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LIÇÃO 11
O TESTEMUNHO DE FÉ DOS REIS DE JUDÁ
TEXTO ÁUREO: “Esforçai-vos e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele.” (2 Cr 32.7)
LEITURA BÍBLICA: 2 CR 32.1-22
INTRODUÇÃO Davi foi o primeiro dentre vários reis que governaram, especialmente depois da divisão das tribos nos reinos do norte (conhecido propriamente como Israel) e do sul (conhecido como Judá), sob o temor do Senhor e com interesse pela glória de Deus. Na lição de hoje, propomos estudar alguns episódios relacionados ao governo de Josafá, Ezequias e Josias, todos eles reis de Judá, e os mais destacados exemplos de reis piedosos, cuja fé foi especialmente provada, e que alcançaram testemunho de terem agradado a Deus na forma como governaram o Seu povo.
I – JOSAFÁ VENCE UMA BATALHA PELA FÉ (2 CR 20.1-30) Josafá sucedeu seu pai Asa no trono de Judá e governou 25 anos, sendo contemporâneo dos reinados de Acabe, Acazias e Jeorão, em Israel. Durante o seu reinado, muitas melhorias de ordem militar e social foram realizadas, em todas elas o coração deste rei voltado para os interesses do Senhor para o seu povo ( 2Cr 17.1-6). A partir do terceiro ano, Josafá propôs despertar no povo a memória da lei do Senhor o Seu temor, e para isto enviou príncipes, levitas e sacerdotes por toda Judá, os quais ensinavam a lei ao povo (2 Cr 17.7-10). Depois de repreendido pelo profeta devido a uma fracassada aliança com a casa de Acabe, o piedoso rei voltou-se novamente para os interesses de Deus e instituiu juízes que julgassem as causas entre o povo de Judá com justiça e imparcialidade, sob o temor do Senhor (2 Cr 19.5-10). O ponto alto, porém, do reinado de Josafá ocorre depois disso, quando moabitas e amonitas se reúnem em grande número para pelejarem contra Judá, e assim, por à prova a fé tanto do rei como do povo. Temeroso da força inimiga, Josafá se volta para o Senhor, apregoando um jejum e conclamando todo o povo a Jerusalém para que juntos buscassem a Deus (2 Cr 20.1-4). Em sua oração, o piedoso rei expressa sua total confiança no Senhor, que, assim como havia expulsado os povos que antes habitavam aquela terra para a dar em herança a Israel, também seria fiel à promessa feita aos seus pais, não permitindo que fossem destruídos pelos adversários, e lembrando-se da sua indisposição para com Israel, quando este atravessava o deserto para chegar à terra prometida, e os julgaria com justiça, pois somente em Deus havia força para lidar com a multidão dos amonitas e moabitas (vv. 6-12). A resposta do Senhor veio na palavra do profeta, que orienta o povo a proceder como se fossem sair à peleja, onde simplesmente contemplariam como o próprio Senhor lutaria por eles: “Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém; não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco” (v. 17). Notemos como Josafá anima o povo a confiar na palavra do Senhor, demonstrando estar descansado sobre o que havia sido dito pelo profeta: “Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis” (v. 20). E, de fato, o que o povo de Judá contemplou foi uma peleja que já havia acabado quando chegaram ao local para encontrar seus adversários: o Senhor havia criado tamanha confusão entre os amonitas e moabitas e os filhos de Seir, que de última hora resolveram se unir à batalha contra os filhos de Judá; e uns aos outros se exterminaram. Para Judá, restou apenas o imenso despojo a ser recolhido do campo de batalha, e voltar para Jerusalém, louvando ao Senhor e agradecendo o grande livramento que receberam, por terem crido na Sua palavra (vv. 25-28).
II – O LIVRAMENTO DO REI DA ASSÍRIA E A CURA DE EZEQUIAS Ezequias governou Judá por cerca de 29 anos. Filho do ímpio Acaz, apesar disso, logo no primeiro ano do seu reinado demonstrou sua profunda piedade e temor ao Senhor, confessando os pecados de seu pai e convocando os sacerdotes a entrarem em concerto de santificação, a fim de reparar todo o prejuízo espiritual causado à nação (2Cr 29.3-11). Como Josafá, ordenou que a lei de Deus fosse ensinada, não só no reino de Judá, mas entre as tribos do norte. Todo esse esforço foi coroado por Deus com grande sucesso, de modo que “ouviu o Senhor a Ezequias e sarou o povo” (v. 20). Além disso, reformou o culto e restaurou a santidade da casa de Deus e do sacerdócio, fazendo toda a obra de Deus com sinceridade (v. 20-21). Ocorre então que, eis que o rei da Assíria, Senaqueribe, veio contra Judá no intuito declarado combater e oprimir o povo. Ezequias faz os preparativos para a guerra, mas sua confiança no Senhor fica evidente na orientação dirigida ao seu povo: “Esforçai-vos e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele” (2 Cr 32.7). Então, ante a blasfêmia e o desafio lançado por Senaqueribe, Ezequias se volta para o Senhor em humilde súplica para que seja vingado o ultraje feito à justiça e santidade divina, manifestando o seu desejo de que a glória do Senhor seja conhecida de todos os povos (1 Rs 19.3-4, 15-19). A resposta de Deus não tarda e, como lemos na narrativa bíblica, os exércitos assírios foram aniquilados na mesma noite, e Senaqueribe, tendo fugido de volta para sua terra, foi morto à traição pelos seus próprios filhos (2 Rs 19.35-37). Outro episódio digno de nota como ilustração da fé deste rei é da sua cura de uma enfermidade que havia ocorrido para morte. Embora o cronista seja mais resumido que o escritor de Reis, ali é destacado o fato de que Ezequias orou ao Senhor, “o qual lhe falou, e lhe deu um sinal” (2 Cr 32.24). Avisado pelo profeta de que sua doença era para morte, e exortado a ordenar sua casa, o rei ora e chora diante do Senhor. O texto não explica tudo, mas sem dúvida não foi apenas por temor da própria morte que Ezequias chorou – se de fato ele temeu a própria morte; e o seu argumento com Deus visa, ao invés de pedir diretamente a própria cura, que o Senhor se lembre dele. A resposta a esta oração foi imediata – o Senhor ouviu sua oração e viu suas lágrimas; e tanto o curou como também lhe prometeu confirmar o reino para que continuasse servindo à glória de Deus com a mesma fidelidade e sucesso de antes: “E acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo” (2 Rs 20.6).
III – JOSIAS RESTAURA O LUGAR DA LEI EM JUDÁ (2 CR 34) Diferente de seu pai, Amon, e seu avô, Manassés, Josias manifestou sua piedade e devoção ao Senhor assim que assumiu o trono, aos oito anos de idade. Também destacado nas Escrituras como um rei que realizou grandes reformas religiosas ou espirituais em Judá, Josias tomou a frente de uma renovação do concerto de obediência do povo ao Senhor Deus a partir do achado da lei no templo. O impacto da leitura dos mandamentos aos ouvidos do rei causou grande comoção, e sua fé se evidenciou no fato de que, convicto da gravidade das palavras de Deus, e da desobediência em que seu povo se encontrava, Josias imediatamente manifestou sua tristeza e lamentou as consequências do pecado que estavam reservadas para os seus súditos – que o Senhor viu e do que Ele deu testemunho pela boca da profetisa (vv. 24-28). E, mesmo com o anúncio de um castigo irrevogável sobre o povo, o rei prosseguiu na realização das reformas, intimando a todos a cultuarem ao Senhor, e não se desviarem após os ídolos, que ele procurou destruir em toda a terra de Judá e Israel.
CONCLUSÃO Como Davi, houve em Judá reis que mostraram ter um coração sincero para com Deus, sua fé resultando em livramento, provisão e misericórdia do Senhor para com todo o povo sob sua liderança.
PARA USO DO PROFESSOR
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