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LIÇÃO 13 - A DOUTRINA DO SÁBADO
TEXTO ÁUREO:
“E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda
a sua obra, que Deus criara e fizera” (Gn 2.3).
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 12.1-8
INTRODUÇÃO
Existe muita polêmica em torno da guarda do sábado; mas esta não é uma questão apenas para
polêmica, pois envolve uma preciosa promessa de Deus para o Seu povo, e precisa ser examinada com
cuidado, para que possamos entender o verdadeiro propósito de Deus ao instituir um dia de repouso
consagrado a Ele, e como isto realmente se cumpre em nossas vidas.
I – A INSTITUIÇÃO DO SÁBADO
1. No Princípio.
A palavra “sábado” significa “repouso, cessação, descanso” de uma obra
realizada. Ocorre pela primeira vez quando o próprio Deus, tendo concluído a obra da criação, repousou
no sétimo dia e o separou como memorial (Gn 2.1-3).
De fato, Deus não se cansa nem se fatiga, nem se
detém de fazer toda a Sua vontade até mesmo nesse dia (Is 40.28; Jo 5.17), mas Ele queria que o homem
se lembrasse do Seu repouso como uma promessa de que ele mesmo entraria nesse repouso, se tão
somente fosse fiel.
Tal promessa, oferecida aos pais, diversas vezes, no passado, hoje também é feita a
nós pelo evangelho (Hb 4.1-9).
2. Sob a Lei.
Antecipando-se à proclamação da Lei, o Senhor já havia chamado a atenção do
Seu povo para a devida santificação do sábado ao prescrever os dias para coleta do maná no deserto (Ex
16.23-30).
Mas é aos pés do Sinai que este dia é destacado como um dever moral, de amor e temor para
com Deus, e como claro sinal da aliança e consagração do povo de Israel ao Senhor (Ex 20.9-11; 31.12-
17).
Por isso ao longo da história deste povo, no Antigo Testamento, encontraremos diversas exortações
à guarda do sábado (Is 58.13-14), e severas repreensões pela sua transgressão, que não ocorreu poucas
vezes (Ez 20.11-13; Ne 13.15-19).
Em razão da sua contínua incredulidade e desobediência, os muitos
dias de sábado que guardaram desde o deserto do Sinai nunca lhes trouxeram repouso; nem mesmo
quando por Josué conquistaram Canaã (Hb 3.8-11, 17-19).
II – O CUMPRIMENTO DO SÁBADO
1. Jesus é o Senhor do Sábado.
Não entendendo o propósito de Deus, os judeus criaram
inúmeras proibições em torno da guarda do sábado, dando-lhe um sentido estritamente material, físico,
de inatividade; por isso se escandalizavam, achando que Jesus e Seus discípulos transgrediam ao fazer
muitas coisas boas no sábado.
Mas Jesus veio, sim, cumprir a lei no seu sentido pleno, demonstrando
que era lícito fazer o bem aos homens no sábado, pois este dia foi criada por causa deles (Mt 5.17; Lc
13.10-17; Jo 9.14-17; 5.8-11), e que trabalhar pela causa de Deus, como os sacerdotes faziam no templo,
ou como os discípulos faziam por Cristo – que é maior que o templo – não violava o sábado (Mc 2.27-
28).
2. Jesus é o Verdadeiro Sábado.
Embora tenha sido instituído antes do concerto de Deus
com Israel no Sinai, ao ser destacado pela lei mosaica, o sábado passa a ser uma figura ou sombra de
coisas futuras (Hb 10.1; Cl 2.16-17) – a saber, do repouso que ainda resta para o povo de Deus, no qual a
igreja, nesse tempo presente, tem entrada pela fé em Cristo Jesus (Mt 11.28-30; Rm 10.4; 2 Co 6.1-2; 2
Ts 1.7).
É acerca deste repouso, espiritual, eterno e único, que fala o escritor aos Hebreus, e nos exorta a
perseverarmos para que nele possamos entrar (Hb 4.11).
Como um dia segundo o calendário dos
homens, o sábado neste mundo é relativo, devido à flutuação do dia solar – se de um lado do globo é
sábado, do outro é sexta-feira, ou o primeiro dia da semana; e, além disso, o repouso é passageiro, de apenas 24 horas, após o que as fadigas e tribulações da vida cotidiana sempre voltarão enquanto
estivermos neste mundo (Mq 2.10).
III – A GUARDA DO SÁBADO
1. Sua Relevância sob o Evangelho.
Os primeiros discípulos não abandonaram a
observância do repouso sabático (Lc 23.54-56); mas observemos que, quando reunidos em Jerusalém
para tratar do que convinha à prática dos gentios que se convertiam a Cristo, chegou-se ao entendimento
de que eles não deviam guardar a lei de Moisés, e, dentre as poucas coisas que lhes foram prescritas,
para que não escandalizassem os judeus, não se incluía o sábado (At 15.19-20, 28-29).
Notemos ainda
que Paulo, tendo doutrinado as igrejas em todo o conselho de Deus, não definiu nada quanto à guarda
do sábado, nem de qualquer outro dia (At 20.20-27).
2. Sua Prática
Hoje. Há cristãos que ainda cumprem a guarda do dia do sábado, segundo o
calendário humano; poderíamos condená-los? Seriam justificados aqueles que guardam algum outro dia
– por exemplo, o domingo – a pretexto de cumprir este mandamento? Tratando desta situação, Paulo
considera a guarda de dias para o Senhor como um caso de consciência, ou seja, uma questão individual
de cada um para com Deus (Rm 14.5-6); o que não podemos é condenar o próximo ou nos justificarmos
por esse tipo de questão (vv. Rm 14.10-13).
Afinal, o reino de Deus não consiste em tais coisas, como
dias, comida e bebida, circuncisão ou incircuncisão (Rm 14.16-19; Gl 6.15-16).
Mas aqueles que
observam um dia para o Senhor devem ter o cuidado de não serem achados como aqueles que, caindo da
graça, procuram se justificar pelas obras da lei (Gl 4.9-11; 5.4-6).
CONCLUSÃO
O sábado nos lembra que Deus nos criou não para uma breve vida turbulenta e sobrecarregada
de cuidados, frustrações e alegrias passageiras; mas para uma eternidade de completa satisfação,
repouso e paz n’Ele, e na qual temos entrada pela fé em Cristo Jesus, o Príncipe da Paz, que já nesta vida
nos tem dado descanso e alívio no perdão dos nossos pecados e na certeza da vitória sobre o mundo.
PARA USO DO PROFESSOR:
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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