27 março 2019

013-A doutrina sobre o Sábado - Doutrinas Lição [Pr Afonso Chaves]26mar2019



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LIÇÃO 13 - A DOUTRINA DO SÁBADO 

TEXTO ÁUREO
“E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera” (Gn 2.3). 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 12.1-8 

INTRODUÇÃO 
Existe muita polêmica em torno da guarda do sábado; mas esta não é uma questão apenas para polêmica, pois envolve uma preciosa promessa de Deus para o Seu povo, e precisa ser examinada com cuidado, para que possamos entender o verdadeiro propósito de Deus ao instituir um dia de repouso consagrado a Ele, e como isto realmente se cumpre em nossas vidas. 

I – A INSTITUIÇÃO DO SÁBADO 
1. No Princípio
A palavra “sábado” significa “repouso, cessação, descanso” de uma obra realizada. Ocorre pela primeira vez quando o próprio Deus, tendo concluído a obra da criação, repousou no sétimo dia e o separou como memorial (Gn 2.1-3). 
De fato, Deus não se cansa nem se fatiga, nem se detém de fazer toda a Sua vontade até mesmo nesse dia (Is 40.28; Jo 5.17), mas Ele queria que o homem se lembrasse do Seu repouso como uma promessa de que ele mesmo entraria nesse repouso, se tão somente fosse fiel. 
Tal promessa, oferecida aos pais, diversas vezes, no passado, hoje também é feita a nós pelo evangelho (Hb 4.1-9). 

2. Sob a Lei
Antecipando-se à proclamação da Lei, o Senhor já havia chamado a atenção do Seu povo para a devida santificação do sábado ao prescrever os dias para coleta do maná no deserto (Ex 16.23-30).
Mas é aos pés do Sinai que este dia é destacado como um dever moral, de amor e temor para com Deus, e como claro sinal da aliança e consagração do povo de Israel ao Senhor (Ex 20.9-11; 31.12- 17). 
Por isso ao longo da história deste povo, no Antigo Testamento, encontraremos diversas exortações à guarda do sábado (Is 58.13-14), e severas repreensões pela sua transgressão, que não ocorreu poucas vezes (Ez 20.11-13; Ne 13.15-19). 
Em razão da sua contínua incredulidade e desobediência, os muitos dias de sábado que guardaram desde o deserto do Sinai nunca lhes trouxeram repouso; nem mesmo quando por Josué conquistaram Canaã (Hb 3.8-11, 17-19). 

II – O CUMPRIMENTO DO SÁBADO 
1. Jesus é o Senhor do Sábado. 
Não entendendo o propósito de Deus, os judeus criaram inúmeras proibições em torno da guarda do sábado, dando-lhe um sentido estritamente material, físico, de inatividade; por isso se escandalizavam, achando que Jesus e Seus discípulos transgrediam ao fazer muitas coisas boas no sábado. 
Mas Jesus veio, sim, cumprir a lei no seu sentido pleno, demonstrando que era lícito fazer o bem aos homens no sábado, pois este dia foi criada por causa deles (Mt 5.17; Lc 13.10-17; Jo 9.14-17; 5.8-11), e que trabalhar pela causa de Deus, como os sacerdotes faziam no templo, ou como os discípulos faziam por Cristo – que é maior que o templo – não violava o sábado (Mc 2.27- 28). 

2. Jesus é o Verdadeiro Sábado
Embora tenha sido instituído antes do concerto de Deus com Israel no Sinai, ao ser destacado pela lei mosaica, o sábado passa a ser uma figura ou sombra de coisas futuras (Hb 10.1; Cl 2.16-17) – a saber, do repouso que ainda resta para o povo de Deus, no qual a igreja, nesse tempo presente, tem entrada pela fé em Cristo Jesus (Mt 11.28-30; Rm 10.4; 2 Co 6.1-2; 2 Ts 1.7). 
É acerca deste repouso, espiritual, eterno e único, que fala o escritor aos Hebreus, e nos exorta a perseverarmos para que nele possamos entrar (Hb 4.11). 
Como um dia segundo o calendário dos homens, o sábado neste mundo é relativo, devido à flutuação do dia solar – se de um lado do globo é sábado, do outro é sexta-feira, ou o primeiro dia da semana; e, além disso, o repouso é passageiro, de apenas 24 horas, após o que as fadigas e tribulações da vida cotidiana sempre voltarão enquanto estivermos neste mundo (Mq 2.10). 

III – A GUARDA DO SÁBADO 
1. Sua Relevância sob o Evangelho
Os primeiros discípulos não abandonaram a observância do repouso sabático (Lc 23.54-56); mas observemos que, quando reunidos em Jerusalém para tratar do que convinha à prática dos gentios que se convertiam a Cristo, chegou-se ao entendimento de que eles não deviam guardar a lei de Moisés, e, dentre as poucas coisas que lhes foram prescritas, para que não escandalizassem os judeus, não se incluía o sábado (At 15.19-20, 28-29). 
Notemos ainda que Paulo, tendo doutrinado as igrejas em todo o conselho de Deus, não definiu nada quanto à guarda do sábado, nem de qualquer outro dia (At 20.20-27). 

2. Sua Prática 
Hoje. Há cristãos que ainda cumprem a guarda do dia do sábado, segundo o calendário humano; poderíamos condená-los? Seriam justificados aqueles que guardam algum outro dia – por exemplo, o domingo – a pretexto de cumprir este mandamento? Tratando desta situação, Paulo considera a guarda de dias para o Senhor como um caso de consciência, ou seja, uma questão individual de cada um para com Deus (Rm 14.5-6); o que não podemos é condenar o próximo ou nos justificarmos por esse tipo de questão (vv. Rm 14.10-13). 
Afinal, o reino de Deus não consiste em tais coisas, como dias, comida e bebida, circuncisão ou incircuncisão (Rm 14.16-19; Gl 6.15-16). 
Mas aqueles que observam um dia para o Senhor devem ter o cuidado de não serem achados como aqueles que, caindo da graça, procuram se justificar pelas obras da lei (Gl 4.9-11; 5.4-6).

CONCLUSÃO 
O sábado nos lembra que Deus nos criou não para uma breve vida turbulenta e sobrecarregada de cuidados, frustrações e alegrias passageiras; mas para uma eternidade de completa satisfação, repouso e paz n’Ele, e na qual temos entrada pela fé em Cristo Jesus, o Príncipe da Paz, que já nesta vida nos tem dado descanso e alívio no perdão dos nossos pecados e na certeza da vitória sobre o mundo. 

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20 março 2019

012-A doutrina sobre o Casamento - Doutrina Lição 12[Pr Afonso Chaves]19mar2019


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LIÇÃO 12 - 
A DOUTRINA DO CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: 
“Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt 19.6). 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 19.1-12 

INTRODUÇÃO 
O casamento é uma instituição sagrada, planejada por Deus para a felicidade do ser humano nesta vida, pela união e amor entre um homem e uma mulher, e pela constituição de uma família. 
Por isso, as Escrituras Sagradas contêm muitos ensinos sobre o casamento, orientando os casais nos seus mútuos deveres e destacando a honra, santidade e inviolabilidade desta instituição. 

I – A ORIGEM DIVINA DO CASAMENTO 
1. Sua Instituição e Propósito. 
O casamento, ou matrimônio, nasce com o próprio homem, no princípio. Após tê-lo criado e designado suas tarefas no jardim, Deus considerou que não era bom que o homem estivesse só, e formou para ele uma mulher para assistir ou auxiliá-lo (Gn 2.7, 18-20, 21- 24). 
Considerando a bênção e a ordem de Deus dada ao casal: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e dominai...” (Gn 1.28), entende-se que um dos objetivos imediatos do casamento é o companheirismo necessário para que o ser humano possa cumprir o propósito de Deus quanto à sua existência terrena – sujeitar este mundo e perpetuar a espécie (Ec 4.9-12; Sl 127.3-5). 
A Queda em nada afetou esta ordem, embora a conseqüente fraqueza da condição humana trouxesse à relação conjugal algum sofrimento, principalmente para a mulher (Gn 3.16). 

2. Sua Natureza Vocacional. 
Embora seja um mandato de Deus para a espécie, e em todo tempo a maior parte dos homens eventualmente deixe seu pai e sua mãe, e se una à sua mulher, o casamento não é uma obrigação individual.
Trata-se de escolha, ou opção. No passado, eram os pais ou responsáveis que indicavam ou buscavam pares para seus filhos e filhas (Gn 24.1-4; 28.1-3; 41.44-46); um bom casamento é considerado uma bênção da parte de Deus (Pv 18.22; 19.14), e aquele que se precipita na sua escolha, ou despreza a vontade de Deus, colhe terríveis conseqüências (Gn 6.2-3; 26.34- 35; 28.6-9).
Portanto, quem deseja casar, não deve ser impedido; e quem não o deseja não deve ser pressionado a isto – cada um deve seguir a vocação que Deus lhe deu neste particular. 
Mas lembremo-nos também do conselho de Paulo aos solteiros: se têm domínio sobre si mesmos, é melhor permanecerem como ele, para que, livres do compromisso e dos cuidados do casamento, possam servir integralmente ao Senhor (1 Co 7.1-2, 6-7, 24-28, 32-34). 

II – OS COMPROMISSOS DO CASAMENTO 
1. A Hierarquia Conjugal. 
Embora o homem e a mulher sejam iguais diante de Deus, no que diz respeito à fé e salvação, cada um devendo responder pelo seu chamado espiritual (Gl 3.27-28); a ordem da sua criação implica em uma hierarquia, onde o homem precede a mulher e exerce a função de cabeça (1 Co 11.3, 7-9). 
Essa ordem, porém, não implica em diminuição para a mulher, nem em motivo de exaltação para o homem, mas apenas em diferença de papéis, para que ambos se complementassem como em um só corpo, uma só carne; assim também Deus compensa, com sabedoria e justiça, as diferenças, na necessidade que um tem do outro (1 Co 11.11-12). 

2. Os Deveres Mútuos
De acordo com os papéis diferenciados que cada um recebeu de Deus na relação conjugal e familiar, o homem tem maior responsabilidade e o dever de amar e cuidar da esposa, a exemplo do que o próprio Senhor Jesus fez pela Sua Igreja; ao passo que a mulher deve amar e sujeitar-se ao seu marido, que a protege (Ef 5.22-24, 25-30; Cl 3.18, 19; 1 Pe 3.1-6, 7). 
Notemos que ambos devem amor um ao outro, portanto, ambos têm direitos um sobre o outro, não devendo privar-se da sua união, exceto por razões de ordem espiritual, e isto com consentimento mútuo (1 Co 7.3-5). 
A geração de filhos também é uma grande benção de Deus sobre o amor do esposo e da esposa, e deve ser desejada e buscada (Gn 25.21; 30.1-2; 1 Sm 1.9-11; Sl 113.9). 

III – A SANTIDADE DO CASAMENTO 
1. A Violência do Divórcio. 
Indagado pelos fariseus sobre a permissão para o divórcio, Jesus declarou categoricamente o princípio divino estabelecido na criação: “O que Deus ajuntou, não o separe o homem” (Mt 19.6).
Em outras palavras, os laços do matrimônio duram por toda a vida dos cônjuges, e só são dissolvidos quando um deles morre (Rm 7.1-3; 1 Co 7.39). 
É uma lei, um concerto, estabelecido entre ambos, e do qual o Senhor se faz testemunha; tentar quebrantá-lo é fazer “violência” (Ml 2.13-16). 
O mandamento do Senhor aos casados é “não se separar” (1 Co 7.10-11), a menos que o cônjuge descrente se aparte pela sua incredulidade (v. 11, 15) ou por infidelidade (Mt 19.9). 
A expressão “não sendo por causa de prostituição” refere-se à transgressão do cônjuge que adulterou; se agora o outro cônjuge se unir a outra pessoa, errará também (Mt 10.10-12; Lc 16.17-18; Mt 5.31-32). 
Em nenhum destes casos, os laços do casamento são desfeitos; por isso, o cônjuge ofendido ou abandonado pelo incrédulo deve permanecer fiel até o fim, para que a porta da reconciliação não se feche (1 Co 7.11). 
É o que Deus fez com Israel – fez com as nossas almas (Os 2.14-16; Jr 3.1). 

2. A Gravidade do Adultério
A mais grave violação ao casamento consiste no pecado de adultério, alistado entre os dez mandamentos e severamente punido sob a Lei (Mt 20.14; Lv 20.10). 
É um pecado que destrói não apenas a confiança, a honra e o amor, mas também a própria alma (Pv 6.27- 29, 32-35). 
Lembremos do caso de Davi com a mulher de Urias; embora o Senhor o tenha perdoado, depois que ele se arrependeu, ainda assim muitos males lhe sobrevieram em razão do escândalo que o seu pecado causou aos povos vizinhos (2 Sm 11.9-14). 
Consideremos ainda a advertência de nosso Senhor Jesus, de que, como todo pecado, adultério não é apenas o ato consumado, mas a própria cobiça no coração (Mt 5.27-28). 

3. Outras Perversões do Casamento
A Palavra de Deus também condena severamente a prostituição e qualquer outra distorção da relação entre um homem e uma mulher, pois, à semelhança do adultério, vulgariza essa união como se fosse dada apenas para a satisfação da carne, e não para formar um corpo no qual um pertence ao outro; além de ferir a santidade de Deus que habita em nós (1 Co 6.15-16, 18-20; Pv 2.16-19; 5.1-5). 
Era prática comum entre os povos antigos, como é hoje entre aqueles que não temem a Deus; por isso as recomendações constantes dos apóstolos a fugirmos de toda conversação e prática que possa levar à prostituição (At 15.19-20; Ef 5.3-5; 1 Ts 4.3-8; Hb 13.4). 

CONCLUSÃO 
Em uma sociedade moralmente tão degenerada, onde muitos, quando não menosprezam, distorcem os valores do casamento, nós, como povo de Deus, precisamos estar atentos para não nos rendermos a essas ondas de corrupção, e zelar para que a santidade desta instituição seja sempre lembrada, preservada e honrada. 
Os que são casados, cumprindo fielmente seus deveres uns para com os outros; os solteiros, mantendo-se puros e buscando, com zelo e paciência, qual seja a vontade do Senhor para suas vidas. 

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13 março 2019

011-A doutrina sobre as Últimas Coisas - Doutrina Lição 11[Pr Afonso Chaves]12mar2019


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LIÇÃO 11: 
A DOUTRINA SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS 

TEXTO ÁUREO: 
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.27-28). 

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 15.19-26 

INTRODUÇÃO 
Juntamente com a fé e o amor, a esperança é uma das grandes virtudes cristãs, a essência mesma de toda a doutrina bíblica; sem ela, o evangelho seria uma mensagem incompleta, e a cruz, algo incompreensível e incerto. 
Mas o grandioso propósito de Deus para nossa salvação implica em muito mais que apenas esta tão breve existência, e por isso somos exortados pela Sua palavra a nos ancorarmos na certeza de uma vida futura, eterna e gloriosa, a ser revelada como na consumação do mundo. 

I – A VINDA DE CRISTO E O FIM DOS TEMPOS 
1. A Esperança Messiânica dos Pais. 
Já desde o seu primeiro anúncio, ainda no Éden, a salvação foi revelada por Deus aos pais como uma obra de livramento dos males conseqüentes do pecado e de vitória sobre os inimigos do Seu povo, a ser realizada por um Messias vindouro (Gn 3.15; 49.10; Is 49.5-6; Ml 4.1-2). 
Ainda que prefigurada em diversas ocasiões no passado, quando Deus ora visitava os ímpios para castigá-los, ora para socorrer e preservar os fiéis (2 Pe 2.4-9), todos os pais viveram e morreram na esperança de que o Senhor ainda haveria de se manifestar para um melhor livramento, pleno e definitivo, bem como para um juízo final (Jd 14-15; Hb 11.13-16) – em outras palavras, eles esperavam pela salvação e glória do reino de Deus, as quais foram reveladas na pessoa de Cristo Jesus (Lc 1.67-75; 2.25-32). 

2. A Plenitude dos Tempos. 
Considerando que a esperança dos pais se realiza na vinda do Filho de Deus a este mundo, o tempo do Seu nascimento, bem como da Sua morte sacrificial, é chamado nas Escrituras de “plenitude dos tempos”, “últimos dias” ou ainda “consumação dos séculos” (Gl 4.4-5; Hb 1.1), porque é pela Sua obra, consumada na cruz, que Deus estabelece uma sólida base para cumprir o Seu propósito de tornar a congregar em Cristo todas as coisas (Ef 1.9-10). 
Nossa salvação, portanto, é conseqüência infalível desta obra, a qual o Senhor completará brevemente no tempo que resta (Hb 10.12-14; Rm 9.28). 

3. A Esperança Cristã. 
Embora estes sejam os dias que os antigos desejavam ver e, mesmo tendo de voltar para o Pai, o Senhor Jesus tenha prometido que, pelo Seu Espírito, estaria conosco para sempre; Ele mesmo também nos instruiu a aguardar por uma segunda manifestação ou vinda Sua, não mais na carne, mas em poder e glória, para nos levar consigo (Jo 14.2-3), dando a cada um o seu galardão, inclusive a punição dos ímpios (Mt 25.31-33; 2 Ts 1.3-9). 
Assim que, de certo modo, a esperança dos antigos ainda é a nossa esperança, embora renovada com uma certeza ainda mais inabalável, graças ao que Cristo já fez por nós e ao penhor do Espírito em nossos corações (At 24.14-16; Rm 5.1-5; Hb 12.1-3); e por isso também ainda mais iminente, em razão do pouco que resta para se cumprir (Rm 13.11; 2 Pe 3.9). 

II – A VITÓRIA SOBRE A MORTE 
1. A Morte e o Estado dos Mortos. 
Como conseqüência da Queda, a morte assinala, desde então, o fim inevitável desta existência, dela não havendo retorno para este tempo presente – como entendiam muito bem os antigos. 
Mas, se por um lado, com a morte tanto justos como ímpios voltam ao pó da terra, na sepultura, onde são reunidos às gerações que já passaram (Gn 25.8; 1 Rs 2.2), e não têm consciência nem desta vida nem de Deus (Jó 7.7-10; Ec 9.6, 10; Sl 115.17); por outro, em todo o tempo os fiéis nutriram a esperança de que esse estado seria transitório, e que Deus os traria de volta à vida (Dn 12.2; Is 26.19) – afinal, a salvação implica em livramento da morte, o último inimigo a ser vencido, e Deus é Deus de vivos, não de mortos (Lc 20.37-38). 
À luz do evangelho, tal esperança é corroborada pela ressurreição do próprio Cristo, como as primícias dos que dormem, e a morte dos fiéis é comparada a um sono ou descanso, do qual Deus os despertará naquele dia para receberem o seu galardão (1 Ts 4.13- 14; 2 Tm 4.7-8; Ap 14.13). 

2. A Vida Eterna e a Ressurreição dos Mortos. 
Em Cristo, a esperança do povo de Deus acerca da ressurreição dos mortos, além de ser confirmada, torna-se um dos grandes eventos a se realizar na Sua vinda. De fato, hoje já é o tempo em que os mortos estão ouvindo a voz do Filho de Deus e, ouvindo, estão vivendo para Deus, pelo evangelho (Jo 5.24-25; 11.25-26; Ef 2.6); contudo, a plenitude desta vida ainda há de se manifestar no último dia por uma vivificação dos próprios corpos dos crentes, seja dos que estiverem vivos na ocasião, seja dos que já tiverem dormido (Rm 8.10, 13, 22-23). 
Esta ressurreição eliminará os últimos vestígios da corrupção, vergonha e mortalidade, em uma vitória final sobre a morte, tornando-nos aptos para desfrutarmos da glória celestial (1 Co 15.50-54). 

III – O FIM DO MUNDO E A GLÓRIA ETERNA 
1. A Oposição a Deus e ao Seu Povo. 
A vida do povo de Deus na terra tem sido sempre marcada por constante tribulação: angústias e sofrimentos causados pela luta interior contra o pecado, perseguições e afrontas de um mundo que aborrece a verdade, além dos ardis e da fúria de hostes espirituais da maldade, que batalham ferozmente para destruir nossas almas (Ef 6.11-12; Ap 12.17). 
Na plenitude dos tempos em que vivemos, essa oposição é notoriamente mais intensa, constante e traiçoeira, todas as forças contrárias a Deus se orquestrando, sob o comando de Satanás, como que em um assalto final contra os santos (Ap 16.12-15).
Contudo, o desfecho dessa batalha se dará no último dia, na vinda de Cristo, com a destruição de todo o sistema deste mundo, dos homens ímpios (Ap 19.19-21; 20.13-15; Mt 25.41), do próprio mundo que agora existe (Mt 24.29-30, 34; Hb 1.10-12; 2 Pe 3.7, 10-12) e de Satanás com os seus anjos (Ap 20.9-10). 

2. O Juízo Final. 
Todo o período que se inicia com a vinda de Cristo é anunciado e descrito na Palavra como um tempo de juízo, em que os homens estão sendo separados, os que crêem para a vida, e os incrédulos para o castigo eterno (Jo 3.18, 36). 
Mas esse julgamento ainda terá uma manifestação plena, final e universal no último dia, quando o Senhor Jesus há de vir como juiz para dar a cada um conforme as suas obras (Jo 5.28-29; 2 Co 5.10; Ap 20.10-15). 

3. Novos Céus e Nova Terra
As Escrituras tanto nos revelam que os céus e a terra que agora existem passarão, quando da consumação dos séculos; como também nos orientam a aguardar “novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pe 3.13). 
Em outras palavras, a plenitude do reino dos céus, preparada para os fiéis desde a fundação do mundo, e a ser manifestada naquele grande dia, deverá ser desfrutada em uma habitação inteiramente nova, celestial e eterna, perfeitamente apta para uma comunhão gloriosa e imaculada entre Deus e os salvos (Ap 21.1-3; 22.3-5). 

CONCLUSÃO 
Que a nossa esperança possa se fortalecer sobre a consideração da doutrina das últimas coisas, para que não desfaleçamos ante as limitações e dificuldades desta vida, nem criemos vãs esperanças sobre os bens de que desfrutamos no presente. 
Somente na certeza de que um dia estaremos face a face com Cristo é que poderemos viver o tempo que nos resta neste mundo de forma santa e agradável a Ele. 

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07 março 2019

010-A doutrina sobre a Igreja - Doutrina Lição 10[Pr Afonso Chaves]06mar2019 11



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LIÇÃO 10: 
A DOUTRINA SOBRE A IGREJA 

TEXTO ÁUREO:
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 12.12-20, 27 

INTRODUÇÃO 
Embora a salvação seja individual e dependa da operação eficaz do Espírito de Deus no coração do homem, e haja muitos que confessem falsamente o Evangelho; a doutrina bíblica também contempla a necessidade de que os fieis se reúnam como um povo, a fim de desenvolverem sua salvação em comum e cumprirem o propósito especial que Deus definiu para esta instituição única chamada de igreja.

I – A ORIGEM DA IGREJA 
1. No Princípio.
Que Deus não queria que o homem cumprisse o seu propósito só, mas em sociedade, vê-se desde o princípio, por ter-lhe criado uma companheira e auxiliadora, e ordenado que tivessem grande descendência (Gn 1.28; 2.18; cf. Ml 2.15).
Mas, mesmo depois da Queda, multiplicandose a iniqüidade entre os homens, Deus não apenas preservou os pais da corrupção daquela sociedade mundana, mas também os manteve unidos em uma sociedade santa que invocava e temia o Seu Nome.
A princípio, esta sociedade confundia-se com uma linhagem dos filhos de Adão (Gn 4.25-26; 6.1-2, 8-9); depois, com uma família em particular (Gn 17.3-8) que, por sua vez, tornou-se um grande povo – Israel.

2. Em Israel, no Deserto.
É no Egito, porém, ou mais propriamente no deserto, que se dá a consagração de Israel como “reino sacerdotal e povo santo” (Ex 19.3-6; Is 43.1-4, 21).
Deus se voltou para eles e os salvou como povo (Ex 3.7; 4.21-23); fez concerto com o povo (Ex 24.3, 7-8); deu-lhes solenidades que eram santas convocações (Lv 23.1-2); por fim, revelou, na figura do tabernáculo, o Seu desejo de habitar no meio deles (Ex 25.8; 29.45-46).
Assim, embora a palavra igreja não apareça no Antigo Testamento, ao se referir a Israel como “congregação”, “assembléia”, “ajuntamento” (palavras que têm o mesmo sentido de “igreja”), Deus os constituiu como Sua igreja em tempos passados, privilegiando-os com as bênçãos especiais da Sua graça e bondade, e fazendo deles Suas testemunhas perante as nações (Dt 33.3; Rm 3.1-2; 9.4-5).

3. Em Cristo, na Cruz.
Com a vinda do Filho de Deus ao mundo, o propósito de Deus em relação ao Seu povo se revela de um modo mais pleno; afinal, Cristo veio ao mundo para “salvar o seu povo dos seus pecados” (Mt 1.21).
Com o Seu sangue derramado na cruz, Ele resgatou a igreja e estabeleceu um fundamento inabalável para tornar a congregá-la e edificá-la até o fim (At 20.28; Jo 12.31-32), provando o Seu amor e cuidado, como de um Marido pela sua Esposa, para apresentá-la a Si mesmo gloriosa (Ef 5.25-27; Ap 19.7-8; 21.1-2).
E se, por um lado, a quase totalidade de Israel rejeitou essa provisão de Deus em Seu Filho, com exceção de um pequeno remanescente; por outro, uma grande massa de povos foi alcançada pela graça e, crendo no evangelho, foram unidos ao remanescente israelita, formando um só povo com os mesmos privilégios (Jo 1.11-13; 10.14-16; Ef 2.11-13, 19).
E assim, pela igreja se manifesta um grande mistério, uma multiforme sabedoria, em que o verdadeiro Israel não é aquele que se gloria em suas prerrogativas carnais, mas aquele que está na esperança da promessa, como Abraão, Isaque e Jacó (Rm 9.6-13, 25-29; 11.5-7; Ef 3.4-10; Gl 6.15-16).

II – A NATUREZA DA IGREJA 
1. Sua Espiritualidade.
Existem várias concepções errôneas sobre a igreja, a maioria delas confundindo sua natureza divina com a das denominações, convenções e outras entidades humanas que tomam o nome de “igreja”.
Entendamos que igreja é a reunião ou associação daqueles que foram chamados pelo evangelho e salvos do mundo para participarem do reino de Deus (Cl 1.12-13; Ap 1.9; Dn 2.44).
É o próprio Cristo quem os reúne, em Si e sobre Si mesmo, como que edificando um templo para morada de Deus (At 2.47; Mt 16.18; Ef 2.20-22; 1 Pe 2.4-5).
Pela sua existência em união com Cristo, a igreja também é comparada ao Seu corpo, ou seja, a uma extensão do próprio Senhor neste mundo (Ef 1.22-23; Cl 1.24, 27; Gl 3.27).

2. Sua Universalidade.
A igreja não está limitada a território, tempo ou qualquer forma de mensuração humana, mas onde os fiéis se reunirem, aí ela está presente com Cristo.
É uma realidade universal, a ser revelada no último dia (Hb 12.23; Ap 7.9; 2 Ts 2.1), mas, objetivamente, manifesta-se na forma de “igrejas” espalhadas pelo mundo todo, onde os propósitos e deveres estabelecidos por Deus para o Seu povo são cumpridos (At 9.31; 2 Co 8.1-2; 2 Ts 1.4-7).
É verdade que muitos se unem à igreja, neste segundo aspecto, sob uma falsa confissão, mas isto só confirma o que o Senhor Jesus já havia dito: que muitos estariam bem próximos do reino dos céus, mas nem todos se beneficiariam dessa proximidade para salvação (Mt 13.24-30; Lc 13.25-27); e que entre o próprio povo de Deus haveria apostasias, divisões e heresias, provocadas pelos falsos crentes, para provação dos fiéis (1 Co 11.17-19; 2 Tm 3.1-7; 1 Jo 2.18-19).

3. Sua Organização.
Voltando à figura do corpo, chamamos a atenção para o fato de que, embora a graça seja comum a todos os fiéis, aprouve a Deus manifestá-la de diversas maneiras na igreja (Ef 4.7-8).
Assim como um corpo em que cada membro possui uma função distinta e vital para o todo, cada fiel também é integrado à igreja e tem a sua posição nela definida pelo Espírito de Deus (1 Co 12.7- 13).
A partir desta consideração, somos estimulados a ter cuidado uns pelos outros, independentemente da sua obra na igreja (1 Co 12.15-25).

III – A OBRA DA IGREJA
1. Seu Mandato.
A partir das últimas palavras do Senhor Jesus, antes de voltar para o Pai (Mt 28.19-20), podemos deduzir que a principal obra da igreja consiste no ministério da palavra e das ordenanças instituídas por Cristo (batismo e ceia; cf. 1 Co 11.23-25).
Em primeiro lugar, a igreja tem o dever de testemunhar a ressurreição de Cristo diante de todos os homens, conclamando-os ao arrependimento e ao perdão dos pecados pela fé no Seu Nome (Lc 24.46-49; Mc 16.15-20); depois, receber aqueles que de bom grado receberem a palavra mediante o batismo em águas (At 2.40-41).
E, ato contínuo, manter o discipulado dos crentes mediante o ensino da boa e santa palavra de Deus, em toda doutrina, exortação e repreensão (v. 42; 1 Tm 4.13; 2 Tm 4.1-2), até que o Senhor volte (Mt 24.45- 51).
A ceia, por sua vez, constitui o solene memorial da morte de Cristo, em que a igreja dá testemunho da sua fé em Seu sacrifício e da esperança na Sua vinda.

2. Sua Comunhão. 
Não apenas para cumprir o mandato de Cristo, mas os crentes também devem se congregar em razão dos benefícios insubstituíveis da comunhão.
Através das palavras, das orações, dos louvores, dos dons espirituais, das confraternizações, das contribuições e da disciplina, Deus infunde em nossos corações ânimo, contentamento, amor, misericórdia, consolação e temor – enfim, todo o fruto do Espírito para o nosso aperfeiçoamento (Rm 12.10; 2 Co 9.10-12; Cl 3.12-16; 1 Tm 5.20).
Assim podemos entender porque os santos em Jerusalém, recém despertados pelo derramamento do Espírito, perseveravam “na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”, estando continuamente reunidos (At 2.42-44); e a gravidade com que o escritor inspirado nos alerta a não abandonarmos nossa congregação, “como é costume de alguns” (Hb 10.24-25).

CONCLUSÃO 
Devemos nos considerar bem-aventurados por fazermos parte da igreja de Cristo, amada por Ele desde a eternidade como Sua esposa, pela qual Ele morreu, e que Ele aperfeiçoará para apresentar para Si naquele grande dia da Sua vinda.
Amemos a igreja, perseveremos na sua comunhão e sirvamos uns aos outros conforme a medida da graça que Deus nos concedeu.

PARA USO DO PROFESSOR:

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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