09 julho 2025

002-Deus (Seu ser e atributos) - Lição 02[Pr Afonso Chaves]08jul2025

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LIÇÃO 2 

DEUS (SEU SER E ATRIBUTOS) 

TEXTO ÁUREO: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6.3) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 145.1-9 

INTRODUÇÃO Visto que Deus ocupa o lugar central na Bíblia, toda a doutrina bíblica parte do fundamento da existência, natureza, atributos e obras de Deus. Não há dúvida de que jamais poderíamos dizer uma palavra sequer acerca do Altíssimo, se Ele mesmo não tivesse se revelado a nós. Mas isto ele fez, várias vezes e de diferentes maneiras, conforme o registro inspirado e infalível das Escrituras Sagradas. Começaremos então o nosso estudo sobre Deus apreciando, na presente lição, o que a Bíblia diz a respeito do Seu ser e atributos, para depois meditarmos sobre Seus atos e obras. 

I – A EXISTÊNCIA E O SER DE DEUS 

1. O FATO DA SUA EXISTÊNCIA. A Bíblia não tenta provar a existência de Deus, mas assume isto como um pressuposto – um fato que não precisa de provas, mas que o homem precisa crer para poder se aproximar do seu Criador (Hb 1.6). Por outro lado, é possível demonstrar que Deus é através de muitas e diferentes provas e argumentos, pois Ele imprimiu, tanto na criação como na consciência humana, sinais incontestáveis da Sua existência e do que Ele requer de nós. Assim, aqueles que negam a Deus, tanto em seus discursos como através de uma conduta ímpia, são declarados loucos e indesculpáveis (Sl 14.1; Rm 1.18-22; 2.14-16). 

2. A POSSIBILIDADE DO SEU CONHECIMENTO. Precisamos entender que só é possível falar a verdade sobre Deus, ou mesmo sobre as coisas divinas, mediante revelação do próprio Deus; sem essa revelação, Ele não pode ser conhecido (1 Co 2.9-12; cf. At 17.23; Jo 4.22). Deus se revela porque Ele quer que os homens o conheçam, e porque disto depende a sua felicidade eterna (Os 6.3; Jo 17.3). Acomodando-se, então, à nossa fraqueza, o Altíssimo se dá a conhecer usando a nossa linguagem finita, particularmente por analogia aos modos de agir e sentir do ser humano (quando as Escrituras falam na boca, na mão e nos olhos de Deus, por exemplo; ou que Deus se entristeceu, ou se irou). E, mesmo assim, o conhecimento que podemos alcançar de Deus a partir da revelação sempre será parcial, devido à limitação do nosso entendimento, para que antes sejamos despertados a confessar e louvar a grandeza infinita do caráter e das obras do Altíssimo do que a esquadrinhá-las (Jó 38.1-4; 26.14; Rm 11.33). 

3. A SINGULARIDADE DO SEU SER. À pergunta: “Que ou quem é Deus”, Ele mesmo responde: “Eu sou o que sou” (Ex 3.14). Deus é o Ser supremo, que existe por si mesmo, independentemente de qualquer causa exterior. Esta é a origem do nome JEOVÁ (que em nossas bíblias geralmente é traduzido por SENHOR), que significa “o auto existente”, “o autossuficiente”. Outra declaração importante acerca da natureza essencial de Deus é feita por Cristo: “Deus é Espírito” (Jo 4.24). Quer dizer que o Altíssimo não está limitado a forma, matéria ou espaço (At 17.24-25), ou seja, não tem um corpo, como todos os outros seres (1 Co 15.40). Outra declaração bíblica é de que Deus é único (Dt 6.4). Embora muitos sejam impropriamente chamados de “deuses” pelos homens (Gl 4.8), existe somente um Deus (1 Co 8.6; 1 Tm 2.3-5). Portanto, Deus é inigualável, incomparável a qualquer outro ser (Is 46.5). 

II – OS ATRIBUTOS ESSENCIAIS DE DEUS Para nossa melhor compreensão, começamos por tratar dos atributos ou qualidades divinas que chamamos de essenciais, porque pertencem exclusivamente à Divindade e manifestam a diferença infinita entre Deus e a criação. 

1. SUA INFINITUDE. Deus é infinito, pois não está sujeito a qualquer tipo de limitação própria da criatura. Isto significa que, em termos de espaço, Ele é imenso e onipresente, ou seja, está presente em toda a parte, bem como excede a todos os limites de espaço da criação, de tal modo que nada pode contê-l’O, mas antes todas as coisas existem n’Ele (1 Rs 8.27; Jr 23.23-24; At 17.28-29). Em relação ao tempo, a infinitude de Deus implica que Ele é eterno, pois não tem princípio, sucessão nem fim de dias (Sl 90.2; Ap 1.8). Outro aspecto da Sua infinitude é a Sua onisciência, pois Ele conhece perfeita e intimamente todas as coisas, desde as mais “insignificantes” até as maiores grandezas do universo (Mt 10.30; Sl 147.4); desde as mais evidentes e manifestas até as mais íntimas e ocultas, como os pensamentos do coração, de modo que nada pode ser ocultado d’Ele (Sl 139.1, 7-8; Hb 4.12-13). Quanto à Sua vontade e poder, Ele é onipotente, ou todopoderoso(Gn 17.1), não havendo nada difícil para Deus, e nenhum dos Seus pensamentos podendo ser impedido – tudo o que Ele quer, Ele faz (Gn 18.13-14; Lc 1.36-37; Sl 115.3; Jó 42.2). 

2. SUA IMUTABILIDADE. Ao passo que todas as coisas criadas estão sujeitas a constantes mudanças, tanto no seu aspecto exterior como interior, Deus permanece sempre o mesmo (Sl 102.25-27; Ml 3.6). Em Deus não há mudança nem sombra de variação, embora Sua sabedoria seja multiforme – o que significa que Deus pode lidar com as mais diversas e contraditórias situações, inclusive as atitudes e disposições cambientes do homem, sem com isto contradizer o Seu caráter e vontade (Tg 1.17; 2 Tm 2.13). Por isso também as Escrituras dizem que Deus não pode mentir nem se arrepender (Nm 23.19; Hb 6.17-18). 

III – OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS Alguns atributos divinos são chamados de morais, porque também podem ser encontrados nos homens, ainda que numa medida incomparavelmente inferior, Deus os possuindo e os manifestando como gloriosas perfeições ou grandezas inescrutáveis (1 Pe 2.9). Estes atributos são manifestos no relacionamento da Divindade conosco, além de nos instruírem quanto às virtudes que devemos cultivar, buscando-as n’Ele como a fonte, a fim de nos tornarmos mais semelhantes ao nosso Criador (Mt 5.48; Ef 4.24). 

1. SUA JUSTIÇA E SANTIDADE. Deus é justo e reto (Dt 32.4; Sl 97.1, 2), ou seja, Ele tem a disposição de sempre dar a cada um o que lhe é devido. Por isso Deus não tem o culpado por inocente (Na 1.3), mas retribui a cada um segundo as suas obras (Rm 2.5-11), e assim é propriamente chamado o “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25). Deus também é santo (Sl 99.5, 9), e este aspecto do Seu caráter está relacionado com o anterior, porque santidade em Deus é a Sua perfeita separação ou pureza em relação a toda injustiça (Hc 1.13; Tg 1.13); razão pela qual Ele é comparado à luz (1 Jo 1.5). A santidade de Deus também se manifesta no Seu zelo ou ira contra o pecado, que é injustiça (Js 24.19-20; 1 Jo 3.3-5); e nisto ela é comparada ao fogo (Is 33.14; Hb 12.29). 

2. SUA MISERICÓRDIA, BONDADE E AMOR. Ao mesmo tempo que é justo e santo, Deus também é misericordioso (Ex 34.6-7). E, se não fosse pela grandeza da Sua misericórdia, que O faz ser paciente, longânimo, sofredor e perdoador, seríamos todos consumidos no fogo da Sua ira santa (Lm 3.22; Sl 51.1). A misericórdia de Deus é a Sua disposição de considerar a miséria e limitação de Suas criaturas, provendo-lhes alívio e socorro (Sl 103.8-18). Deus também é bondoso, pois sempre está disposto a olhar e tratar Suas criaturas de modo generoso e benevolente, até mesmo os maus e ingratos (Sl 107.8; Mt 5.45). E igualmente perfeito e grandioso é o Seu amor (1 Jo 4.8), que se manifesta, primeiro, em relação a Si mesmo, ao Seu nome, à Sua glória e excelências (Is 48.11; Sl 115.1; 143.11); depois, àqueles com os quais se comunica, a fim de torna-los semelhantes a Si (Pv 15.9; Jo 14.21), e pelos quais fez tudo, inclusive abrir mão daquilo que mais amava, para que alcançassem esse fim (Jo 3.16; Rm 5.8). 

CONCLUSÃO Jamais conheceremos a Deus perfeitamente, mas o que Ele revelou acerca de Si mesmo é suficiente para nos levar a amar, temer e confiar mais n’Ele. Que as grandezas do nosso Deus sejam o tema de nossas conversações e meditações, a proclamação de nossos púlpitos, o conteúdo de nossos louvores e o deleite de nossas almas. Que, ao invés de nos inquietarmos com as vaidades e cuidados desta vida, como se fossem coisa de grande importância, possamos nos gloriar mais em conhecer ao Senhor nosso Deus.

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001-A importância da Doutrina Bíblica - Lição 01[Pr Afonso Chaves]04jul2025

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LIÇÃO 1 

A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA BÍBLICA 

TEXTO ÁUREO: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas, porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo, como aos que te ouvem” (1 Timóteo 4.16) 

LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 4.1-5 

INTRODUÇÃO O conhecimento da doutrina bíblica é de suma importância para a igreja de Cristo. A Bíblia é essencialmente doutrinária, e sema sua doutrina não é possível conhecer a Deus nem entender a Sua vontade para nós. Embora a Bíblia seja uma fonte inesgotável de conhecimento e sabedoria divina, precisamos não apenas lê-la, mas entendê-la. E, para isto, o estudo dos seus principais assuntos ou temas doutrinários permite-nos obter uma ideia mais clara, profunda e organizada da revelação bíblica. 

I – O QUE É A DOUTRINA BÍBLICA 

1. DEFINIÇÃO E OBJETIVO. Doutrina significa “ensino”, “instrução”, e pode se referir tanto ao ato de transmitir conhecimento a outrem, como ao conteúdo desse conhecimento. Doutrina bíblica, no caso, é todo ensino ou instrução consignada por Deus nas Escrituras Sagradas. Em outras palavras, é a revelação bíblica de verdades concernentes a Deus ou às coisas divinas, as quais nenhuma ciência ou sabedoria natural pode ensinar ao homem (1 Co 2.6-10). O objetivo da doutrina bíblica é instruir o homem para a salvação e capacitá-lo para a obediência e o cumprimento de toda a vontade de Deus (2 Tm 3.15-17). 

2. A DOUTRINA NA BÍBLIA. Não há como negar que a Bíblia é um livro de doutrina: todas as coisas nela registradas têm o propósito de nos ensinar algo a respeito de Deus e das coisas divinas. Se não fosse assim, ela seria apenas um livro de histórias para nos entreter e alimentar teorias ou especulações, mas sem nenhuma pertinência para nossas vidas. O que vemos, contudo, é que o cuidado com a doutrina está presente em toda a narrativa bíblica: desde os primeiros pais (Gn 18.19; cf. Dt 11.18, 19), passando pelos sacerdotes e profetas de Israel (Ml 2.6, 7; Is 8.16-22), até chegarmos em Cristo Jesus, o Mestre por excelência (Jo 13.13; Mt 4.23); aos Seus apóstolos, enviados a fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.18- 20); e à Igreja que, na presente dispensação, recebeu uma variedade de dons relacionados à ministração da palavra de Deus, com o fim de preservar a doutrina como o fundamento dos fiéis (2 Tm 2.2; 1 Tm 3.14-15).

II – POR QUE A DOUTRINA BÍBLICA É NECESSÁRIA 

1. DOUTRINA E PRÁTICA. Muitos nutrem um preconceito contra a doutrina como se fosse mera teoria, sem aplicação prática; mas este não é o caso da doutrina bíblica. Como já observamos, o conhecimento de Deus e das coisas divinas está intimamente ligado à prática cristã; quando recebida com sinceridade e aplicada ao coração pelo Espírito Santo, a sã doutrina necessariamente levará o fiel ao cumprimento da vontade de Deus (Rm 12.1, 2; Ef 4.20-24). É verdade que alguns interessam-se apenas pelo conhecimento, mas negam a doutrina pelas suas más obras; mas, neste caso, o problema está no coração corrompido e enganado pelo pecado (2 Tm 3.1-7; Tt 1.16). E se, por um lado, o conhecimento só é proveitoso quando leva à prática (Jo 13.17; 1 Jo 2.5), por outro, sem o conhecimento da vontade de Deus, não pode haver nenhuma prática da piedade, mas apenas uma religiosidade carnal baseada em preceitos humanos, que não é de nenhum valor para Deus (Mt 15.7-9; Cl 2.20-23). 

2. DOUTRINA E PREGAÇÃO. À luz do Novo Testamento, o ministério da palavra apoiava-se basicamente no ensino (isto é, na doutrina) e na pregação. Embora muitos façam confusão sobre esses termos, dando à pregação maior importância que o ensino, ambas faziam parte do ministério de nosso Senhor Jesus (Mt 4.23) e dos Seus apóstolos (At 4.2; 28.30, 31). Enquanto a pregação consistia na proclamação das boas novas do reino, o ensino abrangia todas as formas de exposição e argumentação sobre as verdades enunciadas, ou implícitas, nessa proclamação (compare Mt 4.17 com 5.1-2, ss.), abrindo aos que davam crédito à pregação os tesouros ocultos do reino dos céus (Mt 13.11-12, 52). Ora, se é assim, podemos dizer que a doutrina é indispensável a todos os crentes, e não apenas a pastores e teólogos, pois é nela que se encontra o sólido mantimento que nos faz amadurecer espiritualmente (1 Co 14.20). Por isso, a falta de ministração da doutrina na igreja, ou ainda a necessidade de sempre se repetir os mesmos elementos básicos da fé devido à recusa dos ouvintes em aplicá-los ao coração, resulta em estagnação espiritual, que é prejudicial à fé, uma vez que os crentes devem sempre progredir na graça e no conhecimento de Deus (1 Co 3.1, 2; Hb 5.11-14; cf. Os 6.3). 

3. DOUTRINA E HERESIA. Não são poucos os alertas que as Escrituras fazem contra as heresias, isto é, contra os falsos ensinos que se introduzem no meio do povo de Deus, os quais deturpam a fé e levam os incautos à perdição (1 Tm 4.1-3; 2 Pe 2.1-3). Assim como a sã doutrina salva e santifica, a heresia corrompe e condena (Tt 3.10, 11). O único antídoto contra esse mal é a ministração da doutrina bíblica, que dará ao crente o “conhecimento da verdade, que é segundo a piedade” (Tt 1.1), capacitando-o para uma vida cristã plena, e que assim redundará em maior edificação, comunhão com a igreja e firmeza na fé (Ef 4.11-16). 

III – COMO ESTUDAR A DOUTRINA BÍBLICA 

1. A NATUREZA DA DOUTRINA BÍBLICA. É interessante notar que a doutrina apresenta uma unidade, mesmo quando a palavra se refere a um conjunto de verdades divinas (Mt 7.28). Isto porque a fonte da doutrina, que são as Escrituras, procede de um só e o mesmo Deus (2 Pe 1.20, 21). Podemos então esperar que haja uma harmonia e dependência entre todos os aspectos ou assuntos particulares da doutrina bíblica, convergindo tudo para um só propósito ou “tema” principal. Certamente, o grande interesse de Deus ao nos recomendar a doutrina bíblica é que conheçamos, e creiamos, e tenhamos comunhão com Seu Filho, Jesus Cristo. Assim devemos buscar, em cada doutrina, sua conexão com nosso Senhor e Salvador Jesus, a fim de melhor compreende-la; é n’Ele que as verdades divinas, já presentes em germe nos primeiros livros da Bíblia (Jo 5.39), vão encontrar seu pleno desenvolvimento e significado (Ef 3.4-6). Por isso, negligenciar a complementaridade do Antigo e do Novo Testamento, e que este, onde Cristo é plenamente revelado, lança luz sobre aquele, onde Cristo está velado, para a compreensão da doutrina bíblica, é permanecer sob o véu das sombras e figuras (2 Co 3.14-16). 

2. MÉTODO SISTEMÁTICO. Muitos se opõem ao estudo sistemático da doutrina, por um receio justificado de que o sentido de uma passagem possa ser distorcido para se encaixar em uma “categoria teológica”. Porém, é preciso entender que as verdades divinas estão espalhadas pelas Escrituras, e para compreendê-las é necessário comparar as passagens, aproximá-las de acordo com a analogia do assunto (1 Co 2.13). Um método que reúna de forma ordenada e racional as verdades reveladas não apenas possui utilidade prática para o nosso estudo, mas também é bíblico. Notemos que, por exemplo, os Dez Mandamentos (Ex 20), ou a Oração que o Senhor ensinou (Mt 6), são exposições tópicas, ou seja, expressam de modo conciso princípios que são explicados em muitas outras passagens (cf. ainda 1 Tm 3.16; Hb 6.1-2). Paulo também fala sobre certa forma, ou modelo de doutrina – o que implica em uma sistematização dos princípios da fé (Rm 6.17; 2 Tm 1.13). Desde que não violemos a proibição de acrescentar ou diminuir da palavra de Deus (Pv 30.5, 6; Ap 22.18, 19), podemos também agrupar as grandes doutrinas bíblicas de acordo com o seu assunto, e de um modo ordenado, como faremos nas próximas lições, para nossa melhor compreensão. 

CONCLUSÃO Que a doutrina bíblica é negligenciada e desprezada em nosso tempo podemos ver no grande número de crentes que não entendem os elementos fundamentais da fé e são incapazes de dar a razão da esperança que há neles; e nos púlpitos, onde pregadores alegam a autoridade de suas opiniões pessoais, sensibilidades emocionais e experiência pessoal. Se quisermos nos desvencilhar das consequências nefastas dessa atitude em relação à palavra de Deus, e não perder o apoio do único verdadeiro fundamento da Igreja de Cristo, precisamos reconhecer a importância vital da doutrina bíblica e priorizá-la tanto em nossa busca particular por um viver piedoso como em nossa adoração e serviço em comunidade.

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28 junho 2025

013-Os doze apóstolos de Jesus - Lição 013 Pr Afonso Chaves]27jun2025

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LIÇÃO 13 

OS DOZE APÓSTOLOS DE JESUS 

TEXTO ÁUREO: “E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?” (Lucas 12.42) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 10.1-8 

INTRODUÇÃO Ao estudarmos a narrativa evangélica, podemos facilmente notar como, de todos os discípulos de nosso Senhor Jesus, doze deles, chamados também de apóstolos, estavam envolvidos em praticamente todos os episódios de Sua vida e do Seu ministério. E, de fato, muitas coisas que Jesus fez e disse foi em resposta ou atenção a eles, deixando-nos não apenas importantes lições sobre o que é ser discípulo de Cristo, mas também sobre o ministério especial que havia confiado aos Doze, do qual dependeria o avanço do Evangelho no mundo e o estabelecimento da Igreja sobre o sólido fundamento dos ensinos e mandamentos do Senhor. 

I – OS DOZE E O SEU CHAMADO Em lição anterior, vimos como a chamada dos primeiros discípulos se deu logo após Jesus ter sido batizado por João, recebendo deste o testemunho de que Ele era o Cristo, o Cordeiro de Deus. Também destacamos, na ocasião, que a convicção destes homens quanto ao seu chamado para seguir o Mestre foi se fortalecendo na medida em que testemunharam sinais cada vez mais impactantes do poder e da glória de Cristo, até que finalmente abandonaram suas atividades ordinárias para seguirem exclusivamente ao Senhor. E ainda pontuamos que, embora o número dos discípulos aumentasse rapidamente, esses doze primeiros foram especialmente escolhidos e nomeados por Cristo para serem os Seus apóstolos (apóstolo significa “enviado”). Assim, os evangelhos chamam a atenção para os Doze não apenas por relatarem particularmente como alguns foram chamados ou, quando não, nomeados juntamente com estes; mas também pelo modo como foram escolhidos por Cristo, dentre os demais, para exercerem um ministério especial. Deste modo, o seu discipulado deveria contemplar ainda sua preparação e capacitação para que pudessem testemunhar e anunciar o reino dos céus aos homens, como também servir aos demais discípulos – isto é, à igreja de Cristo – na dispensação dos mistérios do reino de Deus (Mt 10.1-4; 28.16-20; Lc 12.41-48). Por esta causa a igreja nascente, após a ascensão do Salvador, permaneceu reunida em torno dos Doze e do seu ensino, e mesmo após expandir-se para além de Jerusalém e alcançar diversas partes do Império Romano, perseverou na doutrina apostólica, e permaneceu, enquanto os apóstolos sobreviveram, sob sua zelosa supervisão e cuidado (At 2.42; 8.14-15, 25; 11.22-23). 

II – OS DOZE E A SUA PREPARAÇÃO Acompanhando o Salvador mais de perto do que os demais discípulos, os apóstolos não apenas viram e ouviram mais coisas do que Jesus disse e fez, mas também participaram mais do Seu ministério e da Sua vida, de modo que, quando posteriormente compreenderam a importância e o significado de todas estas coisas, seu testemunho tornou-se indispensável para a confirmação da fé daqueles que pessoalmente pouco ou nada haviam conhecido de Cristo (1 Jo 1.1-3; cf. Jo 21.24). disso, todo o período durante o qual os apóstolos acompanharam o Senhor, desde o batismo de João até o dia em que Ele foi recebido no céu, serviu-lhes de aprendizado, em razão do qual sua fé em Jesus progrediu consideravelmente, mesmo não tendo eles ainda sido plenamente revestidos do Espírito Santo. Os evangelhos apresentam diversas evidências de que, desde o princípio, os apóstolos nutriram fé genuína e sincera, ainda que limitados pelos seus preconceitos e fraquezas, os quais o Mestre pouco a pouco ia “aparando”, nas diversas oportunidades que se apresentavam para corrigi-los e demonstrar as riquezas da Sua graça, poder e glória (Jo 2.11; Mt 14.22-33; 17.17-21; Jo 6.66-69). Deste modo, quando se aproxima a hora de deixar este mundo, em que os próprios discípulos O abandonariam, o Senhor Jesus deu testemunho do quão preciosa era aquela fé, pela qual haviam perseverado com Ele até o fim, e pela qual haviam sido purificados, e na qual seriam preservados contra as investidas de Satanás para que pudessem confirmar os demais (Lc 22.28-32; Jo 13.10-11). Assim, podemos concluir que todo esse tempo de discipulado dos Doze aos pés do Salvador foi uma preparação necessária para que, uma vez capacitados pela virtude do Espírito Santo, pudessem cumprir fiel e plenamente o seu ministério.

III – OS DOZE E A SUA CAPACITAÇÃO Queremos destacar aqui que, ao confirmar a promessa primeiramente anunciada pelos profetas, o Senhor Jesus antecipou que não apenas todos aqueles que n’Ele cressem seriam batizados com o Espírito Santo, isto é, revestidos da plenitude e abundância da graça e da vida eterna; mas também receberiam virtude, ou seja, poder ou capacidade para cumprirem o ministério que incumbiria à igreja, e especialmente aos apóstolos. Assim vemos, naquela última noite em que esteve com os Doze antes de Sua paixão, Jesus explicando que eles fariam obras maiores do que as que Ele havia feito enquanto esteve neste mundo, como também entenderiam e se lembrariam de todas as coisas que lhes havia dito, e seriam guiados em toda a verdade, de modo que, através do seu testemunho, amparado pelo Espírito Santo, muitos outros também creriam (Jo 14.12-14, 26; 15.26-27; 16.12-14; 17.20-21). É verdade que não apenas os apóstolos, mas todos os discípulos, durante o ministério terreno de Jesus, e toda a igreja, após o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, participaram desta virtude, de modo que muitos sinais foram operados mesmo por aqueles que não haviam sido chamados ao ministério apostólico. Contudo, vemos também que era por mãos dos apóstolos que Deus não apenas operava milagres de forma mais abundante, como também confirmava a veracidade do Evangelho através do seu testemunho, fazendo-os se lembrarem dos ensinos e mandamentos do Senhor, e abrindo-lhes o entendimento para a compreensão das Escrituras (Lc 24.45; At 4.33; Hb 2.1-3; Ef 3.5). Deste ministério resultariam, pouco tempo depois, as Escrituras do Novo Testamento, que são um claro testemunho da importância e centralidade da doutrina e ministério apostólico para o estabelecimento da igreja nascente sobre o fundamento da revelação divina em Cristo Jesus (Ef 2.19-22; cf. Ap 21.14; 1 Co 12.28). 

CONCLUSÃO Ao cumprirem o seu ministério, os apóstolos estabeleceram um fundamento para que a igreja fosse edificada, não sobre as suas pessoas, nem as dos pastores que os sucederam na liderança das igrejas, mas sobre a sua doutrina, que era a doutrina do Senhor, corroborada, não por sua própria sabedoria e capacidade, mas pela autoridade a eles delegada pelo próprio Cristo, e pelo poder do Espírito Santo.

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20 junho 2025

012-A Ressurreição e Ascensão de Jesus - Lição 012[Pr Afonso Chaves]20jun2025

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LIÇÃO 12 

A RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO DE JESUS 

TEXTO ÁUREO: “Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15.20) 

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 15.1-8 

INTRODUÇÃO Chegamos ao fim da narrativa evangélica, isto é, do relato da vida terrena de Cristo Jesus. Após ter se oferecido na cruz do Calvário em expiação pelos nossos pecados, e assim consumado a obra que o Pai lhe havia confiado, veremos como o Salvador se levantou da sepultura em testemunho poderoso e irrefutável de que Ele é a própria vida, e o Filho de Deus. E, uma vez reconhecido pelos Seus discípulos, como Ele renovou a fé e a esperança daqueles que antes estavam tristes e com medo, somente voltando para o Pai depois de deixar-lhes firmes e gloriosas promessas que em breve se cumpririam. 

I – JESUS RESSUSCITA AO TERCEIRO DIA Recordando o momento em que findamos a lição anterior, vimos que o corpo do Salvador havia sido sepultado ainda na tarde de sexta-feira. Passou-se então o sábado e, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, eis que ocorre um grande terremoto, provocado por um anjo do Senhor que desce do céu e remove a pedra do sepulcro – este é o primeiro sinal da ressurreição do Senhor Jesus, do que os soldados romanos incumbidos da guarda do sepulcro foram testemunhas. O segundo sinal ocorre quando as mulheres, chegando ao local, também se deparam com o anjo, que lhes anuncia expressamente a ressurreição do Salvador: “Não vos assusteis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram”. Então, elas são orientadas pelo anjo a anunciar estas coisas aos demais discípulos e, enquanto seguiam apressadamente, são surpreendidas pelo próprio Jesus, confirmando tudo o que o anjo lhes havia dito (Mc 16.1-7; Mt 28.1-6, 8-10; Lc 24.2-8). Em seguida, os guardas que haviam presenciado estes acontecimentos voltam à cidade e anunciam tudo isso aos príncipes dos sacerdotes. Estes e os anciãos, reunidos em conselho, decidem subornar aqueles soldados para que ocultassem a verdade e propagassem a mentira de que o corpo de Cristo, como eles haviam temido, havia sido roubado por Seus discípulos enquanto os guardas dormiam (Mt 28.11-15). Enquanto isso, a boa notícia da ressurreição de Jesus se espalha: chegando a Jerusalém, onde os discípulos estavam reunidos, as mulheres anunciam que o Senhor havia ressuscitado. Contudo, os onze se mostram incrédulos, em razão da tristeza e do medo, e de seu entendimento das Escrituras ainda estarem como que encoberto por um véu (Lc 24.9-12; Jo 20.1-10). 

II – JESUS APARECE AOS SEUS DISCÍPULOS Como já vimos, depois de ressuscitar, Jesus aparece pela primeira vez às mulheres. Marcos e João relatam também que, dentre estas, Maria Madalena teve um encontro particular com o Senhor e, depois dela, dois discípulos que viajavam para Emaús, os quais conversaram, caminharam juntos, receberam em casa e finalmente descobriram que aqu’Ele que os havia acompanhado e explicado os acontecimentos envolvendo a morte de Jesus não era outro senão o próprio Senhor (Mc 16.9-12; cf. Jo 20.11-18; Lc 24.13-26). Mas, incrédulos diante do  testemunho de todos estes, os onze apóstolos permaneciam reunidos, com medo, até à tarde daquele primeiro dia da semana, quando então o próprio Senhor se manifesta entre eles para lhes provar que havia ressuscitado e assim renovar a fé dos Seus discípulos. Para confirmar Sua identidade aos discípulos, Jesus tanto mostrou as marcas dos cravos em Suas mãos e da lança em Seu lado direito, como também comeu parte de um peixe assado e um favo de mel, com o que finalmente dissipou todo vestígio daquela forte incredulidade que ainda havia entre eles. Tomé, um dos onze, não estava presente quando desta primeira manifestação de Jesus entre os discípulos; de modo que, ao ouvir o relato dos demais, não acreditou enquanto ele mesmo não viu o Senhor e as provas da Sua ressurreição. Tudo isto explica por que os quatro evangelistas chamam a atenção para o fato de o Senhor tê-los repreendido severamente, pois, tendo convivido por tanto tempo e tão de perto com o Salvador, foram os mais tardos em crer no cumprimento das Suas palavras (Lc 24.36-43; Jo 20.19-29; cf. Mt 28.16-17; Mc 16.14). Depois disso, Jesus se manifestou outra vez aos discípulos, junto ao mar de Tiberíades, onde operou novamente uma pesca maravilhosa e comeu peixe com eles, provando novamente Sua ressurreição. Nesta ocasião, também restaurou completamente a fé de Pedro, o qual havia negado o Mestre três vezes, mas agora teve sua missão, como pescador de almas, pastor de ovelhas, confirmada três vezes também – e, com a sua restauração, a de todos os outros apóstolos (Jo 21.1-14, 15-19; cf. 1 Co 15.3-8). 

III – ÚLTIMAS INSTRUÇÕES E ASCENSÃO DE JESUS Depois de se manifestar para mais de quinhentas pessoas ao longo de quarenta dias após a ressurreição, chega o momento de o Senhor Jesus voltar para o Pai. Contudo, antes de ascender ao céu, o Mestre deixa aos discípulos Suas últimas instruções, tendo em vista o fato de que eles permaneceriam no mundo, e deveriam colocar em prática todas as coisas que haviam aprendido com Ele. Em linhas gerais, os evangelistas registram essas últimas instruções, que dizem respeito, primeiro, à pregação das boas novas por todo o mundo, a toda criatura, levando o arrependimento e o perdão dos pecados no nome de Jesus Cristo, para todos os que crerem; ao cumprimento da promessa do Espírito Santo, que seria derramado sobre os discípulos, capacitando-os a cumprir essa missão, poucos dias depois que o Senhor voltasse para o céu; e à promessa de que um dia Ele voltará, mas, até lá, estará com eles até o fim. Assim, após dar-lhes estas últimas instruções, estando pela última vez reunidos no Monte das Oliveiras, dali o Salvador ascende ao céu, à vista dos discípulos, e estes voltam para Jerusalém, onde aguardarão serem revestidos de poder para saírem pelo mundo e cumprir o mandado do Senhor Jesus (Lc 24.50-52; At 1.6-12; Mc 16.19). 

CONCLUSÃO Se, ao meditar sobre a paixão de nosso Senhor Jesus, podemos nos alegrar sobre o fato de que, apesar de ter padecido injustamente, Ele fez tudo isso para cumprir a vontade do Pai e nos resgatar de nossos pecados e nos assegurar a vida eterna; quanto maior alegria deveria produzir em nós a Sua ressurreição, pela qual Ele venceu todas as coisas e nos assegura que nada, nem mesmo a morte, poderá nos separar do amor de Deus.

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15 junho 2025

011-Julgamento e morte de Jesus - Lição 011[Pr Afonso Chaves]13jun2025

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LIÇÃO 11 

JULGAMENTO E MORTE DE JESUS 

TEXTO ÁUREO: “Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus chamado Cristo? Disseram-lhe todos: seja crucificado” (Mateus 27.22) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 23.13-25 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje falaremos sobre os momentos mais dramáticos, e ao mesmo tempo cruciais, do ministério de nosso Senhor Jesus Cristo. Em questão de horas, o Salvador será traído, preso, conduzido até os líderes da nação judaica, pelos quais será formalmente condenado à morte, e entregue às autoridades romanas para que executem a sentença da forma mais cruel e dolorosa. E veremos como, antes mesmo de findar aquele dia, o Senhor terá derramado completamente Sua alma, consumando assim a obra que Lhe havia sido confiada e assegurando a nossa eterna e gloriosa salvação. 

I – PRISÃO E JULGAMENTO DE JESUS PELO SINÉDRIO Conforme estudamos na lição anterior, após a ceia, o Senhor Jesus havia se retirado para passar a noite em vigília com os discípulos num jardim localizado no Monte das Oliveiras. Ali, após orar intensamente ao Pai, Cristo alerta-os que aquele momento tenebroso e inevitável de que falara diversas vezes havia chegado e, protegendo-os até o fim, adianta-se, saindo ao encontro da turba que se aproximava, conduzida por Judas, para prendê-l’O (Jo 18.1-5; Mt 26.47-56). Assustados e desorientados, os discípulos se dispersam, enquanto o Senhor é conduzido até a casa do sumo sacerdote, onde estava reunido o conselho das maiores autoridades religiosas da nação (também conhecido como “Sinédrio”). Ali eles estavam reunidos, não para ouvir imparcialmente, mas para acusar e condenar Jesus, e assim por um fim ao pavor e desespero que a Verdade provocava neles. A prova de que precisavam para estabelecer sua falsa acusação, “ironicamente”, por assim dizer, seria a confissão do próprio Salvador – o mesmo testemunho da verdade que eles tanto repudiavam (Jo 18.12-13, 19-23; Mt 26.59-62, 63-68). Apesar de incapazes de impedir os agravos que eram cometidos contra o Mestre após a condenação do Sinédrio, Pedro e outro discípulo procuravam manter-se nas proximidades, e não perdê-l’O de vista; quando então Pedro, abordado inesperadamente pelos criados do sumo sacerdote, que o identificam como um dos discípulos, nega o Senhor – provavelmente intimidado e confuso diante toda aquela situação triste e sombria que presenciava. Contudo, assim que se lembra da palavra que lhe foi dita, cai em si e chora amargamente por ter negado o Senhor que tanto amava; no que os evangelistas parecem contrastar com a situação de Judas, o traidor, o qual, aguilhoado em sua consciência pelo mal que havia cometido, ao invés de arrepender-se, retira-se desta vida levando consigo sua culpa (Lc 22.55-62; Mt 27.3-5). 

II – JULGAMENTO E CONDENAÇÃO DE JESUS SOB PILATOS Na manhã daquele dia, os judeus conduzem Jesus até a sala de audiência de Pôncio Pilatos, governador da Judéia, sob a alegação de que eles não podiam matar ninguém que fosse condenado pela sua lei. Na verdade, podiam fazê-lo sem chamar a atenção dos romanos, se quisessem (como tentaram diversas vezes apedrejar Jesus), mas o que desejavam agora é que Jesus fosse executado publicamente como um criminoso pelos romanos opressores, e assim ficasse completamente desacreditado diante do povo como o Messias prometido (Mt 27.1-2; Jo 18.28-32). O governador romano, sem entender a gravidade do que os judeus alegavam contra Jesus para exigir Sua execução, interroga-O pessoalmente, mas não vê n’Ele nada digno de morte, ao mesmo tempo em que se mostra curioso quanto à alegação de que Jesus seria o rei dos judeus, ou em que sentido Ele seria rei (Lc 23.1-5; Jo 18.33-38). Mostrando-se indisposto a atender à demanda dos sacerdotes, Pilatos resolve enviar Jesus a Herodes, que na ocasião achava-se em Jerusalém; mas o tetrarca, do mesmo modo, não recebendo do Senhor qualquer deferência (que de fato não merecia), devolve-o ao governador romano, sem nada a observar (Lc 23.6-12). Intransigentes diante de qualquer tentativa de agradá-los, os sacerdotes incitam a multidão para que não se satisfaçam com o castigo cruel aplicado a Jesus, nem com a soltura de Barrabás. E, apesar de avisado por sua esposa, e ainda mais convencido de que Jesus era um homem justo, após uma segunda troca de palavras com Ele, Pilatos se sente constrangido a finalmente julgar Jesus e, não restando alternativa para acalmar os ânimos do povo, entrega-O para ser crucificado (Lc 23.13-23; Mt 27.19; Jo 19.1-5, 6-12, 13-16).

III – CRUCIFICAÇÃO DE JESUS Já abatido devido aos ferimentos infligidos pelos açoites, o Senhor Jesus ainda teve de conduzir o próprio madeiro (a cruz) no qual seria pregado até um local fora de Jerusalém chamado Gólgota (ou Calvário, que significa “caveira”). Citando apenas os detalhes da crucificação que são pertinentes ao cumprimento das profecias, os evangelistas se complementam, apresentando uma descrição impressionante daquela cena. Ali, apesar de crucificado entre dois malfeitores, vemos como Pilatos procurou inocentar Jesus, e imputar à nação israelita o crime de terem matado o seu próprio rei, nas palavras que mandou gravar na placa “acusatória” (Jo 19.17-22). À terrível dor física do suplício da cruz, acrescente-se o sofrimento psicológico que os judeus, acompanhando-o até o local, continuaram a infligir contra o Senhor, zombando e blasfemando da Sua situação, provocando-O a demonstrar que era mesmo o Filho de Deus (Lc 23.34-37). Desde a hora sexta (isto é, meio-dia), quando Jesus foi crucificado, até a hora nona (três da tarde), quando expirou, a Escritura relata que houve trevas sobre a terra, e sinais impressionantes se seguiram à Sua morte, para espanto e convencimento de muitos (Mt 27.45- 46, 47-51, 54; Lc 23.47-48). Após bradar em alta voz que a obra que o Pai Lhe havia confiado estava consumada, o Senhor entregou o espírito, expirando muito antes daqueles que haviam sido crucificados com Ele – o que os soldados romanos provaram, perfurando Seu lado com uma lança (Jo 19.28-30, 31-37). Havendo a necessidade de os corpos serem removidos e sepultados ainda naquele dia, José de Arimatéia e Nicodemos – duas figuras eminentes entre os judeus, que criam em Jesus – providenciaram apressadamente a preparação do corpo do Mestre e seu sepultamento em um sepulcro próximo (Jo 19.38-42). 

CONCLUSÃO Embora não seja inadequado sentir tristeza e indignação diante da injustiça que nosso justo e santo Salvador sofreu nas mãos de ímpios pecadores; devemos sempre nos lembrar de que em tudo isto Ele venceu e foi sumamente glorificado, tornando-se a causa da nossa salvação e aqu’Ele em quem devemos crer para também vencermos o mundo.

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08 junho 2025

010-Uma noite inesquecível - Lição 10- [Pr Afonso Chaves] 06jun2025

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LIÇÃO 10 

UMA NOITE INESQUECÍVEL 

TEXTO ÁUREO: “Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até ao fim.” (João 13.1) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 13.2-15 

INTRODUÇÃO O momento mais decisivo do ministério de Jesus se aproxima, e de fato, começa a se desencadear nos acontecimentos desta última noite. Em uma última oportunidade de sentar-se à mesa com os discípulos, de conversar com eles e responder aos seus questionamentos, e de tê-los em Sua companhia, o Senhor revelará o amor que teve pelos Seus até o fim, o qual lhes deixará como lição mais importante para que pudessem, imitando o Seu exemplo, reconhecer o Mestre uns nos outros. 

I – JESUS CELEBRA COM OS DISCÍPULOS A ÚLTIMA PÁSCOA Como estudamos na lição anterior, Jesus havia subido a Jerusalém, poucos dias antes da celebração da páscoa judaica. Enquanto prevenia Seus discípulos do que estava para acontecer, os líderes da nação, reunidos em conselho, planejavam Sua morte, e buscavam ocasião para prendê-l’O de modo a não causar alvoroço entre a multidão, em grande parte comovida pelos últimos sinais que Jesus havia operado. Vimos também que Judas, um dos doze, havia se apresentado perante o conselho dos anciãos com uma proposta para trair e entregar o Mestre; assim, o mundo, representado pelos judeus, preparava-se para manifestar todo o seu ódio contra a vida, rejeitando a graça que lhe fora oferecida em Cristo (Mt 26.1-5, 14-16). Por isso, a partir de agora, o Senhor Jesus se volta especialmente para os Seus, como que se retirando de Seu ministério público e dedicando aos Seus escolhidos Seus últimos momentos neste mundo, para amá-los até o fim. Chegada então a tarde daquele dia (que, de acordo com o nosso calendário, seria ainda quinta-feira, mas, segundo a lei, após o pôr-do-sol já era sexta-feira), Jesus se reúne com os doze no local previamente indicado e preparado, para ali comerem juntos a última páscoa; aquela, porém, seria uma páscoa diferente, pois eis que ali estava o Cordeiro de Deus, cuja carne e sangue em breve seriam dados pela vida do mundo (cf. Jo 6.51, 63; 1 Co 5.7-8). Cumprindo-se assim o significado do cerimonial mosaico na pessoa e obra do Salvador, a verdadeira páscoa, já não haveria mais razão para celebrar a páscoa judaica depois disso, pois a sombra daria lugar à realidade, o tipo ao antítipo, a profecia ao cumprimento. Mas, para que os discípulos sempre se lembrassem de que esse sacrifício foi a prova máxima do amor de Deus por eles – e a verdadeira razão de estarem ali reunidos – o Senhor lhes ordena que comemorem, ou celebrem a memória da Sua morte, através de uma singela refeição, consistindo de pão e vinho (Mt 26.17-20, 26-29; cf. 1 Co 11.24-26). 

II – DESPEDIDA, CONSOLAÇÃO E INSTRUÇÕES AOS DISCÍPULOS A fim de que os discípulos compreendessem a grandiosidade desse amor pelo qual Cristo veio ao mundo para dar a Sua vida por eles, e como deveriam seguir o Seu exemplo; após a ceia, Jesus lhes dá uma importante lição no ato de lhes lavar os seus pés. Como ainda não compreendiam a natureza do reino dos céus, um considerando-se maior que o outro, o Senhor mostra que veio para ser menor do que eles, servindo-os em amor sacrificial; e somente quando cressem nisto, e fizessem como Ele, servindo uns aos outros pelo mesmo amor, é que eles poderiam se considerar Seus verdadeiros discípulos (Lc 22.24-27; Jo 13.1-15, 21-26). Partindo desta revelação crucial, o Senhor Jesus desenvolve todo o diálogo profundo que João nos relata, nos seus capítulos 14 a 16. O clima é de despedida, embora a princípio os discípulos não entendam por quê, para onde, ou como Jesus vai partir. Sabendo que estão tristes em seus corações e confusos em suas palavras, o Mestre os exorta a não desanimarem, pois a Sua partida lhes traria maior benefício do que se permanecesse com eles daquele modo. Primeiro, porque, voltando para o Pai, Jesus estaria estabelecendo em Si mesmo o caminho que os próprios discípulos deviam seguir depois, para encontrarem-se e permanecerem com Ele para sempre; segundo, porque, até lá, eles não ficariam desamparados, pois o mesmo Jesus voltaria para habitar em seus corações e consolá-los pelo Espírito Santo (Jo 14.1-6, 16-18). A “condição”, por assim dizer, para receber dessa plenitude de Cristo, isto é, o Espírito Santo, é ser verdadeiramente Seu discípulo, imitando o Seu exemplo, cumprindo os Seus mandamentos – dos quais o maior, ou a essência de todos, é amarmos uns aos outros. Por isso aquele que vive de acordo com as Suas palavras é comparado ao galho da videira, que participa da própria seiva do tronco e dá fruto abundante, para glória de Deus (Jo 14.19-24; 15.1-6, 12-14). Assim, embora não devessem esperar nada do mundo além do ódio que este havia demonstrado para com o próprio Senhor, os discípulos não deviam se escandalizar, pois o Espírito os guiaria em toda a verdade, e em Cristo teriam alegria indizível e inabalável, assim como certeza de vitória sobre a oposição que encontrariam no mundo (Jo 16.12-15, 29-33). 

III – JESUS SE RESIGNA À VONTADE DE DEUS João registra ainda, na sequência das instruções que acabamos de analisar, uma oração final de Jesus em presença de Seus discípulos, na qual, primeiramente, expressa Sua confiança e consolação na promessa do Pai, sabendo que, tendo cumprido toda a vontade de Deus, podia contemplar, para além de todas as dores e da própria morte, a glória que Lhe estava reservada (Jo 17.1-5). Em seguida, confia os discípulos nas mãos do Pai, pois em breve não estaria mais entre eles em carne para guardá-los, como o fez até o fim; mas, depois que deixasse este mundo, como havia prometido antes, rogaria ao Pai para que o Consolador fosse enviado, e através do Espírito Santo os discípulos teriam plena alegria na certeza de que são amados por Deus e que Cristo vive neles (Jo 17.11-12, 13-19, 20-26). Após isto, Jesus e os discípulos partem em direção ao monte das Oliveiras onde, em meio às árvores do jardim do Getsêmani, o Senhor se põe a orar intensamente. Os sinóticos registram as poucas, mas fortes palavras, com que Cristo expressa a agonia de que havia sido tomado naquele momento, a ponto de suar gotas de sangue e pedir ao Pai que, se possível, passasse de Si aquele cálice. Depois de orar três vezes neste sentido, Ele então volta para os discípulos, consolado e preparado para enfrentar a traição, os vitupérios, os sofrimentos e a própria morte (Mt 26.30, 36-44; cf. Lc 22.42-44; Hb 5.7-8). 

CONCLUSÃO É chegada a hora da qual o Senhor Jesus havia falado diversas vezes ao longo do Seu ministério, e para a qual até o fim cuidou para que Seus discípulos estivessem preparados. Os eventos que estudamos nesta lição revelam o amor supremo e indizível do Salvador pelos Seus, amor do qual Ele deu a maior prova ao entregar Sua própria vida na cruz.

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29 maio 2025

009-Uma última viagem - Lição 09[Pr Afonso Chaves]29mai2025

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LIÇÃO 9 

UMA ÚLTIMA VIAGEM 

TEXTO ÁUREO: “E percorria as cidades e as aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém” (Lucas 13.22) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 18.31-34 

INTRODUÇÃO O ministério de Jesus caracterizou-se por um deslocamento constante, principalmente entre as regiões da Judeia e Galileia, passando por Samaria; embora se detivesse mais na Galileia, em face das perseguições dos judeus. Mas, depois de pregar, ensinar e operar inúmeros milagres nas vizinhanças do mar da Galileia, Jesus inicia sua última viagem para Jerusalém, passando por Samaria e além do Jordão, deixando um rastro de misericórdia e operação de maravilhas, ao mesmo tempo que anuncia estar chegando a hora de Sua morte e ascensão, e prepara os Seus discípulos para esse momento. 

I – JESUS CONFIRMA SUA IDENTIDADE (MT 16.13-19) Tendo em vista a necessidade de Seus discípulos estarem conscientes de que deveriam continuar a obra de pregação do Evangelho do Reino após Sua ascensão, Jesus certificou-se de que eles estivessem plenamente convictos e confiantes em relação a quem Ele era e de como permaneceriam unidos a Ele. Em Tiberíades, ao interrogar os discípulos sobre quem acreditavam ser Ele, Jesus louva a confissão de Pedro, porquanto este havia falado não de si mesmo, nem em apenas em seu próprio nome, mas segundo a revelação do Pai e em nome dos demais discípulos, como também de todos aqueles aos quais agradasse a Deus revelar este mistério. Sobre a confissão: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo, o Senhor Jesus declara que edificaria a Sua igreja, e esta seria inabalável, pois nem as portas do inferno (isto é, da morte e da sepultura) prevaleceriam contra ela. Com estas palavras, o Senhor relaciona Seus discípulos conSigo mesmo, e implica a Sua morte e vitória na ressurreição, pela qual se tornaria o fundamento inabalável da igreja, tal como a pedra da profecia que, rejeitada pelos edificadores quando os principais dos judeus entregaram Jesus à morte, seria estabelecida por Deus como a principal de esquina na Sua ressurreição, para que os que n’Ele cressem não fossem abalados (cf. At 4.10-12; 1 Pe 2.4-8; Is 28.16). Do mesmo modo, ao prometer que entregaria a Pedro as chaves do reino dos céus (como de fato entregou a toda a igreja), o Senhor está antecipando Sua ascensão, bem como afirmando que os discípulos continuariam a Sua obra, pois a igreja permaneceria neste mundo até o fim dos tempos e, através do Espírito Santo que lhe seria dado, receberia tanto a compreensão dos mistérios do reino dos céus (que enquanto esteve com eles o próprio Jesus lhes administrava), como o poder e a autoridade para anunciá-los às nações, abrindo assim as portas do reino, pelo arrependimento e perdão dos pecados que há no nome de Jesus, a todas as nações (Lc 11.52; Mt 21.42-44). 

II – JESUS ANUNCIA SUA PAIXÃO (MT 16.20-28) Como parte da preparação dos discípulos para o momento que se aproximava, Jesus começa, a partir dessa revelação, a instrui-los quanto à necessidade da Sua morte, porquanto havia sido determinada pelo próprio Deus, e revelada de antemão nas Escrituras. Em outras  palavras, os discípulos precisavam entender que a morte de seu Mestre não seria o resultado de uma conspiração de judeus e romanos, mas que através dela Jesus cumpriria o propósito de Deus de salvar a muitos, e que à Sua morte se seguiria a Sua ressurreição (cf. Lc 13.31-33; Mc 10.32-34, 45). De fato, para os próprios discípulos pareciam muito estranhas essas palavras, pois, em razão das circunstâncias políticas sob as quais os judeus se encontravam naquele contexto, e de uma interpretação equivocada das profecias, segundo a qual esperavam que o Messias fosse um líder militar que viria para libertá-los do jugo dos romanos e subjugar todas as nações a um reino deste mundo estabelecido em Israel. Tal expectativa pode ser percebida em diversos episódios envolvendo os discípulos; e não é de se admirar, portanto, que considerassem ser absolutamente necessário que o Mestre permanecesse vivo para que o reino de Deus pudesse se manifestar na sua glória. Contudo, o Senhor não apenas repreendeu Pedro por sugerir que o Mestre deveria fugir à cruz, mas também exortou Seus discípulos a seguirem o Seu exemplo, pois somente assim se tornariam de fato participantes da glória reservada àqueles que confessam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (cf. Jo 12.24-26). 

III – A ENTRADA TRIUNFAL EM JERUSALÉM Dentre os muitos sinais e maravilhas operados durante esse momento final do Seu ministério público, há que se destacar o milagre da ressurreição de Lázaro, que foi de especial importância para comover os judeus de Jerusalém e das imediações, uma vez que Betânia, onde havia se operado esse milagre, ficava próxima da capital. Em consequência disto, ao chegar em Jerusalém na proximidade da Páscoa, uma multidão de judeus saiu ao encontro de Jesus para recebê-lo com aclamação e júbilo; ao mesmo tempo em que gentios prosélitos, que haviam subido até lá para comemorarem a festa, também O procuravam quando chegou em Jerusalém (Jo 11.17-19, 45; cf. Jo 12.17-19, 21-23). Por sua vez, a recepção calorosa que Jesus recebeu da multidão também provocou desespero no coração dos líderes religiosos da nação. Convencidos estes de que os romanos poderiam destituí-los de suas posições ao verem a multidão aclamando Jesus, decidiram que Ele deveria ser morto, e desde então se espalhou entre os judeus a notícia de que estavam à Sua procura – provavelmente já com a proposta de recompensar qualquer denúncia que levasse, na ocasião propícia, ao aprisionamento de Jesus. E aí temos a oportunidade de que Judas, dando lugar ao diabo, cederia à cobiça para trair o Mestre (cf. Jo 11.46-57; Mt 26.14-16). 

CONCLUSÃO Embora, mesmo com todas as exortações que o Mestre fez aos discípulos ao longo do caminho para Jerusalém, estes se desapontassem e entristecessem quando todas estas coisas se cumpriram; a palavra havia sido semeada em seus corações de tal modo que a fé deles não desfaleceria e, quando da ressurreição, seria renovada através da alegria que a compreensão de que tudo havia se cumprido fielmente, tal como o Senhor lhes anunciara de antemão.

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23 maio 2025

008-Os milagres de Cristo - Lição 08[Pr Afonso Chaves]22mai2025


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LIÇÃO 8 

OS MILAGRES DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças” (Mateus 8.16-17) 

LEITURA BÍBLICA: MARCOS 6.54-56 

INTRODUÇÃO Tendo considerado alguns aspectos importantes do ministério de pregação e ensino de Jesus, na lição de hoje estudaremos os Seus milagres. O fato de os quatro evangelhos registrarem muitos milagres operados pelo Salvador ressalta a importância dessas demonstrações de poder, tendo em vista, dentre outros, os seguintes propósitos: servirem de testemunho da identidade e missão de Cristo; manifestar a compaixão de Deus pelos aflitos pelo pecado e suas terríveis consequências; e estabelecer um modelo de ministério a ser seguido pelos Seus discípulos. Embora algumas denominações evangélicas deem ênfase excessiva a um desses propósitos em detrimento dos demais, pretendemos apresentar uma visão equilibrada, à luz de toda a evidência bíblica, e não apenas parte dela. 

I – OS MILAGRES CONFIRMAM A IDENTIDADE E A MISSÃO DE CRISTO (MT 11.1-6) Segundo as profecias do Antigo Testamento, o Messias prometido por Deus seria ungido com o poder do Espírito Santo para operar muitos milagres e maravilhas (Is 35.5-6; 53.4-6). O ministério de Jesus foi poderoso não somente por Seus ensinamentos, mas também pelos sinais, prodígios e maravilhas que operou. A admiração e o respeito por Jesus entre o povo aumentava na medida em que Seus milagres se multiplicavam; até mesmo os príncipes dos judeus, como Nicodemos e Jairo, foram convencidos da autenticidade do ministério de Cristo em razão dos Seus poderosos milagres (Mc 2.9-12; Mt 8.23-27; Jo 3.1-2; 9.29-33; 11.43-45). Com isso, a popularidade do Seu ministério era alavancada de forma tremenda, e grandes multidões vinham até Ele trazendo seus enfermos para serem curados, de modo que com frequência precisava se retirar para lugares desertos a fim de ter privacidade com o Pai ou escapar do louvor dos homens (Lc 5.12-16; Jo 6.14-15, 24-27). Mas, mesmo diante dos milagres maravilhosos operados por Cristo, muitos não creram, por diversos motivos, ainda que falsos. Os habitantes de Nazaré, por exemplo, duvidaram de que Jesus fosse o Messias em virtude da familiaridade que tinham com a Sua humanidade, e, apesar de terem ouvido que Ele havia operado milagres em outras cidades da Galileia, recusaram-se a honrá-l’O sequer como profeta (Mc 6.1-6). Da parte dos escribas e fariseus, quando não rejeitavam a procedência dos milagres que Jesus operava, não receando blasfemar contra o Espírito Santo, recusavam-se a reconhecer que Jesus havia sido enviado por Deus, alegando falsamente que Ele quebrantava a Lei (Mt 12.22-28). 

II – OS MILAGRES MANIFESTAM A COMPAIXÃO DE DEUS (LC 7.11-17) No episódio que aqui destacamos, fica bastante clara a motivação do Senhor Jesus em operar milagres. Ao contemplar a dor daquela viúva pela perda do seu único filho, Sua reação imediata foi a de compaixão – demonstrando assim Sua sensibilidade e comoção pelas aflições que assolam a vida humana neste mundo, e o Seu desejo de trocar a tristeza e desolação do homem por alegria e vida abundante. Não sem razão, todos os evangelistas registram de que maneira maravilhosa aqueles beneficiados pelos milagres de Cristo expressavam Sua gratidão e felicidade (Mt 9.35, 36; Lc 13.17; Jo 12.17-18). A geração que presenciou o ministério de Jesus era terrivelmente assolada por muitas moléstias e deficiências físicas, e, ao mesmo tempo, era totalmente desprovida de sofisticados recursos médicos e farmacêuticos. Portanto, o sofrimento provocado pelas enfermidades era praticamente inconsolável até a manifestação da compaixão do Pai por meio de seu Filho Jesus Cristo. Paralíticos, coxos e cegos cujas vidas eram prisioneiras da limitação física e da mendicância encontraram em Cristo cura e libertação. Leprosos e oprimidos pelo diabo, estigmatizados pela rejeição social e religiosa, encontraram em Cristo cura e restauração da sua dignidade (Mc 5.15-20). Cegos, mudos e surdos, cujas vidas eram privadas de perceber completamente a criação divina à sua volta e de relacionarem-se livremente com os seus semelhantes, encontraram em Cristo a liberdade que tanto ansiavam. E os mortos, que foram ressuscitados por Cristo, receberam mais uma chance de viver para a glória de Deus. 

III – OS MILAGRES ESTABELECEM UM MODELO PARA O MINISTÉRIO (MC 16.14- 20) Ao longo do Seu ministério, Jesus treinou e capacitou os Seus discípulos para continuarem Sua obra ministerial. Ao lermos o livro de Atos dos Apóstolos, vemos que, depois de confirmados com o revestimento do Espírito Santo, não somente os apóstolos, mas os discípulos em geral foram bem-sucedidos em proclamar o Evangelho, amparados por poderosas manifestações do poder de Deus (At 5.14-16; 6.7; 8.4-8). Na verdade, o próprio Jesus havia declarado que esses sinais miraculosos seguiriam aos que cressem, em testemunho da veracidade do Evangelho, e cremos que isto não se limita àquela primeira geração de cristãos, mas é perfeitamente válido e aplicável aos cristãos da atualidade. Não podemos limitar a necessidade dos milagres à simples circunstância de que o Evangelho seria uma novidade para o mundo de dois mil anos atrás, e por isso os milagres autenticariam a sua mensagem diante dos povos que nunca haviam ouvido falar de Cristo (Mc 16.14-20). Isto seria limitar o propósito dos milagres, como se Deus tivesse tido compaixão do homem para curá-lo apenas nos tempos de Cristo, ao passo que, não obstante os avanços da medicina, o homem moderno é igualmente assolado por toda sorte de enfermidades, e por isso não menos carente da compaixão de Deus também neste sentido. 

CONCLUSÃO Jesus Cristo é o mesmo, e continua se importando e compadecendo das almas que, além de oprimidas pelo pecado, também são assoladas pelas enfermidades. Se cremos que Deus nos confiou o ministério da reconciliação, e que por isso somos embaixadores de Cristo, creiamos também que aqu’Ele que nos enviou não nos desamparará, mas, se assim quiser, e como Ele quiser, continuará operando sinais e maravilhas, em confirmação à palavra da salvação.

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16 maio 2025

007-Jesus confronta a falsa religiosidade - Lição 07[Pr Afonso Chaves]16mai2025

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LIÇÃO 7 

JESUS CONFRONTA A FALSA RELIGIOSIDADE 

TEXTO ÁUREO: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mateus 23.13) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 23.1-13 

INTRODUÇÃO Tendo estudado algumas características fundamentais dos ensinos de Cristo, na presente lição vamos estudar o embate resultante do confronto entre o Seu ensinamento com o dos fariseus. De um lado estava Jesus, instando uma legítima espiritualidade baseada no amor e na prática da verdade; do outro, os fariseus, habituados a uma religiosidade exterior baseada em uma interpretação equivocada das Escrituras e obscurecida por suas tradições, e mais preocupados em manter uma aparência de piedade diante dos homens. O confronto entre ambos seria inevitável, pois a diferença essencial entre ambas as formas de ensino era que um não passava de religiosidade morta, enquanto o outro consistia no princípio indispensável para a verdadeira vida com Deus. 

I – CONFRONTANDO A HIPOCRISIA (MT 23.1-4) A cadeira de Moisés significava a autoridade para interpretar e ensinar a Lei que os escribas e fariseus reivindicavam para si. No passado, era aos sacerdotes e profetas que incumbia essa autoridade, mas, nos dias de Jesus, eram os escribas (aqueles que copiavam as Escrituras) e fariseus (que eram extremamente rigorosos na aplicação da Lei) que exerciam maior influência na formação religiosa do povo, através de seus mestres ou doutores que eram chamados de rabinos. Contudo, A influência destas autoridades religiosas sobre os judeus naquela época era extremamente forte e, por isso, nesta passagem vemos o Senhor confrontando diretamente suas interpretações distorcidas da Lei, bem como as novas regras por eles acrescentadas ao código mosaico. Eles cultivavam uma mentalidade do tipo “dois pesos e duas medidas”, visto que impunham maior rigor sobre seus discípulos no tocante ao cumprimento da Lei, do que sobre eles mesmos. Os fariseus e escribas manejavam a Lei conforme lhes era conveniente, e não com temor de Deus; seu ensino era, de fato, um fermento que contaminava a pura e verdadeira palavra de Deus (Mt 16.6-12; 15.1-3, 7-11, 17-20). A hipocrisia desses líderes religiosos era tão explícita que acabava servindo de pedra de tropeço para o povo comum, que não observava nos escribas e fariseus a prática do que eles mesmos ensinavam, fazendo a Lei de Deus parecer um fardo pesado e insuportável, cuja obediência era desestimulada pela negligência desses líderes. Assim, em lugar da idolatria que antes havia sido a maior causa de tropeço do povo de Deus, nos tempos de Jesus era a hipocrisia que havia se tornado um dos grandes pecados de Israel, que o Senhor teve de confrontar e condenar diversas vezes. Ao que parece, a vergonha moral dos antepassados do povo de Deus havia sido substituída por um orgulho derivado de uma falsa religiosidade, destituída de genuína virtude interior (Lc 16.13-18; Jo 8.31-37; 9.26-34). 

II – CONFRONTANDO O AMOR AO LOUVOR DOS HOMENS (MT 23.5-12) Um dos aspectos principais da falsa religiosidade dos escribas e fariseus combatidos por Jesus era o amor que tinham pelo louvor dos homens, ou pela gloria deste mundo. Toda performance religiosa dos escribas e fariseus visava impressionar as pessoas à sua volta e obter o seu reconhecimento, que recebiam na forma de elogios, convites, privilégios e posições de destaque na sociedade. Os escribas e fariseus se consideravam como pertencentes a uma classe de pessoas notáveis e superiores e, por isso, exigiam que seus compatriotas os tratassem com a máxima reverência (Mt 6.1-7, 16-18; Jo 5.37-47; 12.42, 43). Sendo assim, Cristo Jesus, o verdadeiro Mestre de Israel, ao confrontar a hipocrisia desses líderes religiosos, também expõe a causa dessa atitude tão reprovável e escandalosa – qual seja, eles assim agiam porque não buscavam a glória que vem de Deus, segundo a qual teriam ensinado e vivido de acordo com a verdade, e servido ao próximo em humildade, que é a característica do verdadeiro mestre no reino dos céus. Tudo o que desejavam era uma justiça de que pudessem se gloriar diante dos homens, e a riqueza e poder advindos desse reconhecimento. O amor à proeminência sempre resultará em alguma forma de manipulação e opressão, enquanto o genuíno amor ao próximo resultará em serviço humilde. Por isso Jesus é o modelo perfeito de liderança, pois toda a Sua vida foi movida pela glória Deus e pelo serviço de amor ao próximo (Jo 13.12-17; Lc 22.24-27). 

III – CONFRONTANDO OS FRUTOS DA FALSA RELIGIOSIDADE (MT 23.13-36) A mentalidade religiosa vigente entre os judeus, graças à hipocrisia e amor à glória deste mundo dos seus mestres, reproduzia e perpetuava hábitos reprováveis cuja gravidade era um claro indício do quão distantes e separados os israelitas estavam de Deus e de como a religião, quando deturpada por falsos mestres, pode, ao invés de conduzir o homem a Deus, levá-lo em sentido diretamente oposto. O conhecimento e a posição influente dos escribas e fariseus acabaram servindo como meios para que eles manipulassem e explorassem a boa-fé de viúvas ingênuas, usar o nome de Deus em vão em juramentos sem real significado, valorizar a prática exterior da Lei ao verdadeiro espírito de piedade e santificação para com Deus; perpetuar a desonra aos verdadeiros profetas de Deus como fizeram os seus antepassados (Jo 9.13-17; 5.16-18; 10.25-31). Finalmente, o fruto mais terrível dessa atitude religiosa, que, tanto mais pretendendo se passar por religião é ainda mais afrontosa a Deus, seria o próprio castigo que estava reservado àquele povo por se recusar a dar ouvidos à verdade; lamentavelmente, a hipocrisia e o amor à glória deste mundo falaram mais alto no coração da maioria dos judeus, até que a justiça e a ira de Deus os alcançaram. E assim, a partir do que sucedeu a este povo, Jesus já antecipou para todo aquele que deseja entrar no reino dos céus que, do mesmo modo, a verdadeira religião consiste em amar e praticar a piedade, e não simular sua aparência perante os homens; e que tem mais valor para Deus aquele que busca a verdadeira justiça, do que aquele que simula não precisar buscá-la por acreditar tê-la (Mt 21.28-32; Lc 15.7, 10). 

CONCLUSÃO Precisamos considerar com muito cuidado todo confronto promovido por Cristo aos falsos ensinamentos dos fariseus e escribas para que nos guardemos contra as perversões da falsa religiosidade cometidas em nossa geração. Não podemos nos esquecer de que também um juízo mais severo está reservado para aqueles que devem ensinar o caminho da verdadeira religião aos homens, não apenas pelas suas palavras, mas pelo seu exemplo.

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