05 dezembro 2025

009-O Concerto de Deus com a Criação - Genesis Lição 09 [Pr Denilson Lemes] 26nov2025

 

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LIÇÃO 9 

O CONCERTO DE DEUS COM A CRIAÇÃO

TEXTO ÁUREO: ““E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra.” (Gn 9.11

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 9.1-11 

INTRODUÇÃO A terra que se apresentava aos olhos de Noé, de sua família e dos animais que saíram com ele de dentro da arca ainda era a mesma da criação original, com a diferença de que, purificada da geração perversa que a contaminara com violência e corrupção, havia sido como que renovada para servir de habitação para as criaturas com as quais Deus estabeleceria um concerto de misericórdia e longanimidade. Veremos nesta lição em que consistiu esse concerto e que propósito o Senhor visava alcançar ao prometer não mais destruir a terra com o dilúvio, mesmo sabendo que a realidade do pecado permanecia e eventualmente se manifestaria como no passado. 

I – DEUS REFREIA A VIOLÊNCIA (9.1-7) Vimos que, após o dilúvio, chamando Noé e seus filhos para fora da arca, o Senhor ordenou que os animais fossem soltos para cumprirem o seu propósito de se multiplicarem e povoarem a terra. Agora, dirigindo-se particularmente ao patriarca e sua família, o Criador renova-lhes o mandato da procriação e do domínio sobre todas as demais criaturas, tal como originalmente determinara ao primeiro casal, com a diferença de que, diante da realidade do pecado e da perda daquela relação harmoniosa que havia entre o homem e os animais, esse domínio só poderia ser assegurado pelo uso da força e da violência. Como os animais não mais se submeteriam pacificamente ao homem (como antes da Queda e, certamente, enquanto estiveram dentro da arca), este deveria se impor, e o fato de Deus tê-los entregue como mantimento era uma forma de incentivar o homem a exercer esse domínio pelo medo. Notemos, contudo, a exceção feita ao sangue, mencionado aqui pela primeira vez como símbolo da vida, e vedado ao consumo porque, sendo constituído mordomo da criação, e não senhor, o homem pode dispor da carne dos animais como alimento, mas não da vida em si, a qual é superior ao corpo, e somente Deus pode dar e tomar de volta. Ingerir sangue, portanto, é uma atitude afrontosa a esse direito exclusivamente divino, e um desprezo pelo dom da vida (Lv 17.10-11; At 15.20). A fim de assegurar a santidade da vida, além de proibir o consumo do sangue de animais, o Criador proíbe o derramar de sangue humano – que, observemos, está implícito no ato de consumir a carne dos animais de um modo lícito (Lv 17.13). Sem dúvida, é uma palavra que condena o homicida, nada justificando a morte de um ser humano pela mão do seu próximo. Anteriormente, o Senhor havia proibido a qualquer outro vingar-se de Caim pelo assassinato de seu irmão Abel; mas agora, aquele que derramasse o sangue do seu próximo, pelo homem o seu sangue seria derramado. Significa que a violação a esse mandamento deveria ser punida da forma mais severa possível, pois constitui-se em um crime contra o próprio Deus, já que o homem foi feito à sua imagem. Eis aqui, portanto, o precedente para a punição capital – isto é, a aplicação da pena de morte nos casos de homicídio, não como vingança, mas como aplicação da justiça (Ex 20.13; 21.12-15; Rm 13.3-4). 

II – O CONCERTO DE DEUS COM TODA A CRIAÇÃO (9.8-17) A natureza do concerto que o Criador estabelece com os homens e os animais que saíram da arca não está relacionada à salvação, como no caso do concerto eterno primeiramente expresso no jardim pela representação da árvore da vida, ou no concerto firmado com o povo de Israel no Sinai, e que de maneira definitiva e perfeita seria selado através da morte sacrificial de Cristo Jesus. No caso, aqui temos um concerto baseado na promessa de preservação da vida na terra, envolvendo Noé e sua família, bem como os animais que saíram da arca, por gerações eternas – quer dizer, enquanto as gerações se sucedessem até o fim do mundo. Como já ressaltamos na lição anterior, não significa que o Senhor deixaria de julgar indivíduos e povos, fazendo de casos particulares exemplos de um juízo futuro e universal – como fez com Sodoma e Gomorra, com a geração israelita que pereceu no deserto, etc. (cf. Jd 5-7; Is 3.13-14). Mas, enquanto não chegasse o tempo determinado para a destruição dos céus e da terra que agora existem, desta criação, o Senhor não mais visitaria a humanidade com uma catástrofe universal, mas exerceria Sua paciência e longanimidade para com os pecadores, geração após geração, para que ao menos alguns não perecessem eternamente, mas viessem ao arrependimento (2 Pe 3.9-15). Como sinal visível deste concerto, o Criador estabelece o arco multicolorido que aparece em dias de chuva – que comumente chamamos de arco-íris, mas na Escritura é o arco de Deus, ou o arco celeste (Ap 4.3; cf. Ez 1.28) – cuja beleza testifica da misericórdia de Deus e da Sua fidelidade à promessa de não mais destruir a terra por meio de um dilúvio, ainda que continuaria a haver chuvas sobre a terra. 

III – A DESCENDÊNCIA ELEITA É PRENUNCIADA (9.18-29) A narrativa que segue é de grande importância profética, pois nela são delineados os desígnios gerais de Deus em relação aos três grandes ramos da família humana que descenderiam a partir dos filhos de Noé. O episódio envolvendo Noé e seu filho Cam tende a ser interpretado por muitos em desfavor do patriarca, embora seja verdadeiro que a Escritura condena a embriaguez e por isso aquele que deseja ser sábio e piedoso é orientado a evitá-la como a qualquer outro vício ou fruto da carne (Pv 31.4-5; Gl 5.21). Mas a importância deste relato não está na embriaguez de Noé, pois a Escritura não julga o ato em si, mas antes explica que, mesmo sob o efeito do vinho, ele se retirou para a privacidade de sua tenda, e ali se despiu, longe da vista de qualquer pessoa. Seu filho Cam, adentrando desavisadamente a tenda do pai, viu-o naquele estado e expôs aquela situação aos irmãos que estavam do lado de fora, para constrangimento do patriarca e escândalo dos seus familiares. Tal atitude revela que faltou a Cam tanto o respeito para com o pai como o senso de vergonha que mesmo Noé, embriagado, demonstrou ter, ao refugiar-se na sua tenda para não se expor naquele estado aos familiares. Ao recobrar a lucidez, e informado do mal que seu filho Cam lhe fizera, e de que Sem e Jafé evitaram vê-lo naquele estado vergonhoso e cobriram a sua nudez, Noé, sem dúvida sob inspiração divina, pronunciou a recompensa de cada um deles na forma de uma profecia. “Bendito seja o Senhor, Deus de Sem” é clara indicação de que aquela invocação do nome do Senhor, iniciada nos dias de Sete, manteve-se, após o dilúvio, em Sem e nos seus descendentes (chamados de semitas), com os quais Deus manteria um relacionamento mais próximo, até chamar Abraão, o hebreu, através do qual formaria a nação de Israel. “Alargue Deus a Jafé” é uma alusão ao grande número de povos que descenderia deste filho de Noé, espalhando-se por uma ampla faixa de terra do mundo antigo e que, embora vivessem por grande tempo andando segundo os seus próprios caminhos, eventualmente, pela pregação do evangelho, seriam reconciliados por Cristo para servirem ao Deus dos semitas (por isso disse Noé em relação a Jafé: “habite nas tendas de Sem”, cf. Gl 3.8, 16, 26-28). Cam, por sua vez, havia dado causa a uma maldição sobre um de seus filhos, Canaã, que veio a se tornar um grande povo que habitou a terra de mesmo nome, mas que seria tanto submetido aos semitas (o que se deu com a conquista da terra por Israel, cf. Gn 15.16, 17-21) como também aos descendentes de Jafé, os quais, após o cativeiro babilônico, alternaram-se com os semitas no controle daquela região até os tempos modernos (persas, gregos, judeus, romanos, árabes, turcos, europeus das nações modernas e, por último, os judeus novamente). 

CONCLUSÃO O concerto de Deus com Noé e todos os que com ele saíram da arca assinalou o princípio de um ciclo contínuo de gerações cujos indivíduos deveriam encontrar o seu lugar entre a sorte de um dos três filhos de Noé, ao mesmo tempo em que, com a aproximação do fim dos tempos, vai se tornando mais e mais patente quem são aqueles que estão na sorte de Sem, cujo Deus, o Senhor, é bendito eternamente.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

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