27 dezembro 2022

001-Uma visão dos Salmos - Salmos Lição 01[Pr Denilson Lemes]27dez2022

MP3 PARA DOWNLOADS

 LIÇÃO 1 

UMA VISÃO GERAL DOS SALMOS 

TEXTO ÁUREO: “Assim cantarei salmos ao teu nome perpetuamente, para pagar os meus votos de dia em dia.” (Salmo 95.2) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 61.1-8 

INTRODUÇÃO O livro dos Salmos é apreciado pelo povo de Deus principalmente pelo seu valor devocional, pois nele encontramos inspiração para as orações, súplicas, louvores e ações de graças que rendemos a Deus. Nesta obra de maravilhosa beleza poética e profunda expressão sentimental são manifestos os anseios, as esperanças e as realizações espirituais da alma. Mas, ainda mais do que uma fonte de inspiração devocional, os salmos também consignam importantes ensinamentos sobre a natureza e as obras de Deus, bem como testificam de diversas maneiras acerca de Cristo Jesus. 

I – CARACTERÍSTICAS GERAIS DO LIVRO A palavra “salmo” é usada em referência a cada um dos 150 poemas que compõem o livro, em conexão com o número que indica a posição do salmo na coleção (cf. At 13.33). Ao contrário, porém, do que ocorre com os “capítulos” em que se divide o texto das outras Escrituras, cada salmo é uma composição independente. “Salmo” é uma palavra de origem grega e está relacionada com “saltério”, um instrumento de cordas que era tocado como acompanhamento à recitação, ou cântico, dos salmos (cf. Sl 33.2; 108.2). De fato, o salmo é um tipo de expressão devocional cantada, com a qual o povo de Deus é exortado a louvar ao Senhor (cf. Sl 61.8; Cl 3.16). Os salmos foram escritos durante um período tão extenso quanto o da composição de todo o Antigo Testamento – isto é, aproximadamente 1.000 anos. Entre os seus autores, são citados por nome Moisés (Sl 90), Davi (73 salmos), Asafe (Sl 50, 73-83), os filhos de Coré (Sl 42-49, 84-85, 87-88), Hemã (Sl 88), Etã (Sl 89) e Salomão (Sl 72, 127). Entre os de autoria anônima, um deles é da geração do cativeiro babilônico (Sl 137) e outro, da geração pós-cativeiro (Sl 126). Mas, sem dúvida, é o nome do rei Davi que mais se destaca em conexão com este livro. O fato de ser um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14), conforme o testemunho das suas profundas experiências e sensibilidade espiritual, aliado ao seu talento musical (cf. 1 Sm 16.18, 23) e senso poético (cf. 2 Sm 1.17-19), fizeram de Davi o “suave em salmos de Israel” (2 Sm 23.1-2). Ademais, foi este rei quem deu aos salmos um lugar de destaque no culto divino, ao incumbir os levitas de servirem como cantores e músicos na casa de Deus, confiando-lhes os seus salmos para serem cantados continuamente perante o Senhor (cf. 1 Cr 16.4-7, 37; 25.1-2). Na ordem em que se apresentam, os salmos são tradicionalmente agrupados em 5 livros, cada qual se encerrando com uma doxologia (um louvor a Deus), a saber: Livro I (Sl 1-41), Livro II (Sl 42-72), Livro III (Sl 73-89), Livro IV (Sl 90-106), Livro V (Sl 107-150) – sendo que o salmo 150 é considerado a doxologia que encerra este último livro. Não se sabe com certeza o motivo desta divisão, podendo refletir as diferentes etapas em que um determinado número de salmos ia sendo agregado ao cânon sagrado, mas disto não resulta nenhuma conseqüência para a apreciação dos salmos em si. 

II – CARACTERÍSTICAS PARTICULARES E CARÁTER POÉTICO DOS SALMOS Além do título geral do livro, a maioria dos salmos apresenta uma inscrição, ou cabeçalho, que não entra na distribuição do texto em versículos, mas que também não pode ser confundida com as epígrafes, inseridas nas bíblias em tempo relativamente recente pelas editoras. Estas podem variar de uma versão ou tradução para outra; já os títulos dos salmos são de origem muito mais remota e, embora muitas palavras aí sejam de significado incerto (algumas sendo apenas transliteradas em nossas traduções), sem dúvida esses títulos foram introduzidos visando a mais de um propósito. Alguns designam a autoria, como vemos com freqüência: salmo de Davi; outros indicam o propósito: salmo de louvor (Sl 100), para lembrança (Sl 38), maskil (para meditação ou instrução, Sl 32), mictão (lamentação?, Sl 56-60); há aqueles que citam a ocasião em que o autor foi inspirado a compor o salmo (Sl 18, 34, 51); e outros onde as palavras fazem clara referência à liturgia envolvida na recitação dos salmos: para o cantor-mor em neginote (instrumento de cordas? Cf. Sl 55) sobre seminite (oitava? Cf. Sl 12) – e aqui lembramos também os freqüentes termos: selá e higaiom, que aparecem no corpo dos salmos, talvez assinalando a mudança na entonação da voz ou uma pausa (Sl 9.16). O livro dos Salmos é classificado como poesia, juntamente com Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cantares e Lamentações. Contudo, a poesia hebraica, especialmente aquela representada nos Salmos, não possui rima nem métrica, mas antes se caracteriza por um ritmo sonoro harmonioso (cuja beleza em grande parte se perdeu nas traduções) e pelo paralelismo, isto é, a correspondência de pensamento de uma linha do verso com a anterior. Reconhecer estas características e identificá-las na prática é essencial para entendermos o que o escritor inspirado realmente está querendo dizer. Existem vários tipos de paralelismo, dos quais citamos: paralelismo sinônimo – quando o pensamento de uma linha é repetido na linha seguinte, mas com palavras diferentes (Sl 114.1); paralelismo antitético – quando o pensamento de uma linha é confirmado pela afirmação do seu oposto na linha seguinte (Sl 1.6; 30.5; 37.21); paralelismo sintético – quando o pensamento de uma linha serve de base ou causa para o que é expresso na linha seguinte (Sl 19.7-10; 22.4; 119.121); paralelismo ascendente – quando o pensamento de uma linha é completado pela linha seguinte (Sl 121.1-4; 22.4, 5). 

III – PROPÓSITO E CLASSIFICAÇÃO DOS SALMOS Há muitas formas de se classificar os salmos, mas, considerando que, na sua origem e essência, todo salmo se constitui em uma expressão devocional, seja do indivíduo ou da congregação, poderíamos classificá-los de acordo com as mais diversas circunstâncias que motivam essa expressão: salmos de oração, onde se faz súplica pelo favor ou proteção divina (Sl 86, 102); salmos de louvor ou ação de graças, por livramentos e bênçãos recebidas ou pela grandeza das obras de Deus (Sl 47, 104); salmos penitenciais, onde os pecados são confessados e o perdão, buscado (Sl 32, 38, 51); salmos imprecatórios, que invocam o juízo de Deus contra os Seus inimigos (Sl 35, 137); salmos sapienciais, que exaltam a sabedoria de Deus revelada na Lei (Sl 1, 34, 119), ou instruem o povo de Deus no caminho em que devem andar (Sl 37, 122, 105-107); salmos de confiança, onde é expressa a fé e certeza na providência e bondade de Deus (Sl 11, 16, 23). A esses poderíamos acrescentar, à luz da revelação evangélica, os salmos messiânicos, onde Cristo é profeticamente anunciado ou prefigurado em eventos na vida dos reis Davi e Salomão (Sl 2.6- 7; 16.9-10; 22.17-18; 72; 102; 110.1, 4). Devemos, contudo, esperar encontrar neste livro preciosas lições não apenas para nossa prática devocional ou litúrgica, mas para nosso andar diário com Deus, pois aqui veremos como não apenas as intenções, mas as obras dos ímpios são descortinadas e expostas à reprovação, ao mesmo tempo em que o caminho do justo é louvado, e um viver de confiança e obediência a Deus são incutidos em repreensões e alertas despertados pelo Espírito na alma do escritor inspirado, e aos quais ele dá expressão através do salmo. 

CONCLUSÃO O livro dos Salmos é uma fonte de inspiração para nosso devocional com Deus, orientando-nos sobre o sentido e propósito da verdadeira adoração e do verdadeiro louvor; bem como um guia sobre como agradar a Deus tanto com nossas orações e louvores, como com nossas obras e atitudes.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS
I


20 dezembro 2022

013- A Salvação Eterna - Isaías Lição 13 [Pr Afonso Chaves]20dez2022

MP3 PARA DOWNLOADS

 

LIÇÃO 13 

A SALVAÇÃO ETERNA 

TEXTO ÁUREO: “Porque, eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio.” (Isaías 65.17-18a) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 65.1-16 

INTRODUÇÃO Nesta última lição do trimestre, estudaremos os capítulos finais (62-66) de Isaías. A esperança de uma restauração gloriosa para Jerusalém, passada a repreensão do cativeiro, tem sido constantemente alimentada pelo profeta, para que os fiéis não desfaleçam, mas sejam pacientes, certos de que não serão abandonados. O propósito de Deus para o Seu povo haverá de se revelar numa obra gloriosa e inédita, alcançando as gerações futuras e adentrando a eternidade, resultando em salvação eterna para os que perseverassem no Senhor, mas em destruição e esquecimento para aqueles que O abandonassem. 

I – A SALVAÇÃO DE JERUSALÉM DEVE SER ANUNCIADA (CC. 62-63.6) O profeta expressa aqui o seu zelo e cuidado sincero pela salvação de seu povo, cuja glória e exaltação futura o motivavam a perseverar em seu ofício de anunciar, e não se calar quanto ao que lhe fora revelado pelo Espírito, assim como muitos outros profetas que, tais como guardas sobre os muros de Jerusalém, haviam sido incumbidos por Deus de animar os fiéis a serem pacientes e a perseverarem até que as promessas se cumprissem (62.1, 6-7). Ao mesmo tempo, são reafirmadas aqui essas promessas, quanto a Jerusalém ser honrada e exaltada em justiça e salvação, sob o reconhecimento das nações que, até então, zombavam dela ou a desprezavam pela sua rebelião e castigo (62.2). Não por mérito próprio, mas porque o Senhor voltaria a se agradar do Seu povo, de modo que todo o resplendor que nasceria sobre ela resultaria de seu relacionamento restabelecido com Deus, no qual Jerusalém seria qual coroa nas Suas mãos, e Deus voltaria a ter nela o Seu prazer (Hefzibá significa “meu prazer está nela”) e a tratá-la como esposa (Beulá, “desposada”, cf. 62.3-5). E, se antes havia sido pecadora e, por isto mesmo, desamparada, agora Jerusalém seria conhecida como povo santo, remidos do Senhor, bem como a Procurada, a cidade não desamparada (62.12; cf. 1 Co 6.10-11; 1 Pe 2.10). O capítulo seguinte retoma a referência à redenção de Jerusalém, para nos lembrar que a salvação daqueles que outrora pecaram requer a ação justa e poderosa do Senhor, na qual Ele julgará as nações pecadoras que oprimiram Israel na sua aflição – das quais a mais representativa é Edom; ao mesmo tempo em que usará de misericórdia para com o povo que escolheu (cf. Ml 1.2-5). Notemos quão vividamente é representado esse juízo contra as nações – como se, ao mesmo tempo em que quisesse fortalecer a esperança do seu povo anunciando a salvação de Jerusalém, o profeta também quisesse chamar a atenção de todos para a terrível vingança e ira divina a ser derramada contra as nações: “Quem é este, que vem de Edom...” (63.1-6; cf. Jd 14, 15). 

II – AÇÃO DE GRAÇAS E SÚPLICA DO PROFETA (CC. 63.7-64) Em vista dessas promessas de benignidade, perdão e salvação para Israel, mesmo depois de terem gravemente se rebelado, demonstrando Deus a Sua fidelidade ao concerto firmado com os pais, o profeta irrompe em ação de graças, louvando-O pelo cuidado demonstrado pelo Seu povo no passado e, mesmo quando pecavam, não tê-los destruído, mas zelado para que o Seu nome fosse glorificado neles (63.7-14). Assim, Isaías suplica ao Senhor para que, uma vez executado o castigo, os israelitas não permaneçam na rebelião e impenitentes, por muito tempo; mas antes se convertam para que assim o Senhor possa trazê-los logo de volta do cativeiro (63.15-19; cf. Lm 5.21). O profeta lembra-se então, no capítulo seguinte, dos tempos em que o Senhor manifestava o Seu poder e glória de uma forma notória aos inimigos de Israel, demonstrando assim que Jeová trabalha para aquele que nele espera (64.1-4). E, embora estivesse sempre pronto a sair ao encontro daquele que pratica a justiça e, quando o povo pecava, Deus se irasse contra eles e os entregasse nas mãos dos seus inimigos; como os Seus caminhos – isto é, o Seu conselho, Seu propósito – são eternos, Ele ainda os salvava, tão logo se arrependessem (64.5). O momento não parecia nada favorável a uma demonstração de misericórdia: “não há ninguém que invoque o teu nome”, como declara o profeta; mas, considerando que a promessa de uma restauração restava firme, Isaías pede ao Senhor que complete a Sua obra tal como o oleiro com o barro, não estendendo Sua ira perpetuamente, mas pondo logo um fim à aflição do Seu povo (64.6-12).

 III – SALVAÇÃO E CONDENAÇÃO ETERNA (CC. 65-66) Os dois últimos capítulos desta profecia destacam o caráter inédito da restauração do povo de Deus, os quais seriam prefigurados na volta do cativeiro, mas seriam de fato inaugurados na vinda do Messias a este mundo, alcançando a sua plenitude na eternidade. Consideremos como, na resposta de Deus à súplica do profeta, temos implícita a rejeição final dos judeus enquanto povo, os quais ainda seriam castigados, caso se apartassem do Senhor, ao mesmo tempo em que os gentios tomariam parte na herança juntamente com o remanescente de Jacó: “Fui buscado dos que não perguntavam por mim; fui achado daqueles que me não buscavam”, “deixareis o vosso nome aos meus eleitos por maldição; e o Senhor Jeová vos matará; e a seus servos chamará por outro nome” (65.1, 15, 8-9). De modo que a salvação de Jerusalém de que trata a profecia refere-se, não à Jerusalém terrena, aos judeus segundo a carne, aos céus e terra de então, por assim dizer; mas sim ao estabelecimento de uma nova ordem de coisas, um novo céu e uma nova terra, onde o povo de Deus é identificado pela virtude, pelo espírito que une cada fiel à verdadeira semente, ao filho da promessa – Cristo Jesus (65.16-17; cf. Gl 6.15-16; 2 Co 5.16-17; Rm 9.6-8). O capítulo ainda retoma várias figuras que apontam para a plenitude derramada sobre o povo durante o reinado eterno do Messias, na representação de uma vida pacífica e de trabalho frutífero, de longevidade e saúde, bem como de prosperidade e abundância de alimentos (65.20-25). Numa última repreensão, o Senhor denuncia a hipocrisia de muitos israelitas, que confiavam no templo e numa religiosidade que, como vimos em capítulos anteriores, era anulada pela malícia dos seus corações. Quando o castigo se abatesse sobre Jerusalém, as ilusões daqueles que se apegavam às aparências, e não ao Senhor, seriam desfeitas (66.4-6). Mas, tal como uma mulher que dá à luz subitamente, o povo seria restaurado de um modo maravilhoso, e uma nação nasceria em um dia – o que é uma referência tanto à restauração figurada do povo de Deus por decreto de Ciro, como à realidade trazida à luz através do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, pelo qual Ele pagou o preço da redenção do Seu povo, assegurando, com um só ato, a vida eterna aos fiéis (66.7-14; cf. Ed 1.1-3; Zc 3.9; Hb 5.9). Então, Isaías encerra sua profecia com o vislumbre de um juízo universal contra toda a carne (66.16) e dos novos céus e nova terra que o Senhor descortinará na eternidade, onde a posteridade e o nome de Israel, isto é, Seu povo eleito, estará para sempre perante a Sua face (66.22). 

CONCLUSÃO Isaías revela a grandeza da justiça, santidade e fidelidade de Deus, assim como o Seu interesse por nós, agradando-Se daqueles que procuram exercitar essas mesmas virtudes. Ao mesmo tempo, Ele repreenderá aqueles que forem negligentes, e isto fará para que reconheçamos o erro dos nossos caminhos e busquemos n’Ele a restauração, a qual certamente Ele operará em favor daqueles que verdadeiramente se arrependerem e a buscarem.

PARA USO DOS PROFESSORES

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS
I


13 dezembro 2022

012-Repreensões e Promessas - Isaías Lição 12[Pr Afonso Chaves]13dez2022

MP3 PARA DOWLOADS

LIÇÃO 12 

REPREENSÕES E PROMESSAS 

TEXTO ÁUREO: “Quanto a mim, este é o meu concerto com eles, diz o Senhor : o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca, nem da boca da tua posteridade, nem da boca da posteridade da tua posteridade, diz o Senhor , desde agora e para todo o sempre.” (Isaías 59.21) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 60.1-12 

INTRODUÇÃO No estudo dos capítulos 57 a 61 de Isaías, nos deparamos com a repetição de exortações e promessas, mas com novos detalhes ou sob nova consideração, que procuraremos destacar nesta lição: primeiramente, a repreensão aos pecadores, que ignoravam os sinais da proximidade de um terrível castigo da parte de Deus, além de dissimularem sua adoração e não atentarem para o fato de que eles, pelos seus próprios pecados, haviam se alienado do favor e da salvação divina; depois, a confirmação de que, não obstante a atual situação de rebelião e pecado, a igreja se reergueria gloriosa, e a ela concorreriam as nações, e não apenas os dispersos de Israel; e, por fim, a reiteração do papel fundamental do Messias, o Servo Ungido do Senhor, nesta obra de salvação e libertação do povo do cativeiro e da opressão. 

I – REPREENSÃO AOS PECADORES (CC. 57-59) Lembremos que, por estar profetizando num período em que o povo, ainda em rebelião contra a palavra de Deus, não havia sido castigado, mesmo nesta segunda parte do livro, cujo tema principal é a salvação e a glória do reino do Messias, com frequência o profeta será instigado a chamar a atenção do povo para o seu estado atual. Depois de exortar os fiéis a manter o juízo, e denunciar os atalaias de Israel por serem, em grande parte, responsáveis pelo pecado e impenitência do povo; o Senhor chama a atenção para o fato de que muitos justos estavam sendo “levados”, recolhidos através da morte, para não presenciarem o grande mal que se abateria sobre a nação (57.1-2). Segue-se então uma acusação contra os filhos de Israel, os quais, pelas suas idolatrias, são considerados como “filhos da agoureira, semente de adultério e de prostituição”, suas depravações morais e espirituais sendo cometidas em toda a parte, com toda sorte de ídolos (57.3-9). Apesar de cansados de sua longa viagem ao longo de gerações de desobediência e rebeldia à palavra de Deus, ao invés de se arrependerem, eles haviam se acomodado ao seu estado, o aparente “silêncio” do Senhor sendo entendido como abandono, e não como paciência, que logo se esgotaria, com a revelação da iniquidade dos seus atos (vv. 10-12). Essa “contenda” de Deus com os israelitas não podia durar para sempre, por isso seria agilizada de tal modo que o remanescente, saindo dela contrito e quebrantado, seria consolado e sarado pelo Senhor (vv. 15-21). Por outro lado, havia aqueles dentre o povo que demonstravam aparente temor e interesse nas coisas de Deus, mas seu pecado, sendo tão patente que devia ser anunciado como que ao som de trombeta (58.1), inutilizava qualquer ato de piedade, fazendo deles hipócritas cujos corações estavam, de fato, longe do Senhor (vv. 2-7). Como em grande medida essa falta de piedade se manifestava no desprezo e negligência para com o próximo, o profeta os incentiva a atenderem ao necessitado, sob a promessa de que suas orações e jejuns seriam então aceitos (vv. 7-12). E a isto acrescenta que a verdadeira piedade é aquela que, tal como expresso na guarda do sábado, o homem abre mão dos seus próprios interesses para cuidar verdadeiramente das coisas do Senhor (vv. 13-14). No capítulo seguinte, o pecado de Israel é apresentado como o fator decisivo no abandono do povo ante o castigo e a miséria que estavam para se abater sobre a nação. Deus está pronto e disposto para atender à súplica e ao clamor do seu povo, e para salvá-los poderosamente; mas o pecado, não confessado, não abandonado, é como que um testemunho de que os israelitas não desejavam agradar a Deus, mas antes queriam se manter longe d’Ele (59.1-13). De fato, a própria justiça e equidade haviam sido barradas para que não entrassem nem se manifestassem no meio do povo (vv. 14-15). O próprio Senhor agiria então, pela Sua graça e misericórdia, para que a justiça fosse restabelecida no meio do Seu povo – e isto Ele faria através de um Redentor enviado a Sião (vv. 16-20). 

II – A CRESCENTE GLÓRIA DA IGREJA (C. 60) Embora omitido da sessão anterior, o último verso do capítulo 59 é muito importante para consideração deste tópico: ali, o Senhor promete ao remanescente do Seu povo confirmar o Seu concerto com eles, assegurando que tanto o Seu Espírito como Sua palavra jamais se desviariam da sua posteridade, para sempre. Segue-se então o fruto e consequência desta promessa maravilhosa, graças à qual o remanescente de Israel, outrora abatido na escuridão pelo pecado, se levantaria pela glória de Deus que resplandeceria sobre ele, e tão grandiosa seria essa glória que outros povos, mesmo os poderosos das nações, seriam atraídos por ela (60.1-3). Fala-se, ao longo do capítulo, no engrandecimento de Jerusalém, através do melhor das nações sendo trazido para dentro de seus muros em oferta e para glória de Deus – o que é uma referência figurada à restauração, não da cidade ou do templo no período pós-cativeiro (restauração essa que, pelo contrário, passou por muitos reveses), mas sim da igreja de Deus a partir do remanescente fiel em Jerusalém, o qual aguardava o cumprimento da promessa até que, naquele dia de Pentecostes, tanto o Espírito como a palavra foram abundantemente derramados sobre aquela posteridade, e o evangelho passou a ser proclamado a todas as nações, conclamando os povos a virem, a buscarem refúgio e livramento nos muros da verdadeira Jerusalém, isto é, a igreja de Cristo (vv. 11-12, 18; cf. At 2.16-21; 15.14-18). A palavra profética prossegue descrevendo uma glória crescente sobre Jerusalém, cuja repercussão podemos entender se dará na eternidade, quando, libertados de todas as amarras constrangedoras desta existência, os fiéis desfrutarão de indizível e inabalável paz e eterna segurança junto de seu Criador, em moradas eternas (vv. 18-22; cf. Ap 21.22-26). 

III – O MESSIAS SALVARÁ E RESTAURARÁ O SEU POVO (C. 61) A descrição da glória de Israel, ou da Igreja de Deus, é arrematada neste capítulo com a revelação de que a promessa do Espírito que, ao cumprir-se, resultará nesta exaltação, aplica-se primeiramente ao próprio Servo do Senhor – que é, de fato, conforme já comentado em lição anterior, a verdadeira posteridade, no qual tanto o remanescente de Israel como os gentios são aceitos por Deus na condição de herdeiros da mesma promessa (cf. Gl 3.16, 29). O Messias é, portanto, aqu’Ele que operará a exaltação da Igreja, fazendo valer os bons termos do concerto para aqueles que, tendo se desviado do pecado, através do arrependimento, da contrição – aqueles que o texto descreve como os contritos de coração, os cativos e presos, os tristes de Sião – receberem-no como o Redentor enviado por Deus (vv. 1-3, 8; cf. Lc 4.16-21). O capítulo se encerra com uma exclamação de regozijo do profeta ante a certeza de que o Senhor cumprirá estas promessas, e de que o povo certamente desfrutará e se alegrará em uma salvação abundante, plena, e gloriosa como vestes de luxo, prenunciando uma exaltação ainda maior por vir (vv. 10-11; cf. Ap 19.7-9). 

CONCLUSÃO O cumprimento das promessas de Deus feitas no passado devem alimentar uma esperança ainda maior em nossos corações do que naqueles que, antigamente, as receberam em circunstâncias tão adversas. Confiemos no Senhor, que já nos tem dado o penhor do Seu Espírito e da Sua Palavra, de que uma glória ainda maior está reservada para os fiéis, e brevemente se revelará.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS
I


08 dezembro 2022

011-A Salvação é anunciada a todos - Isaías Lição 11[Pr Afonso Chaves]06dez2022

  

MP3 PARA DOWNLOADS 

LIÇÃO 11 

A SALVAÇÃO É ANUNCIADA A TODOS 

TEXTO ÁUREO: “E todos os teus filhos serão discípulos do Senhor; e a paz de teus filhos será abundante” (Isaías 54.13) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 54.1-13 

INTRODUÇÃO Após prenunciar os sofrimentos que o Messias haveria de padecer, não por Sua própria causa, mas para expiar os pecados do Seu povo, e estabelecer este Sacrifício como a base segura para a esperança dos fiéis que aguardavam a redenção do cativeiro e do pecado; o profeta contempla como essa obra messiânica redundaria em imensa glória e felicidade para o verdadeiro Israel, o qual se alegraria na salvação de muitos povos tal como a esposa ao se tornar mãe de muitos filhos. 

I – ISRAEL, A ESPOSA DO SENHOR, SERÁ EXALTADA (C. 54) Ainda sob a perspectiva do trabalho no qual o Messias empenharia sua própria alma para assegurar a eterna salvação do Seu povo, o profeta se dirige aqui a Israel, isto é, ao povo de Deus, na figura de uma mulher que, embora por um momento aflita em razão da sua esterilidade, não podendo ter filhos, poderia esperar por uma mudança em seu estado, e transbordaria à mão direita e esquerda, gerando muitos filhos. Esta é uma referência figurada tanto ao tempo da aflição de Israel sob o jugo do pecado e do cativeiro, em razão da sua infidelidade ao concerto com Deus, seu marido; como também à mudança que agora experimentariam, onde não seriam restaurados apenas à semelhança de qualquer momento de glória que tiveram no passado, mas seriam grandemente multiplicados pela entrada de muitos povos na possessão de Israel: “a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas” – uma alusão tanto à restauração dos israelitas à sua terra como à posterior salvação de muitos povos através do evangelho (vv. 1-3; cf. Gl 4.26-31). O povo de Deus poderia esperar tal mudança pelo fato de que aqu’Ele que os havia criado também era seu marido, tendo escolhido a eles, dentre muitos povos, para serem exclusivamente Seus; e que, por isso mesmo, embora os tenha desamparado por um momento, Ele se voltava novamente, para ampará-los eternamente, pois o Seu propósito anunciado no concerto que fez com o Seu povo não pode ser mudado. O juízo foi necessário, mas, uma vez esgotado no castigo, a misericórdia de Deus triunfou, e não mais seria repetido – tal como no juízo do dilúvio (vv. 4-10). A glória da Igreja nos tempos que estavam por vir é comparada ainda a um edifício que seria solidamente fundamentado e ricamente adornado; e, consideremos que, em grande medida, esta é outra forma de se referir ao incremento das almas, não apenas trazidas de todas as nações para serem agregadas aos fiéis de Israel, mas todas e cada uma unindo-se ao povo eleito como verdadeiros discípulos do Senhor, assim tomando parte na construção deste grande edifício que é a Igreja, tal como blocos ou pedras vivas (vv. 11-17; cf. Ef 2.17-22; 1 Pe 2.4-5). 

II – CONVITE À SALVAÇÃO (C. 55) Para evidenciar a abundância de vida e bênçãos que haveria no reinado do Messias, o profeta convida aos israelitas para que, considerando sua própria necessidade de salvação, poderiam obtê-la gratuitamente em Deus, não gastando seus recursos e trabalhando por coisas vãs, mas dando ouvidos à palavra do Senhor: “ouvi, e a vossa alma viverá”. Mais uma vez, o Senhor reafirma a imutabilidade do Seu propósito de salvá-los, referindo-se ao concerto, e às firmes beneficências, ou misericórdias, prometidas a Davi para que este se assentasse eternamente sobre o trono de Israel e que, em alusão ao próprio Messias, se cumpriram na ressurreição, quando Ele foi dado “como testemunha aos povos, como príncipe e governador dos povos”, estendendo o seu domínio a todas as nações, a povos que jamais sequer haviam perguntado pela salvação (vv. 1-5; cf. Lc 24.47-48; At 13.34-38; Mt 28.18-20). Nos versos seguintes, notamos a misericórdia de Deus para com o ímpio, que é convidado a não desperdiçar a generosa oportunidade de salvação, oferecida e disponível ao seu alcance, bastando para tal buscar, invocar ao Senhor, deixar tanto as obras como os maus pensamentos – em suma, tornar ou converter-se ao Senhor. Muito diferente de como julga o homem, Deus não age movido pelas mesmas motivações que os homens – Ele é justo em Seus pensamentos e caminhos, e Sua disposição em perdoar aquele que se arrepende ultrapassa a capacidade de compreensão de qualquer um de nós (vv. 6-9; cf. Sl 103.11; Ex 34.6-7). E, ao contrário da palavra humana, a palavra divina não muda, permitindo vislumbrar de antemão aquilo que certamente o Senhor fará a Seu tempo, como também descansar sobre as Suas promessas. Observe-se que aqui a palavra de Deus é claramente apresentada como um Agente que cumpre tudo aquilo que a Mente Divina dispôs – numa alusão ao próprio Messias, que é o Verbo de Deus (vv. 10-13; cf. Jo 1.1-2). 

III – EXORTAÇÃO À PERSEVERANÇA NA JUSTIÇA (C. 56) Neste capítulo, prossegue a exortação iniciada no final do anterior, onde Deus, tendo anunciado o Seu propósito de Se reconciliar com o Seu povo, não só dentre os israelitas, mas dentre todas as nações; e depois de conclamar os ímpios ao arrependimento e a se voltarem para o Senhor; exorta agora aqueles que têm se mantido no caminho da retidão a permanecerem fiéis, porquanto a esperança numa redenção futura, quando verdadeira, inspira a obediência, e a santificação (vv. 1-2; cf. 1 Jo 3.1-3). Mesmo os estrangeiros, isto é, os não israelitas que haviam se achegado ao Senhor, são exortados a perseverarem, porquanto seu esforço em guardar a palavra de Deus não seria em vão, mas seriam recompensados de um modo que excederia a própria expectativa que tinham quanto ao que havia de melhor para aqueles que eram chamados de filhos de Israel (vv. 3-5; cf. At 10.34-35; Rm 2.26-29). Nos últimos versos, a palavra parece mudar radicalmente de assunto, voltando a tratar dos pecados e da culpa de Israel quanto ao castigo que se abateria sobre eles – ainda futuro em relação ao tempo destas profecias. E, neste sentido, o Espírito se estenderá ainda mais nos próximos capítulos, uma vez que o Senhor sempre esteve pronto a ouvir a oração do povo desde aquela casa que foi chamada a Casa de Oração para todos os povos – sob a condição de se converterem e se humilharem diante d’Ele (v. 7; cf. 2 Cr 7.12-15). Aqui, são repreendidos os líderes de Israel, os quais eram movidos tão somente pela avareza e ganância, enquanto sua negligência em seus deveres fazia o povo perecer (vv. 8-12). 

CONCLUSÃO Embora vivamos hoje os tempos de que Isaías profetizou, testemunhando o amparo de Deus em relação ao Seu povo, demonstrado na obra redentora de Cristo Jesus, bem como incremento do reino dos céus na multiplicação dos filhos da Igreja; permanece aberto o convite de Deus aos homens, seja para que abandonem os seus atos e pensamentos pecaminosos, porquanto Ele ainda está perto e pode ser encontrado por aqueles que O buscam; seja para que os que andam na justiça perseverem, porque está próximo o tempo de cada um receber o seu galardão conforme suas obras.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS
I