18 outubro 2024

003-A Divindade de Cristo - Cristologia Lição 03[Pr Afonso Chaves]16out2024

MP3 PARA DOWNLOADS

 LIÇÃO 3 

A DIVINDADE DE CRISTO

TEXTO ÁUREO: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. (Cl 2.9)

LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 1.1-8 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje nos dedicaremos a estudar um dos aspectos mais fundamentais e exclusivos da cristologia bíblica e, por conseguinte, de todo o edifício da doutrina e fé cristã. Não é possível confessar, crer ou anunciar o verdadeiro Cristo sem reconhecer que os méritos infinitos de Sua obra, as excelências incomparáveis da Sua pessoa e a honra, glória e louvor rendidas eternamente ao Seu santo nome são devidas precisamente ao fato de Ele ser uma Pessoa Divina – em outras palavras, o Filho Unigênito de Deus. 

I – A DIVINDADE DE CRISTO NA LEI E NOS PROFETAS São inúmeras as passagens do Antigo Testamento – particularmente dos profetas – que anunciam que a natureza e o caráter do Messias seriam tais que Ele não poderia ser apenas um homem perfeito, mas uma pessoa divina. Assim é que Jesus e os apóstolos retomam muitas dessas passagens tanto para comprovar que as promessas messiânicas haviam se cumprido, como também para elucidar muitos aspectos da natureza e obra do Cristo – dentre eles, a Sua divindade. Na verdade, antes mesmo dos profetas, encontramos nos primeiros registros bíblicos importantes indicações neste sentido, das quais destacamos, por exemplo, o fato de Deus ter deliberado sobre a criação do homem juntamente com “alguém” que não poderia ser uma criatura, mas uma pessoa igualmente poderosa para criar como também perfeita para expressar a imagem de Deus, cuja semelhança foi impressa no homem. Esse “alguém” não era outro senão o Verbo, que estava com Deus no princípio, que era Deus, e que criou todas as coisas – isto é, Cristo Jesus (Gn 1.26-27; Jo 1.1-3; Cl 1.15-16; Hb 1.3). Quando nos voltamos para as profecias de caráter messiânico e sua interpretação, chama-nos a atenção o fato de que um dos argumentos comprobatórios mais contundentes acerca da divindade de Cristo está na afirmação de que Ele seria o Filho de Deus. Não foi a Davi, nem aos anjos, que Deus disse: “Tu és meu Filho”, mas àqu’Ele que provou, pela Sua ressurreição, ser este filho ao qual Deus constituiu Rei sobre toda a criação, e ao qual, portanto, todos devem beijar (isto é, curvar-se em adoração), ou do contrário sofrerão a Sua ira (Sl 2.6-12; At 13.32-33). Sendo todas estas prerrogativas divinas, o Cristo também é chamado propriamente de Deus e Senhor (Sl 110.1; Mt 22.41-45; Hb 1.8-9). E o fato de a Escritura prever que Ele nasceria de mulher, e seria descendente de Davi de modo algum obscurece a Sua filiação divina, nem permite afirmar que o Cristo seria apenas um homem; mas antes nos mostra a maravilha do propósito de Deus, que escolheu manifestar-se pessoalmente a este mundo, de tal modo que a glória da Sua divindade não passaria despercebida aos homens (Is 7.14; 9.6; 40.9; Mt 1.18-23; Lc 1.30-35; Jo 1.14). Consideremos ainda que as Escrituras descrevem a redenção do povo de Deus operada pelo Messias como uma tarefa de proporções que nenhum ser humano jamais seria capaz de realizar. Nenhum homem pode resgatar o seu próximo, primeiro porque cada um deve responder pelos seus próprios pecados; segundo porque, como todas as almas pertencem a Deus, somente Ele tem o direito de resgatá-las (Sl 49.6-8; Ez 18.4, 20; Is 43.3; 54.5). Assim, para operar a redenção do povo de Deus, o Messias deveria não apenas ser puro e inocente, nada devendo à lei, mas também deveria ter o direito de propriedade sobre os homens, para que pudesse como que “comprá-los de volta” do pecado. E ambas as condições são preenchidas por Cristo na medida em que Ele seria uma pessoa divina, para que assim esta obra de redenção – e seus frutos de justiça, consolação e paz – pudessem ser atribuídos à operação do próprio Deus (Is 51.3-5, 9-16; 63.1-6; Ez 34.11, 23).  

II – A DIVINDADE DE CRISTO NOS EVANGELHOS Os evangelistas deixam ainda mais claro aquilo que nos profetas já era uma verdade inequívoca – que o Messias é divino, ou o Filho de Deus. E isso eles fazem de diversas maneiras: seja no relato dos acontecimentos da vida de Jesus, ou nos testemunhos colhidos daqueles que viram e creram nos Seus sinais. Mas é quando analisamos o teor das palavras do próprio Cristo que encontramos os maiores testemunhos da Sua divindade. Primeiro, porque Ele sempre fala do Seu relacionamento com Deus como o de um Filho com o seu Pai, compartilhando de tão profunda comunhão e concordância de vontade que tudo o que Cristo faz ou diz não considera ser propriamente Seu, mas de Deus, de quem havia recebido, e com quem havia aprendido. Assim, ao afirmar ser o Filho de Deus, Jesus queria dizer que era essencialmente igual a Deus, de maneira que somente Um conhecia perfeitamente o Outro, e conhecer a Cristo era o mesmo que conhecer a Deus (Jo 5.16-19; 10.27-30; 14.6-11; cf. Mt 11.25-27). E, embora por um momento tivesse deixado a glória pré-existente dessa comunhão que desfrutava com o Pai, bem sabia Ele que a ela retornaria em breve (Jo 3.12-13; 6.61-62; 16.7, 26-28; 17.4-5). Esta é a razão pela qual Jesus se apresentou ao mundo não apenas como um grande mestre ou profeta, para que outros creiam em Deus através d’Ele; mas antes exortava Seus ouvintes a vir ou crer n’Ele mesmo, porquanto somente n’Ele encontrariam o quanto buscavam e esperavam de Deus para eterna satisfação de suas almas (Jo 5.22-23; 6.35, 39-40; 14.1-3, 20-23; 17.20-23). Dos muitos testemunhos encontrados nos evangelhos, citamos o do próprio Deus, que testificou do Seu amor e propósito de glorificar o Filho (Mt 3.16-17; 17.1-5; Jo 12.28-30); o de João Batista, que testificou da divindade de Cristo ao declarar a precedência e superioridade daqu’Ele que viria após si (Jo 1.6-8, 15, 29-34); dos discípulos que, por sua vez, confessaram ser Jesus o Cristo, o Filho de Deus, Rei de Israel e Senhor, porquanto viram n’Ele a glória divina de uma pessoa cheia de graça e de verdade (Mt 16.13-17; Lc 5.4-8; Jo 1.45-49; 6.68-69; 20.26-29). E, se muitos não viram essa beleza e formosura divina, foi por causa da dureza de seus corações e do seu amor pela glória deste mundo (Jo 1.14; 2.23-25; 12.37-43; cf. Mt 26.63-66). 

III – A DIVINDADE DE CRISTO E SUAS IMPLICAÇÕES Como afirmamos na introdução, não é possível entender a importância de qualquer aspecto da obra de Cristo Jesus apresentado nas Escrituras sem reconhecer a Sua divindade. A essência do Evangelho está no fato de que o próprio Deus, invisível e jamais visto por homem algum, manifestou-se ou foi revelado ao mundo através de Seu Filho, que é a Sua imagem perfeita, não no corpo ou aparência física, mas na forma como a graça, verdade, justiça e vida se expressaram abundantemente através das palavras e obras de Cristo (Cl 1.15; Jo 1.18; cf. 1 Tm 3.16). A pretensão de conhecer ou se achegar a Deus sem Cristo constitui-se, portanto, em idolatria, pois é impossível conceber corretamente o Pai sem a Sua imagem da Sua pessoa expressa no Filho (1 Jo 5.11-13). Isto significa então que a Cristo foram concedidas todas as prerrogativas divinas sobre a criação, como, por exemplo, poder e autoridade nos céus e na terra, para que todos os seres viventes O adorem e confessem o Seu senhorio (Fp 2.9-11; Ap 5.9-14); a exaltação do Seu nome acima de todo o nome, para salvação de todo aquele que o invocar (At 2.16-21, 36 e 38; 4.12); o Seu reinado sobre a criação até que todas as coisas sejam reconciliadas com Deus através d’Ele, e todos os inimigos submetidos aos Seus pés – quando então Cristo entregará o reino ao Pai, para que Deus seja tudo em todos (1 Co 15.24-28). 

CONCLUSÃO As Escrituras são claras em demonstrar a divindade de nosso Senhor e Salvador Jesus, e esta verdade recebemos com grande alegria e satisfação, pois a partir dela temos a certeza de que, tendo o Filho em nossos corações, temos também o amor do Pai, que O enviou e ama aqueles que O amam.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


11 outubro 2024

002-O Testemunho de Cristo na Lei e nos Profetas - Cristologia Lição 02[Pr Afonso Chaves]10out2024

MP3  PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 2 

O TESTEMUNHO DE CRISTO NA LEI E NOS PROFETAS 

TEXTO ÁUREO: “Examinais as Escrituras porque cuidais ter nelas a vida eterna; e são elas que testificam de mim” (Jo 5.39) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 24.13-27 

INTRODUÇÃO Sendo Cristo o tema central das Escrituras Sagradas, não apenas do Novo, mas também do Antigo Testamento, convém verificarmos, por nós mesmos, este fato. Analisando as passagens mais representativas, tanto da linguagem velada das figuras e símbolos, como das declarações expressas dos profetas, veremos que o testemunho de Cristo anterior à Sua manifestação neste mundo é mais abundante, claro e detalhado que o testemunho de qualquer outro personagem das escrituras da antiga dispensação. 

I – O TESTEMUNHO DE CRISTO NA LEI Podemos falar sobre o testemunho de Cristo na Lei primeiramente tomando esta palavra no sentido amplo de “escritos de Moisés” – isto é, em alusão aos cinco livros do Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio) – onde encontramos abundante testemunho acerca da vinda e da obra de Cristo, especialmente na forma de profecias e tipos. Sendo, contudo, impossível elencar todos esses testemunhos, queremos chamar a atenção para aspectos gerais sempre reiterados pelo Espírito de Deus de uma mensagem para outra, dentre eles o da descendência de Cristo. Com a queda da humanidade em Adão, começa a se desvendar o propósito de Deus de redimi-la do pecado através de um membro da mesma humanidade, identificado como semente (ou descendente) da mulher. A chamada de Abraão representa o passo seguinte na revelação desse propósito de abençoar a humanidade, uma vez que a promessa feita ao patriarca se cumpriria, na verdade, no seu descendente, em quem todas as famílias da terra seriam abençoadas, pois todos os privilégios divinos adquiridos pelos israelitas seriam legados a este que seria, inclusive, descendente da tribo de Judá (Gn 3.15; 12.1-3; 49.10; cf. Gl 3.8, 16; Rm 9.3- 5). Quando falamos em tipos de Cristo presentes nos escritos de Moisés, muitos são velados e de difícil interpretação, ao passo que outros são claramente identificáveis. Neste caso, o primeiro deles é Adão, que representava a humanidade sujeitada ao domínio da morte pelo seu pecado, assim como Cristo, o último Adão, representa a humanidade redimida e agraciada com a vida através da Sua justiça (cf. Rm 5.14-15; 1 Co 15.22, 45). Outro tipo de Cristo é Melquisedeque, rei e sacerdote que, por ter abençoado Abraão e recebido os dízimos do patriarca, claramente testificava da existência de uma ordem superior e eterna, melhor que o sacerdócio levítico; do mesmo modo que Cristo, não podendo ser sacerdote segundo a carne, mas sendo sim segundo juramento de Deus, pertence a uma ordem igualmente superior, pois também permanece para sempre (Gn 14.18-20; cf. Hb 7.1-7, 13-22, 23-24). Por fim, o próprio Moisés é um tipo de Cristo, especialmente no sentido de que, como mordomo da casa de Deus, foi tão fiel ao que o constituíra que o Cristo seria um israelita semelhante a ele – fiel sobre a casa de Deus, embora, por ser Filho, herdeiro e senhor de tudo (Dt 18.15-19; 30.10-12; cf. Hb 3.1-6). Quando considerada no sentido estrito dos termos da aliança firmada com Israel no Sinai, a Lei também dá amplo testemunho de Cristo. Primeiro, porque revelava a justiça perfeita do Altíssimo e expunha a pecaminosidade e incapacidade humana de atender às demandas divinas, tornando absolutamente necessária a intervenção de um mediador, ou antes um fiador que pudesse garantir a obediência humana – condição indispensável à benção de Deus (Rm 5.19-21). Segundo, porque, ao instituir o sacerdócio levítico, a Lei previa a desobediência humana e a necessidade de expiação (ou compensação) pelas transgressões sem, contudo, provê-la de fato, mas antes testificando, por meio de sombras e figuras, de uma futura e plena expiação realizada em favor da humanidade, que asseguraria Lições da Escola Bíblica Dominical 4º Trimestre de 2024 4 não apenas o perdão dos pecados cometidos sob a antiga aliança, mas imputaria aos redimidos uma obediência perfeita sob uma nova aliança (1 Jo 2.1-2; Rm 3.21-26; Hb 8.6-13; 10.1-14). Assim, Cristo é o fim da Lei, porque tanto as demandas positivas da Lei como as dívidas negativas geradas pelo não cumprimento dessas demandas só poderiam ser satisfeitas através da justiça perfeita de um homem santo, incorruptível e justo como Ele, e imputada a nós pela fé (Rm 10.4; Gl 3.22-24; Cl 2.13-14). 

II – O TESTEMUNHO DE CRISTO NOS PROFETAS Se o testemunho característico da Lei é o da necessidade absoluta de uma pessoa bendita e gloriosa que só pode ser Cristo, para solução de todos os problemas e incógnitas expostos nessa seção das Escrituras; o testemunho dos profetas, por sua vez, é o da certeza de que essa Pessoa viria, de tal modo que esses homens que falaram movidos pelo Espírito Santo ansiavam por ver os dias de Cristo, e conhecer de antemão as perfeições da Sua pessoa e obra. De fato, eles não apenas falaram a respeito de Cristo, mas falaram aquilo que ouviram e viram do próprio Cristo (Mt 13.16-17; 1 Pe 1.10-12). Lembremos, contudo, que não apenas esta seção das Escrituras representa o testemunho profético de Cristo; já vimos profecias na Lei, e veremos ainda profecias nos livros de caráter histórico, poético e sapiencial (cf. Jo 8.56-58). Dentre as muitas características da pessoa de Cristo apontadas pelos profetas, não podemos deixar de notar que o cuidado em determinar a Sua linhagem se mantém, na medida em que diversas vezes o Espírito revelou que Ele pertenceria à casa de Davi e, portanto, seria herdeiro do trono; ao mesmo tempo em que Suas excelências e perfeições seriam tais que o Seu reinado não seria como de qualquer outro descendente de Davi, mas antes um reinado eterno de paz, justiça e prosperidade (Is 7.14- 16; 9.6-7; 11.1-5; 32.1-2; Jr 33.15-17; 1 Sm 2.10; Sl 132.11-12; 45.6-7). Por outro lado, Cristo também seria humilde, manso e sofredor, a ponto de padecer injustamente, e assim se tornar um sinal de contradição e escândalo para os incrédulos, e de salvação para os fiéis (Is 42.1-4; 53.1-4; Zc 9.9; Sl 22.1-8; 118.22-26). A obra de Cristo revela-se então, nos profetas, como uma obra espiritual, de redenção (ou libertação) do povo de Deus das garras do pecado e da morte, tanto através da doutrina divina ensinada por Ele, como através da expiação oferecida a Deus pelo Seu auto-sacrifício (Is 53.5-12; 61.1-3; Zc 13.1). 

III – O TESTEMUNHO DA LEI E DOS PROFETAS NO EVANGELHO Tendo Cristo se manifestado primeiramente aos filhos de Israel – aos quais as palavras de Deus haviam sido confiadas – não houve uma palavra ou milagre em todo o Seu ministério que não estivesse plenamente corroborada no testemunho da Lei e dos Profetas. Enquanto muitos se maravilhavam da doutrina e dos milagres de Jesus, aqueles que de contínuo O escrutinavam eram incapazes de encontrar erro ou pecado em Suas palavras e ações, e, quando pensavam o contrário, a parcialidade dos seus conhecimentos bíblicos era exposta de tal modo que ou concordavam com o Mestre, ou se calavam envergonhados (Mt 7.28-29; Mt 22.15, 46; Jo 8.46). Em outras palavras, a vida de Jesus estava em perfeita harmonia com o testemunho da Lei e dos profetas, cumprindo Ele tudo o que havia sido predito acerca do Cristo. E notemos o Seu cuidado para fazer aqueles que n’Ele criam entenderem tanto a necessidade de as Escrituras se cumprirem, como também de se cumprirem da forma como se sucederam os eventos relacionados à Sua vida, morte e ressurreição (Mt 5.17-18; Lc 24.44-45; cf. Mt 26.52-54). 

CONCLUSÃO Quanto mais examinamos a Lei e os Profetas, mais claramente percebemos como as Escrituras apontam constantemente para Cristo, porquanto n’Ele está a vida eterna que buscamos.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA



03 outubro 2024

001-A primazia de Cristo sobre a criação - Cristologia Lição 01[Pr Afonso Chaves]02out2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 1 

A PRIMAZIA DE CRISTO SOBRE A CRIAÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele” (Cl 1.15-16) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 1.1-5 

INTRODUÇÃO Esta é a primeira lição de um novo trimestre, cujo tema será “cristologia bíblica”. Ou seja, estudaremos os principais ensinamentos contidos nas Escrituras Sagradas a respeito daqu’Ele que é o tema e a figura central de toda a revelação bíblica: Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, nosso bendito Salvador e Senhor. E, a fim de estabelecer um ponto de partida para nossas reflexões sobre este que é o tema mais maravilhoso, glorioso e edificante da Palavra de Deus ao qual poderíamos nos dedicar, começaremos por considerar a primazia, isto é, a prioridade e a importância suprema de Cristo Jesus sobre todas as coisas, tanto nos céus como na terra. 

I – CRISTO É O CRIADOR DE TODAS AS COISAS No texto proposto para leitura bíblica em classe, o evangelista inicia seu testemunho identificando Jesus como o Verbo, isto é, a Palavra de Deus que, não podendo ser separada da divindade, e a divindade não podendo ser concebida sem ela, por necessidade estava com Deus desde o princípio e, portanto, não podia ser nenhum outro ser, senão o próprio Deus. Mas a importância deste ensino não está apenas em afirmar categoricamente a divindade de Cristo; o evangelista também está dizendo que, em relação a todas as coisas criadas, Cristo (o Filho) é aquele que revela, manifesta ou torna conhecido o Pai (Deus), do mesmo modo que a palavra exterioriza a mente. E por isso João ainda diz que, sendo Ele a palavra que sempre esteve com Deus, foi através de Cristo que a divindade manifestou Seus pensamentos e ações no princípio, ao criar todas as coisas que existem, pois “no princípio criou Deus os céus e a terra”, e isto Ele fez através da Sua palavra: “E disse Deus” (cf. Gn 1.1-3; Sl 33.6; 148.5). Portanto, tudo foi criado através desta palavra viva e vivificante, Cristo, que saiu de Deus para manifestar os desígnios do Pai e cumprir toda a Sua vontade (Is 55.11). Notemos também que o fato de Cristo ser o Verbo implica em uma subordinação de Cristo a Deus, razão pela qual Ele é apontado pelas Escrituras como o agente da criação; embora isto em nada diminua a glória que compartilha com o Pai de ser o Criador, pois é de Cristo que o salmista diz: “Tu, Senhor, no princípio, fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos” (Hb 1.1-3, 8-12). Essa subordinação significa que Cristo fez tudo em dependência e obediência estrita à vontade e aos conselhos de Deus, pois Ele não faz nada de Si mesmo, mas apenas as obras que aprendeu e recebeu do Pai para fazer. Lembremos que isto é muito bem ilustrado em Provérbios, na personificação da sabedoria, a qual sempre existiu em Deus como atributo da Sua pessoa infinita, perfeita e inefável, mas manifestou-se nas excelências e belezas das obras realizadas por Deus em conselho com o Seu discípulo, o Verbo, ao trazer à existência os céus e a terra através d’Ele (Pv 8.22-31; Gn 1.26). É importante ainda acrescentar que, além de ser a origem e o princípio da criação de Deus, o Verbo também é aquele que mantém essa criação, pois a vontade de Deus incluía não apenas trazer à existência as coisas que antes não existiam, mas também preservar e sustentar aquilo que passou a existir. Ora, a vida comunicada na criação deste mundo não era inerente ou própria aos seres viventes – o que o homem constataria tanto por si mesmo como para toda a criação posta sob o seu domínio, após a transgressão que levou à Queda, cuja sentença já havia sido prenunciada: “certamente morrerás”. Somente Deus é imortal, e assim também o Verbo (Gn 2.16-17; 3.19; Jo 5.25-29). Portanto, Cristo é o mantenedor da criação, trabalhando ativamente para que os seres viventes possam subsistir, não só em seu breve usufruto particular da vida natural, mas na comunicação dessa vida aos seus descendentes (Cl 1.16-17; Sl 104.29-30). 

II – CRISTO É A VIDA E A LUZ DOS HOMENS Posto que Cristo é a Palavra viva e vivificante, que estava junto do Pai, manifestada primeiramente na criação, o evangelista acrescenta ao seu testemunho que, aos homens, o Verbo comunica o dom da vida em um aspecto distinto e superior ao da mera existência natural – uma vida que é comparada à luz. Ora, luz refere-se a entendimento, conhecimento da verdade que permite ao homem praticar a justiça, e se opõe à escuridão, que simboliza a confusão e ignorância daquele que vive no pecado (Jo 3.19-21; 2 Jo 2.9-11). E essa vida que é luz, ao contrário da natural, permanece para sempre com aqueles que a alcançam – ou antes a recebem pela graça abundante de Deus manifestada ao enviar o Verbo a este mundo. Esta é, portanto, a verdadeira vida – a vida eterna (Jo 1.14; 8.12; 17.3; 1 Jo 1.1-3). Não por acaso, a primeira referência literal à palavra criadora de Deus no princípio é aquela pela qual a luz foi trazida à existência: “Haja luz”, numa alusão figurada à luz da vida que Deus desejava manifestar ao mundo na pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo (Gn 1.3; 2 Co 4.6). Não que os antigos não a tivessem contemplado, por Cristo ainda não ter se manifestado em carne; os santos da antiga aliança encontraram, na palavra de Deus revelada a eles, a mesma luz da vida que nós hoje encontramos no Evangelho, porque tanto neste como no testemunho da Lei e dos profetas é o Espírito de Cristo que fala a nós, como falou também a eles (Sl 119.105; cf. 1 Pe 1.10-12). Este é, portanto, o propósito último de Deus para a criação, e em especial para o homem: não apenas sustentá-lo, depois de criado, no âmbito da vida natural; mas comunicar-lhe a vida eterna, o que só é possível mediante o conhecimento e união com aqu’Ele a quem foi dado ter vida em si mesmo – Cristo Jesus. O Verbo veio a este mundo, fazendo-se carne como nós, para ser a Cabeça, o último Adão, representando uma nova humanidade, formada por aqueles que receberam da Sua graça (Cl 1.18; Jo 17.22-23; 1 Co 15.45-49). 

III – CRISTO É O HERDEIRO DE TODAS AS COISAS Vejamos ainda a implicação de o apóstolo chamar Cristo de primogênito de toda a criação. Longe de significar que Ele foi o primeiro ser criado (pois isto esvaziaria a glória que Cristo desfruta com o Pai na obra da criação), o contexto esclarece que todas as coisas foram criadas n’Ele, como a fonte, a causa primária, ou o princípio da criação (cf. Ap 3.14). Assim, Ele também é antes de todas as coisas porque já existia antes de a criação sequer começar. Do mesmo modo que um primogênito prenuncia a vinda de outros filhos, como que abrindo a madre, o Verbo se manifestando desde a glória eterna que tinha com o Pai significava que a vida seria abundantemente manifestada, tanto em seu aspecto natural na criação, como no aspecto espiritual da luz da vida eterna, que brilharia para os homens (cf. Is 66.7-9). Em segundo lugar, a palavra primogênito, aplicada a Cristo, aponta para o Seu direito inalienável de herdeiro da criação. Tudo foi criado por Ele e para Ele, o que significa que o propósito final de Deus em todas as coisas é o de exaltar Cristo sobre tudo e todos; primeiro, porque todas as coisas nos céus e na terra foram criadas n’Ele e, segundo, porque n’Ele toda a criação foi reconciliada com Deus. Assim, pertencem primeiramente a Cristo, e Ele tem a preeminência, sobre todas as glórias adquiridas para a criação em virtude da Sua própria justiça e mérito – e assim Deus fará todas as coisas se conformarem a essa primazia (Cl 1.18-20; cf. Fp 2.9-11; Ef 1.22-23; Ap 5.9). 

CONCLUSÃO Apesar da limitação de nossas palavras para descrever as grandezas de nosso Senhor Jesus, que possamos, ao longo deste trimestre, aprender a contemplá-las sempre em nossas meditações e orações, pois assim convém considerarmos o Filho de Deus.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


24 setembro 2024

013-Preparativos para a conquista da terra - Lição 13[Pr Afonso Chaves]24set2024


MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 13 

PREPARATIVOS PARA A CONQUISTA DA TERRA 

TEXTO ÁUREO: “Dá ordem aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra de Canaã, esta há de ser a terra que vos cairá em herança: a terra de Canaã, segundo os seus termos” (Nm 34.2) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 32.25-32 

INTRODUÇÃO Com o anúncio da morte de Moisés e vencida a última batalha travada ainda sob sua liderança, e escolhido Josué para sucedê-lo, os israelitas estavam prontos para atravessar o Jordão e dar início à conquista da terra prometida. Restava apenas orientá-los sobre como deveriam proceder, uma vez chegando do outro lado do rio, e prover o necessário para que todas as tribos dos filhos de Israel verdadeiramente recebessem a sua porção na terra que Deus havia prometido dar-lhes em herança. 

I – AS TRIBOS DE RUBEN E MANASSÉS PEDEM A TERRA DE GILEADE O capítulo 32 relata o pedido feito pelas tribos de Gade e Ruben a Moisés para que lhes fosse permitido se estabelecer na terra aquém do Jordão, onde o povo de Israel ainda se achava acampado. Lembremos que, após repelirem a agressão dos amorreus liderados por Seom e Ogue, e destruírem as suas cidades deste lado do Jordão, os israelitas já tinham diante de si uma grande faixa de terra pronta para ser tomada em possessão, antes mesmo de atravessarem o Jordão. Entendendo, corretamente, que o Senhor havia entregado os amorreus em suas mãos e lhes dado a vitória contra os seus adversários, e percebendo que aquela terra era boa para o gado, que Gade e Ruben possuíam em abundância, estas tribos expressam a Moisés seu desejo de tomar posse daquela terra e, estabelecendo-se contentes e satisfeitas ali, não acompanhar as demais tribos para além do Jordão (Nm 32.1-5). Moisés repreende-os por esse pedido, porque não apenas implicava em desobediência à ordem expressa de Deus, que certamente os castigaria, caso se acomodassem naquela terra e não passassem o rio com seus irmãos; mas com isto também desanimariam grandemente as demais tribos, pela ausência de seus irmãos gaditas e rubenitas para ajudá-los a conquistar suas respectivas heranças. E, neste particular, seu pecado seria tão grave quanto o dos espias que haviam infamado a terra e desanimado a geração de seus pais, fazendo as dificuldades a serem enfrentadas parecerem maiores do que a fidelidade das promessas de Deus (Nm 32.6-7, 14-15). Ao que as duas tribos reconsideram e reformulam o pedido, desta vez comprometendo-se não só a acompanhar, mas ir à frente de seus irmãos para lutar ao seu lado na conquista da terra de Canaã, até que todas as tribos tivessem recebido sua herança. E isto os rubenitas e gaditas fariam sem exigir qualquer compensação adicional, além da terra de Gileade (como passou a ser chamada toda aquela região que já haviam conquistado aos amorreus), onde deixariam apenas seus pertences, e gado, e famílias, retornando para elas apenas depois de completada a conquista de Canaã (Nm 32.16-22; cf. Js 22.1-6). 

II – A ORDEM PARA LANÇAR FORA OS CANANEUS Nesta ocasião Moisés ainda recapitula as jornadas dos israelitas assinalando suas saídas, isto é, suas partidas, ao longo da sua caminhada pelo deserto. Notemos que o evento que marca o princípio dessas jornadas é a Páscoa, que inaugura também a contagem dos anos, ou o calendário, do povo hebreu; e que o evento marcando o fim, ou a proximidade do fim das jornadas de Israel, é a morte de Arão, ocorrida no ano quadragésimo desde a saída do Egito. Em questão de meses, do monte Hor, onde Arão fora sepultado, Israel chegaria às campinas de Moabe, onde Moisés, por sua vez, pronunciaria seu último discurso antes de ser também recolhido por Deus (Nm 33.1-4, 38-39; cf. Dt 1.1-4). A orientação que se segue serve de alerta para os israelitas, precavendo-os contra os cananeus que habitavam aquelas terras às quais estavam prestes a passar. Como já vimos, estes eram povos que se haviam feito extremamente abomináveis aos olhos do Senhor, aos quais nenhuma concessão deveria ser feita, e sua cultura, costumes e religião torpes não podiam sobreviver em nenhum aspecto entre os israelitas. Para tanto, era necessário cumprir à risca a ordem de Deus: “lançareis fora todos os moradores da terra diante de vós” – o que, na maioria das vezes, significava destruí-los completamente (Nm 33.51-52; cf. Gn 15.16; Dt 18.9-14). Se, porém, por qualquer motivo, os israelitas permitissem que algum daqueles povos sobrevivesse e permanecesse na sua terra, isto significaria deixar que sobrevivessem as abominações pelas quais o Senhor havia entregado os cananeus nas mãos do Seu povo; e essas abominações, por sua vez, tornar-se-iam em causa de grande aflição para os israelitas, pois estes seriam tentados a servirem aos ídolos, caindo então do favor de Jeová, e aqueles povos, que antes haviam sido entregues em suas mãos para serem destruídos, se tornariam mais fortes do que eles e os oprimiriam (Nm 33.55-56; cf. Jz 2.1-3). 

III – PLANOS E ORIENTAÇÕES PARA A CONQUISTA E PARTILHA DA TERRA O livro de Números se encerra com diversas diretrizes relacionadas estritamente à conquista e divisão da terra, no propósito de assegurar que os filhos de Israel herdassem todos sua justa porção. Em primeiro lugar, temos Moisés indicando, em termos gerais, os limites da terra que restava ser conquistada – isto é, a terra além do Jordão, que seria repartida entre as nove tribos restantes e a meia tribo de Manassés; pois “a tribo dos filhos dos rubenitas, segundo a casa de seus pais, e a tribo dos filhos dos gaditas, segundo a casa de seus pais, já receberam; também a meia tribo de Manassés recebeu a sua herança” (Nm 34.14). Ao que se segue a indicação dos líderes de cada tribo que, juntamente com o sumo sacerdote Eleazar, formariam conselho para repartir a terra, após a conquista, segundo o conhecimento que cada um possuía a respeito dos números, famílias e cabeças de suas respectivas tribos (Nm 34.16-29). Embora já tenha declarado, por ocasião da segunda contagem do povo, que os levitas não possuiriam herança entre os filhos de Israel, o Senhor determina que sejam separadas, em cada tribo, cidades para sua habitação – ao todo, quarenta e oito cidades – inclusive com terras circunvizinhas que servissem ao plantio e pasto para os seus animais. Deste modo, era assegurada a subsistência dos levitas e dos sacerdotes que não estivessem assistindo diretamente no santuário, ao mesmo tempo em que, escolhidos para servirem integralmente ao Senhor em lugar de todo o Israel, estariam presente entre todas as tribos, para lembrá-las do chamado sacerdotal da nação (Nm 35.2-3; cf. Nm 3.12-13). Notemos ainda que, conforme prometido, o Senhor assinala o local de refúgio para o réu de homicídio culposo, determinando que algumas cidades dos levitas fossem separadas para esse fim (Nm 35.6; cf. Ex 21.13). O último capítulo encerra com uma indicação do grande número da tribo de Manassés, em razão do que herdou não apenas com as nove tribos além do Jordão, mas também com as tribos de Ruben e Gade do outro lado do rio – daí a referência que as Escrituras passam a fazer à meia tribo de Manassés, seja em alusão a uma ou outra parte (Nm 36.1-23; cf. Js 17.5-6, 14, 17-18). A questão particular aqui dizia respeito ao temor de que, casando as filhas de um israelita com filhos de outras tribos, sua herança seria adicionada à do esposo, o que eventualmente a removeria da tribo à qual havia sido dada por Deus. O caso trazido a Moisés serve para estabelecer um precedente, que será seguido pela posteridade e assegurará que a herança de nenhuma tribo seja diminuída (Nm 36.5-10). 

CONCLUSÃO Esperamos ter concluído o estudo do livro de Números com um maior conhecimento acerca de Deus e do Seu relacionamento com o Seu povo, do Seu cuidado e fidelidade para com os Seus, e também do Seu zelo justo e santo por aqueles que Ele salvou e pelos quais tudo fará para que não se percam. Tudo isto para que, depois de os ter guiado em segurança através do deserto, o Senhor faça o Seu povo entrar em um lugar de paz, descanso e perpétua comunhão e alegria em Sua presença.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


19 setembro 2024

012-Moisés conduz Israel até o fim da jornada - Lição 12 [Pr Afonso Chaves]18set2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 12 

MOISÉS CONDUZ ISRAEL ATÉ O FIM DA JORNADA 

TEXTO ÁUREO: “Manda, pois, a Josué, e esforça-o, e conforta-o; porque ele passará adiante deste povo e o fará possuir a terra que apenas verás. Assim, ficamos neste vale defronte de Bete-Peor” (Dt 3.28-29) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 27.12-23 

INTRODUÇÃO Na medida em que nos aproximamos dos últimos capítulos de Números, poucos são os eventos que resta relatar antes de Moisés dar por encerrada a jornada de Israel pelo deserto e, após um último discurso, transmitir a liderança do povo a Josué, o qual os conduziria para além do Jordão, a fim de conquistarem a terra prometida. Na lição de hoje, trataremos destes últimos episódios esparsos em meio a diversas leis, as quais, por sua vez, reservaremos para estudo na próxima e última lição do trimestre. 

I – FINÉIAS FAZ PROPICIAÇÃO PELO PECADO DE ISRAEL COM AS MOABITAS Após serem abençoados por Deus, e terem sua vitória sobre os seus inimigos declarada por Balaão – ainda que a contragosto deste profeta que esperava encontrar oportunidade para amaldiçoá-los – os israelitas mantinham-se inabaláveis e seguros em seu acampamento no deserto, e o final do capítulo anterior parece indicar que, não havendo acordo entre o propósito de Deus e o desejo do profeta corrupto de agradar ao rei dos moabitas, estes dois se separaram pela frustração de seus planos (Nm 24.25). Contudo, não demora para lermos novamente a respeito dos moabitas que, embora preocupados e temerosos quanto aos israelitas, e desejando o seu mal, por sua vez não eram considerados com a mesma desconfiança, prevenidos como estavam os israelitas de incomodarem Moabe. Tanto que, ao deter-se em Sitim, afirma-nos o texto sagrado, sem rodeios, que os filhos de Jacó se envolveram com os moabitas a ponto de se deixarem seduzir para pecar contra o Senhor, curvando-se a Baal-Peor, sacrificando e prostituindo-se perante os falsos deuses de Moabe. Tamanho pecado provocou grandemente a ira de Deus, que se manifestou na forma de uma terrível praga que rapidamente ceifou a vida de milhares de israelitas e que produziria efeitos que se estenderiam por muito tempo mesmo depois de cessada a praga (Nm 25.1-3, 5-9; Sl 106.28-29; cf. Js 22.17). Era necessário apaziguar a ira de Deus, torná-lO novamente propício ao Seu povo, reparando-se a injustiça pela punição dos transgressores – daqueles que haviam passado para o território de Moabe para pecar; daí a determinação tanto para que Moisés enforcasse os maiorais que haviam pecado, como para os juízes, isto é, os maiorais que não haviam pecado, matarem aqueles que haviam pecado dentre os homens sob sua responsabilidade imediata (Nm 25.4-5). Eis que então se apresenta, no meio da congregação, um israelita e sua mulher midianita, unidos não porque esta se convertera ao Deus de Israel, mas porque aquele se rebelara contra o Senhor e se unira à midianita em idolatria e prostituição. Não está claro se eles se achavam ali na esperança de se abrigarem da execução ordenada contra os transgressores, ou para apelarem aos sentimentos da congregação para que os perdoasse e tivesse misericórdia do casal – como se fosse pouco trazer morte e luto para a nação, que pranteava perante o Senhor. Seja como for, a afronta não passa despercebida a um dos sacerdotes – Finéias, filho de Eleazar – o qual, tomando uma lança, vai até eles, na tenda, e os atravessa a ambos, matando-os ali mesmo (Nm 25.6-8). Notemos que, sendo sacerdote, Finéias não estava ordenado a matar os transgressores, mas devia, na verdade, interceder e se compadecer deles. O caso, porém, era de um transgressor que, mesmo depois de contemplar a desgraça que havia causado ao seu povo, em clara desaprovação divina, ao invés de se arrepender e buscar expiação, preferiu insistir no erro, mantendo a mulher midianita e trazendo-a para o meio da congregação. Ao que o sacerdote, movido por puro zelo divino, agiu de tal modo coerente com a justiça de Deus que, ao matar o israelita com a midianita, fez propiciação por todo o povo, cessando então a praga, e ainda obtendo paz com Deus para si e seus descendentes. Com efeito, foi a melhor coisa que, como um sacerdote que desejava a salvação do seu povo da destruição que lavrava no meio da congregação, deveria ter feito naquela ocasião. Por esta causa, Finéias recebe a promessa de Deus de que o sacerdócio se manteria perpetuamente sobre a sua posteridade (Nm 25.11- 13; Sl 106.30-31). 

II – A SEGUNDA CONTAGEM DO POVO E O ANÚNCIO DA MORTE DE MOISÉS O livro de Números se inicia com a contagem do povo de Israel no segundo ano da sua saída do Egito, quando ainda estavam aos pés do monte Sinai; e agora se encerra com a contagem de uma nova geração, porquanto os que haviam participado do primeiro censo já haviam perecido no deserto – com exceção de Calebe e Josué. Algumas linhagens também não mais existiam, em razão da contenda na qual Datã e Abirão, com suas famílias, haviam perecido (Nm 26.1-4, 9-11, 51; cf. Nm 14.29-30). Esta seria a geração que herdaria a terra prometida, e portanto o Senhor determina dois princípios a serem seguidos na repartição da terra: primeiro, que as tribos mais numerosas recebessem uma porção maior, e as menos numerosas, uma porção proporcionalmente menor; e, segundo, que a distribuição fosse feita por sortes – sistema esse que não só prevenia que disputas surgissem sobre a preferência e precedência de uma tribo sobre a outra, mas também permitia que a providência divina tivesse a palavra final sobre a sorte de cada tribo na terra (Nm 26.52-56, 64-65). Contudo, esta tarefa não seria realizada sob a liderança de Moisés, que, conforme Deus já havia dito, não entraria na terra em razão da desobediência dele e de Arão por ocasião da contenda sobre as águas de Meribá. Tendo sido negada sua petição para passar o Jordão e ver a terra prometida, nada mais restava a este homem, que no mais havia cumprido fielmente sua missão, com zelo de Deus pelos filhos de Israel, senão ser recolhido em paz pelo Senhor, que havia sido com ele em todo o tempo, e não o abandonaria na morte, nem descuidaria sequer do seu corpo (cf. Nm 27.12-14; cf. Dt 3.24-25; 34.5- 6). Mas aqui vemos que, mesmo tendo a perspectiva de que sua missão estava completa, o profeta não demonstra menos preocupação com o povo eleito, rogando a Deus que constituísse um líder em seu lugar. Ao que o Senhor o orienta a constituir Josué, que já se havia mostrado fiel, principalmente em conduzir os israelitas nas guerras – que seriam frequentes após atravessarem o Jordão (Nm 27.18-23). 

III – A VINGANÇA DE DEUS CONTRA OS MOABITAS Voltamos agora nossa atenção para o capítulo 31, onde se nos relata a vingança exercida, ainda sob a liderança de Moisés, contra os moabitas (aqui chamados também de midianitas), tanto pela malícia e sutileza que haviam usado contra os israelitas, lançando o tropeço da prostituição e idolatria em seu caminho e fazendo-os pecar e serem castigados por Deus; como também pela sua tentativa anterior frustrada de enfraquecê-los através de maldição. Não apenas os moabitas foram vencidos com um pequeno exército formado por mil homens de cada tribo (demonstrando que a força de Israel não estava no grande número dos seus exércitos), como também foram mortos alguns dos seus reis, e, para surpresa do leitor, menciona-se novamente Balaão que, ainda ávido pelo galardão da injustiça, parece ter voltado da sua terra com um novo plano para amaldiçoar os israelitas, sem precisar contrariar a palavra expressa de Deus (Nm 31.1-8; cf. Ap 2.14). Eis que este homem, tendo sido livrado uma vez da loucura do seu caminho por uma mula, desta vez a ninguém mais teve para impedi-lo de receber a justa paga da sua transgressão. 

CONCLUSÃO Assim concluímos a parte narrativa de Números, onde percebemos a excelência do ministério de Moisés, que foi fiel sobre toda a casa de Deus, assegurando-se de que Israel estava preparado para entrar na terra prometida, antes de finalmente poder subir ao monte, de onde seria recolhido em paz.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


12 setembro 2024

011-Deus impele a Balaão a abençoar Israel - Lição 11 [Pr Afonso Chaaves] 11set2024

 

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 11 

DEUS IMPELE BALAÃO A ABENÇOAR ISRAEL 

TEXTO ÁUREO: “Povo meu, ora, lembra-te da consulta de Balaque, rei de Moabe, e do que lhe respondeu Balaão, filho de Beor, desde Sitim até Gilgal; para que conheças as justiças do Senhor” (Miquéias 6.5) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 24.1-9, 15-19 

INTRODUÇÃO Nos capítulos 22 a 24, temos a conhecida história de como Balaão, chamado por Balaque, rei dos moabitas, para amaldiçoar os israelitas, foi autorizado por Deus para atender a esse chamado, não para cumprir o seu propósito, mas o propósito de Deus, que era, não amaldiçoar o povo eleito, mas abençoá-lo – para desespero dos moabitas e de todos os adversários de Israel. Além dos vislumbres proféticos sobre o futuro do povo de Deus, esta história também perpetua a triste memória de um profeta que amou as riquezas deste mundo mais do que a Deus e que eventualmente colheu o salário da sua transgressão. 

I – O DESESPERO DOS MOABITAS E O CHAMADO DE BALAÃO Os israelitas haviam marchado seguindo o caminho dos espias e, após contornarem os termos de Moabe, pelo deserto, haviam chegado às campinas ao norte do território moabita, do lado oriental do rio Jordão, na altura de Jericó (Nm 22.1). Podemos supor que teriam já atravessado o rio e entrado em Canaã, não fosse a resistência oferecida por Seom, rei dos amorreus, que habitavam aquela terra; mas o que aconteceu veio de Deus, que deste modo desalojou um povo abominável daquela terra e legou a Israel parte do território ao oriente do Jordão. De qualquer modo, o fato dos israelitas ainda se acharem acampados ali não representava perigo para Moabe, uma vez que haviam sido proibidos de contender com esse povo ou de tomar suas terras (cf. Dt 2.8-9, 30-31). Porém, ignorando essa restrição divina, e pelo temor que a completa destruição dos amorreus havia suscitado em seus corações, Balaque, rei dos moabitas, prevê e convence tanto o seu povo como os midianitas, que habitavam o deserto nas imediações de Moabe, de que poderiam ser os próximos povos a serem destruídos por Israel (Nm 22.2- 4). É importante observar que Balaque, apesar de considerar a grandeza numérica do povo de Israel, atribui as vitórias dos israelitas à intervenção divina, de modo que sua esperança de vencê-los está em conseguir, primeiramente, que estes sejam amaldiçoados – perdendo assim o favor de Deus. Não que o rei dos moabitas conhecesse o Deus verdadeiro, mas, ao mandar buscar Balaão, em Petor, “junto ao rio” (isto é, o Eufrates), implicitamente Balaque admitia a derrota dos deuses dos cananeus e dos seus adivinhos frente ao Deus de Israel, mal sabendo que a eficácia das bênçãos e maldições de Balaão se devia ao fato de que este era profeta do mesmo Deus. De fato, a atitude inicial de Balaão reflete esse relacionamento, na dependência da palavra do Senhor para saber o que deveria fazer, e na prontidão (ao menos aparente) em proceder conforme ordenado, recusando-se a amaldiçoar o povo de Israel e a acompanhar os enviados dos moabitas (Nm 22.5-13). Contudo, rapidamente se revela o que havia no coração desse profeta, pois, a uma segunda e mais tentadora oferta apresentada pelos moabitas, Balaão, ao invés de se acomodar à palavra já declarada por Deus e agir de acordo com a sua aparente convicção: “Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado do Senhor, meu Deus” (Nm 22.18); começa a dar sinais de que desejava a recompensa de Balaque e, por consequência, que a vontade de Deus fosse outra, e que, por alguma razão não declarada, ainda poderia ouvir uma palavra diferente da parte de Deus que lhe facilitasse alcançar o galardão, mesmo que isto implicasse em amaldiçoar aqueles que Deus havia abençoado (Nm 22.15-19). A permissão que ele recebe, portanto, para acompanhar os mensageiros de Balaque, nada mais é que o Senhor entregando o profeta aos desejos do seu próprio coração, mas não sem antes repreendê-lo pela sua teimosia através do conhecido episódio envolvendo a mula, à qual foi dada capacidade para falar e revelar como o profeta havia sido cegado pelo prêmio e para a injustiça que estava disposto a cometer, alertando-o do perigo de se opor aos desígnios de Deus (Nm 22.22-34; 2 Pe 2.15-16; Jd 11). 

II – OS ARRANJOS FRUSTRADOS PARA AMALDIÇOAR ISRAEL Assim que Balaque e Balaão se encontram, temos um diálogo interessante, onde o profeta previne o rei dos moabitas que, apesar de ter vindo até ele, não poderia assegurar que os israelitas seriam amaldiçoados: “poderei eu agora de alguma forma falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, esta falarei” (Nm 22.38). Esta, porém, era a penosa admissão de um homem que não desejava contrariar abertamente ao Senhor e ao mesmo tempo esperava mudar o conselho de Deus, a fim de que pudesse receber a recompensa de Balaque – eis a razão de Balaão aceitar três vezes imprecar sobre Israel o que esperava poderia resultar em maldição, mas que o Senhor surpreendentemente converteu em ocasião para declarar ainda maior benção sobre o Seu povo (Nm 23.3, 11-12, 15, 25-26; cf. Dt 23.5). Nesse processo, enquanto Balaque parece entender que era apenas por um capricho de Deus que o profeta ainda não havia conseguido amaldiçoar Israel, daí procurando outros locais para construir o altar e oferecer sacrifícios que parecessem mais favoráveis à divindade; notamos que o próprio Balaão pouco a pouco se convence da imutabilidade do conselho do Todo-poderoso, e de que a bênção de Deus sobre Israel não era uma concessão pontual e temporária, mas um propósito eterno pelo qual não apenas esta nação havia se tornado poderosa e chegado até aquele local, mas pelo qual ela ainda conquistaria todos os seus inimigos: “Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como detestarei, quando o Senhor não detesta?”, “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar” (Nm 23.8, 13, 19-20, 27). 

III – O FUTURO GLORIOSO DE ISRAEL Em uma terceira tentativa de propiciar a Deus e obter o que desejava, o rei dos moabitas edifica novo altar e oferece os sacrifícios segundo a orientação de Balaão, mas, desta vez, notamos que, ao invés de afastar-se para usar de encantamentos, o profeta adota uma postura de contemplação, convicto de que nenhum esforço seu resultaria em mudança no propósito de Deus de abençoar Israel. Assim, a partir desta contemplação, a palavra de Deus vem sobre Balaão tanto reafirmando as bênçãos anteriormente declaradas como revelando o futuro glorioso reservado a Israel e o terrível destino dos povos que se fizeram seus inimigos (Nm 24.1-2). Depois dessa tentativa de prejudicar Israel, os moabitas não apenas seriam proibidos de entrar na congregação do Senhor, mas seu destino como povo estaria selado para destruição, que começou a se cumprir sob o reinado de Davi e se completaria quando da restauração de Judá do cativeiro (Nm 24.17; cf. Dt 23.3-5; 2 Sm 8.2; Ez 25.8-11). A estrela que procederá de Jacó, o cetro que subirá de Israel sem dúvida é uma referência imediata a Davi, que, por sua vez, é tipo ou figura de Cristo, o Filho de Davi, o qual se assentou no trono para reinar eternamente, ao qual todos os reis da terra deverão se submeter, ou do contrário serão destruídos (cf. Sl 2; Lc 1.32-33, 1 Co 15.24). 

CONCLUSÃO Embora este episódio tenha transcorrido à margem do que se passava no acampamento de Israel, a figura mais destacada na narrativa sendo um profeta de uma terra distante, nele vemos que nenhum esforço dos inimigos pode fazer a mão de Deus se encolher para abençoar o Seu povo, e que nos conservaremos sob Sua bênção se tão somente nos mantivermos em harmonia com o Seu propósito através de uma sincera obediência. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA

05 setembro 2024

010-Preparação para a conquista da terra - Lição 10 [Pr Afonso Chaves]04set2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 10 

PREPARAÇÃO PARA A CONQUISTA DA TERRA 

TEXTO ÁUREO: “Neste dia, começarei a pôr um terror e um temor de ti diante dos povos que estão debaixo de todo o céu; os que ouvirem a tua fama tremerão diante de ti e se angustiarão” (Deuteronômio 2.25) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 21.1-3, 21-25 

INTRODUÇÃO Após a inóspita recepção dos edomitas, que proibiram a passagem pelas suas terras, e a lamentada perda de Arão, o povo de Israel prossegue sua jornada, ainda sob a liderança de Moisés, em direção à terra de Canaã, e trava seus primeiros embates com os seus habitantes – providencialmente começando a cumprir a determinação de Deus de exterminar e desalojar os cananeus e outros povos que haviam se tornado abomináveis e indignos de permanecer naquela terra. 

I – UMA VITÓRIA ANTECIPADA CONTRA OS CANANEUS Tendo sido impedidos pelos edomitas de prosseguirem viagem através de sua terra, os israelitas desviaram sua rota margeando pelos limites de Edom, passando primeiramente pelo monte Hor e seguindo o mesmo caminho que os espias, quase quarenta anos antes, haviam percorrido para espiar a terra de Canaã. Mas, ao passo que os espias conseguiram passar despercebidos pela terra, ou talvez somente tardiamente se descobriu que os israelitas haviam passado por ali; a marcha de todo o povo de Israel não podia deixar de ser notada. Como bem sabemos, os cananeus temiam Israel pelos feitos que Deus havia operado em seu favor no Egito – e, na medida em que aquele povo se aproximasse de Canaã e começasse a destruir os seus reis, mais os cananeus se inquietariam (Ex 15.15-16; Js 2.8-11). Assim, ao receber notícias da aproximação dos israelitas, o rei de Arade – uma cidade próxima ao monte Hor, ao sul, já na terra de Canaã – resolve se antecipar e vai ao encontro de Israel para combatê-lo, provavelmente apanhando-os de surpresa, de maneira que alguns israelitas são feitos prisioneiros e levados pelos cananeus (Nm 21.1). Este ocorrido poderia ter causado grande comoção e até mesmo murmuração por parte do povo, pois parecia um revés diante da perspectiva da entrada iminente na terra prometida e da vitória sobre os cananeus que os aguardava. Os israelitas ainda não haviam enfrentado nenhum daqueles povos, sabiam que teriam de combatê-los, mas talvez não esperassem que sua primeira batalha ocorresse fora do território dos cananeus. Mesmo assim, lemos que, ao invés de frustração, essa adversidade despertou a confiança dos israelitas no poder de Deus para cumprir a Sua promessa, levando-os a votar: “Se totalmente entregares este povo na minha mão, destruirei totalmente as suas cidades”. Embora a determinação divina de destruir os cananeus já tivesse sido declarada antes, agora eles compreendiam e desejavam cumpri-la sem reservas – e esta disposição agradou ao Senhor que, a seu tempo, entregaria todos aqueles povos nas mãos de Israel para que suas cidades fossem aniquiladas – o que eles cumpriram em grande parte, especialmente sob a liderança de Josué (Nm 21.2-3; cf. Js 12.7-24). 

II – AS SERPENTES ARDENTES A uma grande demonstração de ânimo e confiança em Deus diante da adversidade segue-se um revés na fé dos israelitas. Tendo partido do monte Hor, e seguindo pelo caminho dos espias, a marcha do povo começou a parecer particularmente angustiante, e mais uma vez se mostraram fracos e suscetíveis às dificuldades naturais do deserto, não obstante a providência divina que os sustentava e nada lhes deixava faltar de essencial à sua sobrevivência. De fato, aquela geração também precisava aprender que “o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do Senhor”, mas só assimilariam esta lição a duras penas: após murmurarem contra Deus, alegando que não tinham pão  nem água e, deste modo, injuriando o maná – e, indiretamente, a água da rocha que os seguia – o Senhor os castiga permitindo que serpentes ardentes se infiltrassem no arraial dos israelitas e os picassem mortalmente. Assim perceberiam que jamais o Senhor deixou não apenas de prover o essencial – pão e água – mas também de protegê-los miraculosamente contra os perigos mais comuns e frequentes do deserto (Nm 21.4-6; cf. Dt 8.15). Contudo, rapidamente o povo reconhece o seu pecado e se dirigem, arrependidos, a Moisés, suplicando pela misericórdia de Deus, para que os livrasse das serpentes; ao que o Senhor responde com uma provisão maravilhosa e rica em simbologia e significado espiritual. Notemos que, ao invés de retirar as serpentes dentre os israelitas, o Senhor as mantém – por quanto tempo, o texto não o diz – e providencia um remédio, uma salvação eficaz contra a peçonha mortal: a serpente de bronze, erguida numa haste, para a qual todo aquele que fosse picado deveria olhar para que fosse curado e não perecesse (Nm 21.7-9). Tratava-se, evidentemente, de um ato que exigia do israelita fé, não na serpente de bronze, mas em Deus que, por esse sinal visível, demonstrava que estava removendo o pecado do meio do Seu povo, levantando-o no patíbulo para morrer, resultando daí em cura, em salvação para todo aquele que, em obediência ao chamado divino, contemplasse o símbolo. Em segundo lugar, e não menos importante, este episódio aponta para a futura crucificação do Redentor, nosso Senhor Jesus Cristo, que de modo igualmente único seria levantado da terra, para levar em Seu próprio corpo o pecado do mundo, aniquilando-o no madeiro, para que todo o que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.14-16; 1 Pe 2.24; Hb 9.26). 

III – VITÓRIA SOBRE OS AMORREUS Na medida em que avançam pelo sul, os israelitas se aproximam da terra dos moabitas, situada entre o Mar Morto e o deserto. Como o Senhor lhes havia ordenado que não incomodassem Moabe e Amom – pois, assim como Edom, eram povos cujas terras haviam sido recebidas em herança da parte do Senhor – o povo de Israel precisou rodear a terra de Moabe pelo deserto até alcançar o rio Arnom, que demarcava o limite norte do território moabita com a terra dos amorreus, do lado oriental do rio Jordão (Nm 21.10-13; Dt 2.17-19). Dali, avançaram até “o vale que está no campo de Moabe, no cume de Pisga, à vista do deserto”, que seria a parada final do povo de Israel em sua jornada, antes de marcharem em direção ao Jordão para atravessá-lo e adentrar a terra prometida; e também o local de onde Moisés, após proferir suas últimas palavras ao povo, seria recolhido por Deus no cume do monte (Dt 3.27). Segue-se então o relato da batalha travada contra Seom, rei dos amorreus, e Ogue, rei de Basã – cujas terras situavam-se ambas do lado oriental do Jordão e, respectivamente, ao norte de Moabe (onde Israel encontrava-se acampado) e ao norte de Amom. Notemos que, mesmo sendo o propósito de Deus destruir os amorreus em razão das suas abominações, que os havia tornado indignos de permanecerem na terra, o Senhor ainda propôs condições pelas quais esse povo poderia ter subsistido; mas os amorreus rejeitaram uma passagem pacífica de Israel pelas suas terras, preferindo sair ao seu encontro de forma ainda mais violenta que Edom – o que ensejou a destruição de Seom e seu povo (Gn 15.16; Nm 21.21- 25; cf. Dt 2.24-37). De modo semelhante, os amorreus que habitavam em Basã, e que tinham por rei um gigante, não foram menos inóspitos, saindo ao encontro de Israel para combatê-lo, apenas para encontrarem sua total derrota e aniquilação do seu povo (Nm 21.33-35; Dt 3.1-11). 

CONCLUSÃO Aquela nova geração estava começando a testemunhar o cumprimento da grandiosa promessa de Deus que seus pais não puderam alcançar, e mesmo estando sujeitos a fraquejar pelo desânimo e incredulidade, a boa palavra de Deus prevaleceria, e ao menos Israel saberia que, enquanto fossem fiéis e confiassem no Senhor, nenhuma ameaça ou dificuldade teriam a temer, pois caminhariam sempre de vitória em vitória.

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA

29 agosto 2024

009-Contenda nas águas de Meribá - Lição 09[Pr Afonso Chaves]28ago2024

 

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 9 

CONTENDA NAS ÁGUAS DE MERIBÁ 

TEXTO ÁUREO: “E o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Porquanto não me crestes a mim, para me santificar diante dos filhos de Israel, por isso não metereis esta congregação na terra que lhes tenho dado” (Números 20.12) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 20.1-13 

INTRODUÇÃO O escritor sagrado pouco fala a respeito do que sucedeu nos quarenta anos de peregrinação do povo no deserto, pois a partir do capítulo 20 nos encontramos já no final desse período, e os eventos narrados em continuidade dizem respeito a uma nova geração de israelitas que tem um breve caminho para seguir até Canaã. Contudo, o livro de Números nada tem de monótono ou previsível para nos contar ainda, na medida em que o descanso ainda não foi alcançado, e o povo caminha em meio ao deserto e uma terra estranha, com não poucos obstáculos e inimigos, sendo que os mais perigosos se encontram entre eles mesmos, em seus próprios corações – mesmo dos homens mais insuspeitos. 

I – LEIS SOBRE O SACERDÓCIO E A PURIFICAÇÃO Após o sinal miraculoso confirmando aqueles que realmente haviam sido escolhidos para exercer o sacerdócio, e o terrível juízo infligido contra os que ousaram se aproximar do santuário para oferecer incenso sob a pretensão de não precisarem ser especialmente chamados por Deus para isto; o Senhor declara, no capítulo 18, que Arão e seus filhos, uma vez confirmados na sua responsabilidade em relação ao sacerdócio, responderiam por qualquer violação ao seu ministério, bem como ao santuário, devendo, portanto, zelar pela exclusividade do seu chamado: “levareis sobre vós a iniquidade do santuário” e “a iniquidade do vosso sacerdócio”. Do mesmo modo, a função dos levitas é delimitada e confirmada quanto ao dever de guardarem o santuário e o sacerdócio contra a aproximação de qualquer estranho: “eles farão a tua guarda, a guarda de toda a tenda”. O capítulo prossegue descrevendo as provisões feitas por Deus em favor tanto dos sacerdotes como dos levitas, uma vez que ambos haviam sido chamados para um ministério voltado não para o seu interesse particular, mas para o interesse de todo o Israel; logo, ao designar o sustento dos sacerdotes através das ofertas, e dos levitas através dos dízimos, ambos trazidos pelo povo ao tabernáculo, o Senhor indica a honra inerente a estas funções e estabelece o princípio que será sempre válido em relação a todo aquele que ministra nas coisas de Deus: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9.11-14; 1 Tm 5.17- 18; Lc 10.7). Em vista da exclamação de terror do povo: “Todo aquele que se aproximar do tabernáculo do Senhor, morrerá; seremos, pois, todos consumidos?” (Nm 17.13) e da matança que havia resultado da contradição de Coré, Datã e Abirão; no capítulo 19, o Senhor os instrui sobre como deveriam se lembrar da santidade do santuário, que estava no meio deles, e como deveriam cuidar para que não fossem achados impuros e assim o profanassem, especialmente pelo contato com os mortos (Nm 19.11, 14-16). Notemos que esse tipo de impureza era mais grave que aquela contraída pelo contato com a carcaça de um animal, pois não apenas durava sete dias, como também todos os envolvidos no processo de preparação da água com as cinzas da bezerra oferecida em expiação ficavam contaminados (Nm 19.2-7, 17-19). Portanto, visto sua natureza altamente contagiosa, e sua imprevisibilidade – podendo a qualquer momento, e inadvertidamente, um israelita entrar em contato com um morto – a água da purificação representava a necessidade de purificação, mais do que de pecados particulares, da própria condição ou natureza decaída do homem, para que este possa comparecer e ser aceito diante de Deus (Hb 9.11-14; 10.19-23).  

II – A CONTENDA EM MERIBÁ O capítulo 20 se inicia registrando brevemente a ocasião da morte de Miriam, com o que podemos observar que Israel já se encontrava no final daqueles quarenta anos a que fora sentenciado a peregrinar no deserto – dos quais a maior parte eles haviam passado acampados em Cades, no deserto de Zim (cf. Dt 1.46; 2.1-3). E, antes de partirem, neste local ainda se dá um novo episódio de contenda do povo, no qual o próprio Moisés, em razão de um ato precipitado, será repreendido por Deus. Lembremos que, quando saíram do Egito, antes de chegarem ao monte Sinai, os israelitas já haviam murmurado pela falta de água, e ali o Senhor havia feito água brotar da rocha para matar a sede do povo. Embora também tenha recebido o nome de Meribá (que significa “contenda”), aqui estamos diante de um local diferente e de uma segunda vez em que o povo reclama da falta de água, como se o Senhor não pudesse suprir suas necessidades (cf. Nm 20.2-6; cf. Ex 17.1-7). Ao que o Senhor aparece a Moisés e Arão, desta vez não para castigar os murmuradores, pois já não se tratava, ao menos em grande parte, da mesma geração que havia saído do Egito; embora fosse tão perversa e inclinada à incredulidade e murmuração quanto a anterior. Desta vez, o Senhor manda Moisés falar à rocha, e não feri-la, como havia feito na primeira ocasião aos olhos dos anciãos de Israel; e isto para que o milagre fosse ainda mais evidente aos olhos daquele povo. Mas, ao invés de fazer como Deus havia ordenado, Moisés falou ao povo e feriu a rocha, e isto, como o próprio Deus o diz, foi motivado por incredulidade – o que provocou tamanha indignação contra ele e seu irmão Arão que ambos foram privados da honra de entrar e fazer o povo herdar a terra de Canaã. Mesmo o fato de que essa atitude precipitada foi impulsionada pela rebeldia do povo e mesmo a súplica posterior deste profeta tão chegado a Deus não mudariam o seu veredito (Nm 20.12; Dt 1.37; 3.26; cf. Sl 106.32-33). A grande lição deste capítulo sem dúvida é a da importância de conservar a fé no Senhor Jesus até o fim, e não permitir que a incredulidade de outros arrefeça o nosso espírito, ou nos induza a tomar atitudes motivadas por sentimentos carnais (Hb 3.12-14; Tg 1.19-20). 

III – EDOM NEGA PASSAGEM A ISRAEL O capítulo se encerra com dois episódios distintos. O primeiro relata como os israelitas, já a caminho de Canaã, tiveram negada sua passagem pelas terras de Edom. De fato, estes saíram ao encontro de Israel, como havia feito antes seu patriarca em relação a Jacó, quando este voltava de PadãHarã com sua família, prontos a resistir-lhes com violência (Nm 20.20-21). Este seria apenas um dos episódios de vingança e ressentimento que este povo guardaria contra seus irmãos até o dia em que pudessem exercê-la friamente; quando então o Senhor os visitaria e exerceria seu juízo (cf. Ez 25.12-14). O segundo episódio diz respeito à morte de Arão, onde destacamos como o Senhor havia usado de misericórdia para com este homem, perdoando-o no caso do bezerro de ouro, bem como na murmuração contra Moisés; mas, assim como seu irmão, não poderia entrar em Canaã em razão da contenda de Meribá, onde deveria ter perseverado na palavra do Senhor (Nm 20.24). Notemos também que, por outro lado, Arão era muito querido pelo povo, sendo lamentado e certamente lembrado pelas tantas ocasiões em que havia intercedido por Israel e perseverado fielmente em seu ministério sacerdotal. Assim, nos aproximamos do fim daquela geração que havia saído do Egito, restando apenas Moisés, Josué e Calebe – dos quais apenas estes últimos, eventualmente, entrariam em Canaã. 

CONCLUSÃO Nenhum momento da jornada serve ao desânimo; seja no começo, no meio ou próximo ao fim, o dever de perseverar é o mesmo, perigos e tentações sempre haverá, mas aquele que guardar sua confiança e esperança verá muitas coisas se cumprindo nesta vida, e alcançará, na eternidade, entrada no descanso de Deus.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA