23 abril 2024

004-Filhos - Galardão do Senhor - Família Lição 04 [Pr Afonso Chaves]23abr2024

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LIÇÃO 4 

FILHOS – GALARDÃO DO SENHOR 

TEXTO ÁUREO: “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais” (Provérbios 17.6) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 127.1-5 

INTRODUÇÃO Uma das características mais indicativas da origem divina da família, sendo fruto do casamento, é que, como toda dádiva perfeita do Pai das luzes, reflete a seu modo a multiforme sabedoria de Deus, na variedade de relacionamentos que permite desenvolver entre os seus membros pela prática do amor, relacionamentos esses indispensáveis ao amadurecimento do indivíduo tanto no seu comportamento em relação ao próximo – isto é, em sociedade – como em relação a Deus. Tendo já discorrido a respeito do relacionamento conjugal e dos deveres mútuos entre marido e mulher, falaremos nesta lição sobre a importância dos filhos e, inicialmente, sobre o dever que se impõe ao casal de buscar e zelar por esta preciosa herança do Senhor. 

I – TER FILHOS É UM DOM DE DEUS Conforme estudamos em lições anteriores, o propósito do casamento é dar ao homem condições de cumprir o mandato de Deus de crescer, multiplicar-se, encher a terra e sujeitá-la. Ou seja, o casamento foi instituído com vistas à constituição de famílias e, como sabemos, uma família tem início na união do homem à sua mulher, mas não se limita a ambos; antes, se estende e se completa nos filhos e filhas que resultam dessa união. Quando o casal alcança filhos, está assegurando que a família não perecerá com a morte de ambos, pois os filhos a seu tempo deixarão pai e mãe para se unirem aos seus respectivos cônjuges, formando novas famílias que serão, de fato, um prolongamento da mesma família, perpetuando assim a linhagem e memória de seus pais. Além disso, os filhos são aqueles que se beneficiam do trabalho de seus pais, e o continuam, assim assegurando que o patrimônio do casal não passará nem será dilapidado por estranhos. Por esta razão, o Senhor Deus, tendo legado a terra de Canaã a cada tribo e família dos filhos de Israel, instituiu a lei do levirato, tanto para que nenhuma linhagem do povo eleito fosse extinta com a morte de um israelita sem filhos, como também para que nenhuma família jamais ficasse desprovida de descendentes que herdassem e preservassem intacto seu patrimônio (Lc 20.34-36; Gn 38.8; Dt 25.5-6). Assim, ter filhos é uma grande bênção e dádiva de Deus, um prêmio desejado e buscado por todo aquele que anseia pela vida em família e discerne sua vocação para o casamento. Com que orgulho celebrou Eva, mãe de todos os viventes, ao conceber seu filho Caim (cujo nome significa “aquisição”), pois percebeu nisto um sinal do favor e misericórdia de Deus, que não havia abandonado a humanidade após a Queda, mas cumpriria a promessa acerca da semente, do descendente que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15; 4.1, 25; cf. 1 Tm 2.13-15). E como o salmista, na leitura bíblica, os compara às flechas que garantem a vitória ao herói contra os seus muitos inimigos - tal a variedade de provisão que Deus faz ao homem ao conceder-lhe não apenas um, mas muitos filhos (cf. Sl 128.3-4). Por outro lado, vemos também no ter filhos um aspecto da disposição soberana de Deus semelhante ao que encontramos na busca do homem por uma companheira (ou da mulher por um companheiro) - se é que de fato possui de Deus este dom. Pois, embora os filhos sejam um fruto natural do casamento, vemos, em exemplos tanto apresentados pelas Escrituras como presenciados no nosso dia a dia, que nem todos os casais têm filhos num momento imediato ao casamento; outros só os têm muitos anos depois; e outros ainda jamais os têm. Não falamos aqui de casais que não desejam ter filhos, mas de casais que, não obstante o tempo decorrido desde sua união, e não obstante até circunstâncias humanamente impossíveis de serem superadas (como a esterilidade), entendem acertadamente que este impedimento vem de Deus, não sem um propósito, e por isso buscam zelosamente aqu’Ele que é o autor da vida até alcançarem suas petições, como exemplificam os casos de Ana (1 Sm 1.9-11, 20) e de Isaque (Gn 25.21). E, mesmo quando já “conformados” à perspectiva de morrerem sem filhos, recebem com não menos alegria do que surpresa a notícia de que o Senhor lhes concederá um filho, mesmo na sua velhice (Gn 15.4-6; 17.17-19; Lc 1.13-14, 24-25). 

II – EDUCAR OS FILHOS É UM DEVER Como herança, galardão do Senhor para o casal, os filhos são um tesouro a ser buscado com anseio e, uma vez alcançado, cuidado com grande zelo e temor. Trata-se de almas que pertencem a Deus e que, ao atingirem a maioridade e independência em relação aos pais, responderão por seus atos diante da sociedade e diante do Criador. Mas, antes disso, estarão sob os cuidados dos pais, cujo dever é o de não apenas suprir as necessidades físicas e materiais que temporariamente são incapazes de atender por conta própria, mas principalmente o de prepará-los para suas responsabilidades terrenas e espirituais, visando o seu sucesso, alegria e realização plena. E, com efeito, as Escrituras destacam a importância e a influência, muitas vezes decisiva, da criação ou educação provida pelos pais sobre o comportamento dos filhos nas decisões que tomarão até mesmo ao atingir a maioridade - daí a maldição declarada contra os filhos daqueles que aborrecem ao Senhor, bem como da benção sobre as gerações daqueles que o amam, pois, através da instrução dos pais aos filhos, mais de uma linhagem na história bíblica foi destruída, ou preservada (Pv 22.6; Ex 20.5-6; Dt 6.1-2, 6-7; cf. Gn 18.17-19). 

III – CORRIGINDO OS FILHOS COM AMOR Não é o caso de tentarmos estabelecer aqui os fundamentos de uma educação cristã, mas é necessário também acrescentar ao que já foi dito sobre os deveres dos pais educarem seus filhos que, diferentemente da educação formal recebida em escolas ou na igreja, a instrução dos pais é uma disciplina indispensável à formação do caráter, pois envolve a aplicação prática da autoridade paterna e materna, em amor, sobre a conduta dos filhos, no propósito de orientá-los corretamente e principalmente corrigi-los de suas tendências naturais ao erro e ao pecado (Hb 12.5-8; cf. Pv 22.15; 23.13-14). E negligenciar este aspecto da educação implica em graves consequências para a criança, além do que atrai a ira de Deus contra os pais, que deu a estes poder para exercerem, como numa função sacerdotal, o papel de mediar e propiciar o acesso da criança a Deus e a sua condução pelos caminhos da justiça (Pv 13.24; cf. Jó 1.5). Consideremos, a título de exemplo, como o Senhor repreendeu Eli pelo seu fracasso em exercer sua autoridade paterna para corrigir os filhos, estando já estes maduros e em pleno exercício do sacerdócio, e isto porque, ao “amá-los” e honrá-los mais do que ao Senhor, na verdade estava plantando a sua própria ruína (1 Sm 2.12-17, 22-25 e 29). A disciplina paterna deve ser exercida por amor aos filhos, e isto significa que muitas vezes são necessárias imposições, restrições e castigos dolorosos, difíceis de aceitar e mesmo incompreendidos pelos que são submetidos à disciplina. Isto, porém, não autoriza os pais a usarem de arbitrariedade, ou, a pretexto de corrigir uma desobediência, darem vazão à fúria; o exemplo de criação paternal vem do próprio Deus, que nos exorta e admoesta com paciência, de tal forma a evidenciar o Seu cuidado e amor para conosco e nos ganhar pelo constrangimento desse amor, e nos afastar do caminho da desobediência (Ef 6.4; Cl 3.21; cf. Pv 19.18). 

CONCLUSÃO Ser pai ou mãe é um grande privilégio e dádiva de Deus, que enche o coração com um senso de alegria e glória, na perspectiva de poder educar não somente para esta vida, para a vida eterna.

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16 abril 2024

003-As bases do casamento - Família Lição 03 [Pr Afonso Chaves]16abr2024

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LIÇÃO 3 

AS BASES DO CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: “Como a mulher provém do varão, assim também o varão provém da mulher, mas tudo vem de Deus” (1 Co 11.12) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 5.22-28 

INTRODUÇÃO Conforme estudamos na lição anterior, o casamento é uma dádiva divina e, como tal, aqueles que desejam recebê-la precisam saber que Deus possui especial interesse em concedê-la, e espera que a busquem com atenção à Sua vontade. Mas encontrar a companhia ideal e unir-se a ela não é o fim, e sim o começo do casamento; um novo aspecto da vida se apresenta aos cônjuges, e estes precisam saber que agora participam de um relacionamento mútuo que implica em responsabilidades e deveres, mas, como o relacionamento com Deus e com o próximo em geral, deve ser conduzido em amor. 

I – OS CÔNJUGES E SEUS DEVERES MÚTUOS Ao selarem o pacto do casamento, homem e a mulher se unem, de modo que agora um faz parte do corpo do outro e, portanto, um pertence ao outro, e não mais a si mesmo. Este pertencimento é reconhecido pelo apóstolo Paulo, que vê aí a razão de afirmar que os cônjuges devem, obrigação de usar de benevolência um para com o outro – isto é, desejar o bem e fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proporcionar ao cônjuge esse bem. É direito do homem receber o bem de sua mulher, e vice-versa; sonegar esta benevolência é defraudar, isto é, privar aquilo que é de direito do outro – a menos que por consentimento mútuo (1 Co 7.3-5). Deve estar claro que o apóstolo, nesta passagem, chama de benevolência especialmente as relações íntimas do casal; no casamento, expressam de forma santa, pura e honrada o amor e benevolência de um pelo outro; fora do casamento, a união entre duas pessoas é prostituição e expressa apenas o desejo egoísta de satisfazer a carne, gerando, ao invés de benevolência, opressão, engano e desonra (cf. 1 Ts 4.3-7; 1 Co 3.18; 6.16-18). Uma vez que, pelo concerto do casamento, homem e mulher se unem para formar uma só carne e pertencerem um ao outro; é dever de ambos não se separarem por nenhum motivo. Partindo do fato de que é mandamento de Deus, que uniu homem e mulher para que fossem uma só carne – portanto, não admitindo a hipótese de separação – o apóstolo instrui os coríntios no sentido não de aconselhar, mas de determinar que os cônjuges crentes não se apartem um do outro; e, caso se apartem, que permaneçam só ou se reconciliem (1 Co 7.10-11). O casamento sendo um pacto onde homem e mulher devem desenvolver um relacionamento de amor e benevolência mútua, a separação (repúdio, divórcio) constitui não apenas uma quebra desse pacto, mas uma negação de tudo o que representa e do próprio evangelho, que nos ensina a perdoar e buscarmos a reconciliação com o próximo ofendido, e não afastarmos, como que negando-lhe implicitamente o perdão (Ml 2.13-16; cf. Mt 5.23-25; 18.15, 21-22). 

II – OS CÔNJUGES E SUAS VOCAÇÕES PARTICULARES Ora, o mesmo apóstolo Paulo, depois de pontuar que, pelo casamento, os cônjuges passam a formar um mesmo corpo e a pertencer um ao outro; ele ainda acrescenta que essa união também comporta uma distinção de papéis ou funções que se complementam, concretizando verdadeiramente uma união em amor entre o homem e a mulher. Tanto que o apóstolo se vale de uma comparação com o relacionamento entre Cristo e a Igreja, que se dá em termos semelhantes, embora num plano espiritual, e de que o casamento serve apenas de analogia humana ou terrena. Assim, ele orienta as mulheres a sujeição aos seus respectivos maridos, porque “o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja”; e, assim como a igreja está sujeita a Cristo, “assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”. Esta sujeição não significa desonra, mas obediência, cooperação e harmonia com o propósito estabelecido por Deus para o casal, do que ao homem incumbe assumir a liderança; ou seja, não é apenas para o benefício do marido que a mulher deve se sujeitar a ele, mas para o benefício de ambos, confiando que o homem, por sua vez, exercerá fielmente a responsabilidade que lhe foi confiada, para o benefício do casal e da família (Ef 5.22-24; 1 Co 11.8-12; cf. Gn 2.18; 1 Tm 2.11-14). E notemos que, mesmo se tratando de um casamento onde apenas a mulher seja crente e tenha o cuidado de cumprir o seu papel no casamento, o propósito de Deus não deixa de se realizar, na santificação do marido descrente e até mesmo na sua conversão (1 Pe 3.1-6). Como cabeça no relacionamento conjugal, o marido é aquele que exerce autoridade, não no sentido de um governo tirânico ou arbitrário, como fazem os príncipes deste mundo, e isto de modo algum admite abuso, quer por palavras ou por ações; mas, à luz do princípio de superioridade segundo o reino dos céus, é uma autoridade exercida com entendimento e amor pela mulher, no interesse de proteger a mulher como vaso mais fraco, e defende-la das ameaças físicas e espirituais, à semelhança de Cristo, que tudo fez, e entregou-se a Si mesmo, para salvar a Igreja (Ef 5.25-28; 1 Pe 3.7; Cl 3.19). 

III – OS CÔNJUGES E A FIDELIDADE CONJUGAL Fidelidade é indispensável ao desempenho dos deveres conjugais. Não é possível manter um casamento em boa ordem sem a mais íntegra e inquestionável lealdade do homem para com a mulher, e vice-versa. A própria natureza do concerto do casamento consiste num juramento de fidelidade, em dedicação exclusiva e inegociável entre os cônjuges, que é violada quando um dos dois abre espaço para qualquer estranho (cf. Ml 2.14). Por mais que a sociedade moderna relativize a fidelidade conjugal, as Escrituras são categóricas e chamam a deslealdade de um cônjuge para com o outro de adultério, condenando com rigor tanto a consumação do ato físico como também reprovando a cobiça alimentada no coração, onde o ato, embora não consumado, é fomentado e nutrido de tal forma que, segundo ensina nosso Senhor Jesus, facilmente faz adoecer toda a alma (Ex 20.14; Lv 20.10; cf. Ex 20.17; Mt 5.27-28, 29-30; 15.18-20). Daí encontramos nas palavras de sabedoria e conselho das Escrituras alertas e exortações à insinuação de estranhos no relacionamento conjugal (Pv 2.16-19; 5.1-5; 23.26-35). 

CONCLUSÃO Como podemos concluir desta lição, a base do casamento cristão é o amor, pois é a virtude que, mais do que todas as outras necessárias, está na essência da benevolência que os cônjuges prestam um ao outro, da paciência e do perdão que os mantêm unidos até a morte, da sujeição da mulher ao seu marido, da autoridade e cuidado do marido pela sua mulher e, finalmente, da fidelidade que de um para com o outro.

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11 abril 2024

002-A dádiva do matrimônio - A Família Lição 02[Pr Afonso Chaves]09abr2024

 

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LIÇÃO 2 

A DÁDIVA DO MATRIMÔNIO 

TEXTO ÁUREO: “E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher e trouxe-a até Adão.” (Gn 2.22) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 19.1-12 

INTRODUÇÃO Na lição anterior, ao tratar de uma forma geral a respeito da família, vimos como é impossível falar sobre esta instituição sem fazer menção ao casamento, pois a família começa quando um homem e uma mulher se unem pelos laços do matrimônio. Desta feita, aprofundaremos nossa compreensão sobre o que as Escrituras ensinam sobre o casamento e como convém buscar e receber esta dádiva divina. 

I – CASAMENTO SEGUNDO AS ESCRITURAS É evidente que o relato da criação nos apresenta o homem como um ser criado para o casamento - Deus fez macho e fêmea e apresentou um ao outro para que ambos formassem uma só carne (Mt 19.4-6). A partir desta palavra, o casamento pode ser definido como uma união física entre o homem e a mulher, pela qual ambos se completam, tornando-se uma só carne. As relações conjugais são, portanto, indispensáveis à consumação e manutenção do matrimônio, direito e dever mútuo entre o casal, e são puras e santas, de modo que qualquer relação da mesma natureza fora do casamento constitui uma profanação (isto é, o sexo torna-se algo comum, ordinário, destituído do seu propósito sagrado, e portanto pecado) aos olhos de Deus (1 Co 7.1-5; Ex 20.14; Hb 13.4). Com base na Escritura primeiramente citada, concluímos também que o casamento é uma união indissolúvel, isto é, ao unir-se o homem à sua mulher, ambos formam um corpo, e tentar separá-los é cometer violência contra ambos (e se são os cônjuges que procuram se separar, ambos cometem violência contra si mesmos!); além de contrariar a vontade de Deus, que nenhuma previsão fez para o divórcio, mas antes instituiu o casamento para durar por toda a vida do casal (Ml 2.16; Mt 19.7-9; Mc 10.11-12; cf. Ef 5.28-31). O casamento também pode ser definido biblicamente como uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher, porquanto Deus criou macho e fêmea, tendo formado a partir da costela de Adão uma mulher, e não outro homem, e assim previu que deixaria o homem seu pai e sua mãe para unir-se à sua mulher. Logo, aos olhos de Deus não constitui casamento, mas antes a união entre pessoas do mesmo sexo é condenada como qualquer outra forma de fornicação e injustiça (1 Co 6.9-10; Rm 1.24-27; Lv 18.22). Semelhantemente, não foi a união de dois homens e uma mulher, ou de um homem e duas mulheres (bigamia), tampouco de um homem e várias mulheres (poligamia), que "oficializou" o primeiro casamento, mas sim a união do homem à sua respectiva (e única) mulher (monogamia). Tanto a bigamia como a poligamia constituem corrupções da instituição divina do casamento, e suas consequências para a sociedade foram desastrosas (Gn 4.19; 6.1-2; cf. 1 Tm 3.12). 

II – CASAMENTO É UM DOM DE DEUS Embora tenha sido criado para que através do casamento pudesse realizar a plenitude do seu propósito nesta vida, de maneira que a maioria das pessoas se casa, devemos considerar também o fato de que não são todos os que se casam ou mesmo que desejam se casar - há pessoas que simplesmente permanecem a vida toda solteiras, sem prejuízo das suas realizações materiais, sociais, psicológicas e espirituais. E quando esta disposição é natural e voluntária, não imposta contra a própria natureza e vontade de um indivíduo, nem oriunda de algum preconceito ou fruto de uma rejeição ao matrimônio como tal, podemos dizer que essas pessoas receberam de Deus o dom de viver só (Mt 19.10-12; cf. 1 Tm 4.1, 3-5). Com isto, devemos entender que o casamento também é um dom de Deus do qual muitos dos que dele não participam não estão necessariamente em posição desvantajosa em relação aos casados em qualquer aspecto da vida, mas antes têm o seu próprio dom e estão em plenas condições de se realizarem nas coisas dos homens e nas coisas de Deus (1 Co 7.7-9, 17-20). Há, de fato, tanto a vida de casado como a de solteiro possuem suas próprias vantagens, desde que em qualquer caso o indivíduo esteja no Senhor (1 Co 7.25-40; cf. Ec 4.9-12; Pv 21.9). 

III – A BONDADE DE DEUS NA CONDUÇÃO AO CASAMENTO Sendo o casamento uma dádiva de Deus, podemos esperar que, dentre todas as boas coisas que Ele tem em mente para aqueles que O amam, o Senhor também tenha especial interesse na busca e escolha de uma companhia ideal para os Seus (Pv 18.22; Ec 7.26). Consideremos como a providência divina conduziu até Isaque a mulher que lhe trouxe de volta a alegria após a morte de sua mãe; ou como o mesmo Deus se lembrou da fidelidade de Rute, para prover-lhe um marido responsável e amoroso, que lhe deu a honra de se tornar participante da genealogia real e messiânica (Gn 24 e Rt 3.1-4, 8-13; 4.6-8, 9-10, 11-12, 13-17). Embora no passado não houvesse namoro e noivado como atualmente, havia sim uma escolha, sobre a qual as Escrituras nos orienta a dar ouvidos à sabedoria divina, geralmente expressa no parecer e nos arranjos feitos pelos pais (Gn 28.1-2; 41.45; Ex 2.21-22). De qualquer forma, é necessário não perder de vista que a finalidade tanto do namoro como do noivado é a preparação para o casamento, devendo tanto a busca pela companhia ideal como essa preparação ser conduzida no temor a Deus, não sob jugo desigual, mas com alguém que comunga da mesma fé e propósito de santificar o Senhor em sua vida (Dt 7.3-4; 2 Co 6.14-16; 1 Co 6.19-20; 1 Ts 4.6-7). 

CONCLUSÃO O casamento é uma dádiva divina e, portanto, fonte de muitas e grandiosas bênçãos para o casal e toda a família, desde que tanto o homem como a mulher sejam cuidadosos em seguir as orientações do Senhor na busca e escolha da companhia ideal, na preparação em santificação durante o namoro e noivado, e assim o casamento possa ser consumado com honra e alegria, para glória de Deus.

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02 abril 2024

001-Família, uma instituição divina - Família lição 01[Pr Afonso Chaves]02abr2024

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LIÇÃO 1 

FAMÍLIA, UMA INSTITUIÇÃO DIVINA 

TEXTO ÁUREO: “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” (Gn 2.18) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 2.21-24 

INTRODUÇÃO Neste trimestre, estudaremos lições voltadas para o tema "família", com o objetivo de entendê-la tal como instituída e definida por Deus nas Escrituras Sagradas. Como uma instituição de origem divina, e não apenas um arranjo de relacionamentos humanos, a família possui um papel indispensável na realização da felicidade humana neste mundo em preparação para a eternidade. A igreja de Cristo tem o dever de compreender e valorizar essa instituição e defendê-la a todo o custo contra os ataques impiedosos de Satanás que vem sofrendo nos últimos tempos. 

I – O QUE É FAMÍLIA Família pode ser definida como a base de qualquer sociedade ou organização humana, constituindo-se a partir do casamento - em outras palavras, da união de um homem e uma mulher, e dos filhos e descendentes que resultarão dessa união. Ou seja, sem a família, simplesmente não haveria sociedade. Por isso, as origens da família remontam às do próprio ser humano, quando, no princípio do mundo, Deus criou o homem e, vendo que não era bom que ele estivesse só, fez a mulher para que fosse sua companheira. E notamos como o próprio Adão não apenas contemplou na mulher – e, portanto, na família – o caminho de Deus para a sua realização (“esta sim é osso dos meus ossos, e carne da minha carne”, “será chamada varoa”), mas anteviu e prescreveu que todo homem após ele também abraçaria esta dádiva do Criador: “portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.18-25). Portanto, a definição de família à luz da sua verdadeira instituição por Deus passa pelo propósito para o qual o homem foi criado, pela necessidade de companhia para cumprir esse propósito, e pela forma como Deus supriu essa necessidade. O homem foi criado para, juntamente com a mulher (e, portanto, com a família), sujeitar a terra e dominar a criação, exercendo uma mordomia divina que somente um ser criado à imagem e semelhança de Deus poderia fazê-lo. Embora posto para lavrar o jardim e tendo recebido a ordem de Deus quanto à árvore da ciência do bem e do mal antes mesmo de a mulher ser formada, entende-se que o homem não estava completo, tanto que a mulher foi formada para completá-lo (“serão dois uma só carne”) e assim o mandato e a bênção divina puderam ser finalmente pronunciados sobre o casal (Gn 1.27-28; cf. 1 Co 11.8-11). Não é, portanto, uma família qualquer outra associação de pessoas que não se constitua a partir de um casamento, isto é, da união entre um (e apenas um) homem e uma (e apenas uma) mulher. É verdade que a própria palavra família muitas vezes é empregada nas Escrituras num sentido mais amplo que o de um casal e seus filhos, mas, por mais extensa que seja, família sempre implica numa ancestralidade que remonta até um casal, um homem e uma mulher que se uniram para ter e criar seus filhos, os quais, por sua vez, mesmo após constituírem suas próprias famílias, não perdem os laços de parentesco uns com os outros, mas antes ampliam esses laços, na geração daqueles que serão netos, e bisnetos, dos casais que deram nome e identidade àquelas famílias descendentes. 

II – OBJETIVOS CARACTERÍSTICOS DA FAMÍLIA Instituída para auxiliar o ser humano no cumprimento do seu propósito neste mundo, a família, edificada sobre o fundamento do matrimônio, atende a diferentes objetivos em relação aos seus indivíduos e ao conjunto maior da sociedade. Em primeiro lugar, a família representa a realização da vontade de Deus para com o homem, de que este não deve permanecer só – ou seja, o homem precisa da companhia, primeiramente da sua mulher que com ele forma um só corpo em amor e sujeição, assim o assistindo e participando da sua realização como sendo a sua própria (Ef 5.22-23, 28; 1 Tm 2.14-15). Depois, da companhia dos filhos, que em amor e obediência se sujeitam à autoridade paternal, redundando em honra para aqueles que os geraram (Ex 20.12; Ef 6.1-3). Em segundo lugar, a família representa a realização do mandato divino da procriação: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra”. Nenhum artifício da ciência moderna é capaz de assegurar a continuidade da espécie humana de forma independente do casamento e fora do seio familiar – uma sociedade sem a família tradicional rapidamente declinará até sua completa extinção, tal como vemos hoje na queda vertiginosa da população, com graves consequências econômicas, em países onde o conceito de família é atacado ou mesmo relativizado. Não apenas ter filhos é objetivo e função característica da família, mas, ainda mais importante do que tê-los é criá-los, pois a perpetuação da espécie humana depende tanto da procriação física como da preservação dos valores e qualidades morais e espirituais que a preservam de seguir um rumo destrutivo para si mesma. É a família, e não qualquer outra instituição, que incute no homem suas primeiras e mais sólidas noções sobre relacionamento com o próximo e com Deus, que o nortearão pelo resto da vida (Pv 22.6; cf. 2 Tm 3.14- 15; Gn 6.1-5).

 III – O SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO REINO DE DEUS Queremos considerar, sob este tópico, primeiramente o quanto a família reflete e aponta para realidades espirituais concernentes ao reino dos céus. Consideremos, antes de tudo, como a própria criação humana como macho e fêmea – isto é, feitos para se unirem em casamento e assim constituírem família, reflete um aspecto da relação divina entre Deus e seu Filho unigênito, que, de acordo com a revelação do Evangelho, dá-se em termos de uma relação perfeitamente harmônica de obediência e amor entre Pai e Filho (Jo 1.1; 3.35). E é desta mesma natureza o amor com que Deus amou aqueles por quem enviou Seu Filho ao mundo para morrer pelos pecadores, de modo que todo aquele que crê é feito filho de Deus e pode invocá-lo como Pai, tendo direito à herança como coerdeiro de Cristo Jesus (Jo 1.12; Rm 8.14-17, 29). Consequentemente, a relação entre aqueles que creem é uma relação familiar, devendo todo aquele que é nascido de Deus amar o seu irmão (1 Jo 4.7-11, 21; 5.1-2). A família é, portanto, de inestimada importância no propósito de Deus, não apenas para a realização da felicidade do homem neste mundo, mas também no que diz respeito à sua salvação. Notemos como, desde o princípio, a forma como Deus anuncia e como opera a salvação sempre esteve estreitamente vinculada aos relacionamentos familiares: seja a semente da mulher que esmagará a cabeça da serpente, seja aquele em quem serão benditas todas as famílias da terra, é no contexto familiar que Deus se manifestará, revelando-se e conduzindo os Seus (Gn 3.15; 12.1-3; 18.17-19). Mesmo a salvação sendo individual, o filho não levando os pecados do pai, e vice-versa; e muitas vezes o evangelho causando divisão entre crentes e incrédulos na casa; muitas vezes é no núcleo familiar que a salvação produz os maiores e mais notáveis frutos, assim como, em outras lamentáveis ocasiões, é a partir da corrupção das famílias que a perdição de toda uma sociedade pode ser decidida (Gn 35.2-3; Js 24.15; 1 Sm 1.19; At 10.2; 16.31-34).

 CONCLUSÃO Família é uma instituição divina, cuja honra e defesa depende, antes de qualquer atitude social ou política, ou mesmo da igreja, de cada um de nós, pois todos nós recebemos essa dádiva e nos beneficiamos de tudo o que Deus nos proporciona através de nossas famílias. E isto faremos na medida em que conhecermos o que Deus espera de cada um de nós como pais, mães, filhos ou filhas.

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26 março 2024

013-Sofonias - Lição 01[Pr Afonso Chaves]26mar2024

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LIÇÃO 13 

SOFONIAS 

TEXTO ÁUREO: “Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que pondes por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor.” (Sf 2.3) 

LEITURA BÍBLICA: SOFONIAS 1.1-7 

INTRODUÇÃO Sofonias é um profeta do mesmo período tenebroso na história do povo de Deus do qual também profetizaram Miquéias e Jeremias. É uma das muitas vozes pelas quais o Senhor Deus denunciou os pecados do Seu povo e declarou o juízo determinado para corrigi-los e trazê-los de volta ao caminho reto, a fim de que as coisas boas que havia preparado para Judá e Jerusalém pudessem se cumprir. Embora esta profecia apresente os mesmos temas já estudados em Jeremias e Miquéias, sempre é possível perceber particulares que lançam nova luz para uma compreensão mais ampla da situação espiritual do povo de Deus naquele período e nos tempos atuais. 

I – JUÍZO CONTRA JUDÁ E JERUSALÉM (CAPÍTULO 1) Sofonias (cujo nome significa “o Senhor esconde”) era tataraneto do rei Ezequias e profetizou durante o reinado de Josias (1.1). Este foi o último rei piedoso de Judá, e seu governo foi assinalado por uma restauração espiritual da nação, que começou com o banimento da idolatria e o restabelecimento do verdadeiro culto ao Senhor; depois, com a reparação e purificação do templo, havendo sido encontrada uma cópia da Lei (cf. 2 Rs 22.1-10). Mesmo assim, o profeta acusa Jerusalém e Judá de muitos pecados, e retrata a condição espiritual lamentável em que o povo se encontrava, cujo castigo, em razão das reformas e do coração reto e sincero de Josias, apenas havia sido postergado para um momento futuro (cf. 2 Rs 22.15-17). O profeta anuncia aqui o castigo iminente do Senhor contra Judá e Jerusalém, cujo propósito seria purificar o seu povo tanto daquilo em que tropeçavam como daqueles que se haviam entregado irremediavelmente à iniquidade (1.2-6). Não há nada mais o que fazer para adiar este dia, senão calar-se e, estarrecido, contemplar o que o Senhor estava prestes a fazer (1.7). O juízo é anunciado como um banquete, um grande dia de sacrifício – ilustração recorrente na profecia bíblica que indica a matança generalizada, da qual os pecadores não escapariam, nem príncipes nem servos (1.8-9; cf. Ap 19.17-18). Embora o profeta não faça menção direta a Babilônia, nem ao cerco, aqui temos uma referência indireta à aproximação do exército caldeu pelas montanhas e a invasão da cidade anunciada desde a entrada norte (1.10). A profecia contra Judá e Jerusalém se encerra com uma descrição desse dia terrível, quando aqueles que haviam permanecido indiferentes à palavra de Deus seriam encontrados e levados, e não poderiam se regalar naquilo que haviam acumulado para si (1.12-13); até o mais poderoso dos homens clamaria nesse dia (1.14), e todos andariam como cegos, apanhados nos seus pecados e incapazes de se livrar do castigo (1.15-18). 

II – JUÍZO CONTRA VÁRIAS NAÇÕES (CAPÍTULO 2) Assim como outros profetas, Sofonias é incumbido de anunciar o juízo de Deus especialmente contra Judá e Jerusalém, mas não apenas contra o seu próprio povo – seria um juízo de escala mundial, e aqui cinco nações estrangeiras são ameaçadas da visitação divina, a saber: Filístia, Amom, Moabe, Etiópia e Assíria. Assim, o capítulo se inicia com um chamado ao arrependimento, sendo que o castigo sobre as nações que se segue apenas reforça a proximidade e certeza de que o Senhor visitaria o Seu povo, pois o juízo começa pela Sua casa (2.1-3; cf. 1 Pe 4.16-17). Ao mesmo tempo, devemos notar que este anúncio contém o princípio de uma esperança de restauração para o povo de Deus, na medida em que o Senhor visitaria nações que haviam participado da ruína de Judá e Jerusalém, ou zombado da sua destruição e, portanto, deveriam pagar pelos seus próprios pecados servindo de despojo e compensação pela aflição do povo eleito. Assim, os filisteus, depois de muito tempo mantendo perpétua inimizade contra o povo de Judá, seriam finalmente aniquilados, e a costa do mar que antes ocupavam serviria de pastagem para os rebanhos dos cativos de Judá, quando estes voltassem de Babilônia (2.4-7). Quanto a Moabe e Amom, conhecidas são a zombaria e o escárnio com que olharam para Judá e Jerusalém – e para o próprio Deus vivo – por ocasião do cerco e queda da nação; seriam, por isso, assoladas completamente e sua terra passaria a fazer parte da terra onde somente o nome do Senhor seria conhecido e invocado (2.8-11). Segue-se uma única sentença contra os etíopes, que pelo menos em uma ocasião haviam causado grande temor em Judá, durante o reinado de Asa, e que por isso seriam mortos à espada, isto é, por um exército tão grande quanto aquele com que tentaram impressionar e destruir o povo de Deus (2.12; cf. 2 Cr 14.9). E a profecia se conclui com uma palavra de destruição contra Nínive, capital da Assíria, que então se aproximava da sua queda, na mesma proporção em que os caldeus se fortaleciam (2.13-15). 

III – EXORTAÇÃO AO ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA (CAPÍTULO 3) O profeta se volta novamente para Jerusalém e Judá, repreendendo-os pela iniquidade e obstinação dos seus líderes e, mesmo o Senhor operando no meio deles, fazendo Sua palavra e Sua justiça serem conhecidas através dos Seus profetas, e através de muitas nações que anteriormente os ameaçaram e foram destruídas; eles preferiram não dar ouvidos, e se apressaram a pecar ainda mais (3.1-7). O juízo que seria derramado sobre as nações resultaria então não apenas em destruição total, mas em purificação – e aqui consideramos um segundo aspecto dessa profecia, que aponta para a restauração do povo de Deus a partir não apenas do retorno dos cativos de Babilônia, mas também do ajuntamento dos gentios, “a filha da minha dispersão”, aos quais o Senhor daria lábios puros para que O invocassem, e aos filhos de Israel um coração humilde para que não se rebelasse mais contra o Seu Deus (3.8-13). As palavras de Deus através deste profeta se encerram com uma viva esperança de restauração que se seguiria ao juízo, quando o povo de Deus voltaria a se alegrar e ter motivos para cantar, pois, de fato, não haveria mais do que castiga-lo, e nenhum inimigo mais restaria que ele precisasse temer (3.14-17; cf. Is 40.1-2). O remanescente, que havia se lamentado sobre as agruras da nação, sentido a desonra que se abatera contra Jerusalém e Judá ao cair diante dos seus adversários, e todos aqueles que haviam sido de alguma forma vexados pelos estranhos, haveriam de ser honrados e lembrados, mesmo na terra dos seus algozes, quando os cativos fossem restaurados e trazidos de volta a Judá (3.18-20). 

CONCLUSÃO Assim como Jeremias e Miquéias, Sofonias é claro e incisivo no chamado ao arrependimento e a reconhecer a justiça de Deus no castigo. Também não é menos claro no anúncio de uma firme esperança, a qual nem mesmo o fracasso da nação em obedecer à vontade de Deus impediria que os fiéis alcançassem a salvação.

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19 março 2024

012-Miquéias - [Pr Afonso Chaves]19mar2024

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LIÇÃO 12 

MIQUÉIAS 

TEXTO ÁUREO: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?” (MIQUÉIAS 6.8)

LEITURA BÍBLICA: MIQUEIAS 6.2-8 

INTRODUÇÃO Aproveitaremos as lições que nos restam para completar este trimestre para, após termos estudado os livros da profecia e das lamentações de Jeremias, conhecermos mais alguns dos profetas bíblicos. Na lição de hoje, faremos uma análise, ainda que concisa, sobre a profecia de Miqueias, e notaremos muitas semelhanças com o profeta que já estudamos durante este trimestre. De fato, a mensagem de Deus para o Seu povo foi anunciada diversas vezes e de diversas maneiras pelos profetas, mas, essencialmente, era a mesma: mostrar ao povo os seus pecados e as consequências inevitáveis do juízo sobre aqueles que não se arrependessem, e ao mesmo tempo alimentar a esperança dos contritos e humilhados sob a mão de Deus num tempo de restauração, glória e paz no reino dos céus. 

I – OS PECADOS DE JACÓ (CAPÍTULOS 1 E 2) Miqueias profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, sendo conhecido como moratista em alusão à sua cidade de origem, Moresete-Gate (1.1, 14). Embora não mencione por nome nenhum rei de Israel – isto é, do reino do norte – a mensagem de Miquéias diz respeito tanto à casa de Israel como de Judá; em outras palavras, mencionando diversas vezes os pecados e castigos que sobreviriam a Samaria e Jerusalém (1.5, 9, 12). Que o ministério deste profeta, embora resumido em apenas 7 breves capítulos, causou grande impacto sobre o povo de Deus, podemos deduzir a partir do fato de, muito tempo depois, durante o reinado de Zedequias, sua profecia ainda ser lembrada pelo povo de Jerusalém (cf. Jr 26.18). Neste primeiro capítulo, Miquéias proclama a idolatria que ambas as casas de Jacó foram contaminadas pela idolatria, o pecado de Samaria estendendo-se até Jerusalém, o Senhor sendo testemunha de todo este mal e estando prestes a descer dos céus para exercer a Sua vingança contra os pecadores. Miquéias expressa sua dor e pesar pelo fato de o mal de Samaria ser incurável, sendo motivo de grande vergonha para o povo de Deus, e anuncia o juízo que sobreviria sobre as dez tribos, resultando na destruição e cativeiro das dez tribos, e que chegaria até as portas de Jerusalém como uma afronta –provável referência à invasão de Senaqueribe (1.10-16). A idolatria foi o princípio de uma degeneração moral generalizada, que o profeta denuncia no capítulo seguinte: malícia, opressão, cobiça; nem viajantes, nem mulheres, nem crianças, escapavam à injustiça e corrupção dos israelitas (2.1-2, 8-9). O Senhor anuncia então que a alegria daquele povo será trocada por tristeza, e que lamentar-se sobre isto não mudaria o que Deus havia decretado quanto à sua sorte; porque não era de agora que o Senhor vinha anunciando a Israel, através dos Seus profetas, qual caminho deveria ser seguido, o que eles deveriam fazer para receber o bem, e não o mal que agora se prenunciava: “E não é assim que fazem bem as minhas palavras ao que anda retamente?” (2.3-6, 7). Mas, como não quiseram praticar a justiça, o cativeiro os removeria da terra na qual o Senhor poderia ter lhes dado descanso (2.10; cf. Hb 4.6-8). O capítulo anterior se encerra de fato com um breve vislumbre de uma restauração, quando Jacó seria novamente reunido e, como ovelhas, seriam conduzidos por um rei, sob a direção do próprio Deus, para entrarem e saírem do aprisco pela porta (2.12-13); mas isto aqui é afirmado como uma esperança ante a rapina e injustiça com que governavam os líderes e “profetas” de Israel, os quais espoliavam o povo e o faziam errar através de falsas esperanças (3.1-5). Quando chegasse o tempo da visitação, esses falsos profetas não encontrariam palavras para desorientar e nem eles mesmos entenderiam a situação, pois seriam tomados pela confusão e vergonha (3.6-7); ao que Miquéias declara a força e o ânimo que o Espírito de Deus lhe concedia para anunciar a mensagem de juízo da parte de Deus e apontar ao povo o seu pecado (3.8). 

II – SIÃO SERÁ ESTABELECIDA EM GLÓRIA PELO MESSIAS (CAPÍTULOS 4 E 5) Podemos considerar os capítulos 4 e 5 como uma segunda seção do livro de Miquéias, onde o profeta nos apresenta um quadro da restauração futura do povo de Deus sob o governo glorioso do Messias. Em vista da desolação a que seria reduzida Sião e Jerusalém, por causa dos seus pecados, conforme destacado no final do capítulo anterior (3.11), o profeta nos apresenta agora a imagem contrastante dos últimos dias, quando “o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros” (4.1). Depois de servir de escândalo e zombaria para as outras nações pelos seus pecados e terrível castigo, Sião tornaria a ser edificada e o Senhor provaria que a ama, de modo que os que restassem das nações, depois de também terem sido destruídas pelas suas injustiças contra o povo de Deus, desejariam ir até a casa de Deus para ali aprender Sua lei e, obedecendo-a, provarem o bem (4.2-3). O profeta também consola de antemão os que estavam prestes a ir para o cativeiro em Babilônia, para que não se esquecessem de que o Senhor reinava sobre eles mesmo em terra estranha e que ainda seriam livrados de lá (4.9-10); além de revelar o propósito de exaltar os quebrantados de Sião sobre as nações que se reuniram com o fim de destruí-los (4.11-13). Chegamos agora ao ponto central da promessa de restauração anunciada por Deus através do profeta, quando é revelado aquele que apascentaria o povo de Deus, aquele que seria Senhor em Israel e a a sua paz, isto é, o Messias (5.2-5; cf. Is 9.6). Notemos que, nesta profecia, é indicado não apenas o local do Seu nascimento – Belém – mas o fato de que Ele nasceria como um homem, isto é, de uma mulher (cf. Mt 2.6; 1.22-23). E que a restauração de Jacó, se por um lado significa o retorno do remanescente a Sião, por outro lado implica também na dispersão da igreja de Deus entre as nações, a fim de que a palavra de Deus seja propagada por todos os povos; mas desta vez não com temor ou sob o quebrantamento do castigo, mas com a coragem e perseverança de uma missão e autoridade confiada à igreja pelo próprio Senhor (5.7-8; cf. At 1.8; Rm 10.14-15). 

III – CONTENDA COM ISRAEL (CAPÍTULOS 6 E 7) Nestes dois últimos capítulos de Miqueias, o Senhor aponta mais uma vez os pecados da nação, mas com o propósito de demonstrar a posição indesculpável dos israelitas diante de Deus, e despertar em seus corações um senso de culpa que os leve ao arrependimento. O argumento começa com o Senhor lembrando a benignidade e bondade com que os tratou durante a peregrinação no deserto – como os libertou da terra do Egito, como lhes deu bons líderes, como os protegeu e impediu que fossem amaldiçoados (6.3-7). E, em troca, nada pediu, senão que “pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus” (v. 8). Mesmo assim, os filhos de Jacó preferiram retribuir a graça de Deus com iniquidade, e injustiça, andando nos mandamentos pecaminosos de homens (v. 10-12, 16). O profeta se desilude com o seu povo, pois em todos vê iniquidade e malícia de uns para com os outros – até mesmo nas relações mais afetuosas – e exorta seus ouvintes a fazerem o mesmo; mas expressa sua esperança inabalável no Senhor Deus (7.1-6, 7). Confiante da realização das promessas já anunciadas quanto à restauração de Sião, Miquéias lembra que a punição contra Israel é temporária, e logo Deus voltará a se apiedar do Seu povo, e lhe dará aquilo que prometeu a Abraão (7.8-9, 18-20). 

CONCLUSÃO Miqueias nos ensina que nem mesmo o pecado do povo de Deus impedirá que o Seu bom propósito para ele se realize, mas mesmo através do pecado e de como lida com este mal no coração do Seu povo, o Senhor nos ensina a Sua justiça e nos mostra o caminho que devemos seguir se desejamos desfrutar da sua benignidade.

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12 março 2024

011-Lamentações - Um livro de pesar e esperança - Jeremias Lição 11[Pr Afonso Chaves]12mar2024

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LIÇÃO 11 

LAMENTAÇÕES – UM LIVRO DE PESAR E ESPERANÇA 

TEXTO ÁUREO: “Converte-nos, Senhor, a ti, e nós nos converteremos; renova os nossos dias como antes” (Lamentações 5.21) 

LEITURA BÍBLICA: LAMENTAÇÕES 3.18-33 

INTRODUÇÃO Nenhum estudo sobre as profecias de Jeremias seria completo se, ao primeiro livro, no qual são anunciados os juízos de Deus contra Judá e Jerusalém, bem como o seu cumprimento na ruína e assolação do reino, da cidade, do templo e do povo; não se acrescentasse uma reflexão sobre as lamentações com as quais o profeta exprime o profundo pesar, não apenas seu, mas de todo o seu povo, e com as quais ele os ensina a se voltarem para Deus a fim de receberem consolação em meio à tristeza presente e fortalecerem sua esperança em uma futura restauração. 

I – LAMENTO SOBRE AS ASSOLAÇÕES DE JERUSALÉM (CAPÍTULOS 1 E 2) Além da sua utilidade em nos instruir a buscar ao Senhor no tempo da aflição e mesmo do castigo, pois somente n’Ele podemos ter esperança de consolação e restauração; o livro de Lamentações é um testemunho do talento poético do profeta Jeremias. Os versos de cada capítulo deste livro seguem uma composição em acróstico semelhante à de alguns salmos, a qual se perde nas traduções, mas servia à memorização do texto sagrado, e ainda é perceptível pelo fato de cada verso se encerrar com o nome de uma letra do alfabeto hebraico (álefe, bete, guímel, etc.). Essa referência significa que a letra citada é a primeira letra da palavra que inicia esse verso, com exceção do capítulo 3, onde é a primeira letra da palavra que inicia um grupo de três versos consecutivos (a primeira letra da palavra que inicia os versos 1 a 3 é álefe, e assim por diante); e do capítulo 5, que não segue essa composição em acróstico. No primeiro capítulo desta obra profética e poética, Jeremias começa se expressando suas próprias percepções e sentimentos sobre a humilhação que se abateu sobre o seu povo, sobre Judá e Jerusalém; a assolação que esvaziou a cidade dos seus habitantes, o desprezo e a opressão de todos os seus adversários, e a dispersão dos seus líderes. Mas também lembra que tudo isto veio do Senhor, como castigo pelas prevaricações (1.1-8). Em seguida, como que personificando a própria cidade, ou falando em nome de toda a nação, o profeta expressa sua tristeza pelo fato de ninguém mais perceber a gravidade das suas dores, nem servir-lhe de consolador (1.12-17). Abandonado e perseguido pelos seus inimigos, o profeta então se volta para o próprio Deus, como aquele que havia ferido o povo, e reconhece a Sua justiça, na esperança de atrair a atenção divina e obter alívio para suas aflições (1.18-22). A lamentação segue os mesmos temas no capítulo seguinte, desta vez a assolação de Judá e Jerusalém sendo descritas como resultado da ira do Senhor, que não apenas desamparou o Seu povo, cortando toda a força de Israel, retirando para trás deles a Sua destra protetora diante do inimigo; mas também se fez ativamente seu inimigo, armando o Seu arco, firmando Sua destra contra eles e devorando toda a terra como que a fogo (2.1-7). Jeremias então fala novamente da tristeza geral do povo, do abatimento incomparável de Jerusalém e da aflição indescritível sofrida nos dias do cerco da cidade, quando as mães viram seus filhos definharem de fome; mas novamente remete a culpa de tamanha desolação aos falsos profetas, que se omitiram ante a maldade do povo e anunciaram mentiras, e por esta causa o Senhor fez o que havia dito que faria desde a antiguidade (2.11-14, 17). O capítulo se encerra com o clamor de misericórdia que se ouviu do profeta naqueles dias: “Vê, ó Senhor, a quem fizeste assim!” (2.20). 

II – A AFLIÇÃO DO POVO E A ESPERANÇA DO PROFETA (CAPÍTULO 3) À semelhança de outros profetas, que tomaram sobre si mesmos a culpa do seu povo, e se submeteram à punição divina a fim de, a partir da sua humilhação e quebrantamento, poderem alçar sua voz de intercessão junto a Deus; Jeremias também se expressa aqui como alguém pessoalmente abatido pelas agruras das assolações de Jerusalém. Ele reconhece, na sua permanência na cidade durante o cerco, nas necessidades materiais que também padeceu ali, no sofrimento da sua prisão e escárnio por parte do povo rebelde, a sorte que o próprio Senhor lhe havia repartido, mesmo que assegurando ao profeta sua alma por despojo (3.1-4, 15-18). Mas aqui ele passa a considerar a misericórdia de Deus, segundo a qual espera ser ouvido na sua aflição, e por isso não desfalece, nem perde a confiança no Senhor, pois sabe que Ele é bom para aqueles que O buscam. É importante notarmos também como Jeremias dá importância ao silêncio no tempo da aflição – isto é, quando não temos uma resposta da parte de Deus para nossa presente angústia, mas mesmo assim nos humilhamos e entendemos que isto vem d’Ele e, portanto, segundo as Suas misericórdias e a Sua fidelidade ao bom propósito que tem para com os Seus, o Senhor não rejeitará para sempre, mas finalmente enviará a Sua salvação (3.22-33). Com estas reflexões, o profeta desperta os seus conterrâneos a não se queixarem das suas tribulações, pois não há nelas injustiça, visto que vêm de Deus; mas antes olharem para os seus próprios pecados, que foram a causa delas, e a confessarem sua culpa perante o Senhor. Em outras palavras, Jeremias direciona o Seu povo ao arrependimento (3.34-40), do que dá ele mesmo testemunho ao relatar novamente sua própria aflição, e como o Senhor o consolou quando se achava como que na própria sepultura: “Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas” (3.55-62). 

III – ORAÇÃO PELA RESTAURAÇÃO DO POVO (CAPÍTULOS 4 E 5) No capítulo 4, os temas principais dos capítulos 1 e 2 são retomados, e o profeta volta a lamentar sobre as assolações de Jerusalém, destacando como aquilo que antes era orgulho do seu povo havia sido abatido e arruinado a ponto de tornar-se irreconhecível; e encerra com um alerta a Edom, que havia se alegrado na destruição dos seus irmãos, mas logo também provaria do mesmo cálice (4.21-22). O desfecho do livro no capítulo 5 é uma súplica ao Senhor, na qual o profeta rememora diversos aspectos de toda a assolação já retratada nos capítulos anteriores, mas desta vez como um apelo para que Deus não tardasse em socorrer, e se comovesse com as injustiças cometidas pelos inimigos do Seu povo. Notemos como Jeremias apela para o fato de terem perdido suas herdades para estranhos, quando o próprio Deus lhes havia assegurado que aquela terra pertenceria à descendência de Abraão para sempre; como agora eles estendiam as mãos para os egípcios e assírios em busca de sustento; como aqueles que haviam pecado haviam sido castigados e já tinham perecido; como a dignidade das virgens, dos velhos, dos príncipes, jovens e mulheres era violada pelas condições em que o povo agora se encontrava, e toda a honra havia sido retirada do povo de Deus (5.1-6, 14-16). E, reafirmando sua esperança nas misericórdias do Senhor, o profeta suplica pela graça segundo a qual e somente pela qual eles poderiam ser verdadeiramente convertidos e assim ter seus dias renovados (5.19-22). 

CONCLUSÃO Lamentações não é apenas um livro de pesares e queixas, mas de reconhecimento das consequências terríveis do pecado, pois Deus é justo e não tem o pecador por inocente, embora não o castigue sem antes alertá-lo. Também é um livro que nos ensina, não obstante nossas infidelidades, o Senhor permanece fiel ao Seu propósito de nos salvar e, até mesmo sob a correção, podemos ser edificados e nos consolar na esperança da Sua salvação, que não tardará.  

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05 março 2024

010-Juízo contra as nações - Jeremias Lição 10[Pr Afonso Chaves]05mar2024

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LIÇÃO 10 

JUÍZO CONTRA AS NAÇÕES 

TEXTO ÁUREO: “E pagarei à Babilônia e a todos os moradores da Caldeia toda a maldade que fizeram a Sião, à vossa vista, diz o Senhor” (JEREMIAS 51.24) 

LEITURA BÍBLICA: JEREMIAS 51.1-19 

INTRODUÇÃO Tendo sido primeiramente pronunciado e cumprido o juízo contra a casa de Deus, restam as nações vizinhas que, cada uma a seu modo, transgrediu contra a soberania do Rei dos reis, e haveria, portanto, de sofrer o castigo devido aos seus pecados, embora sem a medida de misericórdia reservada exclusivamente aos filhos de Jacó. E não apenas os egípcios, seguidos pelos filisteus, moabitas e edomitas, e todos os povos que resistiram ao domínio babilônico sobre a terra; mas os próprios caldeus haveriam de sofrer um terrível revés do qual jamais tornariam a se recuperar, enquanto Israel voltaria a se levantar e florescer, para nunca mais ser abalado. 

I – JUÍZO CONTRA O EGITO (CAPÍTULO 46) Esta primeira profecia, anunciando a ruína do Egito, embora se encontre na parte final do livro de Jeremias, é do tempo do rei Jeoaquim, filho de Josias, e foi pronunciada por ocasião de uma batalha travada junto ao rio Eufrates, que resultou na derrota dos egípcios diante das forças de Nabucodonosor (Jr 1.1-2; cf. 2 Cr 35.20). O profeta anuncia esta primeira derrota como um juízo de Deus contra a soberba do faraó, que subiu até o Eufrates como uma cheia, pretendendo cobrir toda a terra, mas seus heróis e valentes fugiram, amedrontados, sem olharem para trás, para grande vergonha do Egito (Jr 46.3-12). Uma segunda profecia é registrada neste capítulo, provavelmente do período em que Jeremias se encontrava naquela terra entre os rebeldes que haviam fugido dos caldeus após o assassinato de Gedalias. De qualquer modo, aqui o Senhor anuncia um segundo juízo que alcançaria a própria terra dos faraós, cujas cidades seriam alcançadas pela espada e seus moradores levados em cativeiro (Jr 46.13-19). Mais uma vez, os instrumentos da visitação divina seriam os caldeus, o “povo do Norte” (Jr 46.20, 24), e o próprio faraó seria entregue nas mãos de Nabucodonosor, rei de Babilônia (Jr 46.26). Notemos, porém, que a profecia se encerra com uma indicação de que o juízo de Deus contra o Egito não seria para exterminá-lo completamente, mas para abater a soberba do faraó e do povo; mas, depois, aquela terra seria novamente habitada “como nos dias antigos” (cf. Ez 29.12-15; 30.13). Ao mesmo tempo, são mencionados os filhos de Jacó que, embora estivessem dispersos e em cativeiro, voltariam a habitar na sua própria terra, ao passo que as nações que ainda existiam seriam assoladas (J4 46.27-28). 

II – JUÍZO CONTRA DIVERSAS NAÇÕES (CAPÍTULOS 47 A 49) Depois de pronunciar a ruína dos falsos amigos de Judá, os egípcios, o profeta se volta para as demais nações que, embora não mencione diretamente aqui, sabemos, pela palavra de outros profetas, haviam perpetrado injustiças contra o povo de Deus. A começar com os filisteus, que eram inimigos jurados de Israel e, havendo ainda de passar pela humilhação de serem feridos pelo Egito, também seriam abatidos por um povo ainda mais terrível, que cobriria a terra de Gaza e Asquelom como uma inundação vinda do norte (Jr 47.1-2). Na sequência, o profeta anuncia a ruína de Moabe, estando entre as causas da sua assolação a confiança nas riquezas, sua folga e tranquilidade, nunca tendo sido abalado ou comovido por um cativeiro – o que o levou à estagnação no pecado; sua soberba, orgulho e altivez, e o desprezo que votava a Israel, o povo de Deus (Jr 48.1, 7, 11, 29). Nenhuma cidade de Moabe escaparia da espada, e ai daqueles que, tendo a espada desembainhada para fazer aquela obra – que era derramar sangue – poupasse alguma vida que o Senhor havia mandado não poupar! (Jr 48.8-10). Contudo, o propósito de Deus em relação a Moabe dizia respeito a destruir a nação enquanto povo idólatra, mas, sob o aspecto da restauração dos gentios, assim como os egípcios, de Moabe também viria o remanescente que o Senhor ajuntaria em Sua terra novamente nos últimos dias (Jr 48.35, 47). Dirigindo-se então aos amonitas, o Senhor condena a presunção com que reivindicaram a terra de Israel para o seu falso deus, Malcã, de modo que Rabá, sua capital, seria não apenas destruída e o povo também levado cativo, mas suas terras finalmente entrariam na posse dos filhos de Israel (Jr 49.1- 5). Em seguida, o Senhor ainda determina juízos contra Edom, que não escaparia do castigo nem mesmo refugiando-se nos recônditos das cavernas e penhascos da sua terra (Jr 49.7-22); contra os sírios, cuja capital Damasco seria incendiada como sinal da queda de todo o reino (Jr 49.23-27); contra os árabes, descendentes de Quedar e chamados filhos do Oriente, os quais, ao invés de cidades, habitavam pacificamente em tendas, cuidando de seus rebanhos e viajando pelos desertos nas costas de camelos, mas se até então haviam permanecido alheios ao domínio de Nabucodonosor, logo seriam conquistados, e seus bens, saqueados (Jr 49.28-33). O capítulo se encerra com uma palavra contra os elamitas, um povo antigo e vizinho de Babilônia que ainda participaria da ruína do reino caldeu, mas logo seriam também destruídos (Jr 49.34-39). 

III – JUÍZO CONTRA BABILÔNIA (CAPÍTULOS 50 E 51) Finalmente chegamos à conclusão da profecia de Jeremias, e aqui o Senhor se volta contra Babilônia, a nação que, após ter sido levantada e capacitada para executar os juízos de Deus contra o povo de Judá e todos os povos da terra; por ter-se feito não menos pecadora pela sua soberba, haveria de comparecer também perante o tribunal do Rei dos reis para prestar contas de suas injustiças. A queda de Babilônia ocorreria oportunamente no tempo da restauração de Judá – quando aqueles que por ela foram feitos cativos e oprimidos seriam livres e escolheriam voltar para o monte Sião (Jr 50.4-6). Notemos que, dentre os pecados cometidos pelos caldeus – inclusive por seus reis – são mencionados, primeiramente, a idolatria, pela qual atribuíam suas sucessivas vitórias e o seu poderio a falsos deuses (Jr 50.2; cf. Hc 1.15-16); a luxúria e suntuosidade de que desfrutavam às custas do saque das nações, especialmente do povo de Deus (Jr 50.11; cf. Dn 5.1-4). Assim como outras terras e cidades antes dela, a terra dos caldeus e a grande cidade de Babilônia seriam assoladas, e nunca mais seriam habitadas (Jr 50.12-13). Consideremos ainda que, se ninguém podia imaginar, naquele tempo, que ainda haveria uma nação tão poderosa que poderia abater o império babilônico, o Senhor prenuncia aqui que outra nação se levantaria, e viria, também do norte, de uma terra distante, causando o mesmo temor a Babilônia que esta já havia causado a outras nações, e poderosa o suficiente para abatê-la (Jr 50.25-26, 41-43). É notável a expressão, no capítulo seguinte, de que o Senhor, tendo feito de Babilônia um instrumento da Sua indignação contra as nações, procurou “curá-la” da sua própria enfermidade, mas ela não se deixou curar, assim como antes havia feito Judá (Jr 51.7-9); ao invés de tomarem o castigo infligido contra o povo de Deus como lição para si mesmos e freio contra sua própria soberba, gloriaram-se nisto e pecaram ainda mais; pelo que, na sua ruína, os filhos de Jacó estariam sendo também vingados (Jr 51.24). O profeta então cita alguns dos povos arrolados entre as multidões que seriam reunidas contra Babilônia, das quais se destacam os medos (Jr 51.27-28). E encerra a profecia explicando como confiou o manuscrito contendo essas palavras de juízo a um dos príncipes de Judá levado em cativeiro com o rei Zedequias, para que fosse lançado no rio Eufrates em testemunho de que todas estas coisas se cumpririam (Jr 51.59-64). 

CONCLUSÃO Destes últimos capítulos de Jeremias podemos extrair a lição de que, ao contrário do ímpio, que nada aprende da repreensão divina exercida até mesmo contra o povo eleito e amado; o povo de Deus adquire maior certeza da justiça de Deus e da Sua misericórdia para com aqueles que se arrependem.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
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Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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