23 abril 2024

004-Filhos - Galardão do Senhor - Família Lição 04 [Pr Afonso Chaves]23abr2024

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LIÇÃO 4 

FILHOS – GALARDÃO DO SENHOR 

TEXTO ÁUREO: “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais” (Provérbios 17.6) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 127.1-5 

INTRODUÇÃO Uma das características mais indicativas da origem divina da família, sendo fruto do casamento, é que, como toda dádiva perfeita do Pai das luzes, reflete a seu modo a multiforme sabedoria de Deus, na variedade de relacionamentos que permite desenvolver entre os seus membros pela prática do amor, relacionamentos esses indispensáveis ao amadurecimento do indivíduo tanto no seu comportamento em relação ao próximo – isto é, em sociedade – como em relação a Deus. Tendo já discorrido a respeito do relacionamento conjugal e dos deveres mútuos entre marido e mulher, falaremos nesta lição sobre a importância dos filhos e, inicialmente, sobre o dever que se impõe ao casal de buscar e zelar por esta preciosa herança do Senhor. 

I – TER FILHOS É UM DOM DE DEUS Conforme estudamos em lições anteriores, o propósito do casamento é dar ao homem condições de cumprir o mandato de Deus de crescer, multiplicar-se, encher a terra e sujeitá-la. Ou seja, o casamento foi instituído com vistas à constituição de famílias e, como sabemos, uma família tem início na união do homem à sua mulher, mas não se limita a ambos; antes, se estende e se completa nos filhos e filhas que resultam dessa união. Quando o casal alcança filhos, está assegurando que a família não perecerá com a morte de ambos, pois os filhos a seu tempo deixarão pai e mãe para se unirem aos seus respectivos cônjuges, formando novas famílias que serão, de fato, um prolongamento da mesma família, perpetuando assim a linhagem e memória de seus pais. Além disso, os filhos são aqueles que se beneficiam do trabalho de seus pais, e o continuam, assim assegurando que o patrimônio do casal não passará nem será dilapidado por estranhos. Por esta razão, o Senhor Deus, tendo legado a terra de Canaã a cada tribo e família dos filhos de Israel, instituiu a lei do levirato, tanto para que nenhuma linhagem do povo eleito fosse extinta com a morte de um israelita sem filhos, como também para que nenhuma família jamais ficasse desprovida de descendentes que herdassem e preservassem intacto seu patrimônio (Lc 20.34-36; Gn 38.8; Dt 25.5-6). Assim, ter filhos é uma grande bênção e dádiva de Deus, um prêmio desejado e buscado por todo aquele que anseia pela vida em família e discerne sua vocação para o casamento. Com que orgulho celebrou Eva, mãe de todos os viventes, ao conceber seu filho Caim (cujo nome significa “aquisição”), pois percebeu nisto um sinal do favor e misericórdia de Deus, que não havia abandonado a humanidade após a Queda, mas cumpriria a promessa acerca da semente, do descendente que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15; 4.1, 25; cf. 1 Tm 2.13-15). E como o salmista, na leitura bíblica, os compara às flechas que garantem a vitória ao herói contra os seus muitos inimigos - tal a variedade de provisão que Deus faz ao homem ao conceder-lhe não apenas um, mas muitos filhos (cf. Sl 128.3-4). Por outro lado, vemos também no ter filhos um aspecto da disposição soberana de Deus semelhante ao que encontramos na busca do homem por uma companheira (ou da mulher por um companheiro) - se é que de fato possui de Deus este dom. Pois, embora os filhos sejam um fruto natural do casamento, vemos, em exemplos tanto apresentados pelas Escrituras como presenciados no nosso dia a dia, que nem todos os casais têm filhos num momento imediato ao casamento; outros só os têm muitos anos depois; e outros ainda jamais os têm. Não falamos aqui de casais que não desejam ter filhos, mas de casais que, não obstante o tempo decorrido desde sua união, e não obstante até circunstâncias humanamente impossíveis de serem superadas (como a esterilidade), entendem acertadamente que este impedimento vem de Deus, não sem um propósito, e por isso buscam zelosamente aqu’Ele que é o autor da vida até alcançarem suas petições, como exemplificam os casos de Ana (1 Sm 1.9-11, 20) e de Isaque (Gn 25.21). E, mesmo quando já “conformados” à perspectiva de morrerem sem filhos, recebem com não menos alegria do que surpresa a notícia de que o Senhor lhes concederá um filho, mesmo na sua velhice (Gn 15.4-6; 17.17-19; Lc 1.13-14, 24-25). 

II – EDUCAR OS FILHOS É UM DEVER Como herança, galardão do Senhor para o casal, os filhos são um tesouro a ser buscado com anseio e, uma vez alcançado, cuidado com grande zelo e temor. Trata-se de almas que pertencem a Deus e que, ao atingirem a maioridade e independência em relação aos pais, responderão por seus atos diante da sociedade e diante do Criador. Mas, antes disso, estarão sob os cuidados dos pais, cujo dever é o de não apenas suprir as necessidades físicas e materiais que temporariamente são incapazes de atender por conta própria, mas principalmente o de prepará-los para suas responsabilidades terrenas e espirituais, visando o seu sucesso, alegria e realização plena. E, com efeito, as Escrituras destacam a importância e a influência, muitas vezes decisiva, da criação ou educação provida pelos pais sobre o comportamento dos filhos nas decisões que tomarão até mesmo ao atingir a maioridade - daí a maldição declarada contra os filhos daqueles que aborrecem ao Senhor, bem como da benção sobre as gerações daqueles que o amam, pois, através da instrução dos pais aos filhos, mais de uma linhagem na história bíblica foi destruída, ou preservada (Pv 22.6; Ex 20.5-6; Dt 6.1-2, 6-7; cf. Gn 18.17-19). 

III – CORRIGINDO OS FILHOS COM AMOR Não é o caso de tentarmos estabelecer aqui os fundamentos de uma educação cristã, mas é necessário também acrescentar ao que já foi dito sobre os deveres dos pais educarem seus filhos que, diferentemente da educação formal recebida em escolas ou na igreja, a instrução dos pais é uma disciplina indispensável à formação do caráter, pois envolve a aplicação prática da autoridade paterna e materna, em amor, sobre a conduta dos filhos, no propósito de orientá-los corretamente e principalmente corrigi-los de suas tendências naturais ao erro e ao pecado (Hb 12.5-8; cf. Pv 22.15; 23.13-14). E negligenciar este aspecto da educação implica em graves consequências para a criança, além do que atrai a ira de Deus contra os pais, que deu a estes poder para exercerem, como numa função sacerdotal, o papel de mediar e propiciar o acesso da criança a Deus e a sua condução pelos caminhos da justiça (Pv 13.24; cf. Jó 1.5). Consideremos, a título de exemplo, como o Senhor repreendeu Eli pelo seu fracasso em exercer sua autoridade paterna para corrigir os filhos, estando já estes maduros e em pleno exercício do sacerdócio, e isto porque, ao “amá-los” e honrá-los mais do que ao Senhor, na verdade estava plantando a sua própria ruína (1 Sm 2.12-17, 22-25 e 29). A disciplina paterna deve ser exercida por amor aos filhos, e isto significa que muitas vezes são necessárias imposições, restrições e castigos dolorosos, difíceis de aceitar e mesmo incompreendidos pelos que são submetidos à disciplina. Isto, porém, não autoriza os pais a usarem de arbitrariedade, ou, a pretexto de corrigir uma desobediência, darem vazão à fúria; o exemplo de criação paternal vem do próprio Deus, que nos exorta e admoesta com paciência, de tal forma a evidenciar o Seu cuidado e amor para conosco e nos ganhar pelo constrangimento desse amor, e nos afastar do caminho da desobediência (Ef 6.4; Cl 3.21; cf. Pv 19.18). 

CONCLUSÃO Ser pai ou mãe é um grande privilégio e dádiva de Deus, que enche o coração com um senso de alegria e glória, na perspectiva de poder educar não somente para esta vida, para a vida eterna.

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16 abril 2024

003-As bases do casamento - Família Lição 03 [Pr Afonso Chaves]16abr2024

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LIÇÃO 3 

AS BASES DO CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: “Como a mulher provém do varão, assim também o varão provém da mulher, mas tudo vem de Deus” (1 Co 11.12) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 5.22-28 

INTRODUÇÃO Conforme estudamos na lição anterior, o casamento é uma dádiva divina e, como tal, aqueles que desejam recebê-la precisam saber que Deus possui especial interesse em concedê-la, e espera que a busquem com atenção à Sua vontade. Mas encontrar a companhia ideal e unir-se a ela não é o fim, e sim o começo do casamento; um novo aspecto da vida se apresenta aos cônjuges, e estes precisam saber que agora participam de um relacionamento mútuo que implica em responsabilidades e deveres, mas, como o relacionamento com Deus e com o próximo em geral, deve ser conduzido em amor. 

I – OS CÔNJUGES E SEUS DEVERES MÚTUOS Ao selarem o pacto do casamento, homem e a mulher se unem, de modo que agora um faz parte do corpo do outro e, portanto, um pertence ao outro, e não mais a si mesmo. Este pertencimento é reconhecido pelo apóstolo Paulo, que vê aí a razão de afirmar que os cônjuges devem, obrigação de usar de benevolência um para com o outro – isto é, desejar o bem e fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proporcionar ao cônjuge esse bem. É direito do homem receber o bem de sua mulher, e vice-versa; sonegar esta benevolência é defraudar, isto é, privar aquilo que é de direito do outro – a menos que por consentimento mútuo (1 Co 7.3-5). Deve estar claro que o apóstolo, nesta passagem, chama de benevolência especialmente as relações íntimas do casal; no casamento, expressam de forma santa, pura e honrada o amor e benevolência de um pelo outro; fora do casamento, a união entre duas pessoas é prostituição e expressa apenas o desejo egoísta de satisfazer a carne, gerando, ao invés de benevolência, opressão, engano e desonra (cf. 1 Ts 4.3-7; 1 Co 3.18; 6.16-18). Uma vez que, pelo concerto do casamento, homem e mulher se unem para formar uma só carne e pertencerem um ao outro; é dever de ambos não se separarem por nenhum motivo. Partindo do fato de que é mandamento de Deus, que uniu homem e mulher para que fossem uma só carne – portanto, não admitindo a hipótese de separação – o apóstolo instrui os coríntios no sentido não de aconselhar, mas de determinar que os cônjuges crentes não se apartem um do outro; e, caso se apartem, que permaneçam só ou se reconciliem (1 Co 7.10-11). O casamento sendo um pacto onde homem e mulher devem desenvolver um relacionamento de amor e benevolência mútua, a separação (repúdio, divórcio) constitui não apenas uma quebra desse pacto, mas uma negação de tudo o que representa e do próprio evangelho, que nos ensina a perdoar e buscarmos a reconciliação com o próximo ofendido, e não afastarmos, como que negando-lhe implicitamente o perdão (Ml 2.13-16; cf. Mt 5.23-25; 18.15, 21-22). 

II – OS CÔNJUGES E SUAS VOCAÇÕES PARTICULARES Ora, o mesmo apóstolo Paulo, depois de pontuar que, pelo casamento, os cônjuges passam a formar um mesmo corpo e a pertencer um ao outro; ele ainda acrescenta que essa união também comporta uma distinção de papéis ou funções que se complementam, concretizando verdadeiramente uma união em amor entre o homem e a mulher. Tanto que o apóstolo se vale de uma comparação com o relacionamento entre Cristo e a Igreja, que se dá em termos semelhantes, embora num plano espiritual, e de que o casamento serve apenas de analogia humana ou terrena. Assim, ele orienta as mulheres a sujeição aos seus respectivos maridos, porque “o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja”; e, assim como a igreja está sujeita a Cristo, “assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”. Esta sujeição não significa desonra, mas obediência, cooperação e harmonia com o propósito estabelecido por Deus para o casal, do que ao homem incumbe assumir a liderança; ou seja, não é apenas para o benefício do marido que a mulher deve se sujeitar a ele, mas para o benefício de ambos, confiando que o homem, por sua vez, exercerá fielmente a responsabilidade que lhe foi confiada, para o benefício do casal e da família (Ef 5.22-24; 1 Co 11.8-12; cf. Gn 2.18; 1 Tm 2.11-14). E notemos que, mesmo se tratando de um casamento onde apenas a mulher seja crente e tenha o cuidado de cumprir o seu papel no casamento, o propósito de Deus não deixa de se realizar, na santificação do marido descrente e até mesmo na sua conversão (1 Pe 3.1-6). Como cabeça no relacionamento conjugal, o marido é aquele que exerce autoridade, não no sentido de um governo tirânico ou arbitrário, como fazem os príncipes deste mundo, e isto de modo algum admite abuso, quer por palavras ou por ações; mas, à luz do princípio de superioridade segundo o reino dos céus, é uma autoridade exercida com entendimento e amor pela mulher, no interesse de proteger a mulher como vaso mais fraco, e defende-la das ameaças físicas e espirituais, à semelhança de Cristo, que tudo fez, e entregou-se a Si mesmo, para salvar a Igreja (Ef 5.25-28; 1 Pe 3.7; Cl 3.19). 

III – OS CÔNJUGES E A FIDELIDADE CONJUGAL Fidelidade é indispensável ao desempenho dos deveres conjugais. Não é possível manter um casamento em boa ordem sem a mais íntegra e inquestionável lealdade do homem para com a mulher, e vice-versa. A própria natureza do concerto do casamento consiste num juramento de fidelidade, em dedicação exclusiva e inegociável entre os cônjuges, que é violada quando um dos dois abre espaço para qualquer estranho (cf. Ml 2.14). Por mais que a sociedade moderna relativize a fidelidade conjugal, as Escrituras são categóricas e chamam a deslealdade de um cônjuge para com o outro de adultério, condenando com rigor tanto a consumação do ato físico como também reprovando a cobiça alimentada no coração, onde o ato, embora não consumado, é fomentado e nutrido de tal forma que, segundo ensina nosso Senhor Jesus, facilmente faz adoecer toda a alma (Ex 20.14; Lv 20.10; cf. Ex 20.17; Mt 5.27-28, 29-30; 15.18-20). Daí encontramos nas palavras de sabedoria e conselho das Escrituras alertas e exortações à insinuação de estranhos no relacionamento conjugal (Pv 2.16-19; 5.1-5; 23.26-35). 

CONCLUSÃO Como podemos concluir desta lição, a base do casamento cristão é o amor, pois é a virtude que, mais do que todas as outras necessárias, está na essência da benevolência que os cônjuges prestam um ao outro, da paciência e do perdão que os mantêm unidos até a morte, da sujeição da mulher ao seu marido, da autoridade e cuidado do marido pela sua mulher e, finalmente, da fidelidade que de um para com o outro.

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11 abril 2024

002-A dádiva do matrimônio - A Família Lição 02[Pr Afonso Chaves]09abr2024

 

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LIÇÃO 2 

A DÁDIVA DO MATRIMÔNIO 

TEXTO ÁUREO: “E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher e trouxe-a até Adão.” (Gn 2.22) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 19.1-12 

INTRODUÇÃO Na lição anterior, ao tratar de uma forma geral a respeito da família, vimos como é impossível falar sobre esta instituição sem fazer menção ao casamento, pois a família começa quando um homem e uma mulher se unem pelos laços do matrimônio. Desta feita, aprofundaremos nossa compreensão sobre o que as Escrituras ensinam sobre o casamento e como convém buscar e receber esta dádiva divina. 

I – CASAMENTO SEGUNDO AS ESCRITURAS É evidente que o relato da criação nos apresenta o homem como um ser criado para o casamento - Deus fez macho e fêmea e apresentou um ao outro para que ambos formassem uma só carne (Mt 19.4-6). A partir desta palavra, o casamento pode ser definido como uma união física entre o homem e a mulher, pela qual ambos se completam, tornando-se uma só carne. As relações conjugais são, portanto, indispensáveis à consumação e manutenção do matrimônio, direito e dever mútuo entre o casal, e são puras e santas, de modo que qualquer relação da mesma natureza fora do casamento constitui uma profanação (isto é, o sexo torna-se algo comum, ordinário, destituído do seu propósito sagrado, e portanto pecado) aos olhos de Deus (1 Co 7.1-5; Ex 20.14; Hb 13.4). Com base na Escritura primeiramente citada, concluímos também que o casamento é uma união indissolúvel, isto é, ao unir-se o homem à sua mulher, ambos formam um corpo, e tentar separá-los é cometer violência contra ambos (e se são os cônjuges que procuram se separar, ambos cometem violência contra si mesmos!); além de contrariar a vontade de Deus, que nenhuma previsão fez para o divórcio, mas antes instituiu o casamento para durar por toda a vida do casal (Ml 2.16; Mt 19.7-9; Mc 10.11-12; cf. Ef 5.28-31). O casamento também pode ser definido biblicamente como uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher, porquanto Deus criou macho e fêmea, tendo formado a partir da costela de Adão uma mulher, e não outro homem, e assim previu que deixaria o homem seu pai e sua mãe para unir-se à sua mulher. Logo, aos olhos de Deus não constitui casamento, mas antes a união entre pessoas do mesmo sexo é condenada como qualquer outra forma de fornicação e injustiça (1 Co 6.9-10; Rm 1.24-27; Lv 18.22). Semelhantemente, não foi a união de dois homens e uma mulher, ou de um homem e duas mulheres (bigamia), tampouco de um homem e várias mulheres (poligamia), que "oficializou" o primeiro casamento, mas sim a união do homem à sua respectiva (e única) mulher (monogamia). Tanto a bigamia como a poligamia constituem corrupções da instituição divina do casamento, e suas consequências para a sociedade foram desastrosas (Gn 4.19; 6.1-2; cf. 1 Tm 3.12). 

II – CASAMENTO É UM DOM DE DEUS Embora tenha sido criado para que através do casamento pudesse realizar a plenitude do seu propósito nesta vida, de maneira que a maioria das pessoas se casa, devemos considerar também o fato de que não são todos os que se casam ou mesmo que desejam se casar - há pessoas que simplesmente permanecem a vida toda solteiras, sem prejuízo das suas realizações materiais, sociais, psicológicas e espirituais. E quando esta disposição é natural e voluntária, não imposta contra a própria natureza e vontade de um indivíduo, nem oriunda de algum preconceito ou fruto de uma rejeição ao matrimônio como tal, podemos dizer que essas pessoas receberam de Deus o dom de viver só (Mt 19.10-12; cf. 1 Tm 4.1, 3-5). Com isto, devemos entender que o casamento também é um dom de Deus do qual muitos dos que dele não participam não estão necessariamente em posição desvantajosa em relação aos casados em qualquer aspecto da vida, mas antes têm o seu próprio dom e estão em plenas condições de se realizarem nas coisas dos homens e nas coisas de Deus (1 Co 7.7-9, 17-20). Há, de fato, tanto a vida de casado como a de solteiro possuem suas próprias vantagens, desde que em qualquer caso o indivíduo esteja no Senhor (1 Co 7.25-40; cf. Ec 4.9-12; Pv 21.9). 

III – A BONDADE DE DEUS NA CONDUÇÃO AO CASAMENTO Sendo o casamento uma dádiva de Deus, podemos esperar que, dentre todas as boas coisas que Ele tem em mente para aqueles que O amam, o Senhor também tenha especial interesse na busca e escolha de uma companhia ideal para os Seus (Pv 18.22; Ec 7.26). Consideremos como a providência divina conduziu até Isaque a mulher que lhe trouxe de volta a alegria após a morte de sua mãe; ou como o mesmo Deus se lembrou da fidelidade de Rute, para prover-lhe um marido responsável e amoroso, que lhe deu a honra de se tornar participante da genealogia real e messiânica (Gn 24 e Rt 3.1-4, 8-13; 4.6-8, 9-10, 11-12, 13-17). Embora no passado não houvesse namoro e noivado como atualmente, havia sim uma escolha, sobre a qual as Escrituras nos orienta a dar ouvidos à sabedoria divina, geralmente expressa no parecer e nos arranjos feitos pelos pais (Gn 28.1-2; 41.45; Ex 2.21-22). De qualquer forma, é necessário não perder de vista que a finalidade tanto do namoro como do noivado é a preparação para o casamento, devendo tanto a busca pela companhia ideal como essa preparação ser conduzida no temor a Deus, não sob jugo desigual, mas com alguém que comunga da mesma fé e propósito de santificar o Senhor em sua vida (Dt 7.3-4; 2 Co 6.14-16; 1 Co 6.19-20; 1 Ts 4.6-7). 

CONCLUSÃO O casamento é uma dádiva divina e, portanto, fonte de muitas e grandiosas bênçãos para o casal e toda a família, desde que tanto o homem como a mulher sejam cuidadosos em seguir as orientações do Senhor na busca e escolha da companhia ideal, na preparação em santificação durante o namoro e noivado, e assim o casamento possa ser consumado com honra e alegria, para glória de Deus.

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02 abril 2024

001-Família, uma instituição divina - Família lição 01[Pr Afonso Chaves]02abr2024

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LIÇÃO 1 

FAMÍLIA, UMA INSTITUIÇÃO DIVINA 

TEXTO ÁUREO: “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” (Gn 2.18) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 2.21-24 

INTRODUÇÃO Neste trimestre, estudaremos lições voltadas para o tema "família", com o objetivo de entendê-la tal como instituída e definida por Deus nas Escrituras Sagradas. Como uma instituição de origem divina, e não apenas um arranjo de relacionamentos humanos, a família possui um papel indispensável na realização da felicidade humana neste mundo em preparação para a eternidade. A igreja de Cristo tem o dever de compreender e valorizar essa instituição e defendê-la a todo o custo contra os ataques impiedosos de Satanás que vem sofrendo nos últimos tempos. 

I – O QUE É FAMÍLIA Família pode ser definida como a base de qualquer sociedade ou organização humana, constituindo-se a partir do casamento - em outras palavras, da união de um homem e uma mulher, e dos filhos e descendentes que resultarão dessa união. Ou seja, sem a família, simplesmente não haveria sociedade. Por isso, as origens da família remontam às do próprio ser humano, quando, no princípio do mundo, Deus criou o homem e, vendo que não era bom que ele estivesse só, fez a mulher para que fosse sua companheira. E notamos como o próprio Adão não apenas contemplou na mulher – e, portanto, na família – o caminho de Deus para a sua realização (“esta sim é osso dos meus ossos, e carne da minha carne”, “será chamada varoa”), mas anteviu e prescreveu que todo homem após ele também abraçaria esta dádiva do Criador: “portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.18-25). Portanto, a definição de família à luz da sua verdadeira instituição por Deus passa pelo propósito para o qual o homem foi criado, pela necessidade de companhia para cumprir esse propósito, e pela forma como Deus supriu essa necessidade. O homem foi criado para, juntamente com a mulher (e, portanto, com a família), sujeitar a terra e dominar a criação, exercendo uma mordomia divina que somente um ser criado à imagem e semelhança de Deus poderia fazê-lo. Embora posto para lavrar o jardim e tendo recebido a ordem de Deus quanto à árvore da ciência do bem e do mal antes mesmo de a mulher ser formada, entende-se que o homem não estava completo, tanto que a mulher foi formada para completá-lo (“serão dois uma só carne”) e assim o mandato e a bênção divina puderam ser finalmente pronunciados sobre o casal (Gn 1.27-28; cf. 1 Co 11.8-11). Não é, portanto, uma família qualquer outra associação de pessoas que não se constitua a partir de um casamento, isto é, da união entre um (e apenas um) homem e uma (e apenas uma) mulher. É verdade que a própria palavra família muitas vezes é empregada nas Escrituras num sentido mais amplo que o de um casal e seus filhos, mas, por mais extensa que seja, família sempre implica numa ancestralidade que remonta até um casal, um homem e uma mulher que se uniram para ter e criar seus filhos, os quais, por sua vez, mesmo após constituírem suas próprias famílias, não perdem os laços de parentesco uns com os outros, mas antes ampliam esses laços, na geração daqueles que serão netos, e bisnetos, dos casais que deram nome e identidade àquelas famílias descendentes. 

II – OBJETIVOS CARACTERÍSTICOS DA FAMÍLIA Instituída para auxiliar o ser humano no cumprimento do seu propósito neste mundo, a família, edificada sobre o fundamento do matrimônio, atende a diferentes objetivos em relação aos seus indivíduos e ao conjunto maior da sociedade. Em primeiro lugar, a família representa a realização da vontade de Deus para com o homem, de que este não deve permanecer só – ou seja, o homem precisa da companhia, primeiramente da sua mulher que com ele forma um só corpo em amor e sujeição, assim o assistindo e participando da sua realização como sendo a sua própria (Ef 5.22-23, 28; 1 Tm 2.14-15). Depois, da companhia dos filhos, que em amor e obediência se sujeitam à autoridade paternal, redundando em honra para aqueles que os geraram (Ex 20.12; Ef 6.1-3). Em segundo lugar, a família representa a realização do mandato divino da procriação: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra”. Nenhum artifício da ciência moderna é capaz de assegurar a continuidade da espécie humana de forma independente do casamento e fora do seio familiar – uma sociedade sem a família tradicional rapidamente declinará até sua completa extinção, tal como vemos hoje na queda vertiginosa da população, com graves consequências econômicas, em países onde o conceito de família é atacado ou mesmo relativizado. Não apenas ter filhos é objetivo e função característica da família, mas, ainda mais importante do que tê-los é criá-los, pois a perpetuação da espécie humana depende tanto da procriação física como da preservação dos valores e qualidades morais e espirituais que a preservam de seguir um rumo destrutivo para si mesma. É a família, e não qualquer outra instituição, que incute no homem suas primeiras e mais sólidas noções sobre relacionamento com o próximo e com Deus, que o nortearão pelo resto da vida (Pv 22.6; cf. 2 Tm 3.14- 15; Gn 6.1-5).

 III – O SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO REINO DE DEUS Queremos considerar, sob este tópico, primeiramente o quanto a família reflete e aponta para realidades espirituais concernentes ao reino dos céus. Consideremos, antes de tudo, como a própria criação humana como macho e fêmea – isto é, feitos para se unirem em casamento e assim constituírem família, reflete um aspecto da relação divina entre Deus e seu Filho unigênito, que, de acordo com a revelação do Evangelho, dá-se em termos de uma relação perfeitamente harmônica de obediência e amor entre Pai e Filho (Jo 1.1; 3.35). E é desta mesma natureza o amor com que Deus amou aqueles por quem enviou Seu Filho ao mundo para morrer pelos pecadores, de modo que todo aquele que crê é feito filho de Deus e pode invocá-lo como Pai, tendo direito à herança como coerdeiro de Cristo Jesus (Jo 1.12; Rm 8.14-17, 29). Consequentemente, a relação entre aqueles que creem é uma relação familiar, devendo todo aquele que é nascido de Deus amar o seu irmão (1 Jo 4.7-11, 21; 5.1-2). A família é, portanto, de inestimada importância no propósito de Deus, não apenas para a realização da felicidade do homem neste mundo, mas também no que diz respeito à sua salvação. Notemos como, desde o princípio, a forma como Deus anuncia e como opera a salvação sempre esteve estreitamente vinculada aos relacionamentos familiares: seja a semente da mulher que esmagará a cabeça da serpente, seja aquele em quem serão benditas todas as famílias da terra, é no contexto familiar que Deus se manifestará, revelando-se e conduzindo os Seus (Gn 3.15; 12.1-3; 18.17-19). Mesmo a salvação sendo individual, o filho não levando os pecados do pai, e vice-versa; e muitas vezes o evangelho causando divisão entre crentes e incrédulos na casa; muitas vezes é no núcleo familiar que a salvação produz os maiores e mais notáveis frutos, assim como, em outras lamentáveis ocasiões, é a partir da corrupção das famílias que a perdição de toda uma sociedade pode ser decidida (Gn 35.2-3; Js 24.15; 1 Sm 1.19; At 10.2; 16.31-34).

 CONCLUSÃO Família é uma instituição divina, cuja honra e defesa depende, antes de qualquer atitude social ou política, ou mesmo da igreja, de cada um de nós, pois todos nós recebemos essa dádiva e nos beneficiamos de tudo o que Deus nos proporciona através de nossas famílias. E isto faremos na medida em que conhecermos o que Deus espera de cada um de nós como pais, mães, filhos ou filhas.

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