28 dezembro 2024

013-Vivendo para Cristo - Cristologia Lição 13[Pr Afonso Chaves]26dez2024

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LIÇÃO 13 

VIVENDO PARA CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5.14-15) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 15.1-8 

INTRODUÇÃO Chegamos ao final desta série de estudos sobre o que ensinam as Escrituras a respeito de Cristo Jesus e, nesta última lição, queremos considerar algumas aplicações práticas a partir do fato de que Ele, sendo o tema central das Escrituras, deve ser o fundamento e a razão não apenas da vida da Igreja, que é o Seu corpo, mas de cada um dos seus membros. Veremos que nossa identidade e vida cristã só pode subsistir num mundo mau e debaixo da ira de Deus na medida em que considerarmos a centralidade de Cristo Jesus em nossa existência e a importância vital de um relacionamento verdadeiro com Ele. 

I – VIVENDO COMO DISCÍPULO DE CRISTO A vida cristã começa quando Cristo Jesus chama o homem através do Evangelho. Esse chamado consiste numa verdadeira revelação da verdade e da glória que há na pessoa bendita de Jesus, com o que o homem é atraído, não apenas por uma mensagem, mas pela pessoa do próprio Cristo, em quem encontrará o perdão dos seus pecados e a vida eterna (Jo 6.37-40; Gl 1.15-16). Ao mesmo tempo, o chamado ao arrependimento e ao perdão necessariamente é um chamado a tornar-se discípulo daqu’Ele que veio para salvar o homem do pecado, pois foi Cristo que primeiramente se identificou com os pecadores e morreu em lugar destes para que, constrangidos por tamanha manifestação de graça e amor, possam viver por Cristo que por eles morreu (2 Co 5.14-15). Tão poderoso é esse constrangimento da graça que deve prevalecer sobre qualquer outro senso de dever ou propósito, não podendo ser relegado a um segundo plano sem comprometer completamente sua eficácia (Mt 13.18-23). Seguir ou ser discípulo de Cristo significa identificar-se com o Mestre, não apenas no sentido de um conteúdo transmitido por um professor ao seu aluno, mas numa verdadeira comunhão espiritual, onde somos alcançados tanto pelas circunstâncias que alcançaram Cristo em Seu ministério neste mundo como também recebemos e obedecemos aos mandamentos que Ele nos deixou, depois de Ele mesmo os cumprir (Jo 15.1-8). No primeiro sentido, assim como Ele agradou ao Pai em tudo o que fez do modo como fez, não procurando a Sua própria vontade, mas a daquele que O enviou; assim também nós, seguindo os Seus passos, também seremos bem aventurados e amados pelo Pai (1 Pe 2.18-24). Estamos falando de sofrer pela justiça e verdade, tomando a cruz todos os dias assim como Ele se humilhou até a morte, e morte de cruz; e somente saberemos que o bom nome de Cristo está em nós quando de fato percebermos que o mundo nos afronta, despreza e até mesmo nos persegue do mesmo modo que perseguiu ao nosso Mestre (Mt 5.10-12; 16.24-27). Finalmente, a vida cristã só é verdadeira na medida em que, assim andando nas pisadas do Senhor Jesus, guardamos os Seus mandamentos, dos quais o maior deles, ou a essência deles, é amar ao nosso próximo. Pois toda a obra de Cristo pode ser resumida nisto: que Deus nos amou e enviou seu Filho ao mundo para que Ele morresse por nós e assim manifestasse esse amor; logo, Cristo nos amou e nos deixou o exemplo supremo a ser seguido pelos Seus discípulos (Jo 13.34- 35; 15.12-17). Obedecer a Jesus, portanto, é guardar este mandamento, não ignorando o nosso próximo, mas amando-o assim como Cristo também o amou. 

II – VIVENDO COMO TESTEMUNHA DE CRISTO Na verdade, ser testemunha de Cristo é conseqüência necessária da vida cristã, ou da vida de um verdadeiro discípulo, pois tanto ao imitar Seu exemplo de resignação e paciência no sofrimento, e de padecer pelo Seu nome, como na observância do Seu mandamento de nos amarmos uns aos outros, prestamos ao mundo um poderoso testemunho do poder e da eficácia do evangelho que anunciamos e de que verdadeiramente cremos no amor que Deus nos tem, pois amamos uns aos outros assim como Deus nos amou ao enviar o Filho para morrer por nossos pecados (Jo 17.18-23; 1 Jo 4.11-14; 5.20-21). Através desse testemunho baseado em nossa conduta, muitas vezes sem nenhuma palavra, muitos inimigos do evangelho já foram calados ou até mesmo ganhos para Cristo (1 Pe 3.1, 15-16). Mas, além do testemunho prático da vida cristã, também somos incumbidos a testemunhar ao mundo anunciando, de diversas maneiras, a tempo e fora de tempo, que Jesus é o Cristo, e que o tempo é chegado para o arrependimento e o perdão dos pecados a todo aquele que crê em Seu nome, bem como a proximidade de um dia de juízo, do qual os pecadores são exortados a escapar (Lc 24.46-49; At 2.38-40; 17.30-31). Não se trata de um dever apenas do ministério constituído de uma igreja, mas de todo cristão, e as mais diversas circunstâncias podem servir ao testemunho de Cristo (At 8.1-4; 16.25-34; cf. Mt 10.17-20, 32-33). 

III – VIVENDO NA ESPERANÇA DE CRISTO Tendo sido chamados para seguir a Cristo e anunciar o Seu nome até o fim de nossa existência neste mundo, nossa esperança repousa sobre a certeza de que nosso Salvador um dia voltará, ou virá novamente, não apenas para castigar este mundo ímpio, mas também para recompensar aqueles que serviram com diligência e perseverança – que foram servos fiéis nas coisas do reino de Deus. A recompensa será gloriosa e ultrapassa em muito qualquer esforço e custo empenhado por ela nesta vida, pois desfrutaremos dela eternamente na presença e companhia do próprio Senhor Jesus (Mt 24.45-51; 1 Co 15.58; 2 Co 4.16-18). Ninguém será esquecido, mas todos serão recompensados de acordo com o quanto lhes foi confiado pelo Senhor, assim como nada será cobrado que não nos tenha sido dado na medida da graça particular, pois o fardo de Cristo é leve e o que Ele espera de cada um é o mínimo do que Lhe devemos (Mt 25.14-30; 19.28- 29; Lc 17.7-10). 

CONCLUSÃO Viver para Cristo é o propósito supremo para o qual fomos criados, para o qual o Pai nos destinou na eternidade e do qual estamos conscientes a partir do momento em que Ele nos chamou pela Sua graça. Que jamais nos esqueçamos de viver de acordo com este propósito, para que assim nunca nos frustremos com as circunstâncias passageiras deste mundo, mas possamos sempre nos alegrar na esperança inabalável em Cristo Jesus, com quem desfrutaremos de eterna glória nos céus.

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21 dezembro 2024

012-Jesus o Cristo - Cristologia Lição 12[Pr Afonso Chaves]19dez2024

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LIÇÃO 12 

JESUS É O CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles e, por três sábados, disputou com eles sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo.” (At 17.2-3) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 16.13-17 

INTRODUÇÃO Ao longo deste trimestre, falamos sobre a pessoa e obra de Cristo sem sermos incisivos o suficiente sobre o fato de que JESUS é o Cristo, ou sobre como tudo o que estava escrito na Lei e nos profetas acerca do Cristo cumpriu-se inequivocamente na pessoa de Jesus, o Nazareno. Portanto, nesta lição desejamos considerar a importância crucial deste fato para a veracidade e eficácia da mensagem do Evangelho, bem como as provas principais de que este Jesus que é pregado há dois mil anos é o Cristo, o Filho de Deus. 

I – A EXISTÊNCIA DE JESUS Já estudamos em lição anterior a humanidade de Cristo, no intuito de determinar que Ele realmente se fez homem, e não apenas assumiu uma aparência humana, como alguns entendem erroneamente. Mas agora precisamos considerar também que os evangelhos, ao relatarem a vida e obra de Jesus com o objetivo de provar que Ele é o Cristo, necessariamente partem da premissa de que esse Jesus realmente existiu. Pode parecer desnecessário ou redundante dizer isto, mas o fato é que, assim como todos os aspectos da doutrina cristológica, a existência ou historicidade de Jesus também é questionada, negada ou distorcida pelos incrédulos de hoje, como o foi ao longo desses últimos dois mil anos. E, providencialmente, os evangelistas se preocuparam também com isto, pois, se pudesse ser demonstrado que Jesus nunca existiu, mas que Ele é apenas um personagem fictício, um mito religioso (como os deuses gregos, por exemplo), todo o Evangelho cairia por terra. Assim, podemos dizer que o propósito inicial dos evangelistas é estabelecer a historicidade de Jesus – isto é, que realmente existiu um homem cuja vida e obra provam que Ele é o Cristo. Dado o público original e o contexto particular de cada um deles, naturalmente alguns evangelistas são mais incisivos nesse ponto; mas todos têm o cuidado de apresentar fatos, de contar a história real de Jesus, e de certificar-se da veracidade do que relatam, seja consultando fontes primárias – a saber, o testemunho daqueles que viram e ouviram essas coisas, especialmente os discípulos e apóstolos; seja baseando-se na memória das coisas que eles mesmos testemunharam (Lc 1.1-4; At 1.21-25; Jo 21.24; 2 Pe 1.16-18). E as diferenças de narrativa entre um evangelista e outro quanto a um mesmo acontecimento, ao invés de prejudicarem, apenas corroboram o seu intuito de contar exatamente aquilo que um grande número de testemunhas viu e ouviu, cada uma tendo uma diferente apreensão das circunstâncias, mas todas concordando quanto à essência do fato. Acrescente-se a isso o fato de que os evangelistas também se preocuparam em contextualizar seu relato de acordo com datas, lugares, personalidades e eventos de conhecimento geral dos seus leitores (Lc 1.5; 2.1-2; 3.1-2; Mt 2.1). Os apóstolos e os evangelistas não poderiam relatar um acontecimento inverídico dentro desse contexto, relativamente imediato àquela geração, sem serem facilmente desmentidos pelos seus adversários. E, se os grandes acontecimentos dos primeiros dias da vinda de Cristo a este mundo passaram despercebidos pela multidão – como já observamos em lição anterior – os últimos da Sua manifestação pública repercutiram de tal forma por toda Judeia, Samaria e Galileia que somente um estrangeiro poderia ignorá-los por completo, e nem os judeus incrédulos podiam negar o impacto que haviam causado sobre a nação (Lc 24.18- 19; At 10.37-38; 26.26; cf. Jo 11.47-48). 

II – O TESTEMUNHO DE JESUS Além de estabelecerem que Jesus realmente existiu, certificando-nos de que as coisas que relatam a Seu respeito estão baseadas principalmente no testemunho daqueles que as viram e ouviram, ou delas participaram; os evangelistas também demonstram que Jesus é o Cristo, principalmente relatando muitos dos sinais que Ele operou e explicando como as profecias messiânicas se cumpriram em cada passo de Sua vida (Jo 20.30-31; Lc 24.44-45). E a estes dois argumentos acrescentam também a confissão que fizeram muitos daqueles que viram e ouviram Jesus de que Ele é o Cristo, o Filho de Deus. De fato, essa confissão é tão importante que é chamada de testemunho, mas é ainda mais importante que a percepção física que muitos tiveram de Jesus, pois aqueles que O confessaram como o Cristo fizeram-no por terem apreendido, pela fé, uma realidade inalcançável pelos sentidos físicos – a realidade divina de Jesus, não sem deixar de admitir, por necessidade, Sua existência física; daí a bem-aventurança daqueles que, mesmo não tendo visto Jesus fisicamente, creram n’Ele (1 Jo 1.1-4; Jo 20.29; cf. 1 Pe 1.8). Mas muitos ainda questionam por que o próprio Jesus não admitiu com mais freqüência ser o Cristo, ou sequer jamais afirmou abertamente ser o Filho de Deus. É porque, ainda que Seu testemunho seria verdadeiro se Ele falasse de Si mesmo, Jesus abriu mão até desta prerrogativa para condescender com a fraqueza dos homens e permitir que outros testificassem em Seu favor, o que tornaria os incrédulos no testemunho do Pai (através dos sinais) e dos profetas ainda mais inescusáveis (Jo 5.31-34, 39-40; 15.22-24). Tanto que, nas poucas ocasiões em que admitiu ser o Cristo, ou o Filho de Deus, perante a multidão, foi terrivelmente hostilizado (Jo 10.30-36; Mt 26.62-65). 

III – O NOME DE JESUS Dentre os muitos títulos atribuídos (e com direito) a Cristo, somente um podemos dizer que é o Seu nome e que sintetiza tudo aquilo que Ele é: JESUS (“Salvação”, ou “o Senhor Salva”). Pois foi com este nome que Ele entrou no mundo e foi conhecido na Sua humilhação; como também com este nome Ele voltou para o Pai e foi exaltado soberanamente sobre todo o nome que se nomeia nos céus e na terra, e por este nome será conhecido por toda a eternidade (Mt 1.21; Fp 2.9-11). Portanto, é prova também de que Jesus é o Cristo a eficácia espiritual do Seu nome, pois todo aquele que crê no nome de Jesus é salvo, faz os sinais que Ele fez quando esteve entre nós, subjuga e vence as potestades do mal (os demônios reconhecem que Jesus é o nome do Cristo de Deus), assim como também é perseguido e odiado pelo mundo por causa deste nome (At 4.12; 3.12-16; Lc 10.17; Jo 15.20-21). Com efeito, toda a veracidade e eficácia da fé cristã derivam do poder do nome de Jesus que, se não fosse o nome do Cristo, do Filho de Deus, logo a igreja nascente teria se desfeito, como obra dos homens, e não de Deus (At 5.34-39). 

CONCLUSÃO Depois de estudar diversos aspectos da cristologia bíblica ao longo deste trimestre, sem de modo algum termos esgotado as riquezas imensuráveis deste tema, que possamos invocar o nome de Jesus com maior convicção de que na Sua pessoa gloriosa estão contidas todas essas riquezas, para que possamos acessá-las e desfrutar delas com mais e mais abundância, para nossa total satisfação e felicidade eterna.

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15 dezembro 2024

011-A Vinda gloriosa de Cristo - Escatologia Lição 11[Pr Afonso Chaves]13dez2024

    

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LIÇÃO 11 

A VINDA GLORIOSA DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.” (Hb 9.28)

 LEITURA BÍBLICA: MATEUS 24.29-39, 42 

INTRODUÇÃO Quando o assunto é a vinda de Cristo, geralmente começamos por nos perguntar se é da primeira ou segunda vinda que se fala. Esta forma de se referir à vinda de Cristo não é incorreta, mas geralmente destacamos com tanta distinção a primeira da segunda vinda que podemos cometer o erro de tratá-las como eventos sem qualquer relação entre si. Mas veremos que, à luz das Escrituras, a vinda de Cristo, mais do que um ou dois eventos pontuais na história, é um período que começou com a Sua manifestação física na terra e se encerrará com a Sua manifestação gloriosa nas nuvens do céu. 

I – A VINDA DE CRISTO NA PROFECIA Conforme estudamos ao longo deste trimestre, muitos são os testemunhos das Escrituras a respeito da vinda de Cristo, os quais despertaram e nutriram no povo de Deus, desde o princípio, a esperança de que, quando Cristo chegasse, todas as coisas seriam restauradas a uma justa ordem onde os ímpios seriam castigados e os justos, livres dos seus inimigos e dos efeitos perniciosos do pecado, desfrutariam de uma vida plena de paz e alegria diante de Deus. Não é necessário aqui repetirmos as profecias que estudamos em lições anteriores, exceto aquelas onde se nota como os profetas contemplavam essa vinda de Cristo em toda a sua amplitude escatológica, na medida em que todas as coisas se cumpririam com a Sua chegada, e o mundo atual com suas injustiças encontraria seu termo, dando lugar a novos céus e nova terra – uma nova ordem apropriada à justiça eterna do reino messiânico (Jl 2.30-32; Is 65.17-19; Ag 2.6-7). Portanto, os profetas não esperavam (e, portanto, não falaram em seus escritos sobre) duas, mas apenas uma vinda de Cristo, na qual entendiam que se cumpririam não apenas os acontecimentos relacionados à Sua manifestação física neste mundo, mas também aqueles que ainda esperamos se cumprirem na Sua “segunda” vinda em glória, designando esse tempo como o “dia do Senhor”, ou um “grande e terrível dia”, no qual o Messias executaria tanto o juízo contra os pecadores como o livramento dos fiéis (Ml 3.1-3; 4.1-5; cf. At 2.20-21). Notemos que esta também era a percepção de João Batista, ao pregar a chegada do reino dos céus (e do Messias) e, consequentemente, a iminência da manifestação do juízo e da salvação de Deus; e os discípulos, convencidos de que Jesus era o Cristo, esperavam que brevemente Ele se manifestaria em glória perante o mundo e restauraria todas as coisas, somente mais tarde entendendo que convinha que essa manifestação se cumprisse num tempo futuro que não lhes cabia determinar (Mt 3.1-3, 10-12; At 1.6-7; cf. At 3.19-21). Dito isto, devemos considerar também que não escapava à visão dos profetas o fato de que a vinda de Cristo não seria um evento pontual na história, mas sim um período que, embora breve em comparação com as eras passadas durante as quais havia sido prenunciado, permitiria o cumprimento dos propósitos de Deus de forma gradual e progressiva (Dn 2.44; 7.26; 9.26-27). 

II – A PRIMEIRA VINDA DE CRISTO Quando nos referimos então à “primeira vinda” de Cristo, estamos falando do tempo em que Ele se manifestou neste mundo em carne – o tempo do Seu nascimento, ministério, morte e ressurreição. E, embora tudo isso tenha ocorrido há mais de dois mil anos, tudo o que estava escrito na Lei e nos Profetas concernente a Cristo cumpriu-se já nesse tempo, de tal modo que a Sua primeira vinda é justamente reconhecida como o tempo da plenitude – isto é, o tempo de se cumprirem todos os desígnios de Deus, anunciados anteriormente pelos profetas (Gl 4.4; Hb 1.1; 1 Pe 1.20). Por isso, tudo o que resta acontecer no que diz respeito aos desígnios divinos quanto a Cristo, entre a Sua ascensão e o fim do mundo, é que a obra perfeita que Ele consumou nos dias de Sua carne produza o seu máximo efeito para maior satisfação do próprio Salvador, completando-se o número daqueles, dentre todas as nações, que hão de ser chamados à vida eterna (Lc 24.46-47; Mt 24.14; 2 Pe 3.9; cf. Ap 7.1-3). O fato de Cristo ter voltado para o Pai, de onde há de vir novamente, em nada diminui o caráter escatológico deste tempo inaugurado em Sua primeira vinda, pois, poucos dias após encerrar Sua jornada neste mundo, Ele voltou para os Seus em espírito, ao enviar o Consolador, que permanece com eles para sempre (Jo 14.16-18; 16.16-22). E, como vimos em lição anterior, o derramamento do Espírito é um sinal claro de que estamos no fim dos tempos, tendo se cumprido primeiramente no dia de Pentecostes, e depois nas gerações seguintes, até os nossos dias (At 2.37- 40; 15.13-18). 

III – A SEGUNDA VINDA DE CRISTO Embora a vinda de Cristo tenha se iniciado com a Sua primeira manifestação em carne, e desde então estejamos vivendo os últimos dias, Ele mesmo revelou que o fim somente chegaria quando novamente se manifestasse, não mais na aparência humilde de servo, mas na glória divina de Senhor e Rei. De fato, aos discípulos o Mestre acautelou que estivessem atentos e não se enganassem quanto a diversas coisas que deveriam suceder antes do fim, ao passo que o sinal da Sua vinda gloriosa seria inequívoco, pois à Sua manifestação nas nuvens do céu se seguiria o fim do presente século, do qual os fiéis seriam salvos e arrebatados para novos céus e nova terra, e OS ímpios banidos para o castigo do fogo eterno (Mt 24.1-8, 23-25, 29-31; 25.31-32, 34, 41; cf. 2 Ts 1.6-10; 2 Pe 3.7, 10-12; Jd 14-15). O Senhor alertou também Seus discípulos para que se preparassem para Sua segunda vinda, pois, ao passo que na primeira Ele havia inaugurado o tempo da salvação, conclamando os pecadores ao arrependimento e provendo a expiação pelos seus pecados; na segunda encerraria este tempo de forma abrupta e inesperada, e então restaria apenas a cada um prestar contas do que fizera com a oportunidade que lhe fora dada. E, assim como muitos não deram crédito à vinda de Cristo como servo, para salvar os pecadores, muitos serão apanhados despercebidos e despreparados, quando Ele vier em Sua glória, para julgar os vivos e os mortos (Mt 24.36-44; 1 Ts 5.4-6; Lc 18.8; 1 Pe 4.3-7). 

CONCLUSÃO A vinda de Cristo representa o ápice da esperança do povo de Deus em todos os tempos, e o fato de que Ele já veio uma vez para cumprir todas as coisas a fim de assegurar nossa eterna salvação fortalece ainda mais nossa certeza de que Ele virá novamente, muito em breve, para completar em nós a obra já iniciada.

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06 dezembro 2024

010-Cristo e a promessa do Espirito - Cristologia Lição 10 [Pr Afonso Chaves]06dez2024

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 LIÇÃO 10 

CRISTO E A PROMESSA DO ESPÍRITO 

TEXTO ÁUREO: “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” (At 1.4-5) 

LEITURA BÍBLICA: ATOS 2.14-21 

INTRODUÇÃO Dentre as promessas feitas por nosso Senhor Jesus Cristo enquanto ministrou entre nós nos dias da Sua carne, muitas vêm se cumprindo na presente dispensação do evangelho da graça, enquanto outras se cumprirão por ocasião da Sua vinda gloriosa nas nuvens do céu. Mas é de especial interesse para a cristologia bíblica a promessa concernente ao Espírito Santo, porque o seu cumprimento, além de ter resultado nos privilégios e bênçãos espirituais abundantes de que a Igreja hoje desfruta, também se constitui na prova mais contundente de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. 

I – A PREVISÃO DO DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO No contexto da profecia bíblica, a concessão do Espírito Santo ao povo de Deus é uma promessa repetida diversas vezes em conexão com o estabelecimento do reinado do Messias. Embora desde a instituição do primeiro concerto fosse manifesto o propósito de Deus de habitar no meio do Seu povo, a rebeldia continuada de Israel limitou em grande medida que o Espírito Santo descansasse na congregação, sendo entristecido e contrariado pelos pecados e pela apostasia do povo (Ne 9.20, 30). Os profetas passam a anunciar, então, um novo concerto, sob o qual seria concedida, não uma nova lei, mas um novo espírito – um espírito de obediência voluntária ao Senhor Deus, pelo qual a palavra de Deus, antes observada a partir de tábuas de pedra, agora estaria gravada no coração de um remanescente fiel que, depois de castigado no cativeiro, seria trazido de volta à terra, arrependido dos seus pecados e verdadeiramente convertido ao Senhor Deus (Is 59.19-21; Ez 36.24-27). É verdade que o Espírito de Deus nunca abandonou o Seu povo, e que todos aqueles que alcançaram testemunho de que agradaram a Deus no passado só o fizeram porque movidos pelo Espírito Santo; mas poucos foram aqueles que o receberam uma medida do Espírito mais próxima àquela que o Senhor realmente desejava conceder a todo o povo (cf. Nm 11.29). Assim, a previsão das Escrituras era de que o Espírito de Deus seria concedido numa medida tão abundante e liberal que o comparava a águas derramadas para saciedade do sedento e para fazer nascer um bosque em terra seca. Tão abundante seria a graça e o entendimento ou visão das coisas de Deus concedida aos fiéis, que até os mais humildes ou menores dentre o povo, naqueles últimos dias, poderiam ser comparados aos que, no passado, eram chamados com exclusividade de profetas (Is 44.3-4; Jl 2.28-19). Que esta promessa deveria se cumprir com a vinda do Messias fica evidente quando consideramos o ministério de João Batista que, como arauto enviado diante do Senhor para preparar o Seu caminho, através do batismo de arrependimento preparou o povo para a chegada daquele que os batizaria com o Espírito Santo (Jo 1.31-33). O Messias esperado era aquele que havia sido ungido com a plenitude do Espírito de Deus para, operando com justiça e verdade, implantar o reino dos céus entre o povo de tal modo que todos participassem dessa plenitude (Is 11.1- 2; cf. Mt 12.28). 

II – A PROMESSA CONFIRMADA POR CRISTO Confirmando as palavras dos profetas até João, o Senhor Jesus fortaleceu a esperança dos discípulos na promessa do Pai demonstrando, através dos muitos sinais e prodígios que operou pelo “dedo de Deus”, que Ele era aquele que havia sido ungido com a plenitude do Espírito, não apenas para curar os enfermos e socorrer os homens nas suas necessidades materiais, mas também para saciar suas próprias almas eternamente (Jo 4.13-14; 7.37-39). E, em vista da brevidade com que a promessa do Pai se cumpriria, pouco tempo após a glorificação de Cristo – isto é, após Sua crucificação, ressurreição e ascensão aos céus – o próprio Senhor tanto prefigurou o recebimento do Espírito por aqueles que creram como os exortou a aguardarem em Jerusalém, em oração e súplicas, até que a promessa se cumprisse de fato (Jo 20.21-23; At 1.4-8, 14). A necessidade de Cristo ser primeiro glorificado para que o Espírito Santo fosse derramado pode ser analisada sob diversas considerações bíblicas, dentre as quais destacamos a que consideramos a principal: o Espírito Santo, enquanto penhor da nossa eterna redenção, sendo derramado nos corações dos crentes para regenerá-los e purificá-los do pecado, só poderia ser concedido após Cristo de fato oferecer Sua vida em preço de redenção na cruz do Calvário (At 2.37-38; Ef 1.13-14). Em seguida, era necessário que, ressuscitado e triunfante sobre o pecado, Cristo subisse aos céus e ali, na presença do Pai, rogasse em nosso favor para que, pelo mérito do Seu sacrifício eficaz, o Espírito fosse concedido aos Seus para que estes, não mais podendo ser assistidos pela presença física do Salvador, pudessem contar com a Sua presença em espírito, como um outro Consolador (Jo 14.16-18; 16.7). 

III – O CUMPRIMENTO DA PROMESSA Tendo ordenado aos discípulos que permanecessem em Jerusalém, o Senhor Jesus voltou para o Pai e, lá do alto, cerca de dez dias depois – que, somados aos quarenta dias entre Sua ressurreição e ascensão, totalizam cinquenta dias, completando-se o período para a celebração do Pentecostes – enviou o Espírito Santo sobre a igreja nascente, cumprindo assim a promessa do Pai. Os discípulos foram então batizados com o Espírito Santo, ou seja, completamente revestidos e cheios da virtude do Espírito. Este fenômeno constituía-se em algo novo e diferente de todas as manifestações anteriores do Espírito Santo nas gerações passadas do povo de Deus. Primeiro, porque não foi um, dois, ou um pequeno grupo, mas todos os presentes foram cheios do Espírito – aproximadamente cento e vinte discípulos. Segundo, a manifestação visava cumprir um sinal especialmente designado para confundir os incrédulos dentre os judeus, anunciando as grandezas de Deus em línguas de povos estranhos, que não conheciam ao Senhor. Terceiro, o cumprimento desta profecia entre os discípulos de Jesus, pouco depois da Sua morte, ressurreição e ascensão aos céus, era prova de que, aprovado por Deus, Ele havia sido constituído Senhor e Cristo. E, por último, a promessa havia se cumprido de tal forma que se podia concluir que Deus chamava a todos os homens para receberem o dom do Espírito, aos de longe e aos de perto, mediante o arrependimento e a fé em Jesus Cristo (At 2.1-4, 12, 14-18, 39). 

CONCLUSÃO O dom do Espírito Santo é o bem mais precioso que a Igreja recebeu de Cristo Jesus, e que Ele mesmo conquistou entregando Sua própria vida na cruz. Tendo recebido e concedido este dom à Igreja primeiramente no dia de Pentecostes, Cristo assegura, pela Sua contínua intercessão junto ao Pai, que todos quantos forem chamados para a salvação possam também receber o Espírito Santo, na certeza de que nosso Pai celestial não o negará àqueles que o pedirem.

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30 novembro 2024

009-A União de Cristo com a Igreja - Cristologia Lição -09[Pr Afonso Chaves]28nov2024

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LIÇÃO 9 

A UNIÃO DE CRISTO COM A IGREJA

TEXTO ÁUREO: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe gria, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” (Ap 19.7-8) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 45.1-11 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje, trataremos da relação de Cristo e de toda a Sua obra com a Igreja. Embora conhecida desde o princípio nas gerações daqueles que temiam ao Senhor Deus e aguardavam a manifestação da Sua salvação, a natureza e os privilégios da Igreja manifestaram-se plenamente através do Evangelho – isto é, com a vinda de Cristo a este mundo. Mais do que um grupo de pessoas que seguem a Cristo como Mestre, a Igreja é um organismo que participa da Sua própria vida e virtude por ter comunhão e formar com Ele uma unidade, de modo que, através dela, Cristo Jesus se faz tão, ou mais presente neste mundo atualmente do que nos dias da Sua carne. 

I – PREVISÃO DA UNIÃO DE CRISTO COM A IGREJA Para compreendermos a relação especial entre Cristo e a Igreja, é necessário primeiro conhecer as origens do povo de Deus e o que as Escrituras preveem a seu respeito – onde veremos que tanto no primeiro como no segundo aspecto essa relação entre Cristo e a Igreja havia sido prefigurada de diferentes maneiras. O propósito de Deus de formar para Si uma igreja – isto é, uma congregação – remonta ao princípio, quando Ele formou o primeiro casal à Sua imagem e semelhança para que homem e mulher, multiplicando-se e enchendo a terra, constituíssem uma espécie única de seres piedosos (Gn 1.26-28; Ml 2.15; At 17.26-27). Mas é por ocasião da Queda que se manifesta uma primeira figura da relação entre Cristo e a Igreja, na medida em que, do pecado de um único indivíduo, Adão, resultou o juízo de morte para toda a espécie humana que dele procederia; do mesmo modo que, da justiça de um único indivíduo, Jesus Cristo, resultaria a graça da vida eterna para todos os que n’Ele cressem. Deste modo, enquanto em Adão a humanidade falhou, aqueles que pela fé são reunidos a Cristo constituem uma nova humanidade, uma geração santa, justa e piedosa (Gn 5.1-3; Rm 5.12-14, 15, 19; Ef 4.20-24). Consideremos ainda como a união de Cristo com a Igreja é prevista na promessa que Deus fez a Abraão de abençoar todas as famílias da terra nele e na sua semente – o que, conforme explicado por Paulo, diz respeito tanto à relação da Igreja com o patriarca por imitar a sua fé; como também à relação da Igreja com Cristo, que é o descendente a quem foi feita esta promessa, e da qual participamos porque, através dessa mesma fé, somos identificados com Ele e revestidos d’Ele, formando com Cristo Jesus um só corpo (Gn 12.1-3; Gl 3.6-9, 16, 26-29). E mesmo o povo de Israel, embora fosse descendência de Abraão e tenha sido consagrado como a igreja de Deus sob a dispensação da lei e do primeiro concerto, não escapou a esse princípio, pois nem todo israelita tinha de fato a fé de Abraão e, portanto, não era seu filho em verdade; de modo que a união plena de que falamos, com seus privilégios e bênçãos, só poderia ser alcançada em Cristo, quando o povo de Deus abandonaria o estágio rudimentar das sombras e figuras de uma identidade nacional para alcançar a plena maturidade de filhos pela fé (Rm 9.6-8; Gl 4.1-7). Aliás, o fracasso e a rebeldia contumaz de Israel tanto evidenciaram, ainda naqueles dias, a realidade de que apenas um remanescente seria salvo, como permitiram aos profetas vislumbrar a glória da comunhão com Deus à qual o Messias restauraria o Seu povo. Dentre as várias figuras empregadas para descrever o quanto os israelitas haviam sido infiéis, e o quanto Deus, não obstante os castigos necessários para corrigi-los, permaneceria fiel ao Seu bom propósito de introduzi-los nessa comunhão gloriosa; sem dúvida a mais conhecida é a do casamento entre Deus e o Seu povo. Apesar de Israel ter se comportado como uma mulher adúltera, dissipando com deuses estranhos todos os bens e privilégios que havia recebido de Deus, como um esposo que ainda ama a mulher de sua mocidade, Deus não apenas estava disposto a recebê-lo de volta, mas de fato o faria, depois de castigá-lo, expurgar do meio dele os impenitentes e converter o remanescente, confirmando e selando para sempre Sua comunhão com o povo eleito (Os 2.1-4, 13-17; Ez 16.58-63; Jr 3.1; Is 54.1-5). 

II – A CONSUMAÇÃO DA UNIÃO DE CRISTO COM A IGREJA Com a proclamação do Evangelho de que o reino dos céus havia chegado, a espera do povo de Deus por aqu’Ele que foi coroado para regê-lo – o Messias – chega ao fim e, conforme a profecia constante da leitura bíblica, a união entre ambos, tipificada na figura do casamento, pode se realizar. O reino dos céus é representado então como uma festa nupcial – um banquete celebrando a união do Rei com a Sua esposa real. E, embora a ausência de Cristo entre Sua ascensão ao céu e Sua vinda no último dia signifique que os convidados deverão se entristecer por um pouco de tempo, ou que as virgens deverão tosquenejar durante a noite, as bodas não mais se encerrarão. O convite continuará sendo feito a todos que ainda não entraram, e naquele dia as bodas atingirão o seu momento de maior júbilo e exultação, quando a igreja dos justos aperfeiçoados se apresentará qual esposa devidamente adornada, conservada de toda mancha, para celebrar sua união com Cristo por toda a eternidade (Jo 3.29; Mt 9.14-15; 22.1-14; 25.1-13; Ap 19.7-9; 22.17). Certamente foi através do Seu sacrifício na cruz que a união entre Cristo e a Igreja – ou, do casamento entre ambos – se consumou, pois foi ali que Ele demonstrou o Seu amor por ela, entregando Sua vida, derramando Seu sangue, para resgatá-la e assegurar que, naquele dia, ela possa se apresentar perante Ele pura e incontaminada – qual esposa gloriosa, sem ruga nem mácula. Notemos que, da consciência de que Cristo Jesus morreu por nossos pecados é que nos resulta a paz, a alegria e a entrada em plena comunhão com Deus – que constituem o verdadeiro banquete do reino dos céus (Ef 5.25-27; Jo 3.16; Rm 5.8-10, 11; Ef 2.13-16; cf. Rm 14.17). Vale lembrar também a analogia entre a Igreja e Sara – assim como esta era mulher legítima de Abraão, tendo dado ao patriarca um filho que herdaria as promessas; a Igreja também, como esposa de Cristo, gera filhos livres da servidão da lei e do pecado, aptos a herdarem, juntamente com Cristo, as promessas (Gl 4.26-31). 

III – CONSEQUÊNCIAS DA UNIÃO DE CRISTO COM A IGREJA Como todas as demais coisas, e excetuando-se o próprio Deus, a Igreja foi submetida ao senhorio de Cristo, ainda que essa submissão se opere em voluntariedade e amor, resultando daí a comunhão entre ambos, completando-se como um só corpo, do qual Cristo é a cabeça e a Igreja os membros (Ef 5.22-24; 1 Co 12.12-14). Isto significa que Cristo não apenas está presente com a Sua igreja neste mundo, mas, através da Sua igreja, Ele mesmo operando a Sua vontade através dos membros do Seu corpo, na medida em que estes se aperfeiçoam na unidade do Espírito (Ef 4.10-16; Jo 15.4-5; 1 Jo 5.14-15). Reciprocamente, por formar um corpo com o seu Salvador, a Igreja está presente com Cristo nas regiões celestiais, onde também está assentada e participando dos privilégios e de todas as bênçãos do reino, tendo todas as coisas sujeitas aos seus pés (Ef 1.22-23; 2.1-7; Cl 3.1-3; 1 Co 15.54-57). 

CONCLUSÃO Como povo escolhido desde a eternidade para testemunhar a graça de Deus e participar do Seu eterno e imutável propósito de resgatar os homens do pecado e dar-lhes a vida eterna, a Igreja é um fruto glorioso da obra de Cristo, um prêmio que Ele contemplou na eternidade e, amando-a com o mesmo amor com que o Pai a amou, entregou a Sua própria vida para salvá-la e conceder-lhe participar conSigo da Sua bem-aventurada glória por toda a eternidade.  

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22 novembro 2024

008-O Reino e o Senhorio de Cristo - Cristologia Lição 08[Pr Afonso Chaves]21nov2024

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LIÇÃO 8

O REINO E O SENHORIO DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “O SENHOR reina; está vestido de majestade; o SENHOR se revestiu e cingiu de fortaleza; o mundo também está firmado e não poderá vacilar.” (Salmo 93.1) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 2.1-12 

INTRODUÇÃO Nas últimas lições, estudamos como Cristo Jesus cumpriu a vontade de Deus ao se fazer homem e humilhar-se a si mesmo até a morte, e como por esta causa foi exaltado soberanamente acima de toda a criação. E, uma vez que já consideramos as implicações destes acontecimentos para o Seu exercício do ofício sacerdotal na presença de Deus, somos levados agora a refletir sobre o que significa a Sua entronização – isto é, o fato de Cristo ter assentado no trono de glória do reino de Deus. Veremos como o reinado de Cristo havia sido vislumbrado na profecia, como se manifestou, quais são suas implicações para o presente e como cumprirá todos os desígnios de Deus para esta criação. 

I – A PREVISÃO DO REINO DE CRISTO O reino de Deus é uma realidade presente desde o princípio da criação, uma vez que o Criador dos céus e da terra, e de tudo o que neles há, possui o direito de dispor de todas as coisas conforme Lhe apraz, e assim o fez ao longo de toda a história a fim de cumprir os Seus desígnios, e ninguém jamais pode se opor ou resistir à Sua vontade. Portanto, Ele é justamente celebrado como o Rei dos reis, cujo domínio se estende até os confins dos céus e da terra e dura de geração em geração, eternamente (Sl 47.7-8; 74.12; 145.13; 146.10). Mas, ao mesmo tempo, a revelação profética pouco a pouco vai desvendando o propósito de Deus, formulado antes da criação do mundo, de outorgar esse reino àquele que, tendo nascido de mulher, da descendência de Abraão e na tribo de Judá, foi escolhido e ungido para, através de um reinado de justiça e verdade, sujeitar e conquistar de volta para Deus todas as nações que haviam se separado d’Ele pela transgressão, e exercer a Sua ira contra aqueles que se resistissem à Sua autoridade real (Gn 22.16-18; 49.10; Nm 24.17-19; 1 Sm 2.10; Sl 2). Embora a instituição da monarquia em Israel tenha ocorrido em circunstâncias que revelavam mais a avidez do povo em ter um líder humano para governá-los assim como o tinham as demais nações, esquecendo-se eles de que o próprio Deus os governava; a eleição de Davi e as promessas firmadas por Deus em relação à sua linhagem confirmaram o caráter real da obra messiânica, na medida em que a descendência de Davi jamais seria privada do trono, mas reinaria eternamente sobre Israel (2 Sm 7.8-16; 23.3-5). E, por esta causa, os profetas não apenas anunciam o Messias como filho ou descendente de Davi, mas como o próprio Davi, o reinado do filho de Jessé prefigurando, em diversos aspectos, a prosperidade, paz, vitória e benção que acompanhariam ainda mais abundante e perpetuamente o reinado messiânico (Sl 89.3-4, 19-20; Ez 34.23-24). Notemos que mesmo o fato de nem todos os descendentes de Davi que se assentaram sobre o trono terem sido reis justos não ofuscou a promessa divina, mas antes serviu para privar os indignos da coroa e reservá-la para o tempo em que seria entregue àqu’Ele a quem pertence por direito (Is 7.14-16; Ez 21.25-27). Esse revés na casa de Davi também fortalecia a perspectiva de que a manifestação do reino messiânico traria em si um sinal de contradição para os incrédulos dentre os judeus: do mesmo modo que o próprio Davi fora conduzido ao trono humildemente, não por força nem por violência; assim também Cristo ascenderia ao trono a partir de um ramo da linhagem real que, embora legítimo, havia sido grandemente humilhado em razão do cativeiro babilônico, a ponto de cair no desprezo das gerações seguintes (Jr 52.31-34; Ag 2.23). E acrescentemos ainda que o reino do Messias seria também um sinal de contradição para os incrédulos dentre os gentios, pois, começando sem aparência nem relação com os reinos deste mundo – qual pedra rústica cortada sem ferramentas – tornar-se-ia cada vez mais poderoso, qual grande monte – de fato, o maior dos montes – até dominar toda a terra e destruir os reinos dos homens (Dn 2.34-35, 44-45; Is 2.1-4). 

II – A CHEGADA DO REINO DE DEUS EM CRISTO A maioria dos judeus esperava que a manifestação do reino de Deus inauguraria uma nova era tanto para eles como para os gentios, na qual Israel seria restaurado como reino e os demais povos seriam subjugados por um Messias guerreiro, político e glorioso. Muitos daqueles que interrogavam a Jesus esperavam o reino de Deus sob esse aspecto material, e mesmo os discípulos alimentaram por muito tempo a esperança de que Ele manifestaria a glória do Seu reino antes do fim (Mt 20.20-21; 24.1- 3; At 1.6-7). O reino de Deus havia realmente chegado, mas não com aparência exterior nem apelando aos sentidos físicos – para contradição das expectativas da maioria – e sim para a fé daqueles que ouviam a boa nova: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15; cf. Lc 17.20-21). Chegara inaugurando uma nova ordem de coisas, não na subversão da ordem política ou mesmo religiosa do seu tempo, mas subvertendo a forma como os homens entendiam sua relação com Deus, incutindo em seus corações a consciência do pecado frente à justiça e santidade divina, e a necessidade de arrependimento e conversão – isto é, o abandono do pecado e a prática da virtude, da obediência – para se entrar, não em um reino terreno, mas na própria vida eterna (Mt 3.1-10; 5.17-20; 6.33; 7.13-14). 

III – A MANIFESTAÇÃO DO REINO DE CRISTO Não obstante seu aspecto espiritual e eterno, bem como presente, o reino de Deus anunciado em Cristo Jesus também pode ser considerado sob o aspecto posterior da sua manifestação após a ressurreição e, depois, na consumação dos séculos. Já consideramos, na lição passada, a importância da ressurreição como solene declaração de Deus acerca do reinado de Cristo sobre as nações e que, tendo sido recebido no alto e se assentado em Seu trono de glória, ali aguardará até que todos os Seus inimigos sejam colocados debaixo de Seus pés. Isto significa que Cristo recebeu todo o poder e direito para reivindicar os reinos e nações da terra, tanto por constituírem herança do Pai como despojo de Sua vitória contra Satanás; e que o evangelho é a boa nova de que o jugo do reino das trevas foi quebrado de sobre os povos (Mt 12.28-29; 28.18-20; cf. 24.14; Ap 12.10-12). Por sua vez, não podemos negar que o reino de Deus ainda se reserva a uma manifestação futura em vista da qual Cristo exorta diversas vezes Seus ouvintes sobre as implicações eternas de suas ações ou atitudes no reino de Deus presente. Assim, embora o convite para entrar no reino seja feito a muitos hoje, e muitos até mesmo o aceitem e se considerem dentro dele, chegará o tempo em que o reino se manifestará na sua plenitude, revelando os corações daqueles que se fizeram indignos de permanecer nele, e então serão lançados fora para sempre (Mt 7.21-23; 8.11-12; 22.1-14; 24.45-51; 25.29-30). Deste modo, o acesso ao reino de Deus no presente proporciona ao homem uma oportunidade de preparação e de fazer-se como que digno do reino a se manifestar na eternidade, na vinda de Jesus e no dia do juizo (Mt 13.24-30, 36-43, 47-50; cf. 2 Tm 4.1-2). 

CONCLUSÃO Tão certo como Cristo é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e Seu domínio é para sempre, assim também nós, se permanecermos com Ele, venceremos este mundo e com Ele reinaremos eternamente em glória.

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16 novembro 2024

007-A Ressurreição de Cristo - Cristologia Lição 07[Pr Afonso Chaves]15nov2024

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LIÇÃO 7 

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “Como também está escrito no Salmo segundo: Meu filho és tu; hoje te gerei. E que o ressuscitaria dos mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei. Pelo que também em outro Salmo diz: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção.” (Atos 13.33-35) 

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 15.1-8 

INTRODUÇÃO Após termos estudado a morte de Cristo Jesus à luz do ensino bíblico, e considerarmos a previsão, as circunstâncias e consequências deste evento, faremos o mesmo em relação à Sua ressurreição. E isto não apenas porque ambos os eventos estão histórica e cronologicamente relacionados, mas porque a ressurreição de Cristo é a prova inconteste da Sua divindade, isto é, de que Ele é o Filho de Deus. E, representando Sua vitória sobre a morte, a ressurreição de Cristo é a garantia de que o Seu sacrifício permanecerá para sempre como uma oferta eficaz e suficiente para assegurar a nossa propiciação diante de Deus e, eventualmente, nossa própria ressurreição. 

I – A PREVISÃO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO As previsões e prefigurações da ressurreição de Cristo podem ser encontradas em tantas passagens das Escrituras quantas são aquelas que apontam para a Sua morte. Isto porque, sendo a obra de Cristo salvar os homens não apenas dos seus pecados, mas da própria morte que sobre eles reinava, era necessário que tanto Ele morresse para expiar os pecados, como ressuscitasse para aniquilar a morte. Assim, na promessa de que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente podemos apontar a previsão implícita da vitória de Cristo sobre o diabo, tanto ao morrer na cruz, como também ao ressuscitar, pois aí demonstrou que a morte – e, portanto, o diabo – não tinha poder sobre ele (Sl 16.8-10; At 2.24-27, 30-31). Do mesmo modo o profeta Isaías, depois de anunciar os sofrimentos que sobreviriam ao Servo do Senhor, pelos quais derramaria a Sua alma na morte e assim seria cortado da terra dos viventes; acrescenta uma previsão da Sua ressurreição gloriosa, pela qual Ele contemplaria e se alegraria sobre as nações da terra cujos pecadores, perdoados e justificados, ser-lhe-iam entregues qual grande despojo a um rei triunfante em batalha (Is 53.10-12; Sl 2.6-8; cf. At 13.32-34). Consideremos ainda que, sob o aspecto da Sua glorificação como rei das nações, ou rei dos reis, seria através da ressurreição que o Cristo, tendo sido rejeitado pelo mundo e pelo Seu próprio povo, e entregue para ser morto, seria sumamente engrandecido e glorificado, sentando-se à destra de Deus, de onde contemplaria aqueles que O rejeitaram serem completamente destruídos (Sl 118.22-23; At 4.10-12). Já estudamos também que os sacrifícios que se ofereciam segundo a lei prefiguravam a morte de Cristo; agora, podemos completar a análise da representação profética e simbólica do culto levítico apontando como o sacerdócio prefigurava a Sua ressurreição. Ora, a ineficácia do sacerdócio araônico não se devia apenas à natureza e repetição dos sacrifícios de animais, mas também ao fato de os sacerdotes constituídos pela lei serem impedidos de permanecer para sempre por serem também pecadores, sujeitos à morte. Convinha-nos, portanto, além de um sacrifício perfeito e suficiente, um sacerdote que, pela virtude de uma vida incorruptível, permanecesse para sempre diante de Deus intercedendo em nosso favor. Somente Cristo poderia ser um sacerdote dessa ordem, tanto em razão da Sua natureza divina, excelsa, pura e perfeita, como em razão da promessa: “Tu és sacerdote eternamente” – o que só poderia se cumprir se, depois de oferecer Sua vida em sacrifício, Ele ressuscitasse dos mortos (Sl 110.1-10; Hb 7.23-28). 

II – CIRCUNSTÂNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO Assim como a morte de Cristo foi acompanhada por diversos sinais, do mesmo modo Sua ressurreição ocorreu em circunstâncias testemunhadas por centenas de pessoas e que provam, de forma inequívoca, que o mesmo Jesus que havia padecido na cruz e sido sepultado verdadeiramente havia ressuscitado dentre os mortos. Consideremos as evidências da ressurreição testemunhadas no próprio local em que o Senhor havia sido sepultado: ali, os soldados romanos foram os primeiros a testemunhar a intervenção poderosa dos anjos que removeram a pedra da entrada do sepulcro de modo tão inequívoco que, assombrados, voltaram aos líderes dos judeus e relataram o que haviam visto, e só puderam ser calados por meio do suborno. Por sua vez, às mulheres que foram ao sepulcro pela manhã os mesmos anjos testificaram da ressurreição de Jesus, indicando o local, agora vazio, onde jazia o Seu corpo (Mt 28.1-8, 11-15; Lc 24.1-8). A este testemunho acrescenta-se o de Pedro e João que, informados pelas mulheres, correram até o sepulcro e também constataram que estava vazio (Lc 24.12; Jo 20.1-8). Ao que indicam os evangelhos, as mulheres também foram as primeiras a verem o Senhor Jesus ressuscitado e, em particular, Ele se apresentou a Maria Madalena (Mt 28.9-10; Jo 20.11-18); depois, aos discípulos no caminho de Emaús e, em seguida ou talvez um pouco antes, a Pedro; finalmente, apresentou-se também aos onze, cuja incredulidade diante dos relatos anteriores manteve-se mesmo quando O viram com os seus próprios olhos. Assim, foi necessário primeiro demonstrar, com muitas e infalíveis provas, que Jesus havia de fato ressuscitado, para poder então, no período de quarenta dias que se seguiu, tratar das coisas pertencentes ao reino dos céus (Mc 16.14; Lc 24.36-43). Depois disso, Ele ainda apareceu a muitos outros, não apenas dentre os apóstolos, mas dentre a multidão dos primeiros discípulos, seja antes de subir ao céu, seja depois – como no caso de Paulo (At 9.1-5). 

III – CONSEQÜÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO Com a ressurreição, cumpre-se tudo aquilo que as Escrituras haviam predito a respeito de Cristo, no sentido de que aos Seus sofrimentos se seguiria Sua glorificação. A ressurreição era o princípio da Sua entrada na glória celestial, que se completou ao cabo de quarenta dias, quando o Senhor Jesus ascendeu aos céus perante os olhos dos discípulos e, pouco depois, como sinal de que havia assumido Seu lugar à destra do Pai, derramou o Espírito Santo, como havia prometido (Lc 24.44-49; Mc 16.19; At 1.4-8; 2.33-36). Estêvão O viu em pé na Sua glória (At 7.55-56) e todo o olho ainda O verá, quando na mesma glória vier, na consumação dos séculos, para julgar as nações (Mt 25.31, 34; Ap 1.7). A ressurreição de Cristo, portanto, é o fundamento para a pregação do evangelho a todas as nações, pois através dela Deus anunciou a toda a criação que constituiu seu Filho como Rei, entregando-Lhe todo o poder e domínio nos céus e na terra, e que todos devem a Ele se submeter, ou do contrário terão de sofrer a Sua ira, pois certamente todos os Seus inimigos serão colocados debaixo de Seus pés, inclusive a morte (Mt 28.16-20; At 3.19-23; cf. Sl 2.9-10; 1 Co 15.24-26). 

CONCLUSÃO Assim como a ressurreição de Cristo é prova de que Ele não foi vencido pela morte, mas antes a venceu na cruz; do mesmo modo podemos ter a certeza de que a morte também não terá domínio sobre nós, e que do mesmo modo ressuscitaremos, desde que morramos com Ele e como Ele todos os dias, enquanto vivermos esta vida.

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06 novembro 2024

006-A morte de Cristo - Cristologia Lição 06{Pr Afonso Chaves]06nov2024


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LIÇÃO 6 

A MORTE DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 53.1-12 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje, veremos como a morte de Cristo, tendo sido planejada por Deus na eternidade, foi anunciada e seu significado ilustrado de antemão nas Escrituras Sagradas. Veremos como o próprio Jesus advertiu Seus discípulos de que era necessário que Ele padecesse e como todas as circunstâncias da Sua morte se cumpriram em conformidade com a vontade de Deus. E, por fim, consideraremos os sinais que acompanharam a morte de Cristo, e como apontavam para as importantes e eternas consequências do seu sacrifício no tratar de Deus com o seu povo. 

I – A PREVISÃO DA MORTE DE CRISTO Encontramos a primeira indicação da morte de Cristo na palavra de Deus declarada logo após a Queda, de que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente – o que, conforme estudamos em lição anterior, significa que o Salvador dos homens se faria carne como eles e, nesta condição, os resgataria do poder do pecado e da morte, assim vencendo Satanás para sempre (Hb 2.14-15). Contudo, esta vitória viria a um preço: a serpente teria sua cabeça esmagada, mas picaria o calcanhar da semente da mulher – o que pode ser considerado insignificante, tendo em vista que, através da morte de Cristo, se manifestaria o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (1 Co 1.18). Mas, por outro lado, denota também que, embora ordenada pelo sábio e eterno conselho de Deus, a morte de Cristo constitui, do ponto de vista moral e histórico, uma injustiça perpetrada contra o justo e santo Filho de Deus, tendo como causa imediata a decisão e obra dos homens ímpios e pecadores em cujas mãos Cristo foi entregue – esses homens, por sua vez, sendo instigados por Satanás (At 2.22-23; 3.14-15; cf. Lc 22.52-53; Jo 8.39-44; 14.30). A esta primeira referência podemos acrescentar que a morte de Cristo também foi prefigurada nos sacrifícios realizados sob a antiga dispensação. De fato, essas ofertas de sangue subiam como cheiro suave diante de Deus porque através delas o ofertante tanto reconhecia que o pecado só podia ser reparado por meio da morte – em outras palavras, expiado com sangue; como também apelava à misericórdia de Deus para que aceitasse uma vítima inocente em seu lugar (Ez 18.4; Lv 17.11; cf. Gn 4.4). Contudo, a repetição desses sacrifícios sob a antiga dispensação era um testemunho da sua ineficácia, bem como da necessidade de um melhor sacrifício, para o qual homem algum poderia prover o cordeiro, senão o próprio Deus (Gn 22.7-8, 13-14; Jo 1.29). Cristo, portanto, ao unir Sua excelência divina à carne humana, cumpriu a vontade de Deus, desde o princípio revelada, antes da fundação do mundo definida, de que Ele fosse a vítima perfeita para que, do Seu sacrifício resultasse a eterna redenção dos homens (Jo 6.51; Hb 9.11-15; 10.1-10; cf. Is 53.4-8; 1 Pe 1.17-21; Ap 13.8). Assim que, plenamente consciente de que havia vindo a este mundo para morrer pelos pecadores, o próprio Jesus sempre expressou Sua expectativa em relação a esta hora e, embora se angustiasse com a sua proximidade, venceu aquilo que temia pela perspectiva de que esta era a vontade do Pai e que, consumada a obra, Ele seria sumamente glorificado (Mt 20.27-28; 26.38-39; cf. Jo 12.23-28; Hb 12.1-3). E, mesmo sabendo que eram incapazes de compreender como o Rei de Israel poderia padecer sob os Seus opositores, o Mestre advertiu Seus discípulos de antemão e com maior freqüência na medida em que chegava a Sua hora, para que, quando tudo isso acontecesse, não perdessem a fé naqu’Ele que era a esperança de Israel (Mt 16.21-23; Lc 18.31-34; 24.13-27, 44-45). 

II – CIRCUNSTÂNCIAS DA MORTE DE CRISTO Dentre as circunstâncias envolvendo a morte de Cristo, queremos chamar a atenção novamente para os autores ou agentes imediatos deste que, do ponto de vista moral ou histórico, foi o maior ato de injustiça cometido pelos homens, mas como isto também aconteceu para que se cumprisse a Escritura. Porque o Espírito havia previsto que os judeus, depois de rejeitarem a palavra de Deus falada pelos profetas, rejeitariam o próprio Messias, ainda que sem causa e em flagrante contradição com a sua esperança (Sl 118.22-23; Is 28.16; cf. Mt 22.42-44; 23.34-39; 27.24-25; Jo 15.18, 25). E, entregando-O aos gentios, estes, por sua vez, tratariam o Messias com ainda maior crueldade, zombando de Suas prerrogativas reais, infligindo-Lhe terríveis e dolorosos castigos e, por fim, a morte ignominiosa de um malfeitor (Mt 20.17-19; Mc 15.15-28; cf. Sl 22.1, 6-8, 12-18). E assim, depois de ser cruelmente castigado, o Senhor Jesus levou o próprio madeiro onde, chegando ao Gólgota, foi crucificado e onde, depois de erguido, foi deixado para padecer uma morte lenta e dolorosa, sob a zombaria dos soldados romanos e o desprezo dos judeus. Longe, porém, de repreender ou desejar a condenação de Seus algozes, Cristo manteve-se calado, resignado com a mesma inocência e simplicidade da ovelha muda perante os seus tosquiadores (cf. 1 Pe 2.22-24). Suas últimas palavras, pelo contrário, expressam Sua plena convicção de que tudo estava transcorrendo conforme as Escrituras, de maneira que, ao entender que todas as coisas haviam se cumprido, nada mais restava senão Ele mesmo entregar a Deus aquilo que ninguém mais poderia Lhe tirar – Sua própria vida (Jo 19.28-30; Lc 23.46; cf. Jo 10.18). E assim, ao decidirem quebrar as pernas dos que haviam sido crucificados a fim de adiantar suas mortes, os romanos se surpreenderam ao constatar que Jesus já se achava morto – o que foi confirmado quando um dos soldados transpassou o Seu lado com uma lança e do ferimento saiu sangue e água (Jo 19.31-37; Mc 15.42-44). 

III – CONSEQUÊNCIAS DA MORTE DE CRISTO A morte de Cristo foi acompanhada de diversos sinais visíveis que causaram grande assombro e pesar na multidão que assistia àquele “espetáculo”, pela percepção de que Jesus havia sido condenado à morte injustamente (Lc 23.47-48; cf. At 3.17). Além de confirmarem a palavra dos profetas, esses sinais também testificavam das consequências espirituais e eternas da morte de Cristo. Senão vejamos: houve sinais tanto nos céus – o sol se escurecendo e a terra permanecendo em trevas da hora sexta até a hora nona; como na terra – um grande tremor fendendo pedras e abrindo sepulcros em Jerusalém; ao mesmo tempo em que, na casa de Deus, o véu que separava o lugar santíssimo rasgou-se de alto a baixo, literalmente expondo e deixando livre o acesso à presença de Deus, ali representada pela arca da aliança e o propiciatório entalhado com os querubins da glória (Mt 27.45-53; Mc 15.33-38; Lc 23.44-45). Considerados no seu conjunto, esses sinais indicam claramente uma mudança extraordinária na ordem das coisas espirituais e no tratar de Deus com o seu povo; uma mudança que já havia sido experimentada quando da instituição do primeiro concerto, quando então Deus se dirigiu a Israel desde o monte Sinai, com grande comoção na terra. Mas, desta vez, toda a ordem da criação (os céus e a terra) foram abalados, pois, através da morte de Cristo, Deus trouxe não apenas Israel, mas todas as nações, até a sua presença, entregando-lhes o reino dos céus e assim enchendo toda a sua casa de glória (Ag 2.6-9; Hb 12.18-29). 

CONCLUSÃO A morte de Cristo sem dúvida foi o acontecimento mais importante de toda a história do universo, para ela convergindo todas as profecias do passado, e dela testificando Deus tanto nos céus como na terra, pois através dela foi determinado o destino eterno dos homens e de toda a criação.

PARA USO DO PROFESSOR

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