19 dezembro 2018

012-Os verdadeiros adoradores e a verdadeira adoração - Malaquias Lição 12 [Pr Afonso Chaves]18dez2018


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LIÇÃO 12: 
OS VERDADEIROS ADORADORES E A VERDADEIRA ADORAÇÃO

TEXTO ÁUREO
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão
ao Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo 4.23).

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 4.19-26

INTRODUÇÃO
Nesta lição, examinaremos as Sagradas Escrituras a fim de compreendermos a essência da verdadeira adoração que tanto agrada ao Senhor. Enquanto o mundo se divide com múltiplas doutrinas religiosas e diferentes formas de culto a diversos deuses falsos, a Bíblia aponta para uma única e legítima forma de adoração ao único Deus vivo e verdadeiro. Portanto, precisamoscompreender essa verdadeira adoração a fim de agradarmos em tudo ao verdadeiro Deus. 

I – O LOCAL IDEAL PARA A ADORAÇÃO (VV. 19-22)
No diálogo travado entre Jesus e a mulher samaritana em Sicar, os segredos da verdadeira adoração são revelados com tremenda profundidade. A mulher samaritana, ao constatar que Jesus era um profeta (na verdade, Ele é muito mais do que profeta), interrogou-O acerca de qual seria o local ideal para se prestar culto ao Senhor. A razão de sua indagação era a antiga divergência existente entre samaritanos e judeus: enquanto os samaritanos ocupavam o território norte de Israel e adoravam no monte de Siquém, a ordem de Deus aos judeus fora construir um templo em Jerusalém, onde todo culto e sacrifício deveria ser realizado segundo os ditames da lei de Moisés.
Com isso, a disputa sobre qual seria o lugar ideal de adoração ao Senhor separou samaritanos e judeus ao longo de séculos. Ainda que a Antiga Aliança apontava para o templo em Jerusalém como o local ideal para se prestar culto ao Senhor, a resposta de Jesus à samaritana nos oferece a revelação da adoração verdadeiramente espiritual agora possibilitada pelo poder do Evangelho.
A adoração espiritual independe do local onde se presta culto ao Senhor, porquanto uma adoração verdadeira depende exclusivamente da cooperação do Espírito Santo no coração humano, ao invés dos aparatos da religiosidade observada na Antiga Aliança. A divergência religiosa entre samaritanos e judeus não se restringia apenas ao local ideal de culto, mas também dizia respeito à interpretação das Sagradas Escrituras. Os samaritanos restringiam-se à tradição dos seus pais e adoravam o que não conheciam; já os judeus, consideravam o Antigo Testamento como um todo, o que, por sua vez, garantia-lhes melhor compreensão do plano divino da salvação do povo de Deus (v. 22). Por isso, Jesus declarou à samaritana a compreensão limitada dos samaritanos no que dizia respeito à salvação. O Mestre também aproveitou o ensejo do assunto para revelar a origem do Messias, pois afirmou que a salvação vinha dos judeus.
Este episódio do ministério de Jesus é extremamente importante para firmar conceitos essenciais para nossa fé hoje. Neste breve diálogo de Jesus com a samaritana, fica clara a divergência inevitável entre a tradição religiosa e a doutrina verdadeiramente bíblica. Da mesma forma, em nossos dias, é muito comum este tipo de divergência entre aqueles que baseiam suas opiniões em meras tradições religiosas e os que baseiam suas opiniões na sã doutrina. Não podemos abrir mão das doutrinas bíblicas para satisfazer ao discurso hipócrita do politicamente correto, nem à demagogia da chamada “tolerância religiosa”. Somos defensores do autêntico Evangelho, e temos de estar dispostos a derramar nosso próprio sangue para defender a verdade (Jo 8.31-32; 2 Co 13.8).

II – A ADORAÇÃO OFERECIDA PELOS VERDADEIROS ADORADORES (V. 23)
A referência ao fato de que “a hora vem”, modificada pela expressão “e agora é”, mostra claramente que é o ministério de Jesus que transformaria radicalmente a adoração. Esta transformação radical se daria com o derramamento do Espírito Santo sobre todos os que cressem no Evangelho. Na Nova Aliança, Ele não fica restrito apenas a alguns profetas, mas está disponível a todos os que creem (Jo 7.38; At 2.39; 5.32; Ef 2.17-18). De posse do Espírito Santo, o crente é apto para oferecer ao Senhor um culto verdadeiramente espiritual, ao invés de apenas palavras vazias (Is 29.13; Rm 12.1, 2). O Senhor está procurando adoradores verdadeiramente espirituais, porquanto somente estes são sinceros e agradáveis a Ele (Rm 8.5-9). Somente homens e mulheres desta qualidade estão qualificados para discernir a vontade de Deus e servi-Lo de forma realmente adequada, porquanto são ajudados pelo Espírito Santo no homem interior (Rm 8.26-27; 1 Co 2.9-16; Ef 3.14-19).
Pessoas carnais serão sempre inclinadas a criar diferentes formas de cultos para diferentes  deuses, porque não têm em si o Espírito Santo, para lhes oferecer o discernimento acerca do verdadeiro Deus que criou os céus e a terra. Portanto, precisamos nos firmar absolutamente na sã doutrina para não sermos enganados por falso mestres e falsos profetas, cuja intenção é tão somente desviar os incautos da sã doutrina para que sigam doutrinas de demônios (Ef 4.10-16; 2 Tm 3.1-17; 1 Co 10.14-21).

III – A NATUREZA SUBLIME DE DEUS REQUER UMA ADORAÇÃO SOBRENATURAL (VV. 24-26)

Esta declaração de Jesus é extremamente reveladora e libertadora, pois o Mestre nos oferece a compreensão da essência da verdadeira adoração oferecida a Deus, a saber: uma adoração espiritual compatível com a natureza de Deus. É preciso entender que nossos sentidos naturais (olfato, visão, audição e tato) são limitados para perceberem somente o ambiente material ao nosso redor, logo, são incapazes de perceber a natureza transcendental do nosso Criador. Somado à limitação dos nossos sentidos naturais, temos também o pecado como um tremendo impedimento à nossa adoração (Is 59.1-4). A limitação de sentidos, bem como a depravação moral do ser humano decaído, apontam para sua urgente necessidade de novo nascimento, a fim de que haja reconciliação com Deus e oferecimento de uma verdadeira adoração a Ele (Jo 3.1-8).
É totalmente inútil o homem tentar servir ao seu Criador seguindo seus próprios conceitos religiosos, porquanto o Deus Vivo e Verdadeiro já deixou registrado nas Sagradas Escrituras a Sua vontade, revelada aos profetas e apóstolos pelo Espírito Santo. Por isso Jesus foi categórico ao afirmar: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 7.21). O Filho de Deus veio ao mundo para salvar Seu povo dos seus pecados e, para isso, Ele revelou o Pai por meio de Suas palavras e obras, a fim de garantir a libertação do Seu povo de toda forma de culto religioso que, mesmo nos mais corretos, não passa de sombras da realidade (Jo 1.17-18; 17.1-8).
Não podemos viver uma religiosidade ligada no “piloto automático”, sustentada por uma falsa segurança baseada em falsos pressupostos. Muitas pessoas que professam fé em Jesus Cristo ainda não nasceram verdadeiramente de novo e continuam vazias de Deus e oferecendo um culto destituído de verdadeira espiritualidade. Devemos humildemente fazer um autoexame com base nas verdades apresentadas neste estudo, para nos certificarmos se realmente somos verdadeiros adoradores ou meros religiosos (2 Co 13.5).

CONCLUSÃO
O verdadeiro Deus está à procura de verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade, portanto, devemos nos certificar de que somos os adoradores que Ele está procurando. Somente pelo poder do Espírito Santo habitando em nossos corações é que somos aptos para oferecer ao Senhor o verdadeiro culto que tanto Lhe agrada. Então, sejamos zelosos para conservar nossas vidas cheias do Espírito Santo, a fim de que uma verdadeira adoração seja ofertada ao verdadeiro Deus.

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AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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13 dezembro 2018

011-A mensagem de João Batista às famílias - Malaquias Lição 11 [Pr Afonso Chaves]11dez2018



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LIÇÃO 11: 
A MENSAGEM DE JOÃO BATISTA ÀS FAMÍLIAS 

TEXTO ÁUREO: 
Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição” (Ml 4.5-6) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 6.1-4 

INTRODUÇÃO 
Nesta lição, examinaremos a última predição do profeta Malaquias acerca da obra de Deus no meio do Seu povo. O entendimento do teor desta profecia nos auxiliará a compreender a estima do Senhor por um dos Seus projetos mais maravilhosos: a família. Portanto, estejamos atentos para absorver ao máximo os princípios abordados neste estudo, a fim de obtermos uma edificação consistente. 

I – JOÃO BATISTA, O ELIAS QUE HAVIA DE VIR (ML 4.5) Novamente, Malaquias prediz a vinda de um mensageiro incumbido de preparar o caminho do Senhor. Agora, o profeta dá mais detalhes acerca do ministério deste importante mensageiro. Primeiramente, ele é descrito como o “profeta Elias”, cuja a vinda precederia o grande e terrível dia do Senhor. Podemos afirmar categoricamente que este profeta é João Batista, porque o próprio Jesus Cristo fez esta identificação, a fim de esclarecer Seus discípulos sobre a identidade e propósito de João (Mt 11.14). A razão pela qual Malaquias utilizou a figura de Elias para descrever a pessoa de João provavelmente está ligada à similaridade dos ministérios de ambos. As semelhanças entre Elias e João não se limitaram ao estilo em que se vestiam, porquanto ambos enfrentaram a dureza do coração dos israelitas e, para isso, foram poderosamente revestidos com o poder de Deus para conduzirem os israelitas ao arrependimento e à conversão a Deus. Elias e João Batista foram profetas intensamente consagrados à defesa da causa de Deus na terra e cumpriram seus ministérios embasados no poder sobrenatural do Espírito Santo (Zc 4.6). Embora João não tenha clamado para cair fogo dos céus sobre um altar de holocausto, sua pregação lançava fogo sobre os corações dos seus ouvintes para convencê-los de pecado. Pessoas de diferentes camadas da sociedade arrependiam-se e batizavam-se nas águas do Jordão, em testemunho da sinceridade da transformação ocorrida em seus corações pelo poder da mensagem de João Batista (Lc 3.1-18). Outra similaridade do ministério de ambos os profetas é o fato de não terem constituído família. A missão deles exigia um compromisso total com a causa de Deus, portanto, a abstenção do casamento certamente era necessária para lhes conceder maior liberdade na atuação ministerial (1 Co 7.32-38). Não podemos nos esquecer da maneira como Elias e João ouviam a voz de Deus e O obedeciam em tudo, independentemente dos custos envolvidos (1 Rs 18.1-2; Jo 1.29-34). Por certo, a unção e a obediência foram fatores preponderantes para assegurar o êxito desses profetas de Deus (At 5.29-32). Sem dúvida alguma, Elias e João Batista são modelos de sucesso ministerial que nos inspiram a sermos cheios do Espírito Santo para obedecermos em tudo ao Senhor. 

II – O ARREPENDIMENTO E A CURA DOS CORAÇÕES FERIDOS (ML 4.6) 
No versículo em análise neste tópico, temos a descrição profética de um objetivo específico do ministério de João Batista: converter os corações dos pais aos filhos e os corações dos filhos aos pais. Alguém pode achar um tanto estranha esta declaração porque, afinal de contas, o trabalho de um profeta não deveria ser basicamente o de converter pecadores a Deus? Agora Malaquias diz que o trabalho de João Batista como profeta envolvia a restauração do relacionamento entre pais e filhos, com o objetivo de preparar o caminho do Messias e livrar a terra de ser ferida com grande maldição. Outra questão pertinente é a seguinte: como uma mensagem severa de arrependimento poderia trazer cura para corações feridos e amargurados? Embora as Sagradas Escrituras não ofereçam um registro específico das mensagens de João Batista proferidas com o propósito de tratar as relações entre pais e filhos, podemos deduzir pela lógica como a sua mensagem alcançou esse objetivo. Provavelmente o orgulho religioso vigente na cultura judaica nos dias de João Batista tornava a relação de pais e filhos um tanto ríspida e opressiva. O excesso de rigor por parte de pais orgulhosos e hipócritas oprimia e feria os filhos, os quais, por sua vez, não se sujeitavam de bom grado aos seus pais. Ainda por parte dos pais, não havendo o compromisso de servirem a Deus, naturalmente davam mau exemplo, não ensinando seus filhos no caminho de Deus (Gn 18.17-19). A restauração da relação entre pais e filhos torna-se uma realidade somente quando ambos reconhecem e arrependem-se de seus pecados. Seja o pai, por ser opressor, ou os filhos, por serem rebeldes e obstinados, o arrependimento é o caminho para cura e restauração. Corações arrependidos pedem perdão e perdoam, para garantir a paz e a comunhão (Lc 3.7-14). Podemos ter por certo que muitos pais se voltaram para seus filhos, bem como muitos filhos se voltaram para seus pais, como efeito da pregação de João Batista. Mas no que esta obra de restauração afetou os judeus, no tocante à recepção do Messias? A reposta é simples: visto que Jesus veio trazer a revelação do Senhor como Pai, os jovens daquela geração não poderiam ter em mente o conceito de um pai hipócrita e carrasco, mas sim de um pai compassivo e misericordioso. O conceito de um mau pai aqui na terra poderia atrapalhar o vislumbre do Pai celestial como alguém bom e amoroso de fato. Portanto, o trabalho de João Batista de converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais foi fundamental para preparar o caminho do Senhor.

III – A MENSAGEM DE JOÃO BATISTA PARA AS FAMÍLIAS CONTEMPORÂNEAS (EF 6.1-4) Atualmente temos uma grande necessidade de mensagens focadas em produzir arrependimento, a fim de trazer cura e restauração nos relacionamentos familiares. Embora vivamos em tempos diferentes daquele do profeta João Batista, os problemas causados pelo orgulho humano são praticamente os mesmos, especialmente em se tratando de conflitos familiares. Muitos filhos de cristãos desenvolveram uma verdadeira aversão ao cristianismo, em função do orgulho e legalismo religioso praticado por seus pais. Nada é mais prejudicial para a construção da fé em crianças e jovens do que a ausência de verdadeira piedade por parte de pais que professam a fé em Jesus Cristo (Cl 3.18-22). A saúde nos relacionamentos familiares é restaurada principalmente pela pregação comprometida com a fiel exposição das doutrinas bíblicas que glorificam a Deus e forjam um caráter santo. Existem muitos pais cristãos que precisam humildemente reconhecer os erros cometidos ao longo do processo educacional de seus filhos, bem como muitos filhos de cristãos que precisam humildemente reconhecer a rebelião e obstinação de seus corações, para que haja uma verdadeira restauração dos laços afetivos e da espiritualidade autêntica. O amor é a essência do Evangelho de Jesus Cristo e, por esta razão, é poderoso para nos reconciliar eternamente com nosso Pai Celestial e curar nossos relacionamentos feridos, porquanto aquele que é nascido de Deus não aborrece o seu semelhante (1 Jo 3.14-16; 4.7-12). 

CONCLUSÃO 
A árdua tarefa do profeta João Batista de converter os israelitas ao Senhor envolvia também o desafio de converter os corações dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Sua severa mensagem de arrependimento proporcionou cura e restauração a muitos relacionamentos familiares que se encontravam destruídos. Da mesma forma, nossa geração precisa ser confrontada, no tocante às suas falhas no trato familiar, para que o Evangelho resplandeça com máxima intensidade nos corações de pais e filhos.

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Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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05 dezembro 2018

010-O prenúncio do juízo vindouro = Malaquias Lição 10 [Pr Afonso Chaves] 04dez2018



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LIÇÃO 10: 
O PRENÚNCIO DO JUÍZO VINDOURO 

TEXTO ÁUREO: 
“Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo” (Ml 4.1) 

LEITURA BÍBLICA: MALAQUIAS 4.1-4 

INTRODUÇÃO 
Na lição anterior, estudamos sobre o contentamento do Senhor com aqueles que temem o Seu santo Nome. Hoje, vamos avançar em nossa meditação sobre as profecias de Malaquias a fim de compreendermos sua predição acerca do juízo vindouro. A compreensão desta profecia é útil para alertar os rebeldes e obstinados acerca da prestação de contas inevitável do tribunal de Cristo, bem como para alimentar nos crentes a esperança pela redenção eterna. 

I – PROFECIAS SOBRE O JUÍZO FINAL (V. 1) 
Profecias sobre o Juízo de Deus não são exclusividade do ministério de João Batista, porquanto outros profetas que o antecederam também alertaram os israelitas acerca deste mesmo fato (Is 51.5-8; Jr 25.29-31; Ez 33.12-19). Com isso, temos maior certeza do cumprimento de tal juízo, visto que diferentes profetas atestaram sua realidade. Considerar a doutrina do Juízo Final à luz das Sagradas Escrituras é essencial para o bom entendimento do plano divino para a salvação da humanidade e para escaparmos de muitas distorções feitas por teólogos acerca desta doutrina tão importante. A fidelidade de Deus com relação ao cumprimento do Juízo Final foi prenunciada pelos profetas e confirmada por Jesus e pelos apóstolos (Mt 25.31-34; 2 Co 5.10; 2 Pe 3.7-11). O prenuncio do Juízo Final segundo a profecia de Malaquias foi uma ótima resposta às murmurações dos israelitas que questionavam a efetividade do Juízo de Deus sobre os ímpios. E não somente isso, mas também um confronto tremendo para os israelitas cuja piedade era leviana e desqualificada. Qualquer israelita sensato, diante de tal profecia, deveria entender as implicações práticas deste terrível Juízo Final, e temer e tremer pela sua consumação. Sabendo que a mera alegação de pertencer à linhagem de Abraão é insuficiente para justificar quem quer que seja, a audiência de Malaquias deveria contristar-se diante do trono do Todo-Poderoso, abandonar seus maus caminhos e invoca-Lo por misericórdia. Todavia, por certo, muitos naquela época não fizeram caso da autenticidade desta profecia e endureceram seus corações pelo engano do pecado, assim como muitos fazem em nossos dias. Não podemos confiar na fidelidade de Deus somente no que tange ao cumprimento de Suas promessas positivas (bênçãos, redenção, livramento, provisão, cura, etc.), mas também precisamos ter por certa Sua fidelidade em cumprir Suas promessas de castigo e condenação. Malaquias, inspirado pelo Espírito Santo, assegura o justo juízo de Deus sobre os ímpios que aparentemente ficaram impunes aqui na terra. Portanto, nunca podemos perder de vista tanto a bondade como a severidade de Deus (Rm 2.5-11; 11.22). 

II – A RECOMPENSA DAQUELES QUE TEMEM AO SENHOR (VV. 2-4) 
Enquanto Malaquias assegura a destruição dos ímpios no Juízo Final, ele também assegura a recompensa daqueles cujos corações temem ao Senhor. Para estes, a justiça e a salvação nascerão como o sol em vívido resplendor, iluminando-os eternamente. Os justos frequentemente são tentados pelo maligno para desistirem da prática da justiça, no entanto, se os justos conservarem em seus corações a convicção da justa recompensa que receberão do Senhor, por certo, serão conservados na fé e na prática da justiça até o fim (Mt 24.13). Se os justos prestarem mais atenção em suas tribulações presentes do que na graça futura reservada por Deus, os resultados serão simplesmente catastróficos. Não são poucos os crentes que atualmente se encontram num estado de alma depressivo, em função de terem perdido de vista a graça que se revelará no futuro somente aos fiéis. O dinamismo do nosso ministério e sua produção de frutos é diretamente proporcional ao nível de entusiasmo e esperança contidos em nossos corações (1 Co 15.51-58). Um discípulo de Cristo que é entusiasmado e esperançoso jamais permitirá as pressões das adversidades sufocarem seus esforços em prol do Reino de Deus, logo, seu ministério jamais será inoperante nem estéril. O cumprimento de um ministério cristão exige muita fé e perseverança em função de toda oposição feita por Satanás e pelo mundo. Não podemos perder de vista a realidade de nossa batalha, a qual não é contra carne nem sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6.10-13). Nossos inimigos utilizarão todos os recursos possíveis a fim de destruir a nossa fé, portanto precisamos permanecer convictos sobre a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas e ficar firmes em nossa esperança. 

III – A PREGAÇÃO CONTEMPORÂNEA E O PRENÚNCIO DO JUÍZO FINAL (2 TM 4.1-5) 
O prenuncio do Juízo Final é um elemento indispensável para a pregação comprometida em anunciar todo o conselho de Deus ao mundo. Infelizmente, muitos pregadores contemporâneos abandonaram esta doutrina, por recearem ofender ou assustar seus ouvintes. No entanto, não existe a menor possibilidade de se pregar fielmente o Evangelho de Jesus Cristo e ser omisso com relação ao Juízo Final. Afinal de contas, Jesus Cristo veio ao mundo com o propósito de salvar Seu povo dos seus pecados e da condenação eterna. Sendo assim, podemos subentender que os pregadores que negligenciam a doutrina do Juízo Final são descomprometidos com a salvação de pecadores. Tais pregadores ocupam-se tão somente em proclamar um falso evangelho cuja finalidade é apenas proporcionar uma melhor qualidade de vida terrena, não levando em consideração a maior necessidade de todo ser humano: perdão e reconciliação com Deus (Gl 1.6-9). O ministro do Evangelho verdadeiramente fiel não priva seus ouvintes das doutrinas bíblicas necessárias para a salvação dos homens. A razão desta sua fidelidade é o seu temor do Senhor e seu amor pelos homens. Privar da verdade alguém que é cativo do engano não deixa de ser uma forma de contribuir para a manutenção deste cativeiro. Os ministros do Evangelho fiéis têm em mente receber a recompensa dada por Deus pela sua fidelidade no cumprimento de seus ministérios, enquanto os ministros infiéis buscam apenas a popularidade e o enriquecimento, os quais são proporcionados por todos aqueles que foram enganados pelo falso ensino. Estes ministros amantes da glória dos homens jamais contemplarão a glória de Deus (Jo 5.43, 44; 12.42, 43). Lamentavelmente, estão ficando cada vez mais notórias as consequências trágicas para a saúde da igreja causadas pela omissão de doutrinas fundamentais por parte dos pregadores. O zelo pela glória de Deus e pela pregação do evangelho são ausentes numa congregação onde o Evangelho não é pregado por completo. Somente o Evangelho verdadeiro pode produzir verdadeiros regenerados. O reavivamento de que a igreja contemporânea tanto necessita terá seu início somente quando o Evangelho for pregado com integridade e com poder sobrenatural do Espírito Santo (1 Co 2.1-5). 

CONCLUSÃO 
Malaquias trouxe para os israelitas uma dura resposta aos seus questionamentos: o Juízo Final. No Juízo Final, toda obra de justiça será generosamente recompensada e toda impiedade será severamente castigada. O Juízo Final é o terror dos ímpios e a esperança dos justos. Portanto, a fidelidade em profetizar o Juízo Final é absolutamente necessária para a salvação dos pecadores e a edificação dos santos. 

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