30 junho 2023

001-Josué, o sucessor de Moisés - Josué Lição 01[Pr Denilson Lemes]27jun2023

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LIÇÃO 1 

JOSUÉ, O SUCESSOR DE MOISÉS 

TEXTO ÁUREO: “E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as mãos; assim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.” (Dt 34.9) 

LEITURA BÍBLICA: JOSUÉ 1.1-6 

INTRODUÇÃO Neste trimestre o nosso estudo é a respeito do Livro de Josué, que narra a história da conquista das promessas de Deus. Nesta primeira lição será apresentado um esboço do livro, assim como uma visão geral do seu conteúdo, importante para a compreensão do todo, e também os antecedentes da chamada de Josué que, após a morte de Moisés, tornou-se o novo líder do povo de Israel. 

I – O TEMA DO LIVRO O Livro de Josué é o primeiro dos seis livros que integram a série dos livros históricos. Na narrativa, o protagonista não é Josué, mas sim o cenário onde têm lugar os novos acontecimentos da história do povo de Israel: Canaã, a qual o povo invade quarenta anos depois de ter sido libertado do seu cativeiro no Egito. Canaã é o ponto final daquela inacabável peregrinação. Na conquista da terra, o povo vê o cumprimento das promessas de Deus a Abraão, Isaque e Jacó de dar a terra aos seus descendentes para sempre (Gn 13.14-17; 15.13-16; 26.3-5; 28.13, 14). Eles, pois, herdeiros das promessas divinas, tomaram posse de Canaã e “palavra alguma falhou de todas as boas palavras que o senhor falara à casa de Israel: tudo se cumpriu” (Js 21.45). Canaã é o sinal de fidelidade de Deus à sua Palavra, de uma lealdade cuja contrapartida tinha de ser a conduta fiel do povo eleito. Porque, se bem que na possessão daquela terra contemplava-se o dom de Deus, o permanecer nela dependia da fidelidade e retidão com que os israelitas observariam a Lei transmitida por Moisés. Logo eles haveriam de compreendê-lo ao verem que, empenhados em ações de guerra, os seus triunfos ou derrotas dependeriam de serem fiéis ao Senhor (Js 7.1-5). Isso eles já tinham visto quando os amalequitas e os cananeus “os feriram, derrotando-os em Horma” (Nm 14.20-23, 40, 45). Uma primeira leitura do livro pode dar a entender que a conquista da terra consistiria num rápido movimento estratégico onde os israelitas, dirigidos por Josué, penetrariam com facilidade no país, e em pouco tempo se apoderariam por completo do território. Na realidade, não foi bem assim que aconteceu, pois nem eles conseguiram conquistar rapidamente os territórios cananeus, nem os habitantes anteriores do lugar foram completamente exterminados como Deus ordenara. De fato, muitos deles se mantiveram firmes nas suas posições (Js 15.63; 17.12,13) e, inclusive, às vezes fizeram alianças com os invasores, e então tiveram de aprender a conviver com eles (Js 9.3-5, 14-18, 27; 16.10). A conquista de Canaã foi, portanto, um avanço lento e sustentado em meio a não poucas dificuldades. 

II – O CONTEÚDO DO LIVRO O livro se divide em duas grandes seções, formadas respectivamente pelos capítulos 1-12 e 13-22, e uma menor, que inclui os capítulos 23-24 em forma de conclusão. Após a morte de Moisés, Josué assume o comando do povo (Js 1.10-11; cf. Dt 31.7,8), cuja entrada e assentamento em Canaã são relatados na primeira seção do livro. Os israelitas, que se encontravam reunidos nas planícies de Moabe, atravessam o Jordão e acampam na margem ocidental, com os pés já postos em Canaã. A partir daquele momento, Josué organiza diversas campanhas militares destinadas a tomar posse de todo o território.  Primeiro ataca localidades do centro da Palestina e, mais tarde, estende-se até os territórios do Norte e Sul. Essas ações aparecem no livro precedidas de um discurso introdutório do próprio Josué, que situa a narração histórica no seu contexto teológico: “todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés” (Js 1.3). Essa manifestação ratifica a ideia de que o estabelecimento em Canaã não é uma mera conquista humana, mas um dom que Israel recebe do Senhor. A seção conclui em 12.24, com a relação dos reis que foram vencidos em batalhas em ambos os lados do Jordão. A segunda seção (caps. 13-22) se ocupa dos vários incidentes relacionados à distribuição de terras às tribos de Israel. A leitura desses capítulos, com as suas estatísticas e as suas longas listas de cidades importantes e de pequenos povoados, demonstram a atenção que os israelitas prestaram à justiça distributiva, a fim de que cada uma das tribos dispusesse de um espaço para estabelecer-se: “deu o Senhor a Israel toda a terra que jurara dar a seus pais; e a possuíram e habitaram nelas” (Js 21.43). Também a tribo sacerdotal de Levi – à qual não havia sido designada propriedade territorial (Js 13.14) havia de contar com cidades de residência cedidas pelas diversas tribos. Os dois últimos capítulos do livro (23-24) contêm o discurso de despedida de Josué (cap. 23), a renovação do concerto e, finalmente, a morte e sepultamento deste fiel servo de Deus que soube proteger o povo, depois de Moisés, e guiá-lo até o seu desejado destino (Js 24.29, 30). 

III – O CHAMADO DE JOSUÉ Após a morte de Moisés, Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as mãos; dessa forma os filhos de Israel passaram a lhe obedecer e o aceitaram como o novo líder, levantado por Deus como o fora Moisés. E o Senhor então fala com Josué para que este se levantasse e colocasse o povo em jornada para atravessar o Jordão. Tem início, portanto, o chamado de Josué para liderar do povo de Deus. Todos os líderes que Deus levanta no meio do Seu povo são antes preparados – não é diferente com Josué. Vários fatores já apontavam antes para a sua liderança: era descendente da família de José, tão prestigiada em Israel, seu avô Elisama tendo sido orientador da tribo de Efraim através do deserto; o contato que teve com a civilização e cultura egípcia (já que no Egito nascera e tomara parte no êxodo – cf. Nm 32.11s.) preparou-o, como também Moisés, para a grande missão de dar a estrutura e a independência a uma nova nação. Como auxiliar principal e adjunto de Moisés, em íntimo contato com ele no cargo de orientador do povo, Josué era naturalmente indicado como sucessor daquele de quem tanto recebera e com quem tanto aprendera na dura travessia do deserto. É bem verdade que, se não fosse a marca da presença de Deus em seu chamado, nenhuma dessas qualidades serviriam. Foi a partir do chamado de Deus que brotaram as poderosas energias com que haveria de conduzir Israel à sua soberania. Enfim, eis um grande soldado que se revestiu da completa armadura de Deus para cumprimento de sua missão. 

CONCLUSÃO Que o presente trimestre venha trazer para cada um de nós ricas lições a respeito das conquistas do povo de Deus. Com certeza serão reforçadas as promessas de Deus e também a Sua fidelidade no seu cumprimento. Contudo, o quanto vamos conquistar depende totalmente de nós e essas lições nos serão passadas por meio deste livro, que está muito longe de ser apenas histórias registradas.

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20 junho 2023

013-Ester e Mardoqueu - Heróis da Fé Lição 13[Pr Afonso Chaves]20jun2023

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LIÇÃO 13 

ESTER E MARDOQUEU 

TEXTO ÁUREO: “Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? (Ester 4.14) 

LEITURA BÍBLICA: ESTER 4.1-9 

INTRODUÇÃO Na última lição deste trimestre, encerraremos o estudo dos heróis da fé refletindo sobre o testemunho de Ester e seu primo Mardoqueu. Sua história diz respeito a como todo o povo de Deus foi salvo da destruição graças à fé de ambos na providência divina, e à coragem pela qual se valeram das oportunidades concedidas por Deus para cumprir o Seu propósito dentro do Seu grande plano. 

I – ESTER É FEITA RAINHA E O ÓDIO DE HAMÃ CONTRA MARDOQUEU E O POVO JUDEU Nossa primeira consideração sobre a história de Ester é como Deus, na Sua providência e disposição soberana sobre os corações dos homens, através de um incidente inusitado e que surpreendeu a todos os persas – a saber, a rejeição da rainha Vasti à ordem do rei Assuero para comparecer em sua presença e na dos seus príncipes – levou a uma comoção em todo o reino que resultaria na elevação de uma mulher dentre os cativos judeus à posição de rainha, esposa do rei da Pérsia. De incomparável beleza, nem por isso Ester era menos humilde e prudente - criada por seu primo Mardoqueu, mesmo depois de introduzida à vida palaciana, não abandonara os costumes do seu povo, nem a lealdade e amor familiar ao seu primo, nem o temor ao seu Deus. Vemos a mão de Deus operando no fato de Ester não apenas ter achado graça diante do oficial responsável pela seleção das mulheres mais belas do reino, mas também ao ser especialmente favorecida, e aconselhada a comportar-se de forma a chamar a atenção de Assuero não apenas pela sua beleza, mas pela sua idoneidade para ser rainha; e assim “o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vasti” (Et 2.8-9, 15-17). Ao mesmo tempo, notamos como prudentemente Mardoqueu havia orientado sua filha de criação a não revelar sua origem judaica, uma vez que o povo de Deus era taxado pejorativamente como um povo diferente, suspeito de desobediência às leis do reino (cf. Et 3.8); se declarasse sua parentela e seu povo, Ester poderia ter sido descartada na seleção inicial, como também atraído atenção indesejada para todos os seus conterrâneos, antes mesmo do ocorrido entre Hamã e Mardoqueu. Longe de desejar a queda de Assuero e que toda aquela situação envolvendo sua “filha” acabasse, Mardoqueu fez logo saber a Ester, e esta ao rei, da conspiração em andamento (Et 2.21-23), impedindo grande turbação sobre o reino – pois, na sua paz, o povo judeu teria paz – e demonstrando uma fidelidade ao rei que, a seu tempo, contaria favoravelmente não apenas para Mardoqueu, mas para todo o seu povo. Enquanto esperava que a razão daquela dispensação da providência divina para com Ester se manifestasse, ocorre então o confronto entre o orgulho perverso de Hamã e as convicções de Mardoqueu, fiel à palavra de Deus que havia anatematizado o povo amalequita, e de cujo rei Agague o filho de Hamedata era descendente. Mesmo exaltado pelo rei persa, Mardoqueu se recusa a atribuir honra àquele cujo povo havia sido desonrado pelo Senhor; e, deixando acender o antigo ódio e inimizade dos amalequitas pelo povo hebreu, Hamã faz deste caso um pretexto para exercer a vingança dos seus antepassados, e consegue obter do rei a aprovação irrevogável de um decreto arbitrário para exterminar, sem nenhum motivo, todos os judeus em todas as províncias do império (Et 3.5-6, 8-9, 11- 13).

II – MARDOQUEU EXORTA ESTER A INTERCEDER PELO SEU POVO Um grande mal estava determinado contra o povo de Deus, razão pela qual Mardoqueu, em comum sentimento com os seus irmãos em todo o reino, entregou-se ao luto, contudo, sem abandonar as portas do palácio, onde esperava que Ester fosse informada do que estava para acontecer e que ela soubesse que, como rainha e uma das filhas do povo de Deus, devia fazer algo a respeito. Vemos que ela inicialmente se mostrou intimidada, em razão do costume real, de chegar-se ao rei para interceder pelo seu povo; ao que Mardoqueu a faz lembrar de que não foi por acaso que havia chegado àquela posição – revelando sua confiança na providência e cuidado de Deus pelo seu povo naquelas palavras que representam um dos pontos altos do livro (Et 4.10-11, 13-14). Animada pela exortação de seu sábio e piedoso primo, Ester se arrisca a entrar na presença do rei sem ser chamada – uma atitude que faz, primeiro, apoiada no jejum e nas orações do seu povo, esperando achar graça primeiramente diante de Deus para que seu ato obtenha, ao invés de condenação, sucesso e aceitação diante do rei; segundo, consciente do seu pertencimento ao povo eleito, prestes a ser entregue à destruição, não tem sua vida por preciosa ao arriscá-la pelos seus: “e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço” (Et 4.16). E, segundo a sábia e misericordiosa providência de Deus, Ester acha graça diante do rei para ser aceita em todas as suas petições, gradualmente preparando o momento ideal para desmascarar a crueldade e malícia de Hamã contra o seu povo e contra ela mesma, de tal modo que este não pode escapar à condenação (Et 7.1-10). 

III – MARDOQUEU É EXALTADO E O POVO JUDEU, SALVO DA DESTRUIÇÃO Mardoqueu, que já havia sido destacado perante o rei Assuero pela sua fidelidade no caso da conspiração dos eunucos, e como recompensa exaltado acima até mesmo de Hamã – não sem a participação ativa e a contragosto do amalequita nas honras prestadas ao seu inimigo – após revelada a trama contra os judeus, e morto Hamã, agora é nomeado em seu lugar como um maioral no império persa. Aliás, consideremos que aprouve a Deus não apenas fazer o rei perder o sono e descobrir a fidelidade de Mardoqueu na mesma noite em que Hamã estava às portas do palácio para pedir o enforcamento do seu desafeto (cf. Et 5.14; 6.1-4); e não apenas exaltar Mardoqueu sobre Hamã, mas também destruir o amalequita pelos mesmos meios que este intentou destruir o judeu (cf. Et 7.9-10). Do mesmo modo agora, estando ainda em vigor o decreto irrevogável do rei dos medos e persas, com data certa para ser cumprido, Mardoqueu, ao receber o selo real para escrever e autorizar em nome do rei o que parecesse bom aos seus olhos, viu nas sortes que haviam sido lançadas para mal o propósito de Deus para que seu povo defendesse seu direito e se vingasse dos seus inimigos – aqueles que esperavam oportunidade para despojar o povo eleito. As sortes lançadas determinavam, de fato, o momento de Deus mostrar seu favor sobre este povo, que agora contava com a garantia do próprio rei e com o apoio dos seus vizinhos, e mesmo dos líderes das cidades em todas as províncias onde o decreto foi cumprido – a sorte do povo judeu não seria mais de perseguição, mas de paz, alegria e luz (cf. Et 8.10-13; 9.1-4), de tal modo que purim (isto é, “sortes” em hebraico) passou a ser celebrada como uma solenidade do povo de Deus para comemorar este livramento (cf. Et 9.26-28, 30-32). 

CONCLUSÃO O testemunho de Ester e Mardoqueu nos mostra como é necessário termos a certeza de que Deus controla todas as coisas para que possamos cumprir o chamado de Deus em nossas vidas. Se sabemos que, mesmo quando envolve riscos, é o Senhor quem nos dá oportunidade para tomarmos decisões ou atitudes necessárias em nossa caminhada para cumprirmos a Sua vontade, podemos ter a certeza de que Ele assegurará o nosso sucesso.

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14 junho 2023

012-Zorobabel, Esdras e Neemias, heróis da reconstrução - Heróis da Fé Lição 12[Pr Afonso Chaves]14jun2023

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LIÇÃO 12 

ZOROBABEL, ESDRAS E NEEMIAS – HERÓIS DA RESTAURAÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” (Ne 6.3) 

LEITURA BÍBLICA: NEEMIAS 1.1-11 

INTRODUÇÃO Com a destruição do reino das tribos do norte e o cativeiro dos filhos de Judá em Babilônia, um período da história do povo de Deus havia se encerrado, e o tempo agora era de sofrer as consequências da apostasia. Contudo, o cativeiro serviu ao propósito de levar este povo a humilhar-se e buscar ao Senhor Deus, que então os ouviria e os restauraria. Na lição de hoje, estudaremos este período de restauração, que foi propício ao testemunho de fé daqueles que abraçaram o chamado de Deus para despertar o Seu povo da sua posição de abatimento e tristeza para conduzi-lo de volta à terra prometida e, mais do que isso, à presença do Senhor Deus, que os havia perdoado. 

I – ZOROBABEL LIDERA O POVO NA RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO A restauração do povo de Judá começa quando o rei persa Ciro decreta que os judeus cativos nas terras para onde haviam sido deportados voltassem para Judá a fim de reconstruírem a casa de Deus em Jerusalém. Sobre isto haviam profetizado, muitos anos atrás, primeiro, Isaías; depois, Jeremias (Is 44.28; Ed 1.1-4). Notemos que a forma do próprio decreto era um sinal de que sua libertação era devida ao Senhor, pois tinha o propósito expresso de que voltassem a Judá para reconstruírem o templo em Jerusalém. Em complemento a este decreto, o rei Ciro manda que os tesouros da casa de Deus, que haviam sido saqueados por Nabucodonosor, cerca de setenta anos atrás, e introduzidos na casa dos deuses de Babilônia, fossem entregues aos cuidados de Sesbazar, um dos principais de Judá, para que os trouxesse a Jerusalém, além das ofertas que os judeus haviam recebido em outras partes do império persa e trariam sob a liderança dos seus principais (Ed 1.7-11; 2.1-2). Mas é Zorobabel quem desejamos destacar, por ter sido ele quem esteve à frente da reconstrução da casa de Deus. Pertencendo à linhagem real, cuja memória do último membro coroado, Jeconias, ainda era relativamente recente, o Senhor Deus confirmou a liderança do Seu povo nas mãos de Zorobabel, despertando-o a trabalhar na obra de reconstrução do templo, e fazendo dele um tipo do próprio Messias (Zc 4.7-10; Ag 2.4). É então nesta obra de reconstrução do templo que vamos encontrar a fé de Zorobabel mais se destacando. Assim, ele esteve à frente da edificação do altar, para que o povo não tardasse em oferecer sacrifícios e celebrar as solenidades ao Senhor; e, passado aproximadamente um ano, inicia os preparativos para a reconstrução do templo propriamente, cuja pedra de esquina, a primeira pedra do alicerce, foi lançada por Zorobabel (Ed 3.2-6, 10-13). Logo depois vemos que, quando os “adversários de Judá e Benjamin” tentaram se juntar aos judeus na reconstrução do templo, sob a alegação de que serviam ao mesmo Deus, Zorobabel rejeitou unir-se ao grupo que, na verdade, seguia espécie de mistura dos seus costumes idolátricos com as leis de Moisés. Resistindo a todas as tentativas de frustrarem a obra de Deus, até que o rei persa Dario proibiu a sua continuação (Ed 4.1-6, 24), Zorobabel, a princípio, cedeu à força da lei recém imposta; mas, tão logo o Senhor lhe falou, despertando-o a retomar a obra, pois faria grandes coisas naquele lugar, o líder não se deixou impedir nem pelo fato de ainda não ter uma manifestação favorável da parte do rei, e retomou a reconstrução do templo, até que fosse finalizado. Diferente, porém, de um ato temerário, Zorobabel agiu pela fé, certo da veracidade e justiça da obra que estavam realizando, e do amparo tanto em Deus como na pessoa do maior rei que os persas jamais tiveram (Ed 5.1-5; 6.1-3, 6-8). 

II – ESDRAS ENSINA AO POVO A LEI DO SENHOR Assim como Zorobabel, Esdras era um sacerdote oriundo dos cativos em Babilônia, e que havia subido a Jerusalém num momento posterior ao primeiro retorno dos exilados, a saber, ao término da construção do templo. Além de sacerdote, era “escriba hábil na lei de Moisés, dada pelo Senhor, Deus de Israel”, e havia sido incumbido pelo próprio rei persa, desta feita Artaxerxes, de encabeçar uma nova leva de judeus, principalmente levitas e sacerdotes, de volta a Judá. Notamos que Esdras pode ter, assim como depois Neemias, proposto que o rei lhe permitisse ir a Jerusalém com o propósito de fazer cumprir a lei de Deus entre o seu povo; ao que Artaxerxes não apenas consentiu, mas, à semelhança de seu antecessor, Ciro, acrescentou que se oferecessem sacrifícios e ofertas em seu favor, a fim de propiciar o Deus do céu. A fim de cumprir fielmente esta missão, lemos que “Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus direitos” (Ed 7.10), entendendo que o ato real era sinal de que a mão do Senhor lhe era favorável (vv. 27-28). Chegando a Jerusalém, e tendo cumprindo o seu mandato (cf. Ne 8), o sacerdote também registra sua justa indignação ao descobrir que muitos dentre o povo, inclusive sacerdotes e levitas, estavam contaminados com as filhas dos povos vizinhos. Além de expressar sua tristeza com a indiferença do povo em relação a um pecado que havia sido uma das maiores causas da sua corrupção no passado, o sacerdote assume fiel e zelosamente seu papel intercessor, confessando ao Senhor o pecado do seu povo. A sinceridade de sua oração, bem como seu testemunho de fé, são suficientes para comover o próprio povo que havia pecado a propor que todos os que haviam se contaminado com mulheres estranhas não apenas confessariam também o seu pecado mas, como reparação pela culpa, despediriam suas mulheres com seus filhos – o que podemos considerar um ato de fé instigado pela graça de Deus operando na intercessão de Esdras (Ed 10.10-14). 

III – NEEMIAS RESTAURA OS MUROS DE JERUSALÉM Dentre os vários episódios narrados no livro de Neemias relacionado a este que também foi um líder espiritual do povo de Deus, podemos destacar como, ocupando uma posição de destaque junto ao rei da Pérsia, sua fidelidade a Deus e zelo pelo Seu povo manifestou-se quando seu coração se comoveu por saber que Jerusalém, mesmo depois da primeira restauração do cativeiro, ainda encontrava-se em estado lamentável, suas muralhas ainda sendo testemunho da ruína que se havia abatido sobre o povo em consequência dos seus pecados passados, e já perdoados; como sua fé alcançou testemunho de Deus na graça encontrada diante do rei, que não apenas permitiu, como confiou-lhe tudo de que precisava para realizar a obra da restauração dos muros e da cidade (Ne 1.1-5, 11; 2.1-8, 17-18). Pela fé também liderou, com os chefes das famílias de Jerusalém, a reconstrução dos muros da cidade, rejeitou a ajuda de Sambalate, Tobias e Gesem, e depois não temeu suas ameaças, mas antes preparou o povo para enfrenta-los, caso tentassem combate-los enquanto trabalhavam nos muros (Ne 2.19-20; 4.12-27). 

CONCLUSÃO Em um tempo onde as maiores dificuldades encontradas pelo povo de Deus estavam naqueles que se opunham à restauração, Zorobabel, Esdras e Neemias destacaram-se entre aqueles que enlevaram os olhos espirituais do povo para o Senhor, que lhes era favorável e cujos pensamentos para com eles eram bons e de paz, e não de guerra.


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07 junho 2023

011-Testemunho de fé dos reis de Judá - Heróis da Fé Lição 011[Pr Afonso Chaves]06jun2023

 

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LIÇÃO 11 

O TESTEMUNHO DE FÉ DOS REIS DE JUDÁ 

TEXTO ÁUREO: “Esforçai-vos e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele.” (2 Cr 32.7) 

LEITURA BÍBLICA: 2 CR 32.1-22 

INTRODUÇÃO Davi foi o primeiro dentre vários reis que governaram, especialmente depois da divisão das tribos nos reinos do norte (conhecido propriamente como Israel) e do sul (conhecido como Judá), sob o temor do Senhor e com interesse pela glória de Deus. Na lição de hoje, propomos estudar alguns episódios relacionados ao governo de Josafá, Ezequias e Josias, todos eles reis de Judá, e os mais destacados exemplos de reis piedosos, cuja fé foi especialmente provada, e que alcançaram testemunho de terem agradado a Deus na forma como governaram o Seu povo. 

I – JOSAFÁ VENCE UMA BATALHA PELA FÉ (2 CR 20.1-30) Josafá sucedeu seu pai Asa no trono de Judá e governou 25 anos, sendo contemporâneo dos reinados de Acabe, Acazias e Jeorão, em Israel. Durante o seu reinado, muitas melhorias de ordem militar e social foram realizadas, em todas elas o coração deste rei voltado para os interesses do Senhor para o seu povo ( 2Cr 17.1-6). A partir do terceiro ano, Josafá propôs despertar no povo a memória da lei do Senhor o Seu temor, e para isto enviou príncipes, levitas e sacerdotes por toda Judá, os quais ensinavam a lei ao povo (2 Cr 17.7-10). Depois de repreendido pelo profeta devido a uma fracassada aliança com a casa de Acabe, o piedoso rei voltou-se novamente para os interesses de Deus e instituiu juízes que julgassem as causas entre o povo de Judá com justiça e imparcialidade, sob o temor do Senhor (2 Cr 19.5-10). O ponto alto, porém, do reinado de Josafá ocorre depois disso, quando moabitas e amonitas se reúnem em grande número para pelejarem contra Judá, e assim, por à prova a fé tanto do rei como do povo. Temeroso da força inimiga, Josafá se volta para o Senhor, apregoando um jejum e conclamando todo o povo a Jerusalém para que juntos buscassem a Deus (2 Cr 20.1-4). Em sua oração, o piedoso rei expressa sua total confiança no Senhor, que, assim como havia expulsado os povos que antes habitavam aquela terra para a dar em herança a Israel, também seria fiel à promessa feita aos seus pais, não permitindo que fossem destruídos pelos adversários, e lembrando-se da sua indisposição para com Israel, quando este atravessava o deserto para chegar à terra prometida, e os julgaria com justiça, pois somente em Deus havia força para lidar com a multidão dos amonitas e moabitas (vv. 6-12). A resposta do Senhor veio na palavra do profeta, que orienta o povo a proceder como se fossem sair à peleja, onde simplesmente contemplariam como o próprio Senhor lutaria por eles: “Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém; não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco” (v. 17). Notemos como Josafá anima o povo a confiar na palavra do Senhor, demonstrando estar descansado sobre o que havia sido dito pelo profeta: “Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis” (v. 20). E, de fato, o que o povo de Judá contemplou foi uma peleja que já havia acabado quando chegaram ao local para encontrar seus adversários: o Senhor havia criado tamanha confusão entre os amonitas e moabitas e os filhos de Seir, que de última hora resolveram se unir à batalha contra os filhos de Judá; e uns aos outros se exterminaram. Para Judá, restou apenas o imenso despojo a ser recolhido do campo de batalha, e voltar para Jerusalém, louvando ao Senhor e agradecendo o grande livramento que receberam, por terem crido na Sua palavra (vv. 25-28). 

II – O LIVRAMENTO DO REI DA ASSÍRIA E A CURA DE EZEQUIAS Ezequias governou Judá por cerca de 29 anos. Filho do ímpio Acaz, apesar disso, logo no primeiro ano do seu reinado demonstrou sua profunda piedade e temor ao Senhor, confessando os pecados de seu pai e convocando os sacerdotes a entrarem em concerto de santificação, a fim de reparar todo o prejuízo espiritual causado à nação (2Cr 29.3-11). Como Josafá, ordenou que a lei de Deus fosse ensinada, não só no reino de Judá, mas entre as tribos do norte. Todo esse esforço foi coroado por Deus com grande sucesso, de modo que “ouviu o Senhor a Ezequias e sarou o povo” (v. 20). Além disso, reformou o culto e restaurou a santidade da casa de Deus e do sacerdócio, fazendo toda a obra de Deus com sinceridade (v. 20-21). Ocorre então que, eis que o rei da Assíria, Senaqueribe, veio contra Judá no intuito declarado combater e oprimir o povo. Ezequias faz os preparativos para a guerra, mas sua confiança no Senhor fica evidente na orientação dirigida ao seu povo: “Esforçai-vos e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele” (2 Cr 32.7). Então, ante a blasfêmia e o desafio lançado por Senaqueribe, Ezequias se volta para o Senhor em humilde súplica para que seja vingado o ultraje feito à justiça e santidade divina, manifestando o seu desejo de que a glória do Senhor seja conhecida de todos os povos (1 Rs 19.3-4, 15-19). A resposta de Deus não tarda e, como lemos na narrativa bíblica, os exércitos assírios foram aniquilados na mesma noite, e Senaqueribe, tendo fugido de volta para sua terra, foi morto à traição pelos seus próprios filhos (2 Rs 19.35-37). Outro episódio digno de nota como ilustração da fé deste rei é da sua cura de uma enfermidade que havia ocorrido para morte. Embora o cronista seja mais resumido que o escritor de Reis, ali é destacado o fato de que Ezequias orou ao Senhor, “o qual lhe falou, e lhe deu um sinal” (2 Cr 32.24). Avisado pelo profeta de que sua doença era para morte, e exortado a ordenar sua casa, o rei ora e chora diante do Senhor. O texto não explica tudo, mas sem dúvida não foi apenas por temor da própria morte que Ezequias chorou – se de fato ele temeu a própria morte; e o seu argumento com Deus visa, ao invés de pedir diretamente a própria cura, que o Senhor se lembre dele. A resposta a esta oração foi imediata – o Senhor ouviu sua oração e viu suas lágrimas; e tanto o curou como também lhe prometeu confirmar o reino para que continuasse servindo à glória de Deus com a mesma fidelidade e sucesso de antes: “E acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo” (2 Rs 20.6). 

III – JOSIAS RESTAURA O LUGAR DA LEI EM JUDÁ (2 CR 34) Diferente de seu pai, Amon, e seu avô, Manassés, Josias manifestou sua piedade e devoção ao Senhor assim que assumiu o trono, aos oito anos de idade. Também destacado nas Escrituras como um rei que realizou grandes reformas religiosas ou espirituais em Judá, Josias tomou a frente de uma renovação do concerto de obediência do povo ao Senhor Deus a partir do achado da lei no templo. O impacto da leitura dos mandamentos aos ouvidos do rei causou grande comoção, e sua fé se evidenciou no fato de que, convicto da gravidade das palavras de Deus, e da desobediência em que seu povo se encontrava, Josias imediatamente manifestou sua tristeza e lamentou as consequências do pecado que estavam reservadas para os seus súditos – que o Senhor viu e do que Ele deu testemunho pela boca da profetisa (vv. 24-28). E, mesmo com o anúncio de um castigo irrevogável sobre o povo, o rei prosseguiu na realização das reformas, intimando a todos a cultuarem ao Senhor, e não se desviarem após os ídolos, que ele procurou destruir em toda a terra de Judá e Israel. 

CONCLUSÃO Como Davi, houve em Judá reis que mostraram ter um coração sincero para com Deus, sua fé resultando em livramento, provisão e misericórdia do Senhor para com todo o povo sob sua liderança.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira




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01 junho 2023

010-Eliseu e o seu testemunho de fé - Heróis da Fé Lição 10[Pr Afonso Chaves]30mai2023

 

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LIÇÃO 10 

ELISEU E O SEU TESTEMUNHO DE FÉ 

TEXTO ÁUREO: “Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu.” (2 Rs 2.15) 

LEITURA BÍBLICA: 2 RS 2.9-15 

INTRODUÇÃO Tendo alcançado testemunho de que agradara a Deus, Elias foi levado deste mundo e não se viu mais. Mas, em seu lugar, havia deixado um sucessor, um filho, por assim dizer, cujo testemunho de fé não seria em nada inferior, e cuja graça e poder de Deus para operar grandes e numerosos milagres seria propriamente um sinal de que Eliseu havia sido atendido quanto à porção dobrada que havia pedido a seu pai, antes deste partir. Nesta lição procuramos destacar evidências dessa fé em alguns dos muitos sinais realizados pelo profeta, conforme narrados nas Escrituras. 

I – ELISEU PEDE PORÇÃO DOBRADA DO ESPÍRITO (2 RS 2.9-15) O chamado de Eliseu para o ministério profético resulta de um momento de grande aflição na vida de seu antecessor, Elias, quando este expressava sua frustração ante o que pensava ser o fim daqueles que serviam ao Senhor e dos Seus profetas. Deus não apenas revelou que tinha entre o povo milhares que não haviam curvado seus joelhos a Baal, mas havia escolhido um para ocupar o lugar de Elias. E, para que não restasse dúvida quanto à eficiência deste escolhido, o Senhor revela ao Seu profeta que ele asseguraria que o juízo contra a idolatria dos reis de Israel se cumprisse, pois “o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu” (1 Rs 19.17). Vemos então a primeira evidência da grande fé de Eliseu quando este responde prontamente ao chamado de Elias, entendendo que o ato do profeta era simbólico do seu chamado para seguir após ele e ocupar o seu lugar, e não tardando em atende-lo – seu pedido para despedir-se de seus pais não tendo nada em comum com o daqueles que o fazem para protelar o chamado de Deus. Passados alguns anos servindo a Elias, o jovem discípulo havia se tornado conhecido como aquele que deitava água sobre as mãos do famoso profeta (2 Rs 3.11). Chega então o tempo em que o Senhor iria “elevar Elias num redemoinho ao céu”, e Eliseu, acompanhando seu mestre de cidade em cidade, é avisado pelos filhos dos profetas acerca do que ia acontecer com Elias, como também exortado por este a permanecer em alguma das cidades pelas quais passaram. Não deixando se dissuadir de seu propósito, Eliseu persevera em acompanhar Elias até o seu derradeiro momento neste mundo, demonstrando seu sincero amor por seu pai espiritual, como também o desejo de seguir os passos do profeta até a morte, como vemos que Eliseu seguiu Elias além das águas do Jordão miraculosamente divididas. Como recompensa pela sua perseverança, Elias propõe a Eliseu pedir qualquer coisa, ao que o jovem discípulo responde: “Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim”. Era algo que Elias, mesmo tendo realizado tão grandes sinais, afirma ser difícil de conceder; mas ele sabia que Eliseu certamente seria profeta em seu lugar, e que o seu ministério seria eficaz e poderoso, de modo que orienta seu fiel seguidor a buscar um sinal de Deus quando o profeta fosse arrebatado do seu lado: “se me vires quando for tomado de ti, assim se fará”. E, de fato, Eliseu viu, ainda que por um pouco de tempo, o profeta sendo separado dele pelos carros e cavaleiros, e elevado ao céu num redemoinho: “Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu”, e a partir de então, imbuído do mesmo Espírito que esteve sobre Elias, invoca o Senhor Deus, e realiza seu primeiro sinal aos olhos dos filhos dos profetas, recebendo então testemunho de que “o espírito de Elias repousa sobre Eliseu”.

II – ELISEU OPERA VÁRIOS SINAIS Em todos os episódios do ministério de Eliseu, é visível que o profeta atuava movido pelo Espírito de Deus através da fé, executando atos figurativos ou simbólicos da intervenção divina suplicada que resultavam na resposta de Deus. Em um deles, por meio de Eliseu, o Senhor tanto saciou a sede dos exércitos de Israel, Judá e Edom, que rodeavam uma terra árida para enfrentar Moabe, como também entregou os moabitas na mão daqueles três reis. Notemos como o profeta, em consideração ao piedoso Josafá, conteve sua indignação com o ímpio rei de Israel e buscou ao Senhor, que o orientou sobre como deveriam proceder a fim de que a provisão divina se cumprisse (2 Rs 3.11-18). À semelhança de seu antecessor, Eliseu também foi usado pelo Senhor para prover às necessidades de uma viúva, não apenas provendo azeite para sustento dela e de sua família, mas para vender e pagar as dívidas deixadas pelo marido (2 Rs 4.1-7). Lembremos também da mulher sunamita socorrida pelo profeta, a qual, tendo perdido seu filho, lançou-se aos pés de Eliseu, o qual, comovido pela aflição dessa mãe, foi pessoalmente até a casa onde se encontrava o menino e, depois de orar ao Senhor, o milagre aconteceu e o garoto foi devolvido com vida à sua mãe (2 Rs 4.32-37). Memorável também é a cura de Naamã, o qual, tendo recebido testemunho em sua terra acerca do “profeta que está em Samaria”, partiu na esperança de ser atendido pessoalmente pelo profeta e, embora indignado com a orientação recebida para se banhar nas águas do Jordão, resolveu obedecer à palavra e, para sua surpresa, foi curado da lepra. Embora, de certo modo, o “protagonista” deste episódio seja Naamã, o qual confessou que o Senhor é o único Deus e se comprometeu a adorá-l’O, mesmo de volta à sua terra; podemos chamar a atenção para o fato de Eliseu não ter aceitado nenhum presente do comandante sírio, antes permitindo-lhe levar mais do que a cura, isto é, uma porção de terra de Israel, a fim de prestar sua adoração ao Senhor (2 Rs 5.9-17). 

III – UM ÚLTIMO TESTEMUNHO DE FÉ (2 RS 13.14-21) Embora realizasse grandes e numerosos sinais, Eliseu estava destinado a ser recolhido deste mundo de um modo não tão extraordinário quanto seu antecessor Elias, mas não com menor testemunho de fé e demonstração da porção do Espírito de Deus concedida a este profeta. É interessante notar como Joás, rei de Israel, que visitou o profeta em seu leito de enfermidade, clamou assim como este havia feito quando foi separado de Elias; ao que Eliseu provou sua fé, por um ato simbólico ao qual Joás correspondeu pobremente. “Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os siros” (vv. 14-19). Por fim, a Escritura também registra um fato extraordinário em relação à sua morte que, embora tenha ocorrido de forma “natural”, isto é, devido à sua enfermidade, foi seguida de um sinal extraordinário de que havia agradado a Deus até o fim, a saber, que, mesmo passado tempo suficiente para que no sepulcro do profeta restassem apenas seus ossos, quando o corpo do soldado moabita foi lançado inadvertidamente no local, foi revivido – um testemunho diferente do de Elias quanto à forma, mas cujo teor é o mesmo, de que Deus não é de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos vivem (vv. 20-21). 

CONCLUSÃO Eliseu, à semelhança de Elias, exerceu seu ministério com grande virtude e graça do Espírito, mas em tudo isso a fé também foi a virtude pela qual o profeta não apenas contemplou a intervenção divina na história de Israel, mas foi um instrumento ativo dessa intervenção, seja através de suas palavras inspiradoras da fé em outros, seja em suas ações enigmáticas, mas pontualmente sintonizadas com a vontade de Deus.

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