27 setembro 2022

001-Isaias - o profeta da salvação - Isaias Lição 01[Pr Afonso Chaves]27...

MP3 PARA DOWNLOADS

 LIÇÃO 1 

ISAÍAS – O PROFETA DA SALVAÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “Sião será remida com juízo, e os que voltam para ela, com justiça. Mas os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem o Senhor serão consumidos.” (Is 1.27-28) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 1.1-9 

INTRODUÇÃO Iniciamos um novo trimestre de estudos das Escrituras Sagradas, desta vez voltando-nos novamente para os profetas – aqueles pelos quais Deus falou no passado muitas vezes e de diversas maneiras, e de cujas mensagens podemos extrair tantas aplicações pertinentes aos tempos em que estamos vivendo. Mais especificamente, abordaremos a profecia de Isaías, que é um livro extenso para ser estudado capítulo a capítulo; mas, mesmo assim, ainda podemos selecionar as passagens mais importantes e necessárias para compreendermos as particularidades da mensagem deste profeta e extrair preciosas lições para nossa edificação e instrução no conselho de Deus. 

I – O CONTEXTO DE ISAÍAS Isaías é um dos mais antigos profetas canônicos – isto é, aqueles que consignaram sua mensagem por escrito e cujos livros chegaram até nós no corpo das Escrituras Sagradas (houve outros além daqueles que temos na Bíblia, mas seus escritos não chegaram até nós – cf. 2 Cr 9.29). Conforme apresentado na introdução do livro, este profeta ministrou ao povo de Judá e Jerusalém durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias – o que faz dele um contemporâneo de Oseias, Amós e Miquéias (cf. Os 1.1; Am 1.1; Mq 1.1), bem como de Joel, Obadias e Jonas. Em termos cronológicos, ele profetizou aproximadamente entre os anos 750 e 700 antes de Cristo, e o seu ministério foi um dos mais longos, e seu livro, o mais extenso do gênero – daí sua posição inicial na seção dos livros proféticos. Isaías era filho de Amós, e acredita-se que tenha sido de linhagem real ou exercido algum ofício junto à realeza de Judá, pelo fato de seu livro apresentar as crônicas do reinado de Ezequias (cc. 33-36). Durante o período inicial do seu ministério, Isaías assistiu a decadência do reino de Israel, ao norte, cujos últimos reis se sucederam no trono através de golpes e traições, e, pelo seu desinteresse e negligência à palavra de Deus, apenas apressaram o fim de Israel. Os assírios, em franca ascensão como um império que subjugaria até o Egito, rapidamente despojariam e conquistariam também as dez tribos do norte, levando seus habitantes para longe, de onde nunca mais voltariam a constituir uma nação (cf. 2 Rs 15.19-20, 29; 17.1-6). Por sua vez, o reino de Judá também trilhava o mesmo caminho, chegando a ser ameaçado pela presença assíria às portas de Jerusalém, mas graças à piedade e ao governo justo do rei Ezequias, não sofreria a mesma sorte de sua irmã – ao menos, por enquanto. Porém, a rebeldia e impenitência da nação continuaria a se acumular, não obstante as reformas e avivamentos sob os reinados de Ezequias e Josias, e, próximo ao fim do seu ministério, Isaías testemunharia os primeiros sinais do fortalecimento da nação que seria incumbida por Deus de aplicar o castigo a Judá – os caldeus (cf. Is 39). 

II – A MENSAGEM DE ISAÍAS Embora Isaías não apresente suas mensagens em ordem cronológica, é possível dividir o livro em duas grandes seções, cada uma tratando principalmente de um assunto. Na primeira seção, que vai do capítulo 1 ao 39, a mensagem é sobre o juízo de Deus, primeiro contra Judá e Jerusalém, pela sua rebeldia e impenitência; depois contra as nações, que haviam também pecado contra Deus e o Seu povo. Em outras palavras, esta seção reafirma que o ímpio não ficará impune, mas receberá a recompensa das suas mãos (cf. Is 3.11-12). Na segunda parte, que vai do capítulo 40 ao 66, a mensagem é sobre a salvação de Deus, quando o povo, quebrantado e humilhado pelo castigo, seria reavivado e trazido de volta do cativeiro para participar da glória do reino de Deus. Aqui temos um rico testemunho do senhorio e primazia de Deus, e da inutilidade dos ídolos; bem como promessas sobre ampla e abundante salvação, não apenas para Israel e Judá, mas para todos os povos (cf. Is 40.1-2, 5). Esta é, de fato, a parte mais extensa da sua mensagem, de modo que Isaías é, como seu próprio nome indica, um profeta da salvação (Isaías significa “salvação do Senhor”). Uma das características particulares mais notáveis da mensagem de Isaías é o fato de ser ele o profeta que apresenta o maior número de testemunhos acerca do Messias – isto é, o Ungido através do qual Deus operaria a salvação do Seu povo. Isaías anuncia tanto o nascimento, como também os sofrimentos e o sacrifício, e ainda o reinado eterno e glorioso do Messias, tudo para a glória de Deus e para o benefício de Seu povo – o que lhe valeu o título de profeta evangelista, ou profeta messiânico. 

III – A TRANSGRESSÃO DE JUDÁ A título de exemplificação, consideremos alguns aspectos da mensagem de Isaías presentes já no capítulo inicial do livro. A profecia se inicia denunciando a ingratidão de Judá e Jerusalém (aqui referidos como “Israel”), pois Deus os havia exaltado, mas, ao pecarem e darem as costas ao seu Criador, eles haviam se mostrado abaixo até do nível dos animais de criação, que jamais se rebelam contra os seus benfeitores (vv. 1-3). E, mesmo depois de assolados por diversos castigos de Deus (cf. vv. 5-8), em nada haviam melhorado seus caminhos, de modo que o próprio Deus argumenta ser inútil acrescentar novos castigos, visto que continuariam a se rebelar. De fato, o povo já havia padecido tanto em razão dos seus pecados, que, não fosse a misericórdia de Deus, já teriam sido aniquilados antes mesmo da assolação final trazida pelos assírios e depois pelos caldeus (v. 9). Segue-se uma repreensão à hipocrisia daqueles que viviam à maneira de Sodoma e Gomorra, mas queriam honrar a Deus com os seus lábios, como se isto fosse o suficiente para o Senhor ouvi-los e socorrelos nas aflições pelas quais passavam (vv. 10-15). O único culto aceitável ao Senhor é o da obediência, do arrependimento e da correção dos caminhos tortuosos do pecado; se assim o fizessem – e ainda havia tempo para isto – eles seriam não apenas ouvidos pelo Senhor em suas petições, mas respondidos e sobremaneira abençoados; do contrário, não sofreriam mais castigos, mas apenas um único e definitivo mal: “sereis devorados à espada” (vv. 16-20). O capítulo se encerra denunciando os príncipes e juízes do povo, responsáveis pela queda da nação na idolatria e indiferença em relação aos castigos anteriores. Contudo, o Senhor promete purificar e remir Sião, e isto de tal forma que os pecadores – aqueles que haviam feito a cidade ser envilecida aos olhos das nações – seriam destruídos, e os que voltassem a habitá-la o fariam através de juízo e justiça – uma alusão à destruição da cidade e da terra pelos caldeus, ao cativeiro do povo, e ao seu retorno, sob os medo-persas, para voltarem a ser uma nação (vv. 21-28). 

CONCLUSÃO Isaías é um livro que, apesar das muitas repreensões e alertas de Deus aos pecadores quanto ao castigo vindouro, testifica abundantemente da misericórdia e graça de Deus, que foi especialmente manifestada no evangelho, na pessoa bendita do Messias – nosso Senhor Jesus. Um privilégio ainda maior do que ter retornado do cativeiro após sofrer a terrível punição sob os caldeus, é podermos ter sido resgatados dos nossos pecados pelo Salvador, que tomou sobre Si o castigo que nos era devido, e nos trouxe de volta para Deus e nos fez participantes do Seu reino.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

20 setembro 2022

13-Jesus e a sua Paixão - Ensinos de Jesus Lição 13[Pr Denilson Lemes]20ago2022

MP3 PARA DOWNLOADS

 LIÇÃO 13 

JESUS E A SUA PAIXÃO 

TEXTO ÁUREO: “Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.” (Mt 16.21) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 20.17-28 

INTRODUÇÃO Nesta última lição do trimestre propomos estudar algumas passagens onde Jesus fala aos Seus discípulos acerca da Sua paixão – isto é, dos Seus sofrimentos que começaram ao ser Ele entregue nas mãos dos líderes dos judeus e que culminaram na Sua morte na cruz do Calvário. E, ao avisar Seus discípulos de antemão, o Mestre queria tanto prepara-los para que não fossem escandalizados quando estas coisas acontecessem, como também ensiná-los sobre como em tudo isto se cumpriria o propósito inefável de Deus, pelo qual a salvação do Seu povo seria eternamente assegurada. 

I – JESUS ANUNCIA SUA PAIXÃO (MT 20.17-19) Esta é uma das três ocasiões onde o Senhor Jesus faz menção aos Seus sofrimentos e à Sua morte, seguida pela Sua ressurreição – sendo esta a última e mais próxima do tempo em que estas coisas aconteceram. O relato de Marcos acrescenta que os discípulos estavam atemorizados na medida em que se aproximavam de Jerusalém, e isto sem dúvida reflete o receio deles de que os líderes dos judeus pudessem fazer algum mal contra o Mestre (cf. Mc 10.32; Jo 11.7-8). É verdade que o próprio Senhor, por algum tempo, evitou subir à Judéia devido a esta mesma animosidade dos Seus opositores, que desejavam matá-l’O. Porém, enquanto os discípulos desejavam proteger e impedir que o Mestre caísse nas mãos de Seus inimigos porque pensavam que a Sua morte representaria o fim de todas as esperanças deles; o próprio Jesus sabia que havia vindo a este mundo para morrer, e, embora isto somente devesse acontecer quando chegasse a Sua hora, não se expunha desnecessariamente ao perigo – como que tentando a Deus (cf. Jo 7.1-6; Mt 4.6-7). Mas, a fim de preparar os Seus discípulos para aquela hora terrível, o Senhor mostra, ao avisálos de antemão, que não somente estava ciente das coisas que estavam para acontecer, mas que tais coisas não despertavam n’Ele o mesmo temor que nos discípulos, pois Ele estava disposto a enfrenta-las, e que isto não havia sido revelado para interromper a jornada deles até Jerusalém (cf. Lc 12.50; 13.32- 33). Além disso, a revelação da paixão de Cristo aos discípulos não tinha o propósito de incitá-los a tentarem impedi-la, pois tudo fazia parte do propósito divino, conforme anteriormente anunciado pelos profetas (cf. Lc 18.31, 34) – embora somente depois da ressurreição eles tenham compreendido a inevitabilidade e o bem maior alcançado pela morte de Cristo (cf. Lc 22.49-50; 24.25-27, 44-47). 

II – JESUS ANUNCIA A PAIXÃO DOS SEUS SEGUIDORES (MT 20.20-28) Na continuação da mesma passagem, vem à tona o desajuste dos discípulos – ou pelo menos de alguns deles – com o sentido do discurso anterior. Enquanto o Mestre apontava para os sofrimentos que Ele deveria padecer inevitavelmente e em breve para se conformar à vontade de Deus, dois discípulos se aproximam expressando tanto seu interesse exclusivo em sua exaltação pessoal no reino de Deus – como se já tivessem esquecido que o caminho para a exaltação no reino dos céus passa pela renúncia e pelo levar da cruz (cf. Mt 16.21-26); como também a presunção de que poderiam se equiparar ao Mestre, assentando-se à Sua direita e esquerda. Se para assentar-se em Sua própria glória, o Senhor deveria trilhar o caminho do sofrimento e da cruz, porque deveria ser diferente para os discípulos? Daí a resposta: “Não sabeis o que pedis”. Mas, mesmo apresentando a Sua própria cruz – aqui comparada a um cálice e um batismo (cf. Jo 18.11; Rm 6.6) – os discípulos se mostram inabaláveis em sua presunção, incapazes de imaginar as implicações de sua resposta: “Podemos”. Mas, assim como se beneficiariam da morte de Cristo, mesmo não compreendendo sua importância a princípio, do mesmo modo era necessário que fossem feitos semelhantes ao Mestre, trilhando o mesmo caminho da cruz, mesmo não compreendendo isto por ora – e acrescentamos que, nas pessoas destes dois discípulos, o Senhor deixa uma lição para todos nós (cf. Jo 12.23-26; Rm 8.36-37). Por outro lado, Jesus também corrige estes discípulos, condenando o sentimento carnal que os levou a considerar que o reino de Deus seria de tal natureza que poderiam se sobrepor aos seus semelhantes, preferindo-se em honra a si mesmos. E, a partir da instrução sobre humildade e amor ao próximo contida nas palavras desta correção – assunto que já consideramos em lição anterior – chamamos a atenção para a explicação do propósito divino na morte de Cristo, pela qual não apenas o próprio Senhor entraria na Sua glória, mas muitos outros seriam eternamente beneficiados com a salvação (cf. Jo 3.16; Hb 5.8-9). 

III – JESUS INSTITUI O MEMORIAL DA SUA MORTE (MT 26.26-29) Enquanto celebravam a Páscoa seguindo o rito instituído através de Moisés (cf. Ex 12.3-11; Mt 26.17-20), Jesus aproveita esta oportunidade simbólica do que estava para acontecer e se cumprir quanto à Sua morte para instituir um ato mais simples, mas igualmente simbólico, e mais apropriado ao fim dos tempos, onde as coisas anteriormente prefiguradas em sombras agora são manifestas na sua imagem exata, uma vez que se cumpriram, e que agora serviria como um memorial, uma recordação ou lembrança daqu’Ele que é o Cordeiro de Deus, que morreu por nós, e que é, portanto, a nossa verdadeira páscoa (cf. Jo 1.29; 1 Co 5.7; 1 Pe 1.18-20). Procurando ser breves sobre um assunto que poderia se estender em diferentes direções, visamos apenas o propósito do memorial da morte de Jesus. Ao instituir este ato como uma prática constante na vida dos Seus discípulos (cf. 1 Co 11.23-35), o Senhor manifestou Seu desejo de que Sua morte fosse comemorada, isto é, lembrada solenemente na assembleia ou congregação dos fiéis, primeiramente, como uma morte sacrificial: daí o uso distinto de dois elementos, o pão e o cálice (ou o fruto da vide), que fazem alusão direta à forma da morte de Cristo, onde não apenas Seu corpo, embora não tivesse nenhum osso quebrado, foi moído, ferido e aviltado; mas também Seu sangue foi vertido profusamente (cf. Is 53.5; Jo 18.33-34). Depois, esta comemoração inclui o aspecto de que todos nós fomos feitos participantes desses elementos: tomando do pão e bebendo do cálice, confessamos e corroboramos nossa fé de que estamos entre aqueles pelos quais a apresentação do corpo e do sangue de Cristo, em oferta sacrificial a Deus, alcançou e assegurou o supremo e glorioso dom da vida eterna. Daí também a tremenda profanação daqueles que participam do ato levianamente, como se desprezassem a igreja de Deus, adquirida através deste sacrifício, ou como se pudessem dispor do benefício da vida eterna como bem entendessem (cf. Jo 6.53-57; 1 Co 11.27-29; Hb 10.26-29). 

CONCLUSÃO Encerramos assim mais um trimestre de estudos, onde nosso propósito foi o de abordar passagens dos evangelhos contendo ensinamentos de Jesus, mas que fugiam ao escopo dos assuntos propostos em trimestres anteriores, onde contemplamos o Sermão do Monte, a Vida de Jesus, as Parábolas e os ensinos registrados no Evangelho segundo João. Assim, nossa compreensão dos Evangelhos certamente tem se beneficiado e enriquecido grandemente com mais esta oportunidade de estuda-los de modo particular, embora a fonte e o tesouro contido nesta porção da Biblia – como em todas as outras Escrituras – seja inesgotável e sempre será possível voltar a ela com novas propostas de estudo.

PARA USO DO PROFESSOR

  
AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

13 setembro 2022

012-Jesus e o tributo, a ressurreição e a divindade do Messias - Ensinos de Jesus Lição 12[Pr Denilson Lemes]13set2022

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 12 

JESUS E O TRIBUTO, A RESSURREIÇÃO E A DIVINDADE DO MESSIAS 

TEXTO ÁUREO: “E ninguém podia responder-lhe uma palavra, nem, desde aquele dia, ousou mais alguém interrogá-lo.” (Mt 22.46) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 22.15-22 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje prosseguiremos com o estudo de diferentes temas abordados por Cristo nas discussões provocadas por diferentes grupos dentre os judeus. Embora divididos entre si, esses grupos eram capazes de deixar de lado as diferenças quando o propósito era se opor a Cristo e tentar infamar Seu ministério. Veremos, porém, que nenhuma astúcia ou sutileza forjada por esses homens prevaleceu contra o Mestre, mas antes todos foram calados de forma tal nenhum outro argumento lhes restava, senão aquele pelo qual revelariam o quanto eram inimigos de Deus, e da verdade. 

I – A QUESTÃO DO TRIBUTO (MT 22.15-22) As palavras iniciais destes versos poderiam ser objeto de um estudo mais profundo, pois ilustram a malícia dos fariseus ao se dirigirem ao Senhor como se fossem não apenas simpatizantes dos Seus ensinos, mas como se estivessem de acordo e dispostos a cumprir tudo o que Ele lhes ensinasse. Mas, devido à brevidade de espaço, voltemo-nos para a questão proposta, cuja resposta Jesus sabia muito bem que, independente de qual fosse, seria distorcida por aquelas serpentes em Seu desfavor. Se afirmasse ser lícito pagar tributo a César, poderiam entender uma negação da própria esperança dos israelitas, de que o Messias viria para libertá-los do jugo dos seus opressores – jugo esse representado pelo tributo; se negasse tal licitude, poderiam acusa-lo de sedição perante as autoridades romanas – por isso haviam levado consigo os herodianos, como testemunhas de qualquer palavra de rebelião contra César que esperassem ouvir do Mestre. O fato é que, segundo a Lei, somente Deus tinha o direito de receber tributos de Israel (cf. Ex 30.13); mas, nas atuais circunstâncias, o imperador romano reivindicava para si esse tributo, o que para os judeus era tanto uma usurpação do direito divino como a imposição tirânica de um jugo sobre um povo que devia ser livre para servir, como filhos, ao seu único e legítimo Rei, o Deus Altíssimo. Por isso também, em outra ocasião, quando interrogado sobre o mesmo tributo, o Senhor responde que os reis da terra não cobram tributos de seus filhos, mas dos estranhos, e assim só paga as didracmas em submissão voluntária à condição do Seu próprio povo, o qual veio salvar, e para não escandalizar os cobradores, que ignoravam a realidade do reino de Deus (cf. Mt 17.24-27; Gl 4.4-5). Mas a resposta de Jesus inclui muito mais do que os fariseus “desejavam” saber: ao apresentar uma moeda romana como moeda com que pagavam o tributo a César, eles mesmos admitiam ter se submetido ao jugo romano e estarem conformados com isso, de modo que pagar o tributo a César apenas simbolizava a sujeição deles a Roma em tudo o mais (cf. Jo 19.12-15). Em outras palavras, esse imposto era devido a Roma, pois os judeus haviam assumido a dívida com o império (mesmo que a contragosto, cf. Rm 13.6-7). Por outro lado, na resposta de Jesus encontramos também o ensino de que o fato de estarmos debaixo de jugo humano não implica em violação da nossa liberdade em Cristo Jesus, desde que essa liberdade, pela qual não estamos mais sujeitos à servidão do pecado, não seja negociada ou entregue aos homens (cf. 1 Co 7.20-23; Ef 6.5-9; At 5.29).

II – A QUESTÃO DA RESSURREIÇÃO (MT 22.23-33) O próximo ardil é lançado pelos saduceus, uma facção que afirmava não haver ressurreição, nem espírito, nem anjo (cf. At 23.8). A questão parece ter sido proposta ou para que Jesus apoiasse o erro dessa seita, ou para expor a suposta contradição na crença da maioria dos judeus, através do que poderiam considerar um argumento irrefutável, já que se baseava na determinação de Moisés – entendase, o legislador inspirado por Deus. O “caso” proposto parecia não ter solução moral, se a ressurreição tivesse realmente de acontecer. Na primeira parte da resposta, Jesus expõe a ignorância dos saduceus quanto às Escrituras Sagradas – as quais os fariseus, por outro lado, bem faziam de examinar – pois eles só erravam de forma tão crassa quanto àquela que era a esperança do povo judeu porque desprezavam as Escrituras (cf. Jo 5.39; At 24.15); bem como também aponta a incredulidade destes homens, ao rejeitarem o testemunho das mesmas Escrituras quanto ao poder de Deus – razão pela qual inevitavelmente se tornaram verdadeiros escarnecedores das promessas de Deus, o qual pode subjugar todas as coisas à Sua vontade e propósito, inclusive nossos corpos mortais (cf. 2 Pe 3.1-6; Fp 3.21). Em seguida, o Senhor passa à questão propriamente, solucionando a suposta “contradição” da lei do levirato com a esperança na ressurreição ao explicar qual será a natureza daqueles que hão de ressuscitar naquele dia: “serão como os anjos no céu”, ou seja, através da ressurreição, os fiéis serão revestidos da imortalidade e já não terão a necessidade de perpetuar a espécie, pois não podem mais morrer (cf. Lc 20.35-36; 1 Co 15.51-54). E, depois de refutar o argumento saduceu, o Mestre desmascara a insensatez da seita em sua rejeição à esperança da vida eterna, citando uma das expressões mais queridas dos hebreus para designar o Deus verdadeiro: “Eu sou o Deus de Abraão, e Isaque, e Jacó”, numa citação específica a Êxodo (Ex 3.6), quando o Senhor diz a Moisés que havia descido para libertar Seu povo em atenção à promessa feita aos patriarcas, já falecidos na ocasião. E o argumento aqui não é que estes homens, tendo andado com Deus neste mundo, agora estavam conscientes num paraíso – o que, ao invés de favorecer, militaria contra a necessidade de ressurreição – mas porque, estando mortos, no pó da terra, contudo restava a esperança, confessada por eles mesmos, e confirmada por certo pelo próprio Deus, de que eles haveriam de voltar à vida (cf. Hb 11.13-16; At 2.29). 

III – A QUESTÃO DA DIVINDADE DO MESSIAS (MT 22.41-46) A próxima questão, na verdade, é proposta pelo próprio Jesus, mas tendo em vista a crença errônea e limitante dos fariseus e saduceus de que o Messias haveria de ser o Filho de Davi num sentido estritamente humano, e nada mais que humano (cf. Mc 12.35; Lc 20.41). Certamente por causa desta falsa concepção é que muitos deles rejeitavam a Jesus, julgando-O pela aparência e até mesmo por ignorarem Suas origens como legítimo filho de Davi (cf. Mt 13.54-56; Jo 7.41-42). Ao citar o salmo onde Davi chama o Cristo de Senhor, fica evidente que Ele não apenas é superior a Davi, mas de uma excelência ainda superior à do rei de Israel – logo, é um rei ainda maior que Davi, tendo existido antes do filho de Jessé, embora viesse a se manifestar depois dele, e ao qual se sujeitariam todos os reinos da terra (cf. Sl 2; Is 45.23; Lc 1.32-33). 

CONCLUSÃO Em conclusão a esta série de disputas, os fariseus e saduceus foram calados em suas insinuações maliciosas e interpretações inconsistentes das Escrituras. A doutrina de Deus é clara e coerente, contudo, isto não significa que seja necessariamente compreendida pela maioria. De qualquer modo, o erro está naqueles que pretendem alcançar a verdade, sem se dispor ao exame cuidadoso das Escrituras, e alheios à realidade do Deus vivo, que é todo-poderoso e faz tudo conforme o Seu propósito. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

06 setembro 2022

011-Jesus, o Sábado e o Casamento- Ensinos de Jesus Lição 11[Pr Denilson Lemes]06set2022

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 11 

JESUS, O SÁBADO E O CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado” (Mc 2.27) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 12.1-13 

INTRODUÇÃO Muitos ensinos de Jesus registrados nos evangelhos foram ocasionados por questões levantadas pelos fariseus e saduceus, ora em um zelo sincero de averiguar a consistência da doutrina de Cristo, ora com uma intenção maliciosa de encontrar em Suas palavras algo de que pudessem acusa-lo. Alguns desses ensinos já foram examinados em lições anteriores, a partir das diferentes passagens relacionadas nos evangelhos. Na lição de hoje e na próxima, estudaremos assuntos avulsos, igualmente importantes, mas cujos ensinos de Jesus a respeito foram registrados de forma mais sucinta ou pontual. 

I – JESUS É MAIOR QUE O SÁBADO (MT 12.1-8) Da leitura bíblica, que inclui dois episódios sobre o sábado, examinaremos apenas o primeiro, onde os discípulos caminhavam com Jesus num dia de sábado pelas plantações e, estando eles com fome, começaram a colher espigas para comer, ao que os fariseus os acusam de fazer o que não era lícito no dia de sábado. Ora, o que a lei proibia o povo nos sábados era de trabalhar – isto é, de se ocuparem com os seus afazeres ordinários, a fim de que pudessem se voltar, sem inquietação ou cuidado, para o culto e as coisas de Deus, assim aprendendo a ser santos através da santificação de parte do seu tempo (cf. Ex 20.8-11; Is 58.13-14). A acusação dos fariseus, portanto, era exagerada e baseada numa superstição, além de ignorar o princípio que Jesus explica através da argumentação que se segue. Para responder aos caluniadores, o Senhor primeiro cita o exemplo de Davi que, fugindo da fúria de Saul, veio ao tabernáculo, que se encontrava em Nobe, e, estando ele e seus homens com fome, pediram pão, mas, não havendo outro, o sacerdote lhes deu dos pães da proposição sem que isto constituísse em transgressão, seja de Davi e seus homens, seja do sacerdote. O argumento é de que, mesmo havendo uma lei expressa proibindo estranhos de comer o pão sagrado, o sacerdote considerou que a necessidade de Davi e seus homens – isto é, a mesma fome dos discípulos que acompanhavam a Cristo e só tinham à mão as espigas para serem colhidas – justificava a exceção, em ação de misericórdia (cf. Ex 29.33; 1 Sm 21.1-6). O segundo argumento é de que os sacerdotes no templo imolavam animais e realizavam outros atos que, embora auxiliares ao culto divino, constituíam-se em trabalho. Ao dizer: “Pois eu vos digo que está aqui quem é maior que o templo”, Jesus não apenas afirma que segui-l’O era uma causa tão santa quanto servir no templo, e, se a santidade do templo isentava os sacerdotes de culpa, quanto mais aqueles que seguem a Cristo, que é o Filho de Deus e, por conseguinte, maior que o templo – tanto maior que a casa é o Filho daqu’Ele que a edificou (cf. Jo 2.16; Hb 3.4-6). E, mais adiante, ao acrescentar que “o Filho do homem até do sábado é Senhor”, Ele quer dizer que não os fariseus não podiam acusar os discípulos de transgressão, quando estes estavam a serviço do mesmo Senhor que havia instituído o Sábado – afinal, o verdadeiro propósito do sábado jamais foi o de impedir que o homem se aproximasse de Deus, mas sim propiciar-lhe a ocasião para isto. E o que seria mais de acordo com o este propósito do que seguir ao Filho do homem: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado” (Mc 2.27), ou receber Seus benefícios precisamente no sábado, como o episódio de cura que se segue ilustra perfeitamente (cf. Lc 13.10-16). 

II – O CASAMENTO É INDISSOLÚVEL (MT 19.1-9) O assunto tratado nesta passagem é ocasionado pela pergunta capciosa dos fariseus: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” Como qualquer uma das respostas possíveis seria entendida e distorcida maliciosamente, e o que realmente estava em foco não era a questão da permissão para se divorciar, e sim a inviolabilidade do casamento; Jesus elucida, a partir do relato da criação dessa instituição, que, primeiro: o matrimônio é a união de um homem e uma mulher, não duas ou três; e, segundo, que essa união é perpétua, para toda a vida: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”. E, diante desses princípios, o divórcio constituía uma visível violação do mandamento de Deus (cf. Ml 2.13-16), a ponto de os próprios fariseus demandarem de Cristo uma explicação para a concessão mosaica: “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?” Ocorre que, assim como em relação ao sábado, os fariseus preferiam viver por uma concessão circunstancial que lhes agradava mais do que viver pelo mandamento, cuja prática não agradava às suas concupiscências. Mas Jesus aqui os desmascara, explicando que o divórcio havia sido permitido, não instituído, apenas para satisfazer à sua dureza de coração – a mesma dureza pela qual, como os fariseus bem deveriam se lembrar, Israel foi castigado por Deus no passado. Desejosos de manter a prática do divórcio, eles simplesmente confessavam ser iguais aos seus pais que foram rejeitados por Deus, condenando-se a si mesmos. Somente agora o Senhor pode responder adequadamente à pergunta, sem o risco de ser mal compreendido. O fato é que, a partir da doutrina estabelecida na criação, fica evidente que o divórcio não é uma opção dentro do casamento, pois a união conjugal não pode ser dissolvida pelos homens (entenda-se: somente Deus pode fazê-lo, pela morte); por isso, qualquer que repudiar sua mulher, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério (cf. Mc 10.11-12; Lc 16.16- 18; Rm 7.1-3). A exceção relativa à fornicação apenas ocorre na citação de Mateus com o fim de acrescentar que, neste caso, o divórcio ainda será um mal, mas de menor conseqüência, visto que a infidelidade conjugal já aconteceu, e não foi ocasionada pelo divórcio – como ocorreria em qualquer outro caso. De qualquer modo, o casamento permanece indissolúvel e o caminho de Deus para os cônjuges, se não desejam permanecer sozinhos, passa pela reconciliação (cf. 1 Co 7.10-11). 

III – NEM TODOS SE CASAM (MT 19.10-12) Na sequência, os discípulos mostram sua compreensão limitada da importância e bênção representada pelo casamento, ao afirmar a inconveniência da condição de indissolubilidade dos laços conjugais, a ponto de considerarem melhor o estar solteiro do que casar-se. Jesus mostra a insensatez desta consideração, ao explicar que, pelo contrário, poucos são capazes de viver o “celibato” (que é como se denomina o estar solteiro); de fato, somente aqueles a quem isto foi concedido por Deus. O ser humano não deve rejeitar aquilo que Deus lhe concedeu para ser, não um fardo, mas uma fonte de felicidade e realização, na medida em que recebe este dom com ação de graças e fidelidade. Por outro lado, nem todos receberam este, mas sim outro dom, e em nada são inferiores aos demais; antes, sua condição como solteiros – se esta é, de fato, a vontade e o dom de Deus para com eles – deve ser recebida como um chamado para desfrutarem de igual realização e felicidade, na medida em que, se lhes foi concedido se absterem do matrimônio, usarem esta “liberdade” para melhor servir nas coisas de Deus (cf. 1 Co 7.7-9, 17, 25-35). 

CONCLUSÃO Estudamos dois assuntos a princípio distintos, mas que implicam ambos em uma compreensão mais adequada do conselho de Deus do que aquelas que tanto os religiosos do tempo de Cristo como muitos de nossos dias interpretam de acordo com o seu desejo pecaminoso de agradar a Deus ao mesmo tempo em que agradam a si mesmos e atendem às suas concupiscências.  

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS