto para judeus como para cristãos. Os cânticos espirituais são úteis para expressarmos a Deus toda nossa reverência e gratidão com muita alegria e paixão. Devido ao papel fundamental dos cânticos no culto cristão, precisamos atentar diligentemente para a composição das letras dos mesmos, a fim de assegurar uma adoração baseada na sã doutrina. Assim contribuirmos com a evangelização e com a formação de mais adoradores verdadeiros nos demais povos que ainda não foram alcançados com a mensagem de Cristo.

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