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LIÇÃO 12
REPREENSÕES E PROMESSAS
TEXTO ÁUREO: “Quanto a mim, este é o meu concerto com eles, diz o Senhor : o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca, nem da boca da tua posteridade, nem da boca da posteridade da tua posteridade, diz o Senhor , desde agora e para todo o sempre.” (Isaías 59.21)
LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 60.1-12
INTRODUÇÃO No estudo dos capítulos 57 a 61 de Isaías, nos deparamos com a repetição de exortações e promessas, mas com novos detalhes ou sob nova consideração, que procuraremos destacar nesta lição: primeiramente, a repreensão aos pecadores, que ignoravam os sinais da proximidade de um terrível castigo da parte de Deus, além de dissimularem sua adoração e não atentarem para o fato de que eles, pelos seus próprios pecados, haviam se alienado do favor e da salvação divina; depois, a confirmação de que, não obstante a atual situação de rebelião e pecado, a igreja se reergueria gloriosa, e a ela concorreriam as nações, e não apenas os dispersos de Israel; e, por fim, a reiteração do papel fundamental do Messias, o Servo Ungido do Senhor, nesta obra de salvação e libertação do povo do cativeiro e da opressão.
I – REPREENSÃO AOS PECADORES (CC. 57-59) Lembremos que, por estar profetizando num período em que o povo, ainda em rebelião contra a palavra de Deus, não havia sido castigado, mesmo nesta segunda parte do livro, cujo tema principal é a salvação e a glória do reino do Messias, com frequência o profeta será instigado a chamar a atenção do povo para o seu estado atual. Depois de exortar os fiéis a manter o juízo, e denunciar os atalaias de Israel por serem, em grande parte, responsáveis pelo pecado e impenitência do povo; o Senhor chama a atenção para o fato de que muitos justos estavam sendo “levados”, recolhidos através da morte, para não presenciarem o grande mal que se abateria sobre a nação (57.1-2). Segue-se então uma acusação contra os filhos de Israel, os quais, pelas suas idolatrias, são considerados como “filhos da agoureira, semente de adultério e de prostituição”, suas depravações morais e espirituais sendo cometidas em toda a parte, com toda sorte de ídolos (57.3-9). Apesar de cansados de sua longa viagem ao longo de gerações de desobediência e rebeldia à palavra de Deus, ao invés de se arrependerem, eles haviam se acomodado ao seu estado, o aparente “silêncio” do Senhor sendo entendido como abandono, e não como paciência, que logo se esgotaria, com a revelação da iniquidade dos seus atos (vv. 10-12). Essa “contenda” de Deus com os israelitas não podia durar para sempre, por isso seria agilizada de tal modo que o remanescente, saindo dela contrito e quebrantado, seria consolado e sarado pelo Senhor (vv. 15-21). Por outro lado, havia aqueles dentre o povo que demonstravam aparente temor e interesse nas coisas de Deus, mas seu pecado, sendo tão patente que devia ser anunciado como que ao som de trombeta (58.1), inutilizava qualquer ato de piedade, fazendo deles hipócritas cujos corações estavam, de fato, longe do Senhor (vv. 2-7). Como em grande medida essa falta de piedade se manifestava no desprezo e negligência para com o próximo, o profeta os incentiva a atenderem ao necessitado, sob a promessa de que suas orações e jejuns seriam então aceitos (vv. 7-12). E a isto acrescenta que a verdadeira piedade é aquela que, tal como expresso na guarda do sábado, o homem abre mão dos seus próprios interesses para cuidar verdadeiramente das coisas do Senhor (vv. 13-14). No capítulo seguinte, o pecado de Israel é apresentado como o fator decisivo no abandono do povo ante o castigo e a miséria que estavam para se abater sobre a nação. Deus está pronto e disposto para atender à súplica e ao clamor do seu povo, e para salvá-los poderosamente; mas o pecado, não confessado, não abandonado, é como que um testemunho de que os israelitas não desejavam agradar a Deus, mas antes queriam se manter longe d’Ele (59.1-13). De fato, a própria justiça e equidade haviam sido barradas para que não entrassem nem se manifestassem no meio do povo (vv. 14-15). O próprio Senhor agiria então, pela Sua graça e misericórdia, para que a justiça fosse restabelecida no meio do Seu povo – e isto Ele faria através de um Redentor enviado a Sião (vv. 16-20).
II – A CRESCENTE GLÓRIA DA IGREJA (C. 60) Embora omitido da sessão anterior, o último verso do capítulo 59 é muito importante para consideração deste tópico: ali, o Senhor promete ao remanescente do Seu povo confirmar o Seu concerto com eles, assegurando que tanto o Seu Espírito como Sua palavra jamais se desviariam da sua posteridade, para sempre. Segue-se então o fruto e consequência desta promessa maravilhosa, graças à qual o remanescente de Israel, outrora abatido na escuridão pelo pecado, se levantaria pela glória de Deus que resplandeceria sobre ele, e tão grandiosa seria essa glória que outros povos, mesmo os poderosos das nações, seriam atraídos por ela (60.1-3). Fala-se, ao longo do capítulo, no engrandecimento de Jerusalém, através do melhor das nações sendo trazido para dentro de seus muros em oferta e para glória de Deus – o que é uma referência figurada à restauração, não da cidade ou do templo no período pós-cativeiro (restauração essa que, pelo contrário, passou por muitos reveses), mas sim da igreja de Deus a partir do remanescente fiel em Jerusalém, o qual aguardava o cumprimento da promessa até que, naquele dia de Pentecostes, tanto o Espírito como a palavra foram abundantemente derramados sobre aquela posteridade, e o evangelho passou a ser proclamado a todas as nações, conclamando os povos a virem, a buscarem refúgio e livramento nos muros da verdadeira Jerusalém, isto é, a igreja de Cristo (vv. 11-12, 18; cf. At 2.16-21; 15.14-18). A palavra profética prossegue descrevendo uma glória crescente sobre Jerusalém, cuja repercussão podemos entender se dará na eternidade, quando, libertados de todas as amarras constrangedoras desta existência, os fiéis desfrutarão de indizível e inabalável paz e eterna segurança junto de seu Criador, em moradas eternas (vv. 18-22; cf. Ap 21.22-26).
III – O MESSIAS SALVARÁ E RESTAURARÁ O SEU POVO (C. 61) A descrição da glória de Israel, ou da Igreja de Deus, é arrematada neste capítulo com a revelação de que a promessa do Espírito que, ao cumprir-se, resultará nesta exaltação, aplica-se primeiramente ao próprio Servo do Senhor – que é, de fato, conforme já comentado em lição anterior, a verdadeira posteridade, no qual tanto o remanescente de Israel como os gentios são aceitos por Deus na condição de herdeiros da mesma promessa (cf. Gl 3.16, 29). O Messias é, portanto, aqu’Ele que operará a exaltação da Igreja, fazendo valer os bons termos do concerto para aqueles que, tendo se desviado do pecado, através do arrependimento, da contrição – aqueles que o texto descreve como os contritos de coração, os cativos e presos, os tristes de Sião – receberem-no como o Redentor enviado por Deus (vv. 1-3, 8; cf. Lc 4.16-21). O capítulo se encerra com uma exclamação de regozijo do profeta ante a certeza de que o Senhor cumprirá estas promessas, e de que o povo certamente desfrutará e se alegrará em uma salvação abundante, plena, e gloriosa como vestes de luxo, prenunciando uma exaltação ainda maior por vir (vv. 10-11; cf. Ap 19.7-9).
CONCLUSÃO O cumprimento das promessas de Deus feitas no passado devem alimentar uma esperança ainda maior em nossos corações do que naqueles que, antigamente, as receberam em circunstâncias tão adversas. Confiemos no Senhor, que já nos tem dado o penhor do Seu Espírito e da Sua Palavra, de que uma glória ainda maior está reservada para os fiéis, e brevemente se revelará.
PARA USO DO PROFESSOR
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