25 outubro 2024

004-A Humanidade de Cristo - Cristologia Lição 04[Pr Afonso Chaves]24out2024

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LIÇÃO 4 

A HUMANIDADE DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”. (João 1.14) 

LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 2.1-18 

INTRODUÇÃO Enquanto na lição anterior aprendemos que a divindade de Cristo é um elemento fundamental da doutrina evangélica, desta vez entenderemos como a sua humanidade é igualmente importante, ambas estas verdades sendo ensinadas pelas Escrituras Sagradas para que tenhamos uma correta compreensão acerca da pessoa e obra de nosso Senhor e Salvador Jesus. Tão certo como é o Filho de Deus, Cristo também é o Filho do homem, pois, sendo igual a Deus, humilhou-se e se fez semelhante a nós, a fim de nos resgatar e nos levar de volta à divindade. 

I – A NECESSIDADE DA HUMANIDADE DE CRISTO Uma das características do Messias mais presentes nas profecias a Seu respeito é a sua humanidade. Nunca afirmada com o objetivo de limitar ou excluir Sua divindade, a linhagem (isto é, a ancestralidade ou origem) humana do Salvador faz parte da primeira promessa deixada ao homem após a Queda; e a esta primeira indicação se seguiriam outras, ao longo dos tempos, de que este descendente da mulher seria mais precisamente descendente de Abraão, e depois de Judá, e depois ainda de Davi. E, embora a divindade do Salvador fosse motivo de controvérsia e escândalo para muitos judeus, nenhum deles duvidava de que somente um homem cuja genealogia pudesse ser reconstituída através de Davi, Judá, Abraão e Adão, é que poderia ser verdadeiramente o Messias esperado. Eis por que Mateus e Lucas apresentam a genealogia de Jesus como prova de que Ele é o Cristo; e por que muitos judeus dos tempos de Jesus, incapazes de determinar Sua procedência devido a pormenores da profecia que ignoravam, duvidavam de que Ele fosse o Cristo (cf. Mt 1.1-17; Lc 1.26-27; 3.23-38; cf. Mt 2.4-6; Jo 7.41-42). A humanidade do Salvador não se deve a nenhum “capricho” da divindade; Deus poderia, de fato, ter enviado Cristo a este mundo como enviou diversas vezes os anjos para ministrarem em favor dos escolhidos. Mas não o fez, e isto por um propósito que, tendo se mantido oculto em mistério no passado, agora foi revelado pelo Espírito aos apóstolos e profetas da nova aliança: assim como todas as coisas saíram de Deus por intermédio de Cristo, e por Ele são sustentadas, mas pelo pecado ficaram sujeitas à morte e corrupção; do mesmo modo todas as coisas devem voltar novamente para Deus por intermédio de Cristo, para que Deus seja tudo em todos. No texto da leitura bíblica, o escritor inspirado explica isto à luz do salmo: embora feito um pouco menor do que os anjos, o homem está destinado a uma glória que ainda não se realizou. Cristo, contudo, já está coroado de glória, e isto depois de ter sido feito também menor do que os anjos – o que significa que esta profecia se cumpriu primeiramente n’Ele para depois se cumprir em nós. Aqui vemos a verdade já ressaltada em lições anteriores – de que Cristo deveria se fazer homem por nossa causa, para tornar-se a cabeça de um corpo formado por aqueles que n’Ele creem, para reconduzi-los de volta para Deus (Cl 1.18-20; Ef 1.22-23; 4.4-6; 1 Co 15.24-28). Notemos ainda que, embora Deus tenha se revelado aos homens desde o princípio, mesmo aqueles que eram agraciados com uma comunhão tal que podiam ser chamados amigos de Deus estavam cientes de que a divindade permanecia envolta em um mistério que nem mesmo eles podiam sondar, porquanto nenhuma carne poderia ver Deus face a face e sobreviver. Somente Cristo Jesus removeria este véu, pois, sendo Ele a expressa imagem de Deus, ao se fazer carne tornou-se a habitação corpórea da divindade, revelando-a de um modo tal que muitos não apenas viram com seus próprios olhos, mas também ouviram com os seus próprios ouvidos, e tocaram com suas próprias mãos na vida, graça, verdade e outras excelências de Deus que poucos no passado tiveram o privilégio de contemplar de longe (Nm 12.6-8; Ex 33.18-23; 34.5-7; Jo 1.1, 14, 18; Cl 2.9).

II – A REALIDADE DA HUMANIDADE DE CRISTO Ao afirmar a humanidade de Cristo, a Escritura quer dizer basicamente duas coisas: que o Verbo verdadeiramente se fez carne, e não apenas assumiu uma aparência de humanidade; e que essa carne não era um aspecto temporário, passageiro da divindade, mas o homem Jesus é inseparável de Cristo. Negar ambas estas verdades é o mesmo que negar o Filho e, portanto, o próprio Pai; é obra do anticristo (cf. 1 Jo 2.22-23; 4.2-3). Basta uma leitura franca e sem preconceitos do relato evangélico para perceber que todos os passos da vida terrena de Cristo – seja Sua concepção e nascimento, Sua infância, Seu contato com as multidões, Suas idas e vindas pela Judeia, Samaria e Galiléia, Suas emoções e sensações, Sua prisão e sofrimentos, Sua morte e sepultamento, Sua ressurreição e ascensão – todos são eventos cuja importância está na sua materialidade, ou seja, no fato de que realmente aconteceram e foram testemunhados por muitos; e não em uma aparência ou visão simbólica que somente uns poucos discerniram (Jo 19.34-35; Lc 24.36-43, 48). Somente quando admitimos que Cristo verdadeiramente se fez homem é que podemos entender a Sua humilhação. Primeiro, porque para o Filho de Deus adotar a natureza humana significou despojar-se de Si mesmo – isto é, das prerrogativas da Sua divindade. Ele não deixou de ser Filho de Deus ao vir ao mundo como homem; mas fora privado de receber do mundo, que havia criado, a honra devida ao Filho. E, mesmo se fazendo homem, não foi para sequer ser honrado como homem, mas para se fazer servo de todos, e ser humilhado pelos homens, até a morte (Fp 2.5-8; cf. Is 53.1-3; Jo 1.9-11; Hb 5.8). 

III – A HUMANIDADE DE CRISTO E SUAS IMPLICAÇÕES Não é necessário nos embrenharmos nas muitas discussões que ao longo dos séculos foram suscitadas pela Cristandade a respeito das naturezas, das vontades e aspectos ainda mais sutis da relação entre o humano e o divino na pessoa bendita do Salvador. Mas, nesse sentido, podemos deduzir algumas verdades a partir das Escrituras. A humanidade de Cristo não significa que Ele só passou a existir, ou mesmo a se distinguir do Pai, como Filho, a partir da encarnação. Ele já existia como Deus, que é Espírito; então se fez carne, assumindo forma corpórea para assim entrar neste mundo do mesmo modo que todos os homens (Gl 4.4; cf. Hb 10.5). O fato de Cristo ter sido concebido no ventre da virgem corrobora a realidade da Sua humanidade, que precisou ser gerada ou concebida, não por vontade ou concorrência humana, mas por obra do Espírito Santo. Assim, Ele era tanto o Filho de Deus como também Filho do homem, ou a semente da mulher (Mt 1.18-20; Lc 1.34-35). A concepção virginal de Cristo nos leva a refletir sobre outra característica singular da Sua humanidade: não tendo sido concebido por concorrência humana, Jesus Cristo não herdou a corrupção moral, ou a natureza pecaminosa, que passou naturalmente a todos os filhos de Adão. Isto significa que Jesus foi tentado não porque pudesse ser atraído e enganado por uma concupiscência (ou desejo pelo mal) que jamais habitou em Seu coração puro; mas porque a isto se submeteu, sem cometer pecado, a fim de participar de nossas dores – das quais a maior seria a morte – e assim nos salvar de todas elas (Hb 2.18; 4.15-16; 1 Pe 2.22; cf. Tg 1.13-15). 

CONCLUSÃO Se, por um lado, a divindade de Cristo nos faz lembrar da incomparável e excelente grandeza daqu’Ele que esteve entre nós; por outro lado, Sua humanidade nos lembra que Ele quis nos dar as glórias e riquezas dessa grandeza, para que ficássemos participantes da Sua divindade.

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18 outubro 2024

003-A Divindade de Cristo - Cristologia Lição 03[Pr Afonso Chaves]16out2024

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 LIÇÃO 3 

A DIVINDADE DE CRISTO

TEXTO ÁUREO: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. (Cl 2.9)

LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 1.1-8 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje nos dedicaremos a estudar um dos aspectos mais fundamentais e exclusivos da cristologia bíblica e, por conseguinte, de todo o edifício da doutrina e fé cristã. Não é possível confessar, crer ou anunciar o verdadeiro Cristo sem reconhecer que os méritos infinitos de Sua obra, as excelências incomparáveis da Sua pessoa e a honra, glória e louvor rendidas eternamente ao Seu santo nome são devidas precisamente ao fato de Ele ser uma Pessoa Divina – em outras palavras, o Filho Unigênito de Deus. 

I – A DIVINDADE DE CRISTO NA LEI E NOS PROFETAS São inúmeras as passagens do Antigo Testamento – particularmente dos profetas – que anunciam que a natureza e o caráter do Messias seriam tais que Ele não poderia ser apenas um homem perfeito, mas uma pessoa divina. Assim é que Jesus e os apóstolos retomam muitas dessas passagens tanto para comprovar que as promessas messiânicas haviam se cumprido, como também para elucidar muitos aspectos da natureza e obra do Cristo – dentre eles, a Sua divindade. Na verdade, antes mesmo dos profetas, encontramos nos primeiros registros bíblicos importantes indicações neste sentido, das quais destacamos, por exemplo, o fato de Deus ter deliberado sobre a criação do homem juntamente com “alguém” que não poderia ser uma criatura, mas uma pessoa igualmente poderosa para criar como também perfeita para expressar a imagem de Deus, cuja semelhança foi impressa no homem. Esse “alguém” não era outro senão o Verbo, que estava com Deus no princípio, que era Deus, e que criou todas as coisas – isto é, Cristo Jesus (Gn 1.26-27; Jo 1.1-3; Cl 1.15-16; Hb 1.3). Quando nos voltamos para as profecias de caráter messiânico e sua interpretação, chama-nos a atenção o fato de que um dos argumentos comprobatórios mais contundentes acerca da divindade de Cristo está na afirmação de que Ele seria o Filho de Deus. Não foi a Davi, nem aos anjos, que Deus disse: “Tu és meu Filho”, mas àqu’Ele que provou, pela Sua ressurreição, ser este filho ao qual Deus constituiu Rei sobre toda a criação, e ao qual, portanto, todos devem beijar (isto é, curvar-se em adoração), ou do contrário sofrerão a Sua ira (Sl 2.6-12; At 13.32-33). Sendo todas estas prerrogativas divinas, o Cristo também é chamado propriamente de Deus e Senhor (Sl 110.1; Mt 22.41-45; Hb 1.8-9). E o fato de a Escritura prever que Ele nasceria de mulher, e seria descendente de Davi de modo algum obscurece a Sua filiação divina, nem permite afirmar que o Cristo seria apenas um homem; mas antes nos mostra a maravilha do propósito de Deus, que escolheu manifestar-se pessoalmente a este mundo, de tal modo que a glória da Sua divindade não passaria despercebida aos homens (Is 7.14; 9.6; 40.9; Mt 1.18-23; Lc 1.30-35; Jo 1.14). Consideremos ainda que as Escrituras descrevem a redenção do povo de Deus operada pelo Messias como uma tarefa de proporções que nenhum ser humano jamais seria capaz de realizar. Nenhum homem pode resgatar o seu próximo, primeiro porque cada um deve responder pelos seus próprios pecados; segundo porque, como todas as almas pertencem a Deus, somente Ele tem o direito de resgatá-las (Sl 49.6-8; Ez 18.4, 20; Is 43.3; 54.5). Assim, para operar a redenção do povo de Deus, o Messias deveria não apenas ser puro e inocente, nada devendo à lei, mas também deveria ter o direito de propriedade sobre os homens, para que pudesse como que “comprá-los de volta” do pecado. E ambas as condições são preenchidas por Cristo na medida em que Ele seria uma pessoa divina, para que assim esta obra de redenção – e seus frutos de justiça, consolação e paz – pudessem ser atribuídos à operação do próprio Deus (Is 51.3-5, 9-16; 63.1-6; Ez 34.11, 23).  

II – A DIVINDADE DE CRISTO NOS EVANGELHOS Os evangelistas deixam ainda mais claro aquilo que nos profetas já era uma verdade inequívoca – que o Messias é divino, ou o Filho de Deus. E isso eles fazem de diversas maneiras: seja no relato dos acontecimentos da vida de Jesus, ou nos testemunhos colhidos daqueles que viram e creram nos Seus sinais. Mas é quando analisamos o teor das palavras do próprio Cristo que encontramos os maiores testemunhos da Sua divindade. Primeiro, porque Ele sempre fala do Seu relacionamento com Deus como o de um Filho com o seu Pai, compartilhando de tão profunda comunhão e concordância de vontade que tudo o que Cristo faz ou diz não considera ser propriamente Seu, mas de Deus, de quem havia recebido, e com quem havia aprendido. Assim, ao afirmar ser o Filho de Deus, Jesus queria dizer que era essencialmente igual a Deus, de maneira que somente Um conhecia perfeitamente o Outro, e conhecer a Cristo era o mesmo que conhecer a Deus (Jo 5.16-19; 10.27-30; 14.6-11; cf. Mt 11.25-27). E, embora por um momento tivesse deixado a glória pré-existente dessa comunhão que desfrutava com o Pai, bem sabia Ele que a ela retornaria em breve (Jo 3.12-13; 6.61-62; 16.7, 26-28; 17.4-5). Esta é a razão pela qual Jesus se apresentou ao mundo não apenas como um grande mestre ou profeta, para que outros creiam em Deus através d’Ele; mas antes exortava Seus ouvintes a vir ou crer n’Ele mesmo, porquanto somente n’Ele encontrariam o quanto buscavam e esperavam de Deus para eterna satisfação de suas almas (Jo 5.22-23; 6.35, 39-40; 14.1-3, 20-23; 17.20-23). Dos muitos testemunhos encontrados nos evangelhos, citamos o do próprio Deus, que testificou do Seu amor e propósito de glorificar o Filho (Mt 3.16-17; 17.1-5; Jo 12.28-30); o de João Batista, que testificou da divindade de Cristo ao declarar a precedência e superioridade daqu’Ele que viria após si (Jo 1.6-8, 15, 29-34); dos discípulos que, por sua vez, confessaram ser Jesus o Cristo, o Filho de Deus, Rei de Israel e Senhor, porquanto viram n’Ele a glória divina de uma pessoa cheia de graça e de verdade (Mt 16.13-17; Lc 5.4-8; Jo 1.45-49; 6.68-69; 20.26-29). E, se muitos não viram essa beleza e formosura divina, foi por causa da dureza de seus corações e do seu amor pela glória deste mundo (Jo 1.14; 2.23-25; 12.37-43; cf. Mt 26.63-66). 

III – A DIVINDADE DE CRISTO E SUAS IMPLICAÇÕES Como afirmamos na introdução, não é possível entender a importância de qualquer aspecto da obra de Cristo Jesus apresentado nas Escrituras sem reconhecer a Sua divindade. A essência do Evangelho está no fato de que o próprio Deus, invisível e jamais visto por homem algum, manifestou-se ou foi revelado ao mundo através de Seu Filho, que é a Sua imagem perfeita, não no corpo ou aparência física, mas na forma como a graça, verdade, justiça e vida se expressaram abundantemente através das palavras e obras de Cristo (Cl 1.15; Jo 1.18; cf. 1 Tm 3.16). A pretensão de conhecer ou se achegar a Deus sem Cristo constitui-se, portanto, em idolatria, pois é impossível conceber corretamente o Pai sem a Sua imagem da Sua pessoa expressa no Filho (1 Jo 5.11-13). Isto significa então que a Cristo foram concedidas todas as prerrogativas divinas sobre a criação, como, por exemplo, poder e autoridade nos céus e na terra, para que todos os seres viventes O adorem e confessem o Seu senhorio (Fp 2.9-11; Ap 5.9-14); a exaltação do Seu nome acima de todo o nome, para salvação de todo aquele que o invocar (At 2.16-21, 36 e 38; 4.12); o Seu reinado sobre a criação até que todas as coisas sejam reconciliadas com Deus através d’Ele, e todos os inimigos submetidos aos Seus pés – quando então Cristo entregará o reino ao Pai, para que Deus seja tudo em todos (1 Co 15.24-28). 

CONCLUSÃO As Escrituras são claras em demonstrar a divindade de nosso Senhor e Salvador Jesus, e esta verdade recebemos com grande alegria e satisfação, pois a partir dela temos a certeza de que, tendo o Filho em nossos corações, temos também o amor do Pai, que O enviou e ama aqueles que O amam.

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11 outubro 2024

002-O Testemunho de Cristo na Lei e nos Profetas - Cristologia Lição 02[Pr Afonso Chaves]10out2024

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LIÇÃO 2 

O TESTEMUNHO DE CRISTO NA LEI E NOS PROFETAS 

TEXTO ÁUREO: “Examinais as Escrituras porque cuidais ter nelas a vida eterna; e são elas que testificam de mim” (Jo 5.39) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 24.13-27 

INTRODUÇÃO Sendo Cristo o tema central das Escrituras Sagradas, não apenas do Novo, mas também do Antigo Testamento, convém verificarmos, por nós mesmos, este fato. Analisando as passagens mais representativas, tanto da linguagem velada das figuras e símbolos, como das declarações expressas dos profetas, veremos que o testemunho de Cristo anterior à Sua manifestação neste mundo é mais abundante, claro e detalhado que o testemunho de qualquer outro personagem das escrituras da antiga dispensação. 

I – O TESTEMUNHO DE CRISTO NA LEI Podemos falar sobre o testemunho de Cristo na Lei primeiramente tomando esta palavra no sentido amplo de “escritos de Moisés” – isto é, em alusão aos cinco livros do Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio) – onde encontramos abundante testemunho acerca da vinda e da obra de Cristo, especialmente na forma de profecias e tipos. Sendo, contudo, impossível elencar todos esses testemunhos, queremos chamar a atenção para aspectos gerais sempre reiterados pelo Espírito de Deus de uma mensagem para outra, dentre eles o da descendência de Cristo. Com a queda da humanidade em Adão, começa a se desvendar o propósito de Deus de redimi-la do pecado através de um membro da mesma humanidade, identificado como semente (ou descendente) da mulher. A chamada de Abraão representa o passo seguinte na revelação desse propósito de abençoar a humanidade, uma vez que a promessa feita ao patriarca se cumpriria, na verdade, no seu descendente, em quem todas as famílias da terra seriam abençoadas, pois todos os privilégios divinos adquiridos pelos israelitas seriam legados a este que seria, inclusive, descendente da tribo de Judá (Gn 3.15; 12.1-3; 49.10; cf. Gl 3.8, 16; Rm 9.3- 5). Quando falamos em tipos de Cristo presentes nos escritos de Moisés, muitos são velados e de difícil interpretação, ao passo que outros são claramente identificáveis. Neste caso, o primeiro deles é Adão, que representava a humanidade sujeitada ao domínio da morte pelo seu pecado, assim como Cristo, o último Adão, representa a humanidade redimida e agraciada com a vida através da Sua justiça (cf. Rm 5.14-15; 1 Co 15.22, 45). Outro tipo de Cristo é Melquisedeque, rei e sacerdote que, por ter abençoado Abraão e recebido os dízimos do patriarca, claramente testificava da existência de uma ordem superior e eterna, melhor que o sacerdócio levítico; do mesmo modo que Cristo, não podendo ser sacerdote segundo a carne, mas sendo sim segundo juramento de Deus, pertence a uma ordem igualmente superior, pois também permanece para sempre (Gn 14.18-20; cf. Hb 7.1-7, 13-22, 23-24). Por fim, o próprio Moisés é um tipo de Cristo, especialmente no sentido de que, como mordomo da casa de Deus, foi tão fiel ao que o constituíra que o Cristo seria um israelita semelhante a ele – fiel sobre a casa de Deus, embora, por ser Filho, herdeiro e senhor de tudo (Dt 18.15-19; 30.10-12; cf. Hb 3.1-6). Quando considerada no sentido estrito dos termos da aliança firmada com Israel no Sinai, a Lei também dá amplo testemunho de Cristo. Primeiro, porque revelava a justiça perfeita do Altíssimo e expunha a pecaminosidade e incapacidade humana de atender às demandas divinas, tornando absolutamente necessária a intervenção de um mediador, ou antes um fiador que pudesse garantir a obediência humana – condição indispensável à benção de Deus (Rm 5.19-21). Segundo, porque, ao instituir o sacerdócio levítico, a Lei previa a desobediência humana e a necessidade de expiação (ou compensação) pelas transgressões sem, contudo, provê-la de fato, mas antes testificando, por meio de sombras e figuras, de uma futura e plena expiação realizada em favor da humanidade, que asseguraria Lições da Escola Bíblica Dominical 4º Trimestre de 2024 4 não apenas o perdão dos pecados cometidos sob a antiga aliança, mas imputaria aos redimidos uma obediência perfeita sob uma nova aliança (1 Jo 2.1-2; Rm 3.21-26; Hb 8.6-13; 10.1-14). Assim, Cristo é o fim da Lei, porque tanto as demandas positivas da Lei como as dívidas negativas geradas pelo não cumprimento dessas demandas só poderiam ser satisfeitas através da justiça perfeita de um homem santo, incorruptível e justo como Ele, e imputada a nós pela fé (Rm 10.4; Gl 3.22-24; Cl 2.13-14). 

II – O TESTEMUNHO DE CRISTO NOS PROFETAS Se o testemunho característico da Lei é o da necessidade absoluta de uma pessoa bendita e gloriosa que só pode ser Cristo, para solução de todos os problemas e incógnitas expostos nessa seção das Escrituras; o testemunho dos profetas, por sua vez, é o da certeza de que essa Pessoa viria, de tal modo que esses homens que falaram movidos pelo Espírito Santo ansiavam por ver os dias de Cristo, e conhecer de antemão as perfeições da Sua pessoa e obra. De fato, eles não apenas falaram a respeito de Cristo, mas falaram aquilo que ouviram e viram do próprio Cristo (Mt 13.16-17; 1 Pe 1.10-12). Lembremos, contudo, que não apenas esta seção das Escrituras representa o testemunho profético de Cristo; já vimos profecias na Lei, e veremos ainda profecias nos livros de caráter histórico, poético e sapiencial (cf. Jo 8.56-58). Dentre as muitas características da pessoa de Cristo apontadas pelos profetas, não podemos deixar de notar que o cuidado em determinar a Sua linhagem se mantém, na medida em que diversas vezes o Espírito revelou que Ele pertenceria à casa de Davi e, portanto, seria herdeiro do trono; ao mesmo tempo em que Suas excelências e perfeições seriam tais que o Seu reinado não seria como de qualquer outro descendente de Davi, mas antes um reinado eterno de paz, justiça e prosperidade (Is 7.14- 16; 9.6-7; 11.1-5; 32.1-2; Jr 33.15-17; 1 Sm 2.10; Sl 132.11-12; 45.6-7). Por outro lado, Cristo também seria humilde, manso e sofredor, a ponto de padecer injustamente, e assim se tornar um sinal de contradição e escândalo para os incrédulos, e de salvação para os fiéis (Is 42.1-4; 53.1-4; Zc 9.9; Sl 22.1-8; 118.22-26). A obra de Cristo revela-se então, nos profetas, como uma obra espiritual, de redenção (ou libertação) do povo de Deus das garras do pecado e da morte, tanto através da doutrina divina ensinada por Ele, como através da expiação oferecida a Deus pelo Seu auto-sacrifício (Is 53.5-12; 61.1-3; Zc 13.1). 

III – O TESTEMUNHO DA LEI E DOS PROFETAS NO EVANGELHO Tendo Cristo se manifestado primeiramente aos filhos de Israel – aos quais as palavras de Deus haviam sido confiadas – não houve uma palavra ou milagre em todo o Seu ministério que não estivesse plenamente corroborada no testemunho da Lei e dos Profetas. Enquanto muitos se maravilhavam da doutrina e dos milagres de Jesus, aqueles que de contínuo O escrutinavam eram incapazes de encontrar erro ou pecado em Suas palavras e ações, e, quando pensavam o contrário, a parcialidade dos seus conhecimentos bíblicos era exposta de tal modo que ou concordavam com o Mestre, ou se calavam envergonhados (Mt 7.28-29; Mt 22.15, 46; Jo 8.46). Em outras palavras, a vida de Jesus estava em perfeita harmonia com o testemunho da Lei e dos profetas, cumprindo Ele tudo o que havia sido predito acerca do Cristo. E notemos o Seu cuidado para fazer aqueles que n’Ele criam entenderem tanto a necessidade de as Escrituras se cumprirem, como também de se cumprirem da forma como se sucederam os eventos relacionados à Sua vida, morte e ressurreição (Mt 5.17-18; Lc 24.44-45; cf. Mt 26.52-54). 

CONCLUSÃO Quanto mais examinamos a Lei e os Profetas, mais claramente percebemos como as Escrituras apontam constantemente para Cristo, porquanto n’Ele está a vida eterna que buscamos.

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03 outubro 2024

001-A primazia de Cristo sobre a criação - Cristologia Lição 01[Pr Afonso Chaves]02out2024

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LIÇÃO 1 

A PRIMAZIA DE CRISTO SOBRE A CRIAÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele” (Cl 1.15-16) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 1.1-5 

INTRODUÇÃO Esta é a primeira lição de um novo trimestre, cujo tema será “cristologia bíblica”. Ou seja, estudaremos os principais ensinamentos contidos nas Escrituras Sagradas a respeito daqu’Ele que é o tema e a figura central de toda a revelação bíblica: Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, nosso bendito Salvador e Senhor. E, a fim de estabelecer um ponto de partida para nossas reflexões sobre este que é o tema mais maravilhoso, glorioso e edificante da Palavra de Deus ao qual poderíamos nos dedicar, começaremos por considerar a primazia, isto é, a prioridade e a importância suprema de Cristo Jesus sobre todas as coisas, tanto nos céus como na terra. 

I – CRISTO É O CRIADOR DE TODAS AS COISAS No texto proposto para leitura bíblica em classe, o evangelista inicia seu testemunho identificando Jesus como o Verbo, isto é, a Palavra de Deus que, não podendo ser separada da divindade, e a divindade não podendo ser concebida sem ela, por necessidade estava com Deus desde o princípio e, portanto, não podia ser nenhum outro ser, senão o próprio Deus. Mas a importância deste ensino não está apenas em afirmar categoricamente a divindade de Cristo; o evangelista também está dizendo que, em relação a todas as coisas criadas, Cristo (o Filho) é aquele que revela, manifesta ou torna conhecido o Pai (Deus), do mesmo modo que a palavra exterioriza a mente. E por isso João ainda diz que, sendo Ele a palavra que sempre esteve com Deus, foi através de Cristo que a divindade manifestou Seus pensamentos e ações no princípio, ao criar todas as coisas que existem, pois “no princípio criou Deus os céus e a terra”, e isto Ele fez através da Sua palavra: “E disse Deus” (cf. Gn 1.1-3; Sl 33.6; 148.5). Portanto, tudo foi criado através desta palavra viva e vivificante, Cristo, que saiu de Deus para manifestar os desígnios do Pai e cumprir toda a Sua vontade (Is 55.11). Notemos também que o fato de Cristo ser o Verbo implica em uma subordinação de Cristo a Deus, razão pela qual Ele é apontado pelas Escrituras como o agente da criação; embora isto em nada diminua a glória que compartilha com o Pai de ser o Criador, pois é de Cristo que o salmista diz: “Tu, Senhor, no princípio, fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos” (Hb 1.1-3, 8-12). Essa subordinação significa que Cristo fez tudo em dependência e obediência estrita à vontade e aos conselhos de Deus, pois Ele não faz nada de Si mesmo, mas apenas as obras que aprendeu e recebeu do Pai para fazer. Lembremos que isto é muito bem ilustrado em Provérbios, na personificação da sabedoria, a qual sempre existiu em Deus como atributo da Sua pessoa infinita, perfeita e inefável, mas manifestou-se nas excelências e belezas das obras realizadas por Deus em conselho com o Seu discípulo, o Verbo, ao trazer à existência os céus e a terra através d’Ele (Pv 8.22-31; Gn 1.26). É importante ainda acrescentar que, além de ser a origem e o princípio da criação de Deus, o Verbo também é aquele que mantém essa criação, pois a vontade de Deus incluía não apenas trazer à existência as coisas que antes não existiam, mas também preservar e sustentar aquilo que passou a existir. Ora, a vida comunicada na criação deste mundo não era inerente ou própria aos seres viventes – o que o homem constataria tanto por si mesmo como para toda a criação posta sob o seu domínio, após a transgressão que levou à Queda, cuja sentença já havia sido prenunciada: “certamente morrerás”. Somente Deus é imortal, e assim também o Verbo (Gn 2.16-17; 3.19; Jo 5.25-29). Portanto, Cristo é o mantenedor da criação, trabalhando ativamente para que os seres viventes possam subsistir, não só em seu breve usufruto particular da vida natural, mas na comunicação dessa vida aos seus descendentes (Cl 1.16-17; Sl 104.29-30). 

II – CRISTO É A VIDA E A LUZ DOS HOMENS Posto que Cristo é a Palavra viva e vivificante, que estava junto do Pai, manifestada primeiramente na criação, o evangelista acrescenta ao seu testemunho que, aos homens, o Verbo comunica o dom da vida em um aspecto distinto e superior ao da mera existência natural – uma vida que é comparada à luz. Ora, luz refere-se a entendimento, conhecimento da verdade que permite ao homem praticar a justiça, e se opõe à escuridão, que simboliza a confusão e ignorância daquele que vive no pecado (Jo 3.19-21; 2 Jo 2.9-11). E essa vida que é luz, ao contrário da natural, permanece para sempre com aqueles que a alcançam – ou antes a recebem pela graça abundante de Deus manifestada ao enviar o Verbo a este mundo. Esta é, portanto, a verdadeira vida – a vida eterna (Jo 1.14; 8.12; 17.3; 1 Jo 1.1-3). Não por acaso, a primeira referência literal à palavra criadora de Deus no princípio é aquela pela qual a luz foi trazida à existência: “Haja luz”, numa alusão figurada à luz da vida que Deus desejava manifestar ao mundo na pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo (Gn 1.3; 2 Co 4.6). Não que os antigos não a tivessem contemplado, por Cristo ainda não ter se manifestado em carne; os santos da antiga aliança encontraram, na palavra de Deus revelada a eles, a mesma luz da vida que nós hoje encontramos no Evangelho, porque tanto neste como no testemunho da Lei e dos profetas é o Espírito de Cristo que fala a nós, como falou também a eles (Sl 119.105; cf. 1 Pe 1.10-12). Este é, portanto, o propósito último de Deus para a criação, e em especial para o homem: não apenas sustentá-lo, depois de criado, no âmbito da vida natural; mas comunicar-lhe a vida eterna, o que só é possível mediante o conhecimento e união com aqu’Ele a quem foi dado ter vida em si mesmo – Cristo Jesus. O Verbo veio a este mundo, fazendo-se carne como nós, para ser a Cabeça, o último Adão, representando uma nova humanidade, formada por aqueles que receberam da Sua graça (Cl 1.18; Jo 17.22-23; 1 Co 15.45-49). 

III – CRISTO É O HERDEIRO DE TODAS AS COISAS Vejamos ainda a implicação de o apóstolo chamar Cristo de primogênito de toda a criação. Longe de significar que Ele foi o primeiro ser criado (pois isto esvaziaria a glória que Cristo desfruta com o Pai na obra da criação), o contexto esclarece que todas as coisas foram criadas n’Ele, como a fonte, a causa primária, ou o princípio da criação (cf. Ap 3.14). Assim, Ele também é antes de todas as coisas porque já existia antes de a criação sequer começar. Do mesmo modo que um primogênito prenuncia a vinda de outros filhos, como que abrindo a madre, o Verbo se manifestando desde a glória eterna que tinha com o Pai significava que a vida seria abundantemente manifestada, tanto em seu aspecto natural na criação, como no aspecto espiritual da luz da vida eterna, que brilharia para os homens (cf. Is 66.7-9). Em segundo lugar, a palavra primogênito, aplicada a Cristo, aponta para o Seu direito inalienável de herdeiro da criação. Tudo foi criado por Ele e para Ele, o que significa que o propósito final de Deus em todas as coisas é o de exaltar Cristo sobre tudo e todos; primeiro, porque todas as coisas nos céus e na terra foram criadas n’Ele e, segundo, porque n’Ele toda a criação foi reconciliada com Deus. Assim, pertencem primeiramente a Cristo, e Ele tem a preeminência, sobre todas as glórias adquiridas para a criação em virtude da Sua própria justiça e mérito – e assim Deus fará todas as coisas se conformarem a essa primazia (Cl 1.18-20; cf. Fp 2.9-11; Ef 1.22-23; Ap 5.9). 

CONCLUSÃO Apesar da limitação de nossas palavras para descrever as grandezas de nosso Senhor Jesus, que possamos, ao longo deste trimestre, aprender a contemplá-las sempre em nossas meditações e orações, pois assim convém considerarmos o Filho de Deus.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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