26 fevereiro 2016

009-A sétima trombeta 3ª parte - Apocalipse Lição 09 [Pr Afonso Chaves]23fev2016

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LIÇÃO 9:
A SÉTIMA TROMBETA (3ª PARTE):
AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS

TEXTO ÁUREO:

"E ví outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus" (Ap 15.1)

LEITURA BÍBLICA: Apocalipse 15.1-8

INTRODUÇÃO
A visão dos capítulos 12 e 13 nos deu um vislumbre da grande batalha travada nas regiões celestiais entre Satanás e os filhos de Deus, assim como da oposição que ele lhes move na terra através dos sistemas político e religioso deste mundo.
Mas, na visão de Deus, os fiéis estão em posição de aprovação e glória na Sua presença (cf. 14.1-5), e o tempo da sua recompensa e da retribuição dos ímpios está às portas.
Na sequência dos grandes sinais revelados pelo toque da sétima trombeta, consideraremos agora o último grande sinal: sete anjos com sete taças, ou salvas, da ira de Deus, nas quais se completará a revelação dos juízos de Deus sobre a humanidade rebelde, em parte já apresentados nos selos e nas trombetas.

I - AS MENSAGENS DOS TRÊS ANJOS (Ap 14.6-13)
A mensagem de Deus para o mundo antes do fim iminente se resume na visão de três anjos. Na mensagem do primeiro anjo (vv. 6-7), a ordem para a proclamação do evangelho da glória de Deus é reiterada - conforme já vimos, esta era propriamente a missão do apóstolo (Ap 10.11), e, é, a das testemunhas de Cristo (Ap 11.3).
A mensagem do segundo anjo (v. 8) proclama a queda da Babilônia, a grande cidade - numa antecipação ao que será descrito em maiores detalhes nos capítulos 17 e 18. Trata-se de uma representação do próprio mundo e de todos o seu sistema e modo de vida que o torna detestável aos olhos de Deus, assim como a antiga Babilônia em sua idolatria e soberba. Em outras palavras, a condenação deste mundo já está determinada (cf. Is 51.6)
Na mensagem do terceiro anjo (vv. 9-11), o castigo faz referência à besta que subiu do mar, a qual, embora por um momento esteja combatendo e vencendo os santos (Ap 13.7), em breve sofrerá o castigo do fogo eterno, juntamente com os que se envolveram na sua adoração (Ap 13.10).

II - A CEIFA E A VINDIMA (Ap 14.14-20)
Uma vez proclamada nos céus a proximidade do juízo de Deus, João agora vê a manifestação desse acontecimento na vinda do Senhor Jesus ("eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem", cf Mt 24.30; Ap 1.7), aqui representada por duas colheitas: a ceifa e a vindima - ou seja, esse é o tempo em que tanto os justos como os injustos receberão a sua sorte (Dn 12.2; Jo 5.28,29) - uns, como o trigo, para serem preservados eternamente por Deus; outros, para sofrerem a ira de Deus e a destruição eterna 9cf. Mt 3.12; 13.39-43; 25.31-46), executada pelo próprio Senhor Jesus 9cf. Is 63.2-6; Ap 19.13-15).

III - OS SETE ANJOS E AS ÚLTIMAS PRAGAS (Ap 15.1-16.21)
No capítulo 15 temos a introdução da visão dos sete anjos que tinham as última sete pragas. O derramar de sete salvas ou taças refere-se a uma medida completa da ira de Deus, acumulada pela rebeldia e impenitência dos homens ("nelas é consumada a ira de Deus", cf Gn 15.16; Sl 75.8; Rm 2.5).
Por isso também os males representados aqui alcançam a plenitude, evoluindo até uma destruição completa e final dos homens  e do mundo,2 ao contrário dos selos e das trombetas, que revelam esses castigos numa escala parcial (cf. "quarta parte" em Ap 6.8; "terça parte" em 8.7, etc).
As primeiras cinco taças (Ap 16.1-11) podem ser comparadas com as primeiras cinco trombetas (Ap 8.7-9.12) na semelhança dos aspectos  do meio-ambiente e da existência humana que são atingidos; assim como podem ser contrastadas, por revelarem um agravamento das pragas das trombetas.
A sexta taça (Ap 16.12-16) revela o cenário de uma batalha, em que preparativos estão sendo feitos entre as hostes do mal: o termo de separação entre o povo de Deus e os seus inimigos sendo removido ("e sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se"), o povo santo está exposto a males que o alcançam naquilo em que deveria ter uma posição firme e estabelecida - como no amor (cf. Ap 11.1,2; Mt 24.10-12).
O dragão (Satanás), por sua vez, atuando em conjunto com a besta (o governo global) e o falso profeta (o sistema religioso), está reunindo os povos do mundo para mantê-los, até ao fim, na sua oposição a Deus ("para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso", cf. Joel 3.9-17); ao passo que, da parte de Deus, há uma exortação àqueles que quiserem ser achados a Seu lado ("bem-aventurado aquele que vigia...", cf. Lc 21.34-36).
Armagedom é o nome dado a esse impasse final entre o bem e o mal, até o fim do mundo, e que se resolverá no último dia.
Com o derramar da sétima taça (Ap 16.17-21), completa-se a ira de Deus, com a destruição dos homens e dos céus e da terra ("e toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam"). Notemos que é destruído tudo o que se relaciona aos homens - as bestas e seus exércitos; o dragão não é destruído aqui.

CONCLUSÃO
A ira de Deus é como um fogo consumidor, e terrível coisa é a manifestação do Seu juízo sobre o mundo. Para os que temem a Deus e vigiam, haverá livramento e escape, e alcançarão o descanso que lhes está reservado.


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17 fevereiro 2016

008-A sétima trombeta 2ª parte - Apocalipse Lição 08 [Pr Afonso Chaves]16fev2016

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LIÇÃO 8:
A SÉTIMA TROMBETA (2ª PARTE):
A BESTA E O FALSO PROFETA


TEXTO ÁUREO:

"Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos"

LEITURA BÍBLICA: Apocalipse 13.1-8

INTRODUÇÃO 

Estamos ainda considerando a revelação de grandes sinais, inaugurada pelo toque da sétima trombeta, e que começa com a visão da mulher e do dragão, e das tentativas frustradas deste (Satanás) em destruir, seja o Filho da mulher (Cristo Jesus), ou a própria mulher (a Igreja), ou ainda os descendentes da mulher (os cristãos em particular).
Na sequência, João vê o desdobramento deste conflito de Satanás contra os santos, no qual, tendo ele grande ira, passa a atuar sobre a terra através de duas bestas.

I - A BESTA QUE SUBIU DO MAR (Ap 13.1-10)

A primeira besta traz a semelhança do dragão ("sete cabeças, dez chifres"), mas, ao invés de proceder das regiões celestiais (cf. Ap 12.3), sua origem é terrena, ou melhor, dentre os povos, nações, tribos e línguas ("e vi subir do mar", cf. Ap 17.15).
Trata-se de um poder humano que, para compreendermos melhor, é necessário recorrer à visão de Daniel dos quatro animais que subiam do mar (Dn 7): o leão, o urso, o leopardo, e o quarto, terrível e espantoso, com os seus dez chifres.
Aqui, os animais representam reis (v. 17), ou reinos, que se sucederiam sobre a face da terra - respectivamente, o caldeu, o medo-persa, o grego e o romano.
A besta, formada por partes dos mesmos animais ("semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão"), representa um sistema de governo, que se estrutura com aquilo que restou dos impérios passados, e ainda agrega os muitos reinos, ou Estados-nações atuais ("dez chifres", aqui representando multiplicidade de nações), num governo global, mundial (cf. Dn 7.24).
Esse sistema recebe ainda o domínio de Satanás ("o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio"), e sua influência se estende por toda a terra ("deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação").
Assim os infiéis etão satisfeitos com a ordem de coisas do mundo, nisto pondo sua confiança e disto derivando sua paz (1Ts 5.3; Sl 146.3).
Por outro lado, esse sistema atua em declarada oposição a Deus ("abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus..."), contrariando Suas leis, e perseguindo Seu povo na terra ("foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los", cf. Dn 7.21,25).
Contudo, a besta tem um tempo limitado ("deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses"), a saber, o mesmo tempo em que a mulher estará abrigada no deserto, longe da vista do dragão (Ap 12.6,14), ou ainda, em que as duas testemunhas estarão profetizando (Ap 11.3).
Por isso os santos são exortados a suportar com paciência essa presente e aflitiva circunstância, pois chegará o tempo em que o sistema será destruído ("se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto", cf. Ap 19.20; Dn 7.26,27)

II - A BESTA QUE SUBIU DA TERRA (Ap 13.11-18)
A segunda besta, ao contrário da primeira, aparenta mansidão ("tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro"), mas tem o mesmo espírito daquela ("falava como o dragão").
Ambas atuam em conjunto, a primeira garantindo seu poder - o poder do Estado - à segunda, e esta usando-o para levar a humanidade a sujeitar-se à primeira besta como se esta fosse Deus ("faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta") - apresentando, inclusive, sinais de aparente aprovação divina ("faz grandes sinais... até fogo faz descer do céu").
Por isso ela é chamada também de falso profeta (Ap 16.13; 19.20). Trata-se, claramente, do poder religioso dependente do sistema político e administrativo deste mundo, seja nos impérios do passado, seja no mundo globalizado atual, onde é cada vez mais patente o esforço de se acomodar todas as religiões a um único sistema, à custa da verdade e da vontade de Deus.
No seu esforço de promover a dependência dos homens à ordem de coisas deste mundo, o poder religioso inclusive tem assimilado a estrutura política e administrativa do Estado, apresentando em sí mesmo mesmo uma imagem deste ("dizendo... que fizessem uma imagem à besta", "foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta"), e impondo uma identidade comum a todos os que dele participam ("e faz que a todos... lhes seja posto um sinal") - que não é outra coisa senão o oposto à identidade espiritual daqueles que pertencem a Deus e são por Ele também assinalados (Ap 7.1-4; cf. Ef 1.13,14; 4.30).

III - A VISÃO DO EXÉRCITO CELESTIAL (Ap 14.1-5)
Se na terra, o estado de coisas é o que temos visto até aqui, agora a atenção de João é voltada novamente para o céu, onde ele vê os santos, ao invés de vencidos pela besta, como vitoriosos, triunfantes, juntamente com o Cordeiro (cf Ap 15.2-4).
Trata-se dos mesmos servos de Deus que precisavam ser marcados com o selo de Deus antes que o fim pudesse se abater sobre a terra (Ap 7.1-4); dos mesmos que, vindo de grande tribulação, purificaram suas vestes no sangue do Cordeiro (Ap 7.13-14; Lc 21.19), com o qual também foram comprados para Deus (Ap 5.9-10)

CONCLUSÃO
Deus abomina a todos os sistemas humanos, vendo-os como bestas, as quais em breve passarão juntamente com os que amam as coisas deste mundo. Mas os fiéis, ainda que oprimidos e abatidos nesta vida, aos olhos de Deus estão em posição de exaltação e segurança junto a Cristo, e viverão eternamente com Ele.


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13 fevereiro 2016

007-A sétima trombeta 1ª parte - Apocalipse Lição 07 [Pr Afonso Chaves]09fev2016

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LIÇÃO 7:
A SÉTIMA TROMBETA (1ª PARTE):
A MULHER E O DRAGÃO

TEXTO ÁUREO:

"Alegrai-vos ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo" (Ap 12.120

LEITURA BÍBLICA: Apocalipse 12.1-12

INTRODUÇÃO 

Conforme explicado na lição anterior, o toque da sétima trombeta (Ap 11.15-19) introduz um novo ciclo de visões, nas quais grandes sinais serão revelados no céu: a mulher e o dragão (Ap 12); duas bestas (Ap 13); o exército celestial (Ap 14); e a própria visão dos sete anjos com as últimas sete pragas (Ap 15 e 16). Na presente lição, estudaremos os sinais de que fala o capítulo 12: a mulher e o dragão.

I - A MULHER E O DRAGÃO (Ap 12.1-6)
O primeiro sinal no céu visto por João é o de uma mulher ricamente adornada ("vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça"), que estava grávida. Nas Escrituras, essa é a figura usada com mais frequência para se referir ao povo de Deus, seja no passado, representado pela nação de Israel (Is 54.4-8; Ez 16.8; Os 2.19-20), seja no presente, na plenitude do Israel de Deus, formado tanto por judeus como gentios (Ef 5.31-32).
Desde o princípio, o povo de Deus aguardava ansiosamente pelo cumprimento da promessa sobre a vinda do Messias, o Salvador (Gn 3.15; Is 7.14-16; 9.6-7) - a promessa estava em gestação e prestes a vir à luz.
O segundo sinal no céu é o de um terrível dragão, cuja identidade é apresentada no próprio texto ("o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo" v.9), e em cuja pretensão de formar para si um reino, em oposição ao Criador, levou muitos outros anjos à queda ("a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu", cf Is 14.12-15; 2Pe 2.4; Jd 6)
Ainda é revelada a tentativa de Satanás em destruir o Menino Cristo Jesus ("parou diante da mulher... para que lhe tragasse o filho", cf Mt 2.13-18; 4.5-7; Jo 8.40,44; etc. ). 
Contudo, os desígnios de Deus em relação a Cristo cumpriram-se rapidamente no Seu nascimento, morte e ressurreição (ele "foi arrebatado para Deus e para o seu trono"), sem que Satanás pudesse fazer coisa alguma para impedi-los.

II - A BATALHA NO CÉU (Ap 12.7-12)
O arrebatamento do Filho de Deus para o céu resulta numa batalha espiritual ("Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão"), ou seja, numa grande mudança na ordem das coisas e dos seres celestiais.
Antes da morte e ressurreição do Senhor Jesus, Satanás é visto estar presente em mais de uma ocasião entre as hostes celestiais, seja para acusar os servos de Deus ("o acusador de nossos irmãos", cf. Jó 1.6-12; 2.4-6; Zc 3.1-2), seja para propor ou sugerir estratagemas em que a sua malícia e engano pudessem ser empregados ("que engana todo o mundo", cf. 1Rs 22.19-22).
Porém, quando Cristo morreu na cruz, provando e cumprindo em Si mesmo a justiça de Deus, resgatando nossas almas pela oferta de Sua própria vida, e ressuscitando para comparecer por nós diante do Pai, as acusações do diabo foram caladas, e ele foi vencido ("eles o venceram pelo sangue do Cordeiro", cf. Lc 10.18; Rm 8.1; 31-34; Cl 2.13-15; Hb 9.23), precipitado na terra ("nem mais o seu lugar se achou nos céus")
e colocado sob um juízo que em breve se cumprirá ("tem pouco tempo", cf. Jo 16.8-11; Rm 16.20; Ez 28.15 e 19; Ap 20.10).

III - A FÚRIA DO DRAGÃO (Ap 12.13-17)
Frustado em seu intento de destruir o Filho de Deus, e agora privado de acesso ao céu, Satanás logo se volta contra a mulher, a Igreja, na tentativa de destruí-la ("o dragão... perseguiu à mulher", cf. At 7.54-60; 8.1; 12.1-3) e fazê-la desaparecer entre a multidão de povos, nações e línguas ("a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar") - do que a história fornece amplo testemunho, tanto nas perseguições como nas tentativas de suprimir ou corromper o testemunho característico do povo de Deus.
Contudo, a mulher é socorrida, sendo levada para o deserto (vv. 6,14, cf. Ex 19.1-4), lugar onde não pode ser alcançada por Satanás e onde também é sustentada milagrosamente por Deus (cf. Ex 16.13-18); ao mesmo tempo em que seus perseguidores perecem pela brevidade e males da vida terrena ("a terra ajudou a mulher... abriu a sua boca, e tragou o rio", cf. Mt 2.20; At 12.21-23).
Mais uma vez frustado, Satanás agora se volta contra aqueles que, nesse tempo presente, tornam-se também filhos da mulher ("o resta da sua semente", Is 66.7-9; Rm 8.29), na tentativa de destruí-los (1Pe 5.8-10).
È importante notar a menção do tempo em que a mulher está obrigada no deserto: 1260 dias (v.6), ou ainda um tempo, e tempos, e metade de um tempo (v.14) - o mesmo período em que, conforme vimos no capítulo anterior, a cidade e o átrio estão entregues às nações e as duas testemunhas estão profetizando (Ap 11.2,3).

CONCLUSÃO
A manifestação de Cristo e Sua vitória sobre Satanás é o segredo de Deus, que haveria de se cumprir ao toque da sétima trombeta (Ap 10.7).
A salvação dos servos do Senhor está agora assegurada pela justiça de Deus manisfestada em Cristo na cruz e apresentada diante de Deus através da Sua ressurreição e exaltação ao céu.

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04 fevereiro 2016

006-O toque das trombetas 2ª parte - Apocalipse Lição 06[Pastor Afonso Chaves]02fev2016

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LIÇÃO 6:
O TOQUE DAS TROMBETAS (2ª PARTE):
O TESTEMUNHO DE DEUS

TEXTO ÁUREO:

"E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis" (Ap 10.11)

LEITURA BÍBLICA: Apocalipse 10.1-7


INTRODUÇÃO 
Dentro da visão sobre o toque das sete trombetas abre-se agora, nos capítulos 10 e 11, um novo parêntese - tal como ja vimos na abertura dos selos (Ap 7) - onde Deus revela a João coisas importantes que devem se realizar antes do toque da sétima trombeta, e da consumação das ordens desencadeadas pelo toque das trombetas anteriores.

I - O ANJO COM O LIVRINHO ABERTO (10.1.11)
Após a descrição dos terríveis castigos que se abatem sobre o mundo, João vê um anjo com grande poder e autoridade, tanto na terra e no mar ("E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra"), como no céu, proclamando algo de grande repercussão no mundo espiritual ("E, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes").
Contudo, João é proibido de escrever essas palavras e revelá-las. Lembremos de que algo semelhante ocorreu a Paulo (2Co 12.1-4), a quem também foram reveladas coisas sobre as quais não lhe era lícito falar (cf. Hb Dt 29.29)
Ainda neste primeiro momento da visão, é dito que, ao toque da sétima trombeta, será revelado e cumprido algo que, desde tempos passados, Deus já havia dito pelos seus profetas ("nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus").
A certeza desse fato é reforçada por juramento, estando o anjo certíssimo do que Deus em breve faria (cf. Hb 6.16,17)
A atenção de João agora se volta para o livrinho que o anjo forte trazia na mão, e para as ordens recebidas ("Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo... Toma-o, e come-o").
Ao fazer isto, ele experimenta a alegria de receber a Palavra de Deus ("se fará doce como o mel") e, ao mesmo tempo, a grande responsabilidade e comprometimento de cumpri-la e anunciá-la a outros ("teu ventre se fará amargo...Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis"). Está foi a experiência comum de outros homens de Deus do passado (Jr 15.16,17; Ez 2.5; 3.3,4;1Co 9.16), como também é a todos os salvos, em todo o tempo (Jo 15.7,8,16; Ap 22.17).

II - AS DUAS TESTEMUNHAS (11.1-14)
Na sequência da visão, João recebe ordens quanto ao templo e a cidade santa: o primeiro devia ser medido ("mede o templo de Deus"), enquanto o átrio e a cidade deviam ser entregues a uma profanação ("deixa o átrio... foi dado às nações... pisarão a cidade santa").
Ou seja, o reino de Deus está presente entre os homens, Sua presença tornou-se acessível por meio de Cristo; de modo que muitos têm ingressado no lugar santo, participando da verdadeira adoração a Deus ("o altar, e os que nele adoram", cf Hb 10.19). Mas, por outro lado, outros muitos se têm feito ouvintes indiferentes, e não participantes sinceros das coisas de Deus (Mt 7.22,23; 22.11-14; Lc 13.25-27).
O próximo destaque na visão são duas testemunhas, identificadas como "as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra" (cf. Zc 4.1-6,14). O fato é que todo aquele que "come do livrinho", como João, é comissionado por Deus a dar testemunho, logo, é uma testemunha (Is 43.10,12; 44.8). As testemunhas são duas não apenas pela representatividade do testemunho (Jo 8.17;Mc 6.7), mas também porque a eficácia do seu testemunho depende da obra e virtude do Espírito de Deus, que testifica juntamente com elas (Jo 15.26,27;At 1.8; 5.32;Ap 22.17)
As testemunhas estão em humilhação ("vestidos de sacos"), pois não desfrutam do mundo, antes sua missão é profetizar ao mundo. Não podem ser impedidas na sua obra, pois têm autoridade e proteção de Deus para cumprirem o mandato divino ("se alguém lhes quiser fazer mal..."). Porém, terminado o seu testemunho, serão combatidas e vencidas por uma "besta que sobe do abismo" - sobre a qual teremos muito a dizer em lições posteriores.
Assim aqueles que são testemunhas de Deus não podem ser impedidos em sua obra, enquanto não a completarem - a exemplo do próprio Senhor Jesus ("onde o seu Senhor também foi crucificado", cf Jo 19.11,16; 10.18). Mas, depois de mortas, elas ressuscitarão, e serão levadas para junto do Senhor, enquanto o mundo sofrerá o juízo de Deus ("no terremoto foram mortos sete mil homens").
Quanto às diversas referências de tempo em que transcorrem esses acontecimentos, há uma notória correspondência entre 42 meses (Ap 11.2), 1260 dias, e 3 dias (anos?) e meio (v. 3,9) e um tempo e tempos e metade de um tempo (Dn 9.27; 12.7; Ap 12.14), de modo que tudo ocorre durante o mesmo período, de modo paralelo (cf Lc 24.47-49)

III - O TOQUE DA SÉTIMA TROMBETA (11.15-19)
De modo semelhante ao que ocorreu na abertura do sétimo selo, o toque da sétima trombeta tanto completa o quadro das repreensões de Deus sobre o mundo, como também prepara o cenário de uma nova visão ("abriu-se no céu o templo de Deus"), ou melhor, novas visões, que se estenderão até a apresentação das sete taças da ira de Deus (Ap 15 e 16).

CONCLUSÃO
Deus tem falado ao mundo de muitas maneiras, trazido repreensões aos homens, mas estes não se arrependem (Ap 9.20.21). Contudo, ainda há uma ordem da parte de Deus: pregar o Evangelho a todos.

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