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LIÇÃO 5
INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS
TEXTO ÁUREO: “O povo que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e aos assentados na região e sombra da morte, a luz raiou” (Mateus 4.16)
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 4.17-25
INTRODUÇÃO Após ter se apresentado junto às águas do Jordão para ser batizado, e ali ter recebido os testemunhos tanto do precursor, João, como do próprio Deus, Jesus havia sido publicamente manifestado a Israel, e em breve começaria o Seu ministério que, desde o início, seria assinalado com grande autoridade e poder. Antes, porém, de caracterizarmos alguns desses feitos, queremos nos deter em dois episódios de especial importância para o início do ministério de Jesus: a tentação no deserto e a escolha dos primeiros discípulos, ou apóstolos.
I – VITÓRIA SOBRE O DIABO NA TENTAÇÃO (MT 4.1-11) Os três evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) informam-nos que, quase imediatamente após o batismo, o Senhor Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo diabo. Portanto, o propósito deste relato é demonstrar que, uma vez achado na semelhança da nossa carne e natureza, Cristo devia ser tentado em todas as coisas, assim como nós, mas sem pecado, a fim de provar ser fiel sumo sacerdote, capaz de efetuar a eterna e perfeita salvação dos pecadores (cf. Hb 2.18; 4.15). Embora não seja o primeiro, nem o último confronto entre o Salvador e o diabo registrado nos Evangelhos, este é o episódio que melhor ilustra a vitória de Cristo sobre o diabo na tentação – naquilo em que a humanidade, representada em Adão e Eva, havia sido vencida pela antiga serpente. E, ainda que Cristo não poderia ser tentado pelo mal como são os filhos dos homens, as tentações com que Satanás o assaltou nesta ocasião são típicas e representativas de toda forma de engodo pelo qual o pecado se manifesta no mundo (cf. 1 Jo 2.16). Assim, na primeira tentação, Satanás se vale da fome que o Salvador experimentou ao final dos quarenta dias de jejum naquele deserto para sugerir que Ele usasse Seu poder, como Filho de Deus, para saciar a fome, que sem motivo aparente estava sofrendo: “Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães”. Mas a resposta de Cristo reflete Sua total confiança na palavra de Deus, e que não fora sem propósito que o Espírito Santo havia impelido Jesus até o deserto e O submetido àquela privação, que, em seu tempo, certamente seria suprida por Deus (Dt 8.1-5; cf. Mt 4.11; Mc 1.13). Procurando desvirtuar essa confiança, o diabo sugere que Jesus poderia então livremente se expor a qualquer perigo, uma vez que a mesma palavra de Deus assegurava absoluta e constante proteção ao Filho de Deus em todos os seus caminhos: “Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra”. Cristo rechaça esta sugestão por ser tão contrária à natureza de Deus quanto a anterior, pois seria o mesmo que testar a fidelidade e bondade de Deus por mera vaidade ou presunção. Por fim, o diabo oferece uma proposta ao Salvador: conceder-Lhe os reinos deste mundo, e a sua glória, em troca de um simples ato de adoração; ao que Cristo repele o adversário por tão afrontosa injúria ao mandamento: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (cf. Dt 6.13).
II – OS PRIMEIROS DISCÍPULOS (LC 5.1-11) À luz do relato de João, os primeiros discípulos de Jesus foram apresentados a Ele logo nos primeiros dias após o Seu batismo junto ao Jordão, pois ali se achavam como ouvintes e seguidores de João Batista (Jo 1.35-40; Lc 4.37-44). Assim, o milagre que Lucas apresenta no texto em epígrafe ocorreu em um momento posterior, quando Jesus já vinha sendo seguido por uma crescente multidão, dentre a qual se distinguiam esses discípulos, que ainda exerciam sua profissão de pescadores (cf. Lc 4.14-15; Mt 4.12; Mc 1.14-15). Embora todos os três sinóticos relatem a chamada de André e Pedro, Tiago e João, somente Lucas nos oferece um contexto mais detalhado do milagre que lhe serviu de ocasião, permitindo-nos vislumbrar como aqueles pescadores foram impactados pelo poder de Cristo, a ponto de abandonarem sua atividade ordinária para seguirem, sem reservas, a missão extraordinária para a qual o Senhor os capacitaria (cf. Mt 4.18-22). Notemos, porém, que somente em um momento posterior, estes e mais alguns seriam separados por Cristo dentre a multidão daqueles que O seguiam e nomeados como apóstolos – mais precisamente, por ocasião do chamado “Sermão do Monte” (cf. Lc 6.12-16). Destes doze, conhecemos ainda o relato acerca da chamada de Mateus (ou Levi), que havia sido um publicano (cobrador de impostos para o Império Romano), e de Filipe e Natanael (Lc 5.27-29; Jo 1.43-51).
III – O PRIMEIRO SINAL MIRACULOSO (JO 2.1-11) Já observamos que o ministério público de Cristo caracterizado nos evangelhos sinóticos tem como ponto de partida o aprisionamento de João – quando então Jesus deixa a Judéia, onde já fazia discípulos e inclusive batizava, e passa a ministrar mais abundantemente nas cidades em torno do Mar da Galileia, onde pregava, ensinava e operava milagres, atraindo uma imensa multidão, tudo em cumprimento à profecia (cf. Jo 3.22-24; Mt 4.12-17, 23-25). Contudo, o primeiro milagre operado por Jesus foi testemunhado por um público bem menor, ainda que não tenha sido menos eficaz em revelar o poder e a glória de Cristo. É João quem nos relata que, ainda nos primeiros dias após ter sido batizado, Jesus, encontrando-se na Galileia, foi convidado a uma festa de casamento que se realizava em Caná. Ali, segundo a narração do evento, em presença de Seus discípulos, o Senhor operou o milagre da transformação da água em vinho, que não apenas assegurou que as bodas se celebrassem com a devida alegria, proporcionando aos convidados uma quantidade abundante de um vinho excelente; mas também surpreendeu os discípulos com uma primeira demonstração do poder de Cristo sobre a natureza e a matéria – isto é, Seu poder de operar milagres – mediante o qual passaram a crer verdadeiramente n’Ele (Jo 2.1-11).
CONCLUSÃO Os acontecimentos que assinalam o início do ministério de Jesus apontam também para a consumação da Sua obra, pois na tentação temos o prenúncio da Sua vitória final sobre o diabo na cruz; na chamada dos discípulos, a preparação daqueles que levariam a boa nova da salvação até os confins da terra; e, nos primeiros milagres, a demonstração da virtude do reino dos céus, que havia primeiramente se manifestado em Cristo, mas que Ele prometeu que acompanharia, até o fim, aqueles que n’Ele cressem.
PARA USO DO PROFESSOR
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