24 maio 2017

009-A parábola do talento - As Parábolas de Jesus - Lição 09[Pr Afonso Chaves]23mai2017



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LIÇÃO 9: 
A PARÁBOLA DOS TALENTOS

TEXTO ÁUREO: “E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mt 25.21)

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 25.14-30

INTRODUÇÃO
Ao falar da Sua vinda, o Senhor Jesus nos alerta, na parábola das dez virgens, a sermos vigilantes, pois não sabemos o dia e a hora da Sua volta. Na sequência, o Senhor narra a parábola dos talentos com o propósito de destacar a necessidade de os Seus servos serem diligentes e bem empregarem todos os dons concedidos pelo Senhor.
Jesus narra a história de um homem que, ausentando-se do seu país, chama alguns de seus servos e lhes dá talentos para que administrem enquanto ele estiver fora. Cada um desses homens recebeu uma quantidade. Aquele senhor, depois de muito tempo, volta e resolve acertar contas com os três homens que estavam incumbidos de administrar suas riquezas. Dois deles administraram muito bem, porém, aquele que recebeu menos foi duramente criticado e punido, pois não fez aquele talento que recebeu render durante todo aquele tempo. 
Assim como na parábola anterior, Jesus revela que a Sua segunda vinda não seria de imediato, como muitos pensavam. “E muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles”. Haveria um tempo determinado em que importava “negociar” os talentos recebidos.

I – O SENHOR CONCEDE DONS AOS SEUS
A parábola dos talentos, narrada em Mateus 25, tem como paralelo a parábola das minas, narrada em Lucas 19, pois tratam do mesmo tema. Em ambas as narrativas são concedidos aos servos certos bens, os talentos ou as minas, com a orientação de negociarem até que o seu senhor voltasse. Além de representar riqueza, o talento ou a mina, interpretado de forma mais ampla, engloba todos os dons que Deus nos concede. Essa definição abarca todos os dons espirituais e materiais. Inclui, também, nossas habilidades e recursos naturais, saúde, inteligência e educação, bem como nossas posses, fazenda, tempo, oportunidades e a própria vida (Ef 4.7, 8; 1 Co 12.4-7; Tg 1.17). 
Sobre os talentos distribuídos aos servos, é-nos dito que o Senhor “entregou-lhes os seus bens”.
Está aqui retratado o conceito de mordomia: tudo o que somos e possuímos na verdade não é nosso – é do Senhor. Ele nos concede todos esses recursos e como mordomos devemos estar conscientes de que havemos de prestar contas ao nosso Senhor (2 Co 3.5; Fp 2.13). Embora em quantidades diferentes, o Senhor concede dons a todos – a condição para diferenciar a quantidade de talento a ser recebida era “a capacidade de cada um”. Implica dizer que quem recebeu mais foi julgado com maior capacidade de multiplicar o talento; o que recebeu menos tinha uma capacidade menor. Então não somos iguais em capacidade; não temos todos os mesmos direitos? A quantidade aqui não designou grau de importância. Receber menos não significou ser preterido ou discriminado, pelo contrário, o tempo e a oportunidade foi igual para todos: “voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos” (Ec 9.11).
Embora tempo e oportunidade ocorram a todos, cada pessoa tem capacidade diferente – graças a Deus por isso! Esse é o motivo de termos variedade de profissões no mundo. No reino de Deus não é diferente: “De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, sejam eles exercidos segundo a medida da fé” (Rm 12.6-8). Deus conhece a capacidade e a fé de cada homem, e de forma justa distribui dons. Cabe a cada um exercer com presteza e responsabilidade o talento. Receber um talento e fazer bom uso dele pode significar multiplicá-lo a ponto de ultrapassar em números o que recebeu dois ou mais talentos. Contudo, o objetivo da parábola não é competição numérica, mas a diligência no trabalho (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6; 1 Co 9.16, 27).
Na parábola, mesmo o que recebeu somente um talento recebeu algo de muito valor – o talento era uma medida de peso em ouro ou prata de aproximadamente 30 quilos. Considerando o valor atual do ouro, seria por volta de 4 milhões de reais. O uso da moeda na parábola é metafórico, simbolizando algo de muito valor.

II – O EXERCÍCIO DOS DONS
Os talentos concedidos pelo Senhor são os mais variados e têm dois propósitos principais: o aperfeiçoamento dos santos e a pregação aos perdidos (Ef 4.11-12; At 1.8). No projeto de Deus, essestalentos são ferramentas que devem ser continuamente exercitadas. Palavras como “sobre o muito de
colocarei” e “qualquer que tiver, mais será dado e terá em abundância” revelam que o exercício do dom causa o aperfeiçoamento do próprio dom, ou seja, ele se “multiplica”.
Os homens que multiplicaram os talentos demonstraram conhecer seu Senhor; eles receberam bem a mensagem: reconheceram o valor do talento e do senhorio, e de forma grata cuidam do que lhes foi dado, vigilantes sobre o dia da prestação de contas. A consequência é que foram recompensados – o destino deles foi o reino celeste, junto Àquele que reconhecidamente era Senhor deles: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (1 Co 15.58; Ml 3.16-18).

III – O RESULTADO DE SE ENTERRAR O TALENTO
O servo que enterrou o talento tinha uma ideia errônea sobre o caráter do seu Senhor. Para ele o seu Senhor era muito rigoroso, por isso, além de negligente, ele é chamado de mau. Por que escolhe enterrar o talento? Que sentimento o motiva a isso? Podemos afirmar que esse servo era incapaz, não porque Deus assim o fizesse, mas porque não buscou conhecer seu Senhor e receber Dele os ensinamentos necessários para seu sucesso. A capacidade para administrar os dons espirituais tem alicerce espiritual.
Paulo bem afirma: “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus” (1 Co 2.11-12; Ap 2.25, 26).
Percebam que o homem que enterra o talento não reconhece sua incapacidade, mas culpa seu senhor pelo fracasso. Uma atitude semelhante à de Adão no Éden ao ser interrogado por Deus sobre sua desobediência. Adão culpa a Eva, culpa a Deus, mas não reconhece que ele é o principal responsável por sua queda.
A reprovação do servo infiel e a sua rejeição final revelam que o Senhor não tolerará a negligência e o descaso com os dons concedidos aos seus. O destino do que enterrou o talento foi a morte eterna, este por escolha, não se importou em conhecer seu Senhor (Jesus) nem se preparou para Sua volta quando deveria prestar contas de suas ações: “E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

CONCLUSÃO
Na parábola dos talentos, Jesus nos adverte que faz parte da preparação para a Sua vinda o exercício dos dons por Ele concedidos. A ênfase da parábola está centrada na ideia de que os servos do Senhor precisam trabalhar de forma diligente com os talentos a eles confiados, pois serão considerados responsáveis pelo Senhor quando Ele retornar. Tudo que vier a nossas mãos para fazer, devemos fazer conforme a nossa capacidade (Ec 9.10).

QUESTIONÁRIO
1. Que significado podemos dar aos talentos?
2. Em suas palavras, explique o tema central da parábola?
3. O que Jesus quis dizer com: “entregou-lhes os seus bens”?
4. Por que os servos receberam quantidades diferentes de talentos?
5. Por que o terceiro servo enterrou o talento? Ele tinha razão para isso?



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17 maio 2017

008-A parábola das dez virgens - As Parábolas de Jesus - Lição 08[Pr Afonso Chaves]16mai2017


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LIÇÃO 8: 
A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

TEXTO ÁUREO: “Em todo o tempo sejam alvos os teus vestidos, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” (Ec 9.8)

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 25.1-13

INTRODUÇÃO
Em resposta ao questionamento dos Seus discípulos sobre os sinais do fim dos tempos e da Sua volta, Jesus narra vários acontecimentos, guerras e rumores de guerras e outros sinais descritos como o princípio das dores. A mensagem principal é de que há necessidade de permanecermos vigilantes, pois não sabemos o dia nem a hora em que o Senhor voltará. O importante não é investigar quando Jesus voltará – isso não nos será revelado. O importante é estar preparado em todo o tempo.
Para ilustrar a questão da vigilância, Jesus conta a parábola das dez virgens, na qual Ele usa o costume da época sobre a cerimônia de um casamento. Segundo o costume, o casamento era contratado antes, envolvendo um acordo entres os pais; uma vez feito, o acordo os dois jovens eram considerados desposados (Mt 1.18). Na época propícia, após os preparativos necessários, o jovem, acompanhado de seus amigos mais íntimos, ia até a casa da jovem, onde se juntavam ao cortejo da jovem com suas amigas mais íntimas e todos se dirigiam ao local das bodas. Como o encontro ocorria à noite, havia necessidade de os convidados se proverem de lâmpadas. Após a chegada dos convidados, que se restringiam aos mais íntimos das duas famílias, a porta era fechada e iniciava-se a festa das bodas, que normalmente durava uma semana (Jo 14.1-3).

I – PREPARAÇÃO COMPLETA
Ao exemplificar as pessoas que estarão aguardando a Sua vinda, Jesus classificou essas pessoas em dois tipos. Aparentemente todas eram iguais  eram virgens, deveriam estar decentemente vestidas, todas tinham lâmpadas, mas as prudentes tinham se provido de azeite, o que as néscias não haviam feito.
O que diferencia os dois grupos não é nada aparente, é algo do interior.
Nas muitas vezes em que Jesus falou sobre a importância de estar preparado para a Sua segunda vinda, Ele sempre destacou que essa preparação envolve todos os aspectos da vida. Não basta simplesmente professar fé, andar junto com os fiéis, dizer: “Senhor, Senhor!”, ou mesmo realizar milagres em Seu nome – será aprovado aquele que faz a vontade do Pai. É considerado sábio aquele que ouve a palavra de Deus e a pratica, enquanto o que ouve e não a pratica é chamado de insensato.
Os que serão aprovados são tipificados pelas virgens prudentes que levavam azeite consigo. O azeite é símbolo do Espírito Santo – só o Espírito pode vivificar a palavra e trazer luz à vida do crente. Os que são selados pelo Espírito possuem o penhor, a garantia de acesso aos portões celestiais. Somente o Espírito é poderoso para nos guardar e nos conservar irrepreensíveis até aquele grande dia (Ef 1.12-14; 2 Coríntios 5.5; Ef 4.30). 

II – RESPONSABILIDADE PESSOAL
Quando da chegada do esposo, as virgens néscias pediram azeite às prudentes, que o negaram e orientaram que elas mesmas deveriam comprar. O que parece ser uma atitude egoísta, na verdade, revela um princípio básico: a religiosidade pode ser passada de pessoa para pessoa, mas a verdadeira religião só pode proceder de Deus. Mesmo que alguém queira, jamais conseguirá passar para outro a fé, a santidade ou a unção do Espírito. Cada pessoa deve ouvir o convite do Senhor e dEle “comprar” o necessário para a vida (Is 55.1-3; Ef 5.15-21).
Cada um dará conta de si mesmo, e cada um deve buscar o bem para a sua própria alma. A justiça do pai não alcançará o filho e a justiça do filho não alcançará o pai. Estar em Deus significa ter um relacionamento pessoal com Ele, comparado ao casamento. A simbologia do casamento, aplicada à união entre Cristo e a Igreja, pode ser estendida à união de cada crente com o seu Deus.

III – O TEMPO É AGORA, NÃO HAVERÁ OUTRA OPORTUNIDADE
A parábola diz que, tendo as virgens néscias ido comprar o azeite, o esposo chegou, as que estavam preparadas entraram para as bodas, e a porta fechou-se. A mensagem clara de Jesus é que toda e qualquer preparação só será possível antes da Sua volta. Quando a trombeta soar, a porta será fechada, os que estiverem preparados entrarão no gozo de seu Senhor, os que não possuírem o selo do Espírito estarão condenados para sempre. Após Noé e sua família entrarem na arca, o Senhor fechou a porta e, quando Ló saiu de Sodoma, veio a destruição caindo fogo do céu (Gn 7.16; 19.23-25).18
Ao descrever a Sua vinda, Jesus usa expressões que denotam não mais haver tempo para a salvação (Mt 24.15-20). O tempo de buscar o Senhor e dar ouvidos ao Espírito é agora, pois chegará a ocasião que isso não será mais possível (Is 55.6; Hb 3.14-19). Lembremos que Esaú, mesmo com lágrimas, não achou lugar de arrependimento (Hb 12.17; Lc 11.13).
As virgens néscias, ao voltarem, pedem que a porta seja aberta, recebendo como resposta: “não vos conheço”. A mesma expressão Jesus usa em outras oportunidades para falar da situação daqueles rejeitados por Deus. Podemos entender que aqueles que não têm um relacionamento pessoal e íntimo com o Senhor estão em trevas e por isso não são “conhecidos” de Deus (Lc 13.25-27).

CONCLUSÃO
Na parábola das dez virgens nos passa uma mensagem que enfatiza a necessidade de termos uma vida de vigilância. Não sabemos o dia e a hora que o nosso Senhor vem, por isso, devemos vigiar em todo o tempo. Se assim não o fizermos, seremos considerados néscios, mas se pelo Espírito formos vigilantes, seremos considerados prudentes e o dia da volta de Cristo será de festa e não de dor. Estejamos, pois, sóbrios e vigilantes.

QUESTIONÁRIO
1. Qual o tema central da parábola das dez virgens?
2. Em suas palavras o que significa “levar azeite consigo”?
3. Por que as virgens prudentes recusaram repartir o azeite?
4. O que podemos entender pelo fato do não abrir a porta para as virgens néscias?
5. Em suas palavras, quando e como podemos “comprar” azeite?

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11 maio 2017

007-A parábola das bodas - As Parábolas de Jesus - Lição 07 [Pr Afonso Chaves]09mai2017



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LIÇÃO 7:
A PARÁBOLA DAS BODAS

TEXTO ÁUREO: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. (Mt 22.14)

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 22.1-14

INTRODUÇÃO
O contexto da parábola das Bodas do Filho do Rei é a discussão entre Jesus e as autoridades religiosas judaicas. Esse embate começou no capítulo anterior (21), após dois eventos importantíssimos: a entrada triunfal e a purificação do templo. Então, sendo questionado pelos religiosos judeus, Jesus usou três parábolas, sendo elas: a Parábola dos Dois Filhos, a Parábola dos Lavradores Maus e a Parábola das Bodas.
Basicamente, o ensino principal de Jesus nessa discussão é que o reino foi rejeitado pelos herdeiros e, portanto, o reino foi oferecido a outros. Essa rejeição pode ser facilmente percebida logo no começo da parábola (versículos 1-6). Note que o rei insistiu por duas vezes, sendo que, na última, alguns dos convidados, além de rejeitarem o convite, ainda mataram os servos do rei que estavam encarregados do convite. 

I – ISRAEL REJEITOU O SENHOR
Da descendência de Abraão, Isaque e Jacó, Deus suscitou uma nação como Seu povo peculiar, que adotou como filho e com o qual fez o concerto, concedeu a lei, o culto, as promessas e do qual procede Cristo (Rm 9.1-5). Em todo o tempo Deus cercou Israel de cuidados, enviando os Seus profetas, sempre conclamando o povo a se voltar para o Senhor e a se separar de todos os povos da terra (Jr 7.25). Israel foi sempre reticente ao chamamento de Deus – a expressão do Senhor é: “Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente”.
A rejeição de Israel ao seu Deus culminou com a rejeição ao Messias enviado por Ele para cumprimento das promessas dadas ao Seu Povo. Cristo manifestou-se primeiramente a Israel, quando envia incialmente os Seus discípulos para pregar, envia-os às ovelhas perdidas da casa de Israel. No entanto, João afirma que Ele “veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam” – não aceitaram o convite para as bodas do filho do rei. Não só recusaram o convite, mas também perseguiram e mataram os profetas antes enviados por Deus (Lc 13.34; At 7.51-53).
O verso de número sete da parábola fala do juízo de Deus que certamente alcança aqueles que O desprezam. Podemos citar o caso de Esaú, o povo no deserto, Saul, Judas, Ananias e Safira e até os anjos rebeldes – todos eles, apesar de, em um tempo, serem chamados povo do Senhor, pereceram porque
rejeitaram a Deus.

II – DEUS NÃO REJEITOU O SEU POVO
Alguns entendem erroneamente que, uma vez que Israel rejeitou o Messias, Deus se voltou para os gentios e formou um “novo povo”, a Igreja. Isso não tem fundamento bíblico e conduz a erros graves de entendimento das Escrituras. Há necessidade de se compreender o conceito de povo de Deus ou
família de Deus – que são os que fazem a vontade do Senhor (Lc 8.21).
No verso quatorze o Senhor Jesus diz que muitos são chamados, mas poucos escolhidos; isso está de acordo com a palavra que diz: “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Rm 9.27). E outra: “nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rm
9.6 e 2.28-29). E ainda: “Assim pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça” (Rm 11.5). Isto é: existe um verdadeiro Israel de Deus, escolhido entre os da descendência de Abraão e entre todos os povos da terra (Gn 12.3).
Aqueles que atentam para o convite de Deus não formam um novo povo, antes são enxertados na mesma oliveira e são participantes da mesma seiva que alimenta todos e formam não somente um povo, mas também um só corpo (Rm 11.17; Ef 2.14; 4.4-6). Se entendermos isso, podemos entender a expressão “todo o Israel será salvo” (Rm 11.26).

III – VESTES ADEQUADAS
Uma vez que os primeiros convidados não eram dignos, por ordem do rei o convite é estendido a todos e a festa se enche de bons e maus. O rei então observa um convidado que não está com vestes adequadas que é lançado nas trevas exteriores. A lição aqui é que todos podem vir como estão, mas não devem permanecer como antes; entrar no reino de Deus implica em transformação.Nas Escrituras as vestes são símbolo de justiça, servem para cobrir a vergonha da nossa nudez. O estar vestido adequadamente é estar coberto com uma justiça eficaz. Qualquer um que comparecer diante de Deus com justiça própria, será lançado fora. Toda obra humana não é mais que folha de figueira ou trapo de imundícia, ineficiente para a justificação (Gn 3.7 e 21; Is 4.1-3; 64.6). Estão vestidos adequadamente aqueles cobertos pela justiça perfeita de Cristo Jesus, estão vestidos de linho fino, branco e resplandecente, não confiam em si mesmos, mas depositam a sua fé naquele que os justifica – o Senhor justiça nossa (Ap 19.8; Jr 23.6. 1 Co 1.30).

CONCLUSÃO
Na parábola das bodas vimos que há aqueles que são convidados e recusaram ir. Há os que, além de recusarem o convite, perseguiram e maltrataram quem os convidou. Há o que aceita o convite, porém estava de forma inadequada. E há outros que aceitam o convite e se vestem adequadamente. Muitos são chamados, poucos são escolhidos. Em que grupo eu e você estamos enquadrados?

QUESTIONÁRIO
1. Que significado podemos dar às bodas do filho do rei?
2. Na parábola estudada, quem são os convidados considerados indignos?
3. Com suas palavras, descreva o sentido de: “não estava trajado com vestes nupciais.”
4. O que podemos entender pelo fato de o homem questionado por causas de suas vestes emudecer?
5. O que você entende pela expressão: “muitos são chamados, poucos são escolhidos”?





04 maio 2017

006-A parábola dos dois filhos e dos lavradores maus -As Parábolas de Jesus - Lição 06[Pr Afonso Chaves]02mai2017


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LIÇÃO 6: 
A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS E DOS LAVRADORES MAUS

TEXTO ÁUREO: “Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos” (Mt 21.42)

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 21.28-44

INTRODUÇÃO
Durante o Seu ministério terreno, Jesus sofreu duramente com a oposição dos homens, particularmente dos principais do povo. Eles estavam sempre criando situações embaraçosas e fazendo perguntas capciosas, de maneira a incriminar Jesus. Entre outras ocasiões, nós vemos isso no caso do tributo, acerca do divórcio e da mulher surpreendida em adultério. Em todas investidas dos Seus inimigos, Jesus tinha uma resposta sábia, que os colocava em situação embaraçosa; isso os enfurecia de maneira tal que já planejavam matá-lo.
Nas duas parábolas que passamos a estudar, Jesus repreende os principais do povo por causa da desobediência e avisa-os que eles seriam rejeitados porque, sendo os edificadores, eles estavam rejeitando a principal pedra do edifício. Em contrapartida, o reino de Deus seria dado aos publicanos e meretrizes, porque creram na mensagem do Evangelho. Apesar de falar em parábolas, quando o Senhor Jesus menciona a passagem profética, os principais do povo entenderam que falava deles (Sl 118.22-23).

I – O PERIGO DA RELIGIOSIDADE APARENTE
Exatamente as pessoas mais religiosas da época foram as que mais se opuseram a Jesus. Aqueles que eram os guardiões da Lei, edificadores, principais do povo, foram os que se levantaram para perseguir aquele que foi enviado por Deus para restaurar o Seu povo. Os que ensinavam a Lei e os Profetas, os que carregavam nos seus corpos e nas suas vestes porções das escrituras e as memorizavam, foram incapazes de reconhecer em Cristo o enviado de Deus no qual as profecias se cumpriam.
Rejeitaram Jesus porque viviam uma religião de aparência, eram extremamente zelosos, mas sem entendimento. Exageravam em pequenos detalhes e “esqueciam” o mais importante da Lei de Deus, cuidavam do exterior e negligenciavam a pureza interior. Eram orgulhosos e amavam serem admirados e, por isso, se sentiram ameaçados pelos ensinamentos do Mestre. As repreensões de Jesus aos escribas e fariseus nas fortes palavras: “ai de vós”, deixam claro que Deus condena a hipocrisia e não aceita a aparência do homem. Só uma justiça que excede a dos fariseus capacita para o reino de Deus. A religião é verdadeira quando procede do coração e compromete todo o homem com o seu Deus.

II – A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO E OBEDIÊNCIA
Em seguimento a mais um dos embates contra os principais da lei, quando eles questionaram sobre a Sua autoridade, Jesus conta a parábola dos dois filhos com o intuito de revelar o verdadeiro caráter dos seus opositores. O caráter é manifestado, não por aquilo que alguém fala, mas no que a pessoa faz, são as atitudes que revelam o nosso verdadeiro caráter, e se realmente nos arrependemos.
Ao serem questionados por Cristo qual dos filhos havia feito a vontade do pai, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo responderam que aquele que se arrependeu e depois foi trabalhar havia feito a vontade do pai. Jesus, então, compara os publicanos e as meretrizes ao filho que inicialmente diz não, mas depois se arrepende e vai trabalhar; e compara os religiosos da época ao filho que diz que sim, mas não obedece. Jesus revela então a hipocrisia deles, pois, diante do questionamento sobre o batismo de João, por conveniência, haviam respondido que não sabiam, mas na verdade eles não haviam crido (v. 32).
Jesus condena a atitude os principais do povo, que não se arrependeram, mesmo diante do exemplo dos publicanos e meretrizes que se converteram pela pregação de João. A conseqüência é que estes entrariam no reino de Deus, enquanto aqueles seriam rejeitados. É o arrependimento seguido de mudança de vida que nos aproxima de Deus e não a simples religiosidade (Mt 7.21; Jo 13.17; Lc 2.49).

III – JESUS, A PEDRA ANGULAR
O capítulo 21 do evangelho segundo Mateus é bastante interessante. Começa falando sobre a aclamação de Jesus e termina com uma parábola acerca da sua rejeição. Esta parábola dos “lavradores maus” tem uma mensagem bastante clara acerca de quem seriam os personagens dela e seu sentido. Tanto que os próprios líderes religiosos a quem ela foi direcionada perceberam que era deles que Jesus falava (Mt 21.45; Lc 20.19). Não há dúvida de que a vinha é a casa de Israel e o dono da Vinha é Deus (Is18.5.7); os servos enviados são os profetas que pregavam sobre o arrependimento (Hb 1.1; At 7.52); o herdeiro é Jesus e os lavradores maus são os judeus que haviam rejeitado os profetas a eles enviados e da mesma forma mataram o Filho para tentar ficar com aquilo que era dEle por direito (At 4.10-12, 26 e 27; 1 Pe 2.6-8). Tropeçar na pedra é rejeitar Jesus; ser esmagado pela pedra é o juízo vindouro sobre eles (Mc 16.16).
Esta parábola nos mostra claramente que quem veio antes dEle eram mensageiros de Deus, ninguém podia lhes negar essa honra, mas eram servos, mas Ele era o Filho de Deus. Revela ainda que Jesus conhecia o que tinha pela frente. No relato o filho morreu às mãos de homens perversos. Jesus jamais teve a menor dúvida a respeito do que tinha pela frente. Não morreu porque O obrigaram, encaminhou-se para a morte em forma voluntária e com os olhos bem abertos (Is 53.7; Jo 3.14, 15; Lc 9.22).

CONCLUSÃO
Nessa lição aprendemos que a verdadeira religião é aquela que procede do coração e compromete todo o homem com o seu Deus, e que a nossa hipocrisia é conhecida e condenada por Deus. O servo de Cristo deve se preocupar em obedecer a Deus e não Lhe fazer apenas promessas.
O senhor da vinha enviou um mensageiro após outro. Não chegou com uma vingança fulminante ao vexarem e maltratarem o primeiro mensageiro. Deu uma após outra oportunidade aos lavradores para responder ao seu chamado. Vemos, por fim, que Deus tolera os homens em sua pecaminosidade e não os destrói, por um momento, demonstrando a Sua benignidade e longanimidade para que o pecador venha a se arrepender (2 Pe 3.9-15), porém, em todo o tempo o juízo de Deus é exercido.

QUESTIONÁRIO
1. Quais são os perigos causados pela falsa religiosidade?
2. Por que o reino de Deus seria dado aos publicanos e meretrizes?
3. Quais são as atitudes que manifestam o caráter do verdadeiro cristão na parábola dos dois filhos?
4. Quem são os personagens na parábola dos lavradores maus?
5. Por que Jesus é a pedra angular?

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