18 dezembro 2025

012-A História de Isaque - Gênesis Lição 12[Pr Denilson Lemes]

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LIÇÃO 12 

A HISTÓRIA DE ISAQUE

TEXTO ÁUREO: “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele.” (Gênesis 17.19)

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 21.1-12 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje continuaremos o estudo das primeiras gerações da linhagem de Sem escolhida por Deus para receber o Seu concerto, pois este é o tema central da segunda parte do livro de Gênesis. Tendo destacado importantes aspectos da chamada de Abraão e das promessas de Deus envolvendo sua descendência, veremos como esse legado espiritual foi transmitido pelo patriarca a seu filho Isaque, e como o próprio Deus confirmou o seu concerto com ele, assinalando sua jornada de um modo um tanto semelhante às experiências de seu pai. 

I – O TESTEMUNHO DA FÉ DE ISAQUE 

Embora seja mais concisa em relatar os acontecimentos envolvendo Isaque, as Escrituras determinam que a fé deste filho de Abraão manifestou-se muito cedo em sua vida. Afinal, Isaque nasceu em um lar edificado sobre a fé e o milagre, e Abraão, no cuidado de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele que guardassem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo, certamente havia instruído seus filhos no testemunho acerca do Deus Todo-poderoso que o havia chamado e feito a ele e seus descendentes grandiosas promessas (Gn 18.19). Consideremos que, por esta causa, até mesmo Ismael, apesar de não ter sido gerado sob o vínculo de uma promessa, como foi Isaque, ainda depois de afastado do convívio com seu pai Abraão, levou consigo esse testemunho, tendo ele e sua mãe, Hagar, experimentado também das bênçãos e misericórdia de Deus, transmitindo-o à sua descendência, que também se tornaria uma grande nação (cf. Gn 16.9-12; 17.20; 21.17-21). Não poderia ter sido diferente com Isaque, o qual, crescendo junto de seu piedoso pai, aprendeu a imitálo no amor e obediência a Deus, sabendo que um dia assumiria o seu lugar na liderança daquela família que peregrinava em terra estranha, na esperança de um dia receber a herança prometida por Deus. O episódio mais notável da infância ou juventude de Isaque sem dúvida é aquele registrado no capítulo 22, no qual também o testemunho da fé de Abraão foi selado (cf. Hb 11.17-19) e o patriarca recebeu uma última confirmação da promessa divina (cf. Hb 6.13-17). Ali Isaque foi testemunha da fidelidade de Deus à Sua palavra, ao livrar o menino – o filho da promessa – da imolação, ao mesmo tempo em que providenciou uma substituição para o holocausto. Notemos que nesta passagem encontramos também indicações da piedade exemplar do jovem Isaque, como sua familiaridade com o culto divino (“Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?”, Gn 22.7), sua confiança na provisão divina e sua submissão silenciosa à atitude do pai – inesperada por ele – de amarrá-lo para ser imolado. A próxima etapa preparatória para Isaque se adequar ao propósito divino e se tornar herdeiro das promessas feitas a Abraão era o arranjo do seu casamento. Notamos, em primeiro lugar, o cuidado do patriarca em não contrariar a palavra de Deus, segundo a qual os cananeus que habitavam a terra das suas peregrinações estavam amaldiçoados e destinados a ser subjugados pelos semitas. Acrescente-se o fato de que, das palavras que Deus já havia comunicado a Seu servo, uma delas dizia respeito à eventual destruição dos cananeus (cf. Gn 15.16-21). Esta sem dúvida é uma das razões pelas quais Abraão enviou seu mordomo até Harã (no norte da Mesopotâmia), sob juramento de encontrar para seu filho uma mulher dentre os seus parentes que ali habitavam – no que a providência divina manifestou-se maravilhosamente no encontro daquele piedoso servo com Rebeca, filha de Naor (irmão de Abraão) e no modo como o mordomo convenceu os parentes da moça a entregarem-na como esposa para o filho de seu senhor. Este episódio se encerra destacando mais uma vez a piedade do jovem Isaque (“E Isaque saíra a orar no campo, sobre a tarde”, Gn 24.63). Notemos também que Rebeca de algum modo se impressionou com a aparência daquele homem de Deus, descendo do camelo em sinal de reverência, mesmo sem saber que se tratava de seu marido – do que, ao ser informada, cobriu-se então com o véu, como era o costume da jovem ao ser apresentada pela primeira vez a seu esposo. 

II – AS GERAÇÕES E PEREGRINAÇÕES DE ISAQUE 

A expressão “estas são as gerações”, como em outras passagens anteriores, aqui também assinala o fim de uma etapa – no caso, Abraão, depois de ver o Senhor cumprir a promessa de que multiplicaria a sua semente, em um último ato antes de ser recolhido em paz ao seu povo, despede seus filhos e mantém apenas Isaque consigo, em sinal de que este havia sido escolhido para herdar a benção, as promessas e o concerto de Deus (Gn 25.11). E, assim como no caso de seu pai, Isaque também teve sua fé e paciência provada quanto à concepção de seus filhos – sua mulher, Rebeca, também era estéril (como fora sua mãe, Sara). Mas, tendo em seu pai um exemplo de perseverança recompensada para imitar, Isaque também não duvidou das promessas divinas e orou insistentemente ao Senhor, até que foi ouvido e sua mulher concebeu gêmeos (Gn 25.21). Este fato, por sua vez, não significava que ambos seriam herdeiros da promessa; pelo contrário, do mesmo modo como ocorreu com Isaque e Ismael, para que a soberania divina prevalecesse sobre a presunção e confiança da carne, e para confundir as aparências humanas, o Senhor Deus não apenas havia escolhido apenas um deles, Jacó, para ser o depositário do concerto, mas também o havia escolhido apesar de ele não ser o primogênito – isto é, aquele que havia saído primeiro do ventre de sua mãe (cf. Rm 9.10-13). No demais, antes de passar à revelação deste mistério e da escolha de Jacó, para surpresa até de Isaque, as Escrituras narram, de forma bastante sucinta, como o patriarca peregrinou pela terra de Canaã, praticamente seguindo a mesma trajetória de seu pai – exceto que, quando a fome atingiu novamente a região, por orientação expressa de Deus, Isaque não desceu ao Egito. Outros detalhes a se considerar são a sua postura humilde e despretensiosa diante de seus vizinhos (Gn 26), e a angústia que lhe trazia o casamento de seu filho Esaú – o preferido e presumido herdeiro até então – com duas mulheres filhas dos heteus – um povo que, assim como os cananeus, estava destinado a ser banido daquela terra (Gn 26.34). 

III – O FILHO DA PROMESSA É REVELADO 

A eleição de Jacó por Deus para ser o herdeiro da promessa aparentemente permaneceu velada a Isaque, o qual, considerando o fato de Esaú ser o primogênito natural e, depois, em vista dos talentos que este veio a desenvolver como caçador, esperava chegar o momento deste tomar o lugar do patriarca na liderança da família (Gn 25.27-28). Ocorre, porém, que o propósito de Deus para Jacó havia sido revelado a Rebeca antes mesmo do nascimento de ambos, e por isso, de qualquer modo, ela entendeu que deveria agir para que a palavra de Deus se cumprisse. Não entraremos na discussão do mérito dos meios que mãe e filho empregaram para obter a bênção de Isaque, já que a Escritura apenas narra o acontecido e confirma que assim se cumpriu a promessa divina, com o reconhecimento do próprio Isaque: “Abençoei-o; também será bendito (...) Veio o teu irmão com sutileza, e tomou a tua benção” (Gn 27.33, 35). Por sua vez, ao revelar Esaú a seu pai que havia vendido a primogenitura ao irmão, e após a menção feita por Rebeca de que Jacó ainda era solteiro – ou seja, havia escolhido não tomar mulher dentre as filhas dos cananeus – Isaque entende a obra que Deus havia feito em sua família, manifestando o caráter profano e a rejeição de Esaú (cf. Hb 12.16-17). Assim, o patriarca conclui que Jacó deveria tomar para si uma esposa dentre os seus parentes, a fim de não se contaminar com a linhagem amaldiçoada dos cananeus; mas, diante das circunstâncias ameaçadoras de um Esaú furioso e desejoso de vingança contra o irmão, ao invés de mandar buscar uma mulher para o filho, Isaque envia o próprio Jacó até Harã (Gn 28.1-5). 

CONCLUSÃO 

Como herdeiro daquele que foi o amigo de Deus, Isaque seguiu as mesmas pisadas de seu pai Abraão, alcançando o mesmo testemunho de aprovação. Na sua experiência particular com o Senhor, ele aprendeu a não ter a própria vida por preciosa, nem a se apegar às aparências e ao que é terreno, pois os caminhos de Deus são mais elevados que os nossos e muitas vezes não os entendemos, mas a única coisa que podemos ter por certo é que Ele cuida daqueles que n’Ele confiam.

PARA USO DO PROFESSOR

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