26 abril 2023

005-Josué e a conquista de Jericó - Heróis da Fé Lição 05[Pr Afonso Chaves]25abr2023

 

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LIÇÃO 5 

JOSUÉ E A CONQUISTA DE JERICÓ 

TEXTO ÁUREO: “Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias. Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias” (Hb 11.30) 

LEITURA BÍBLICA: JOSUÉ 6.1-5, 16-25 

INTRODUÇÃO Após Israel caminhar pelo deserto durante quarenta anos, Josué sucedeu a Moisés como líder e guiou o povo na conquista da terra de Canaã. E, mesmo que muita terra ainda restasse por conquistar ao término do seu ministério, sem dúvida a derrubada dos muros de Jericó foi um dos eventos mais notáveis na história da conquista relatada em seu livro. Estreitamente relacionado a este evento – que foi um testemunho da fé não apenas de Josué, mas de todo o povo de Israel por ele liderado – temos também o livramento de Raabe da destruição da cidade, ainda mais significativo por demonstrar que a fé é dom exclusivo da graça de Deus, e não fruto dos méritos ou justiça humana. 

I – O TESTEMUNHO DE FÉ DE JOSUÉ Antes mesmo de ser designado por Deus para liderar Israel, foi ainda no deserto que Josué se destacou como um homem de fé. Ali, desde Cades Barnéia, Moisés havia despachado doze homens, um de cada tribo de Israel, para espiarem e reconhecerem a terra de Canaã, devendo estes voltar com informações que seriam úteis tanto de um ponto de vista militar como para fortalecer o coração do povo com a perspectiva da recompensa e do descanso que os aguardava ali. Lemos que Josué encontrava-se entre esses doze espias, sendo ele da tribo de Efraim (Nm 13.1, 6 e 8). Voltando de sua missão, os espias, tomados pela incredulidade, apresentaram impressões tão negativas sobre a terra de Canaã que o povo, abatido com o seu testemunho, murmurou contra o Senhor, a ponto de se rebelar contra a liderança de Moisés e propor voltar para o Egito (Nm 14.1-4). Foi então que Josué, juntamente com Calebe, se levantou para destacar que nem tudo do que viram naquela terra era ameaçador, mas havia coisas boas ali que justificavam o esforço e o risco a ser enfrentado; e, mais do que isso, para lembra seus conterrâneos de que, conforme a promessa, o Senhor Deus seria com eles, e desampararia os cananeus para que estes, mesmo sendo muitos e poderosos, pudessem ser vencidos por Israel. E negar esta promessa seria uma afrontosa demonstração de rebeldia e incredulidade, tanto mais porque o povo já havia testemunhado que Deus opera, não pela vista, mas pela obediência incondicional à Sua palavra (Nm 14.6-9). Tão perversa e contumaz foi aquela demonstração de incredulidade do povo de Israel que o Senhor selou o destino deles ali mesmo, condenando-os pela sua rebeldia e murmuração a peregrinarem pelo deserto até o último dia de suas vidas; ao passo que Josué, assim como Calebe, alcançaram testemunho de que haviam agradado a Deus por terem perseverado na obediência da fé, tanto contra aquilo que seus olhos haviam visto de temeroso em Canaã, como também contra a violência de seus próprios irmãos, os quais, não fosse a intervenção divina, teriam apedrejado a ambos ali mesmo (Nm 14.28-30; cf. Hb 3.7-11, 12-14, 17-19). 

II – RAABE CRÊ NA PROMESSA DE DEUS FEITA A ISRAEL (JS 2.1, 8-14) Consideremos então, antes do evento destacado pelo escritor aos Hebreus, aquele que, por ordem cronológica, ocorreu primeiro: o testemunho de Raabe. Esta mulher, a despeito da impressão negativa que naturalmente somos levados a nutrir em relação ao seu status naquela sociedade depravada, deve ser analisada à luz de como a graça de Deus operou naquele coração, numa verdadeira prefiguração de quão grandes coisas os gentios haveriam de alcançar pela mesma fé que esta mulher cananeia. Pois foi pela fé que Raabe não apenas foi livrada de uma destruição da qual de nenhum outro modo poderia ter escapado; como também foi pela fé que ela e sua casa passaram a habitar em Israel, alcançando um lugar entre o povo de Deus que pela lei jamais seria possível; e, finalmente, ela está entre aquelas mulheres a partir das quais a linhagem da promessa foi suscitada e teve continuidade, portanto, é contada na linhagem do próprio Messias (cf. Js 6.25; Mt 1.5). Tanto na epístola aos Hebreus como na de Tiago, Raabe agiu por verdadeira fé – por uma fé justificada por obras – ao acolher os espias, escondê-los do seu rei e despedi-los em segurança por outro caminho (cf. Tg 2.25). Assim como os demais cananeus, o coração de Raabe também havia desmaiado e ela estava apavorada com a presença dos israelitas nas proximidades de Jericó, mas, ao invés de permanecer apática a esta constatação, temendo pelo pior, ela “viu o invisível”, como podemos perceber nestas suas palavras: “Bem sei que o Senhor vos deu esta terra”, “porque o Senhor, vosso Deus, é deus em cima nos céus e embaixo na terra”. E, fortalecida pela fé, não temeu esconder aqueles que eram considerados inimigos do seu povo; inteligentemente, propôs um acordo com os espias, sabendo que estes não violariam um juramento em nome do Senhor, obtendo a garantia de que não somente ela, mas toda a sua casa seria poupada da destruição. E a tudo isto ainda acrescentamos sua confiança no sinal do acordo ajustado pelos espias, atando o cordão escarlate à janela de sua casa, e que seria a garantia do seu livramento, da sua redenção da morte e destruição (Js 2.17-19). 

III – JERICÓ É CONQUISTADA E RAABE É SALVA (JS 6.1-5, 16-25) O escritor aos Hebreus afirma que as muralhas de Jericó caíram pela fé – no caso, tanto a fé de Josué, que recebeu de Deus a ordem sobre o que deveria ser feito para que a cidade fosse conquistada, como a do povo, que obedeceu e procedeu conforme ordenado. Notemos como, depois de assegurar que a cidade, seu povo e seu rei já estavam entregues a Josué e Israel – o que deveria ser suficiente para fomentar a fé em seus corações – o Senhor acrescenta o elemento que colocaria a fé deles à prova, assim como havia feito na celebração da Páscoa e na passagem pelo Mar Vermelho. Deus não manda o povo conduzir o cerco nos moldes de uma guerra normal, mas determina um procedimento inusitado: “Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando a cidade uma vez; assim fareis por seis dias”. Assim o povo foi mantido como que em suspense, um dia após o outro rodeando a cidade, sem dizer uma palavra, mas sem ver qualquer sinal adicional de que os muros inexpugnáveis da cidade cairiam. Então, tendo perseverado até o sétimo dia, ao receberem a ordem de Josué, gritaram e, conforme o Senhor havia prometido, os muros de Jericó vieram abaixo: “Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade.” Raabe, por sua vez, recebeu o testemunho público da sua fé quando Josué, lembrando do juramento feito a esta mulher, mandou que primeiramente ela fosse tirada com sua família da cidade, e depois que a cidade fosse destruída. Ademais, notemos como, em razão de serem eles cananeus, Raabe e sua família a princípio foram mantidos fora do arraial de Israel – possivelmente para fins de purificação dos costumes vãos e das contaminações dos gentios – e depois recebidos no meio dos israelitas, onde encontraram lugar de habitação e até mesmo se misturaram como se fossem do mesmo povo, conforme já indicamos no tópico anterior. 

CONCLUSÃO Considerando o livro de Josué, olhamos para este líder como um grande herói da fé; contudo, lembremos que as Escrituras põem ao seu lado Raabe, uma mulher que, tendo tudo para ser menosprezada pelo povo de Israel, foi escolhida para ter seu coração purificado pela fé e encontrar um lugar de honra entre o povo eleito, na geração de um dos antepassados do Messias e Salvador, Jesus.

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20 abril 2023

004-Moisés, um líder da fé - Heróis da Fé Lição 04[Pr Afonso Chaves]18mai2023

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LIÇÃO 4 

MOISÉS, UM LÍDER DA FÉ 

TEXTO ÁUREO: “E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face, nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel.” (Dt 34.10-12) 

LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 11.23-29 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje, o personagem bíblico para o qual voltaremos nossa atenção é Moisés. Profeta, legislador e líder do povo de Israel, foi ele quem o Senhor Deus usou, com grande poder e sinais, para libertar o seu povo da terra do Egito, para conduzi-los até o Sinai, onde entrou em concerto com a nação e os consagrou como povo Seu, e para guiá-los até a terra prometida. Seus testemunhos de fé fortaleceram sua liderança sobre Israel, deixando o exemplo para que andassem nas mesmas pisadas. 

I – A FÉ DE SEUS PAIS E SUA DECISÃO DE SOFRER COM ISRAEL (HB 11.23-26) O primeiro episódio da vida de Moisés a que o texto em epígrafe se refere é o do seu nascimento, o qual se tornou um evento excepcional graças à atitude de fé, não propriamente do futuro profeta, mas de seus pais. Tendo sido dada a ordem para que todos os filhos que nascessem fossem lançados ao rio, lemos que os pais de Moisés não obedeceram a esta ordem ímpia do faraó, mas antes esconderam o menino por três meses (Ex 1.22; 2.1-3). Este foi um ato de fé, pois somente pela fé o homem é capaz de, ante a ameaça dos poderosos, temer mais a Deus do que aos homens, tal como já haviam feito as parteiras hebréias (Ex 1.15-17; cf. At 5.29). Ademais, a fé operou no coração daquele casal usando da formosura do bebê, e isto não apenas para despertar o sentimento natural de proteção dos pais pela criança, mas também para lembrá-los de que, havendo uma promessa de libertação do povo de Israel da opressão do Egito, e estando próximo o tempo do seu cumprimento, aquele menino, sendo dos filhos de Israel, bem poderia ser o libertador do seu povo (cf. Gn 15.13-15). Depois de ter sido criado por sua própria mãe, no meio do seu povo, Moisés é levado até a filha do faraó e, entre os egípcios, conhece todas as regalias e prazeres que a corte do faraó poderia lhe oferecer; mas, chegando à idade de 40 anos, somos informados que ele “saiu a seus irmãos e atentou nas suas cargas” – o que, nas palavras do escritor aos Hebreus, significa que Moisés “recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus”. E isto ele fez pela fé, movido pela mesma promessa que seus pais, de que o seu povo seria libertado da opressão do Egito, embora com ainda maior certeza de que ele não apenas poderia, mas era, de fato, aquele por quem Deus haveria de livrar seus irmãos (cf. At 7.23-25). Mas, além desta convicção sobre o seu chamado particular, o fundamento da fé de Moisés que o levou a este ato de rejeitar as “vantagens” egípcias e abraçar os sofrimentos do seu povo estava na compreensão de que os prazeres desta vida são supérfluos, ao passo que os vitupérios do povo de Deus, prefigurando os do próprio Cristo, se suportados com paciência, são de maior valor, pois redundarão em uma recompensa eterna (cf. 2 Co 4.16-18; 1 Pe 1.5-11). 

II – SUA FIRMEZA PERANTE O FARAÓ E A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA (HB 11.27-28) Moisés deixou duas vezes o Egito; na primeira, temendo a vingança do faraó pela morte de um egípcio; na segunda, à qual o escritor aos Hebreus se refere, não temendo a ira do rei do Egito, que não reconhecia ao Senhor Deus de Israel nem admitia que este povo deixasse a terra da escravidão, resistindo a todas as intimações entregues pelo profeta e cedendo de muita má vontade e por pouco tempo apenas quando ameaçado por alguma das pragas ou castigos divinos, para logo em seguida se endurecer novamente. Moisés, já avisado por Deus, perseverou no seu ministério, não desfalecendo ante a dureza de coração e malícia do faraó, nem deixou de liderar e exortar o povo a se preparar para sair daquela terra, sabendo que a ira do rei só aumentava na medida em que os castigos divinos mais o humilhavam e o faziam ceder, ainda que por um momento. A fé de Moisés que o manteve firme estava fundamentada no invisível, isto é, no próprio Deus, que, de fato, de certo modo se havia feito visível ao profeta quando o chamara no Sinai. Mas, na realidade, a visão da sarça que ardia e não se consumia havia sido um meio pelo qual o Senhor se revelara a Moisés como o Deus justo, santo e misericordioso, que nenhuma representação material jamais poderia representar, nem qualquer homem jamais poderia contemplar, mas com o qual este profeta alcançaria profunda comunhão, Deus tratando com ele como se lhe fosse visível, “cara a cara” (cf. Ex 3.1-5; 33.18-23; 34.5-7; Nm 12.6-8). Tendo em vista que toda a libertação do Egito foi conduzida por Moisés como um ato contínuo de fé, com justiça a celebração da páscoa pode ser considerada um dos momentos particulares em que esta fé mais se destacou. Por ocasião das últimas pragas, o povo de Israel havia sido miraculosamente livrado e distinguido dos egípcios que, com exceção dos que deram ouvidos à palavra de Moisés, haviam padecido pela incredulidade do faraó (cf. Ex 9.20-21, 26; 10.22-23). Mas agora, depois de anunciar o último e mais terrível castigo que se abateria sobre aquela terra, o Senhor promete a libertação de Israel a partir de um ato de fé, isto é, a celebração da páscoa, para que o anjo da morte não ferisse os primogênitos dos israelitas, como faria com os egípcios (Ex 11.4-7; 12.12-13). Este seria um ato totalmente baseado na obediência à palavra de Deus, que é fruto da fé – de nenhuma outra forma era evidente o livramento da morte a partir da celebração em si, senão depois daquela noite, quando, conforme o Senhor havia falado, assim se cumpriu (Ex 12.29-30). 

III – SUA PASSAGEM COM ISRAEL PELO MEIO DO MAR (HB 11.29) O texto em epígrafe não atribui diretamente a Moisés, mas a todo o povo, a passagem pelo mar como um ato de fé. E, de fato, a fé que esteve no profeta também foi comunicada ao povo nesta ocasião. Primeiramente, notemos como Moisés exorta os israelitas, temerosos de perecerem no deserto, a confiarem no Senhor, que pelejaria por eles contra os egípcios. Em seguida, ele lhes ordena que marchem, sendo que a direção que seguiam terminava no mar – ou seja, Deus requer um ato de obediência, um ato de fé, assim como havia requerido na celebração da páscoa. Podemos entender então que, tendo o povo se colocado a marchar, o Senhor começa a pelejar por eles, colocando Seu anjo entre o acampamento de Israel e o dos egípcios, de tal modo que estes não conseguem alcançar aqueles; e, ato contínuo, Moisés estendendo sua mão sobre o mar, as águas se abrem para que o povo, já em marcha, prossiga por terra seca (Ex 14.15-21). Isto se conforma ainda mais perfeitamente com a natureza do testemunho de fé de todos aqueles que já temos estudado, que fizeram grandes coisas não a partir do que a vista lhes proporcionava, mas a partir da simples confiança e obediência a Deus. Por outro lado, consideremos que os egípcios também entraram no mar, andando por terra seca, mas, de acordo com o escritor aos Hebreus, subentende-se que tentaram fazer isto não pela fé, mas pela vista, ignorando que se tratava de um milagre do Deus, cujo povo estavam perseguindo. 

CONCLUSÃO Moisés foi um líder da fé no sentido de proporcionar ao povo um exemplo de vida de fé, a partir de uma experiência de obediência e amor a Deus. Não apenas desejou que todo o Israel fosse profeta como ele, mas guiou o seu povo através de experiências extraordinárias com Deus, onde, se não todos, ou mesmo não muitos, alguns foram despertados para o fato de que sem fé seria impossível agradar a Deus, bem como perseverar na jornada que restava à frente, e finalmente entrar no descanso prometido.

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13 abril 2023

003-Isaque, Jacó e José, herdeiros da promessa - Heróis da fé Lição 03[Pr Afonso Chaves]11abr2023

 

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LIÇÃO 3 

ISAQUE, JACÓ E JOSÉ, HERDEIROS DA PROMESSA 

TEXTO ÁUREO: “Pela fé, Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras. Pela fé, Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José e adorou encostado à ponta do seu bordão. Pela fé, José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel e deu ordem acerca de seus ossos.” (Hb 11.20-22) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 27.27-29, 38-40; 48.17-20; 50.22-26 

INTRODUÇÃO Depois de Abraão, os próximos homens que alcançaram testemunho de que agradaram a Deus, e cuja história é narrada nas Escrituras, são Isaque, Jacó e José. Na verdade há muito o que se dizer sobre cada um deles, e várias lições de fé a se extrair das suas experiências com Deus. Contudo, propomos nesta lição apresentar um ou dois eventos na vida de cada um deles, ainda seguindo os apontamentos do escritor aos Hebreus, a partir dos quais podemos identificar a característica particular do testemunho de fé desses patriarcas. 

I – A BÊNÇÃO DE ISAQUE SOBRE JACÓ E ESAÚ (HB 11.20) O episódio destacado na vida de Isaque, no tocante à sua fé, é aquele em que o patriarca, já em idade avançada, abençoa seus dois filhos, Jacó e Esaú, “no tocante às coisas futuras”. Além do fato de que, seguindo as pisadas de seu pai Abraão, ele habitou na terra da promessa como em terra alheia, morando em tendas, crendo na promessa de que o Senhor lhe daria herança; Isaque também perseverou durante muitos anos em oração pela sua mulher Rebeca, que era estéril, na esperança de que o Senhor lhe daria descendência, assim como o fizera miraculosamente a seu pai, Abraão; até que Deus o atendeu, e o patriarca tornou-se pai de gêmeos, aos sessenta anos de idade (cf. Gn 25.19-21; 26.2-5). Mas, a despeito do que o Senhor Deus havia dito a Rebeca em relação aos gêmeos, que brigavam entre si ainda no ventre: “Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas: um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor” (Gn 25.23); e a despeito do sinal visível de que o mais novo seria favorecido por Deus sobre o mais velho – sinal este evidente por ocasião do nascimento de ambos, e a partir do qual cada um recebeu seu nome em caráter profético (Gn 25.25- 26; cf. Rm 9.10-13); Isaque demonstrava maior afeição por Esaú, pois se agradava do fato de Esaú ser homem do campo e caçador. Jacó, por sua vez, sendo homem mais simples e pacífico, como foram o próprio Isaque e Abraão, agradava mais à sua mãe, Rebeca (Gn 25.27-28). Convencido de que Esaú deveria herdar a promessa feita primeiramente a Abraão, e estando já avançado em dias, Isaque propôs então abençoá-lo tal como era de direito ao primogênito. Ocorre, porém, que Jacó, orientado por sua mãe, conseguiu receber esta benção por meio de um artifício muito bem elaborado e executado e que foi bem-sucedido graças ao propósito de Deus em relação a Jacó e à Sua justiça em lidar com a atitude profana de Esaú (Gn 27; cf. Gn 25.29-34; Hb 12.16-17). As bênçãos concedidas por Isaque a Jacó e Esaú tornam-se ainda mais significativas quando as consideramos sob o aspecto de que ele os abençoou pela fé, pois, neste caso, eram bênçãos mais de caráter profético do que simplesmente imprecatório. Não tendo posse naquela terra além de um lugar para ser sepultado, mas certíssimo de que o Senhor cumpriria a promessa que havia herdado de seu pai, ao declarar que seu filho colheria o melhor da terra e seria senhor de povos e nações, Isaque afirmava sua esperança no cumprimento da palavra sobre a sua descendência, e sua expectativa de que ela se cumprisse logo (Gn 27.27-29; 28.3-4). E de tal modo esta benção testifica da sua fé que, mesmo estando estas coisas ainda no futuro, elas eram para ele tão reais que, tendo-as confiado a Jacó, não as tinha mais em seu poder para concedê-las como que “novamente” a Esaú (Gn 27.37-40). 

II – AS BÊNÇÃOS DE JACÓ SOBRE SEUS DESCENDENTES (HB 11.21) Assim como na história de Isaque, não há dúvida de que muitos atos de fé podem ser apontados na vida de Jacó. Basta, porém, citarmos apenas dois, talvez os últimos de sua longa carreira, que pareceu bem ao Espírito de Deus destacar aos Hebreus para nossa instrução acerca da fé que habitou neste patriarca. Jacó abençoou os filhos de José, Efraim e Manassés, numa atitude ou espírito semelhante ao de seu pai Isaque, profetizando que o mais novo, Efraim, seria um povo maior que o mais velho, Manassés. E, de fato, Efraim se tornaria uma tribo tão poderosa que viria a ser muitas vezes citada como representante das dez tribos do Norte, após a divisão do reino (cf. Os 5.3). Assim como Isaque, Jacó abençoou a ambos no tocante às coisas futuras, quando vivia apenas como um peregrino na terra. Mas, além disso, notemos como, estando já em idade avançada e privado da visão, o patriarca não se deixou guiar pelo instinto natural, mas antes pela fé, segundo a qual a bênção de Deus é reservada àqueles que são chamados à semelhança de Isaque, e não pelo mérito da carne (cf. Rm 9.7-8). Em seguida, no mesmo verso, o escritor acrescenta o detalhe de que Jacó “adorou encostado à ponta do seu bordão”, que poderia ser uma referência a quando este recebeu José com seus dois filhos (Gn 48.2), ou quando mandou chamar seus filhos para abençoá-los (Gn 49.1, 33). Mas, de qualquer forma, o importante aqui é que, depois de uma longa caminhada onde o Senhor Deus Todo-poderoso guiou e guardou Jacó de tantos perigos, dando-lhe diversos sinais da Sua fidelidade, o já idoso patriarca, mesmo não tendo ainda alcançado as promessas, e contando com a proximidade da sua morte, adorou ao Senhor, isto é, expressou sua gratidão, abraçou as promessas como fiéis e verdadeiras, e assim abençoou tanto os filhos de José como seus outros filhos no tocante ao futuro das tribos que se levantariam a partir de cada um deles. 

III – O PEDIDO DE JOSÉ AOS SEUS IRMÃOS (HB 11.22) Teremos de passar por alto toda a história maravilhosa deste homem que, ainda jovem, foi provado ao sofrer a inimizade de seus próprios irmãos, depois acusado de um crime que não cometeu, até ser finalmente exaltado por Deus a uma posição de tremenda honra e poder, de onde prontamente acolheu sua casa quando esta se achava em aflição e perdoou os seus irmãos, que haviam procurado o seu mal. É para o último evento registrado da vida de José, e o último também registrado em Gênesis, que o escritor aos Hebreus chama a nossa atenção. Notemos, em primeiro lugar, que este filho de Jacó, tendo desfrutado de todas as riquezas e grandezas do Egito, considerado em honra apenas abaixo da posição do faraó, não teve nada disto como coisa mais importante que a promessa de Deus. O fato de ele ter confessado que, embora estivesse morrendo, a promessa se cumpriria, e seu povo deveria aguardar com ansiedade pelo dia da visitação, assim como ele havia aguardado, indica que o seu desejo era o mesmo que o de seus pais, e morreria abraçado à esperança de que um dia entraria na sua verdadeira herança, que não era o Egito. Do mesmo modo, ao intimar seus irmãos a levarem seus ossos para a terra de Canaã quando fossem visitados por Deus, José testifica que, mesmo tendo vivido como um rei na terra do Egito, ele ainda assim se considerou apenas um peregrino ali (Gn 50.22-26; cf. Hb 11.13-14). 

CONCLUSÃO Isaque, Jacó e José foram três patriarcas que brilharam pela sua fé na promessa de Deus feita inicialmente a Abraão, e viveram suas vidas na esperança do cumprimento desta promessa, não se frustrando com o quanto fosse necessário aguardá-las, ainda que essa espera implicasse em manter-se abraçado a elas até os seus últimos dias. Seja nesta vida ou na futura, o Senhor Deus cumprirá aquilo que prometeu e todos os que n’Ele esperaram hão de entrar na sua herança.

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07 abril 2023

002-Abraão, nosso pai na fé - Heróis da Fé Lição 02[PR Afonso Chaves]04abr2023

  

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LIÇÃO 2 
ABRAÃO, NOSSO PAI NA FÉ 
TEXTO ÁUREO: “De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.” (Gálatas 3.9) 
LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 11.8-12, 18-19 
INTRODUÇÃO Na lição de hoje, estudaremos a vida de Abraão – particularmente, três momentos especialmente importantes de sua história, no que diz respeito ao seu testemunho de fé: seu chamado estando ainda em Ur dos Caldeus; sua peregrinação e esperança na promessa de Deus; e sua obediência ao pedido de Deus para que sacrificasse seu filho Isaque. À luz da exposição do escritor aos Hebreus, estes três episódios são os mais ilustrativos da fé que habitou em Abraão, pelos quais Deus o tratou como amigo, fazendo do patriarca um pai exemplar para todos os que depois dele também alcançariam semelhante fé. 
I – A CHAMADA DE ABRAÃO (HB 11.8; GN 12.1-3) Alguns encontram dificuldade em harmonizar o que é dito pelo escritor aos Hebreus com o relato mosaico, quanto ao momento e local exato em que Abraão (aqui ainda chamado apenas de Abrão, isto é, “pai da altura”) foi chamado por Deus. Mas a aparente dificuldade se desfaz quando consideramos que Moisés, em Gênesis 12, não está contando um evento posterior à partida de Ur dos Caldeus e à parada em Harã (relatadas nos versos finais do capítulo anterior), mas explicando que essa viagem, embora estivesse sob a liderança de Terá, por ser ele o patriarca da família, na verdade ocorreu devido a um chamado de Deus dirigido especificamente a seu filho Abrão: “Ora, o Senhor disse a Abrão”. Por esta razão, mesmo com a morte de Terá em Harã, a viagem prosseguiu em direção ao destino indicado por Deus – a terra de Canaã (cf. At 7.2-4). Consideremos então os termos do chamado divino ao patriarca: “Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai”. Deus chama Abrão, antes de tudo, a renunciar, e usa mais de uma palavra tanto para definir estritamente os termos desta renúncia, como também para denotar o peso daquilo que era exigido do patriarca – um homem para quem os vínculos familiares eram mais importantes que tudo, mas que deveria aprendê-los a subordinar à visão divina (Gn 13.8; 24.3-4, 5-8; cf. Mt 10.37). Em seguida, o Senhor acrescenta: “Para a terra que eu te mostrarei”, que não deixa de ser outro elemento de renúncia, a saber, da certeza da sua terra natal para a incerteza de um local que só lhe seria mostrado quando ele chegasse lá; ou, é como se Deus o tivesse chamado a abrir mão de qualquer segurança que ele pudesse obter pelos seus próprios planos para confiar exclusivamente em Deus, que o faria chegar onde Ele queria. Por outro lado, o chamado de Abrão não é um convite a “saltar no escuro”, por assim dizer; ao invés de simplesmente ordenar a Sua vontade como o Criador e Senhor de todos, ao Qual devemos obediência; Deus deseja ser galardoador dos que o buscam, e por isso acrescenta ao chamado uma promessa, entrando em um pacto com o patriarca, cujo cumprimento redundará em bênçãos não somente para ele e seus descendentes, mas para toda a humanidade. A resposta de Abrão ao chamado divino, como nos ensina o escritor aos Hebreus, foi de imediata e constante obediência: “Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito” (Gn 12.4), pois, tendo partido de Ur dos caldeus, não se deteve em Harã, mas continuou a viagem tão logo seu pai Terá faleceu e ele se tornou o cabeça da família. E lemos que este foi um ato de fé, não apenas na promessa feita por Deus explicitamente quando do chamado do patriarca, mas na certeza implícita, já comunicada no arrebatamento de Enoque, de que Deus preparou um lugar melhor, além deste mundo, para aqueles que o obedecem e n’Ele esperam – razão pela qual Abrão jamais viveu em Canaã como se fosse sua terra, mas antes peregrinou nela todos os dias da sua vida (cf. Hb 11.9-10). 
II – A JUSTIÇA DE ABRAÃO (GN 15.1-6) O segundo episódio ilustrativo da fé de Abraão sobre o qual nos deteremos, embora não mencionado pelo escritor aos Hebreus, é quando o patriarca recebe testemunho explícito das Escrituras da sua fé, e da justiça alcançada por ela. Embora certo de que o Senhor, conforme a promessa, lhe daria um herdeiro, Abrão encarava o fato de ainda não ter tido um filho, e já se achar em idade avançada, e sua mulher, Sara, ser estéril, e não compreendia como tudo isso sucederia. O Senhor então o exorta a não temer as incertezas e confirma que não apenas lhe daria um herdeiro da sua casa, mas “aquele que de ti será gerado, esse será o teu herdeiro”. Em seguida, confirma que o patriarca não teria apenas um filho, mas uma multidão inumerável sairia de seus lombos. Ao ouvir Abrão estas palavras, a Escritura testifica que “creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça”. Notemos que até aquele momento o Senhor não havia cumprido a promessa, mas a palavra divina foi suficiente para renovar no coração de Abrão aquela fé que se manifestara quando ele obedeceu ao chamado para deixar sua terra natal. Não que essa fé tivesse diminuído, mas, tendo sido provada na espera pelo cumprimento da promessa, agora recebia um novo incentivo para perseverar até que chegasse o seu tempo. Sem nenhuma obra, a resposta de fé do patriarca em seu coração – conhecida somente de Deus – foi suficiente para alcançar testemunho de que ele era justo; ou, como diz o texto, esta fé foi imputada (contada) como justiça a Abrão. A promessa particular era o objeto circunstancial para o exercício desta fé, mas granjeou diante de Deus a justiça para a vida eterna, estabelecendo assim no patriarca o modelo daquele que deseja andar nas mesmas pisadas e herdar semelhança salvação (cf. Rm 4.3-5, 13; Gl 3.8-9). 
III – O SACRIFÍCIO DE ABRAÃO (HB 11.17-19; GN 22) Após as mais diversas demonstrações de fé, chegamos à última e mais extraordinária prova a que o patriarca Abraão é submetido, e que, assim como nas ocasiões anteriores, resultará na mais surpreendente demonstração de obediência ao Senhor Deus. O sentido da expressão: “E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão” é que, depois de Abraão colher os frutos da paciência e perseverança na fé, testemunhando o nascimento de Isaque e a confirmação deste como herdeiro das promessas, o Senhor queria, não tentá-lo como que para demonstrar a fraqueza de uma fé imperfeita, pois Deus a ninguém tenta; mas expor a virtude e o valor de uma fé aprimorada através da provação (cf. Tg 1.12-13; 1 Pe 1.6-7). Notemos que o escritor aos Hebreus considera esse ato de fé pelo qual Abraão alcançou testemunho de Deus como consumado; pois, embora tenha sido impedido pelo anjo do Senhor, o patriarca mostrou-se resoluto em cumprir o que lhe fora ordenado, de modo que em seu coração o sacrifício de seu filho já era algo certo. Por outro lado, o patriarca não agiu temerariamente, nem sem pesar em seu coração; mas antes sua obediência procedeu da fé, impulsionada pela consideração de que Deus é fiel à Sua palavra e que, para cumprir a promessa, poderia ressuscitar Isaque, depois de consumado o sacrifício. Deste modo, a fé de Abraão foi plenamente justificada por este ato, e ele de fato recobrou seu filho como se este tivesse sido sacrificado e então ressuscitado por Deus: “E daí também, em figura, ele o recobrou” (cf. Tg 2.21-23).
CONCLUSÃO Abraão é, com justiça, nosso pai na fé, pois nele não a justiça que é pela fé tanto foi anunciada como uma promessa aos que seguirem seus passos, como demonstrada e tipificada no seu próprio exemplo, em uma vida de fé que se manifesta pela obediência irrestrita e incondicional à palavra de Deus.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira




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