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LIÇÃO 7
JESUS CONFRONTA A FALSA RELIGIOSIDADE
TEXTO ÁUREO: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mateus 23.13)
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 23.1-13
INTRODUÇÃO Tendo estudado algumas características fundamentais dos ensinos de Cristo, na presente lição vamos estudar o embate resultante do confronto entre o Seu ensinamento com o dos fariseus. De um lado estava Jesus, instando uma legítima espiritualidade baseada no amor e na prática da verdade; do outro, os fariseus, habituados a uma religiosidade exterior baseada em uma interpretação equivocada das Escrituras e obscurecida por suas tradições, e mais preocupados em manter uma aparência de piedade diante dos homens. O confronto entre ambos seria inevitável, pois a diferença essencial entre ambas as formas de ensino era que um não passava de religiosidade morta, enquanto o outro consistia no princípio indispensável para a verdadeira vida com Deus.
I – CONFRONTANDO A HIPOCRISIA (MT 23.1-4) A cadeira de Moisés significava a autoridade para interpretar e ensinar a Lei que os escribas e fariseus reivindicavam para si. No passado, era aos sacerdotes e profetas que incumbia essa autoridade, mas, nos dias de Jesus, eram os escribas (aqueles que copiavam as Escrituras) e fariseus (que eram extremamente rigorosos na aplicação da Lei) que exerciam maior influência na formação religiosa do povo, através de seus mestres ou doutores que eram chamados de rabinos. Contudo, A influência destas autoridades religiosas sobre os judeus naquela época era extremamente forte e, por isso, nesta passagem vemos o Senhor confrontando diretamente suas interpretações distorcidas da Lei, bem como as novas regras por eles acrescentadas ao código mosaico. Eles cultivavam uma mentalidade do tipo “dois pesos e duas medidas”, visto que impunham maior rigor sobre seus discípulos no tocante ao cumprimento da Lei, do que sobre eles mesmos. Os fariseus e escribas manejavam a Lei conforme lhes era conveniente, e não com temor de Deus; seu ensino era, de fato, um fermento que contaminava a pura e verdadeira palavra de Deus (Mt 16.6-12; 15.1-3, 7-11, 17-20). A hipocrisia desses líderes religiosos era tão explícita que acabava servindo de pedra de tropeço para o povo comum, que não observava nos escribas e fariseus a prática do que eles mesmos ensinavam, fazendo a Lei de Deus parecer um fardo pesado e insuportável, cuja obediência era desestimulada pela negligência desses líderes. Assim, em lugar da idolatria que antes havia sido a maior causa de tropeço do povo de Deus, nos tempos de Jesus era a hipocrisia que havia se tornado um dos grandes pecados de Israel, que o Senhor teve de confrontar e condenar diversas vezes. Ao que parece, a vergonha moral dos antepassados do povo de Deus havia sido substituída por um orgulho derivado de uma falsa religiosidade, destituída de genuína virtude interior (Lc 16.13-18; Jo 8.31-37; 9.26-34).
II – CONFRONTANDO O AMOR AO LOUVOR DOS HOMENS (MT 23.5-12) Um dos aspectos principais da falsa religiosidade dos escribas e fariseus combatidos por Jesus era o amor que tinham pelo louvor dos homens, ou pela gloria deste mundo. Toda performance religiosa dos escribas e fariseus visava impressionar as pessoas à sua volta e obter o seu reconhecimento, que recebiam na forma de elogios, convites, privilégios e posições de destaque na sociedade. Os escribas e fariseus se consideravam como pertencentes a uma classe de pessoas notáveis e superiores e, por isso, exigiam que seus compatriotas os tratassem com a máxima reverência (Mt 6.1-7, 16-18; Jo 5.37-47; 12.42, 43). Sendo assim, Cristo Jesus, o verdadeiro Mestre de Israel, ao confrontar a hipocrisia desses líderes religiosos, também expõe a causa dessa atitude tão reprovável e escandalosa – qual seja, eles assim agiam porque não buscavam a glória que vem de Deus, segundo a qual teriam ensinado e vivido de acordo com a verdade, e servido ao próximo em humildade, que é a característica do verdadeiro mestre no reino dos céus. Tudo o que desejavam era uma justiça de que pudessem se gloriar diante dos homens, e a riqueza e poder advindos desse reconhecimento. O amor à proeminência sempre resultará em alguma forma de manipulação e opressão, enquanto o genuíno amor ao próximo resultará em serviço humilde. Por isso Jesus é o modelo perfeito de liderança, pois toda a Sua vida foi movida pela glória Deus e pelo serviço de amor ao próximo (Jo 13.12-17; Lc 22.24-27).
III – CONFRONTANDO OS FRUTOS DA FALSA RELIGIOSIDADE (MT 23.13-36) A mentalidade religiosa vigente entre os judeus, graças à hipocrisia e amor à glória deste mundo dos seus mestres, reproduzia e perpetuava hábitos reprováveis cuja gravidade era um claro indício do quão distantes e separados os israelitas estavam de Deus e de como a religião, quando deturpada por falsos mestres, pode, ao invés de conduzir o homem a Deus, levá-lo em sentido diretamente oposto. O conhecimento e a posição influente dos escribas e fariseus acabaram servindo como meios para que eles manipulassem e explorassem a boa-fé de viúvas ingênuas, usar o nome de Deus em vão em juramentos sem real significado, valorizar a prática exterior da Lei ao verdadeiro espírito de piedade e santificação para com Deus; perpetuar a desonra aos verdadeiros profetas de Deus como fizeram os seus antepassados (Jo 9.13-17; 5.16-18; 10.25-31). Finalmente, o fruto mais terrível dessa atitude religiosa, que, tanto mais pretendendo se passar por religião é ainda mais afrontosa a Deus, seria o próprio castigo que estava reservado àquele povo por se recusar a dar ouvidos à verdade; lamentavelmente, a hipocrisia e o amor à glória deste mundo falaram mais alto no coração da maioria dos judeus, até que a justiça e a ira de Deus os alcançaram. E assim, a partir do que sucedeu a este povo, Jesus já antecipou para todo aquele que deseja entrar no reino dos céus que, do mesmo modo, a verdadeira religião consiste em amar e praticar a piedade, e não simular sua aparência perante os homens; e que tem mais valor para Deus aquele que busca a verdadeira justiça, do que aquele que simula não precisar buscá-la por acreditar tê-la (Mt 21.28-32; Lc 15.7, 10).
CONCLUSÃO Precisamos considerar com muito cuidado todo confronto promovido por Cristo aos falsos ensinamentos dos fariseus e escribas para que nos guardemos contra as perversões da falsa religiosidade cometidas em nossa geração. Não podemos nos esquecer de que também um juízo mais severo está reservado para aqueles que devem ensinar o caminho da verdadeira religião aos homens, não apenas pelas suas palavras, mas pelo seu exemplo.
PARA USO DO PROFESSOR
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