29 novembro 2018

009-O contentamento do Senhor com aqueles que O temem - Malaquias Lição 09 [Pr Afonso Chaves]27nov2018


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LIÇÃO 9: 
O CONTENTAMENTO DO SENHOR COM AQUELES QUE O TEMEM 

TEXTO ÁUREO: 
“Então, aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome” (Ml 3.16). 

LEITURA BÍBLICA: MALAQUIAS 3.13-18 

INTRODUÇÃO 
Na lição de hoje, estudaremos mais uma seção das profecias de Malaquias, com o objetivo de compreendermos o apreço especial que o Senhor tem por todos aqueles que verdadeiramente O temem. O temor do Senhor é componente essencial do culto que oferecemos a Ele, portanto, devemos considerar esta temática com a máxima atenção. 

I – A SENSIBILIDADE DO SENHOR DIANTE DAS NOSSAS PALAVRAS (VV. 13-15) 
O texto em análise neste tópico inspira-nos a refletir seriamente acerca da consideração do Senhor pelas nossas palavras. Não foi por acaso o alerta do Cristo sobre o perigo das “palavras ociosas” (Mt 12.33-37). As pressões nas circunstâncias adversas tendem a expor realidades profundas de nossos corações por meio da murmuração. Os israelitas questionaram a utilidade de servir a Deus com sinceridade porque, aos seus olhos, os ímpios é que prosperavam, enquanto os justos eram atribulados. A adversidade vivida por eles favoreceu a exposição de uma real desconsideração que tinham pelo Senhor. A razão principal para o Senhor levar os israelitas para o deserto logo após a saída do Egito foi exatamente esta: expor o que realmente havia nos seus corações (Dt 8.1-6). Podemos também nos lembrar do caso dos doze espiões enviados por Moisés com a missão de sondar a condição da Terra Prometida, a fim de coletar informações relevantes para traçar o plano de ocupação da terra. Quando os espiões completaram a missão de avaliar a terra, dez deles trouxeram um relatório recheado de incredulidade e medo; por fim, acabaram difamando a terra perante os israelitas e provocando a ira do Senhor. Todavia, dois espiões, a saber, Josué e Calebe, trouxeram um relatório com uma perspectiva de fé e encorajamento. Mas, pelo primeiro relatório negativo, os israelitas tiveram mais consideração pelo tamanho dos gigantes moradores da terra do que pelo poder sobrenatural do Senhor, o qual era capaz de conceder vitória aos israelitas sobre os seus inimigos. O Senhor ficou tão irado com as palavras de murmuração dos espiões e do povo que os sentenciou a peregrinar por longos quarenta anos no deserto (Nm 13.25- 33; 14.35-38). A vigilância com os nossos lábios é um dos motivos pelos quais o Senhor se agrada de nós, bem como preserva nossas almas de grandes angústias (Pv 8.13; 13.3; 18.7; 21.23). Em todo tempo o Senhor está sensível às nossas palavras, portanto, precisamos atentar para esse fato com a máxima seriedade, se realmente quisermos aprofundar nossa comunhão com Ele (1 Pe 3.8-13). 

II – A DIFERENÇA ENTRE OS TEMENTES E OS QUE NÃO TEMEM AO SENHOR (VV. 16-18) Nesta seção da profecia, observamos o contraste feito por Deus entre os tementes e os irreverentes. O Senhor deixou claro o Seu especial apreço por todos os que O temem, porquanto suas boas palavras são registradas num memorial perante Ele a fim de recompensá-los em tempo oportuno. O apreço do Senhor por Seus servos tementes é tão intenso que Ele promete dar a estes um tratamento todo especial, porquanto os considera como Seu tesouro particular. E, como tesouro particular que são, estes servos são alvo do cuidado do Todo-Poderoso para serem preservados de toda e qualquer ameaça. O Senhor prometeu distinguir e destacar Seus servos tementes com o propósito de revelar por meio deles a Sua glória e majestade a um mundo mergulhado em densas trevas (Mt 5.13-16). A presença de um verdadeiro servo de Deus sempre será destacada em qualquer ambiente em que ele esteja presente. Sua fala e conduta destacarão seu caráter santo e influenciarão de forma transformadora as pessoas à sua volta. Se verdadeiramente desejamos agradar ao Senhor, então devemos certificar-nos de que nosso coração é movido pelo temor do Senhor antes mesmo de praticarmos qualquer boa-obra. Mesmo em tempos de adversidade, o justo precisa reter sua sinceridade e confiar no meticuloso cuidado do Pai, o qual jamais desampara os justos em dias de tribulações (Sl 34.15-22; 37.23-28; Hb 10.35-39). Em dias de tribulações, o inimigo lutará para nos induzir a duvidar do amor do Pai por nós, para só então nos induzir à transgressão dos Seus mandamentos. Sabendo disso, precisamos dobrar nossa vigilância e guardar nossos corações e lábios para não pecarmos contra o Senhor. 

III – O TEMOR DO SENHOR APERFEIÇOA NOSSA SANTIFICAÇÃO (2 CO 6.14-18 E 7.1) 
A eleição de Israel teve como propósito o estabelecimento de um povo especial, destinado a praticar boas obras e com a finalidade de revelar a glória do Senhor ao mundo. Todavia, conhecemos muito bem os inúmeros tropeços dos israelitas ao longo da história, que mais serviram para desonrar do que honrar o nome do Senhor. Todas as vezes que Israel falhou em temer a Deus, a desobediência e a desonra foram consequências inevitáveis. A razão disto é muito simples, pois o temor do Senhor é a base da obediência sincera, logo, não havendo temor, também não haverá obediência. Somente o temor do Senhor poderia gerar em Israel uma conduta diferente das demais nações. Pelo temor do Senhor, nos separamos do mundo a fim de nos consagrarmos a Ele. A santificação dos cristãos hoje depende também deste mesmo princípio do temor do Senhor como base da obediência. Por isso, Paulo exortou os coríntios a não se prenderem a um jugo desigual, nem estabelecerem sociedade com pessoas cujas vidas não eram embasadas no temor do Senhor. Quando consideramos seriamente a grandeza da promessa de plena comunhão com Deus como nosso Pai Celestial, é preciso considerarmos também o papel fundamental do temor do Senhor no cumprimento desta promessa. O Senhor tem ciúmes dos Seus filhos, portanto, Ele não aceita a ideia de nos compartilhar com o mundo ou com o diabo (Tg 4.4-12). Aquele que teme ao Senhor separa-se do mundo com o objetivo de agradá-Lo em tudo e desfrutar de intimidade com Ele (Sl 25.12-14). Pense bem no privilégio de podermos ser guiados pelo nosso Criador, bem como conhecermos os segredos do Seu coração. A consciência do valor de todos os benefícios gerados pelo temor do Senhor torna a obediência algo prático e prazeroso. Com isso, é formado em nossas vidas um ciclo virtuoso composto por três fases: temor do Senhor, obediência e recompensa. Enquanto o temor do Senhor é responsável por gerar a obediência, a recompensa aguça o desejo de temer ao Senhor, o que, por sua vez, aguça o desejo de obediência. Sendo assim, nossa santificação é aperfeiçoada continuamente pelo temor do Senhor até alcançarmos a tão desejada “imagem e semelhança de Cristo” (Rm 8.28-30). 

CONCLUSÃO 
O Senhor tem o Seu contentamento somente nos Seus filhos que O temem, porquanto somente os filhos tementes são verdadeiramente obedientes. Aqueles que verdadeiramente temem ao Senhor se destacam como verdadeiros servos d’Ele e, consequentemente, revelam a Sua glória ao mundo que jaz no maligno. Portanto, nós, os filhos de Deus, devemos almejar de todo o nosso coração crescer no temor do Senhor, para que possamos fazer toda a Sua vontade e para provarmos para o mundo que só o Senhor é Deus, e fora d’Ele não há outro.


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26 novembro 2018

008-A obediência no dízimo é requerida - Malaquias Lição 08 [Pr Afonso Chaves]20nov2018



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LIÇÃO 8: 
A OBEDIÊNCIA NO DÍZIMO É REQUERIDA 

TEXTO ÁUREO: 
“Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?” (Ml 3.7) 

LEITURA BÍBLICA: MALAQUIAS 3.7-12 

INTRODUÇÃO 
Na lição anterior, estudamos a promessa divina acerca do envio do mensageiro e do anjo do concerto a fim de purificar os israelitas para oferecerem a Deus o perfeito louvor. Na lição de hoje, vamos buscar compreender a exigência do Senhor de obediência aos Seus mandamentos de ofertas e dízimos e como isso afeta nosso relacionamento com Ele. 

I – A DESOBEDIÊNCIA AO MANDAMENTO ACERCA DO DÍZIMO (V. 7-9) 
É notória, em toda a história de Israel, a frequente desobediência dos israelitas aos mandamentos de Deus, e todos seus efeitos terríveis. Sem dúvida alguma, a idolatria foi o pecado mais comum praticado pelos israelitas ao longo da história e a principal causa dos castigos aplicados por Deus ao Seu povo. Contudo, outro pecado bastante comum entre os israelitas era a negligência para com o templo e o sacerdócio. É exatamente esta questão que o profeta Malaquias, segundo a inspiração divina, está tratando neste texto. A negligência em pauta nos dias de Malaquias abrangia as ofertas alçadas, os sacrifícios e também os dízimos. Com isso, não somente o culto era afetado, mas também toda a estrutura sacerdotal, a qual era responsável pela ministração dos cultos no templo. Nisto temos mais uma evidência clara da falta de consideração e reverência por parte dos israelitas com relação Àquele que constituiu Israel como Sua geração eleita e nação santa (Dt 7.11-13). Por certo a avareza ocupou no coração dos israelitas o lugar de honra devido ao Senhor, consequentemente, não havia neles uma disposição sincera de oferecer sacrifícios, e dízimos e ofertas realmente significativas. É interessante notarmos a força dominadora que a avareza pode exercer sobre o coração humano ao ponto de arruinar toda e qualquer expressão de adoração ao nosso Criador. Nos quatro evangelhos não vemos Jesus Cristo admoestar os israelitas quanto à idolatria na forma de culto a imagem de escultura, porém, o Mestre foi bastante incisivo ao abordar a avareza como uma forma de idolatria corrente em Sua geração (Mt 6.19-24). Nesta abordagem feita pelo Mestre no Evangelho segundo escreveu Mateus, vale a pena destacarmos o versículo vinte e quatro. Servir a Deus e às riquezas simultaneamente é absolutamente impossível. Servir às riquezas envolve dedicação para defender os interesses próprios e usar de flexibilidade dos valores morais para garantir maiores lucros ou vantagens. Todavia, para servimos ao Senhor é necessário obedecermos absolutamente à sua vontade e termos zelo integral na observância de seus mandamentos (1 Tm 6.6-11). 

II – A RECOMPENSA PROMETIDA PARA OS FIÉIS (VV. 10-12) 
O Senhor Deus, ao denunciar que a infidelidade nos dízimos era roubo, ofereceu aos israelitas a oportunidade de reconhecerem o próprio pecado em negligenciar a devida entrega dos dízimos no templo e ainda usufruir de uma generosa recompensa. Em toda a Antiga Aliança verificamos muitas promessas de abundância econômica como meio de recompensa divina aos fiéis e obedientes (2 Cr 31:2-10). Contudo, mesmo com essas generosas promessas, o povo de Israel frequentemente se rebelava contra o Senhor e desprezava os Seus mandamentos. Embora eles conhecessem o dever de dizimar a fim de garantir a manutenção do templo e do serviço sacerdotal, a avareza dominava o desejo de seus corações de tal maneira que a ação de dizimar com alegria e liberdade era sabotada. A forma de religiosidade externa a que os israelitas se submetiam na Antiga Aliança expunha com muita facilidade a realidade enganosa de seus corações, porquanto eles jamais conseguiam cumprir todas as exigências da Lei. A Lei espiritual aplicada a um povo carnal gerava constantes conflitos entre a perfeita vontade do Senhor e o desejo carnal dos israelitas. No tocante aos dízimos, observamos este princípio no seguinte fato: enquanto a Lei exigia dos israelitas fidelidade e constância na entrega dos dízimos para garantir a manutenção do sacerdócio e do templo, os israelitas retinham o dízimo a fim de garantir o suprimento de suas necessidades e vaidades pessoais (Rm 10.16 e 21; Mt 6. 31- 34). Ainda sobre o dízimo, o próprio Jesus deixou a advertência: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas” (Mt 23.23). 

III – O AMOR E A GENEROSIDADE NA NOVA ALIANÇA (FP 4.10-16) 
O assunto de contribuição financeira para obra de Deus na Nova Aliança foi tratado tanto por Jesus como pelos apóstolos devido à sua importância para o progresso do Reino de Deus sobre as nações. No texto proposto neste tópico observamos o entendimento do apóstolo Paulo concernente à importância das doações feitas com base no amor. Paulo reconheceu o amor dos filipenses para com ele e o cuidado dos mesmos em assegurar o suprimento de suas necessidades materiais e o cumprimento do seu ministério. Embora Paulo tivesse como profissão o ofício de confecção de tendas, em muitos momentos ele dependia de amorosas doações para suprir suas necessidades pessoais. Paulo tomava o devido cuidado de não depender financeiramente das pessoas que ele evangelizava (2 Co 11.8, 9), contudo, ele se alegrava com a generosidade dos irmãos em Cristo que supriam suas necessidades materiais. Tal assistência oferecida pelos discípulos de Cristo proporcionava para Paulo maior liberdade para evangelizar os povos que ainda não haviam sido alcançados. O sustento dos apóstolos e demais obreiros por meio das contribuições dos discípulos foi previsto por Jesus Cristo levando em consideração o ardor do trabalho de evangelização do mundo (Mt 10.7-10; 1 Co 9.7-14). Enquanto na Antiga Aliança a contribuição dos israelitas serviam para a manutenção do sacerdócio e do templo, na Nova Aliança, a contribuição financeira dos discípulos serve para a manutenção dos ministros do Evangelho que trabalham integralmente na evangelização e no pastorado, bem como na manutenção das congregações onde são realizados os cultos públicos. E não para por aí; verificamos na Nova Aliança orientações específicas para o direcionamento das contribuições financeira para assistir viúvas, órfãos e pobres de forma geral (At 2.44-45; 20.33-35; Gl 2.6-10; 2 Co 9.6-15). Embora a motivação da obediência na Nova Aliança seja o amor por Cristo, notamos em vários textos a promessa de recompensa para aqueles que generosamente contribuem com a obra de evangelização e assistência aos mais pobres. Vale a pena destacar que a recompensa prevista na Nova Aliança para os generosos contribuintes da obra não se restringe a bênçãos de ordem espiritual; a recompensa aqui em questão envolve também um crescimento dos nossos recursos financeiros que por fim servirá para aumentar nossa capacidade de contribuir ainda mais (Lc 6.38). 

CONCLUSÃO 
A obediência aos mandamentos de Deus é essencial para nosso culto a Ele ser verdadeiro, vivo, santo e agradável. Um culto destituído de obediência sempre será aos olhos de Deus sacrifício de um tolo hipócrita. Portanto, dependemos totalmente da graça divina para vivermos em obediência aos Seus mandamentos e oferecer um culto legítimo. 

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15 novembro 2018

007-A vinda do Anjo do Concerto e a purificação dos israelitas - Malaquias Lição 07 [Pr Afonso Chaves]13nov2018


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LIÇÃO 7: 
A VINDA DO ANJO DO CONCERTO E A PURIFICAÇÃO DOS ISRAELITAS 

TEXTO ÁUREO: 
“Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros”. (Ml 3.2) 

LEITURA BÍBLICA: MALAQUIAS 3.1-6 

INTRODUÇÃO 
Na lição da semana passada, estudamos o questionamento dos israelitas concernente à efetividade da justiça de Deus sobre os ímpios. Hoje, examinaremos as Sagradas Escrituras com o propósito de compreendermos claramente o tempo e o modo do Senhor para executar Seu justo juízo sobre os ímpios. Ainda que muitos possam ter como tardio o cumprimento das promessas de Deus, sabemos que há um tempo determinado soberanamente por Deus para o cumprimento de todo propósito debaixo do céu. 

I – A VINDA DO ANJO PARA PREPARAR O CAMINHO DO SENHOR (V. 1) 
Antes de o profeta Malaquias profetizar sobre um anjo (mensageiro) enviado por Deus com a missão de preparar-Lhe o caminho para se manifestar ao Seu povo, o profeta Isaías já havia profetizado sobre esse mesmo fato (Is 40.1-11). Segundo estes profetas, a manifestação do Messias de Deus seria precedida por um mensageiro incumbido pelo Senhor de preparar os israelitas para O receberem. Este mensageiro é identificado pelo próprio Messias como sendo João Batista (Mt 11.7-14). João Batista, ao trabalhar como um mensageiro para preparar o caminho do Messias Jesus, aponta para a realeza do ministério do Salvador, porquanto naqueles tempos somente os monarcas enviavam mensageiros diante de si com a finalidade de Lhe preparar o caminho rumo aos destinos desejados. Vilarejos e cidades eram alertados pelos mensageiros para se prepararem para receberem com a devida honra o monarca que estava a caminho para visita-los ou passar por suas terras. João Batista se distinguiu em muito dos profetas que o antecederam, pois ele foi cheio do Espírito Santo desde o ventre de sua mãe, consagrou totalmente sua vida ao Senhor, porquanto foi morar sozinho no deserto da Judeia e batizou nas águas do rio Jordão a todos quantos creram em sua mensagem e arrependeram-se de seus pecados (Lc 1.11-17; Lc 3.1-20). A distinção de João Batista como profeta não se ateve somente ao modo como ele trabalhou, mas principalmente pela magnitude do impacto do seu ministério na história da redenção da humanidade, porque seu ministério é um marco divisório entre a Antiga e a Nova Aliança do Senhor com Seu povo. A Lei e os profetas vigoraram até João Batista para então dar lugar à manifestação da graça e da verdade por meio de Jesus Cristo (Jo 1.17-18). João Batista surgiu em Israel num contexto marcado por uma estiagem espiritual onde o legalismo religioso promovido por líderes religiosos hipócritas havia atingido o seu ápice. Por isso, o arrependimento sincero constitui-se no cerne de sua mensagem para preparar os corações para recebem o Messias de Deus, o Salvador do mundo. A justiça própria e o orgulho religioso promovido pelos fariseus representavam grandes barreiras para o ministério do Cordeiro de Deus, portanto, João Batista, cheio do Espírito Santo, confrontou severamente toda a leviandade dos hipócritas com o objetivo de persuadir o povo de seus pecados e da necessidade de um Salvador (Mt 3.7-10). João Batista é categórico ao afirmar a insuficiência da tradição religiosa como meio de justificação e livramento da ira vindoura, portanto, somente o Cordeiro de Deus é competente para remover o pecado do mundo. 

II – A VINDA DO ANJO DO CONCERTO (VV. 1-5) O Senhor, em reposta aos questionamentos dos israelitas acerca da execução da Sua justiça sobre os ímpios, promete enviar um anjo do concerto com o propósito de purificar o Seu próprio povo. Enquanto os israelitas pleiteavam pela justiça de Deus sobre os seus opressores estrangeiros, o Senhor promete começar a executar justiça sobre os ímpios presentes no meio de Israel. Esta foi uma resposta bastante contundente para a hipocrisia daqueles que se consideravam justos aos seus próprios olhos. É interessante notar a consideração feita por Malaquias quanto ao fato da vinda do Messias ser desejada por todos, no entanto, Sua vinda não seria suportada por todos, em virtude da forma em que Ele lidaria com o pecado do Seu povo. Malaquias usou a figura do ourives e do lavandeiro para ilustrar o papel purificador do ministério do Messias junto aos israelitas. A necessidade de purificação moral e espiritual do povo era indispensável para garantir um culto agradável ao Senhor. Contudo, o Messias não utilizou literalmente fogo e sabão para purificar Seu povo de seus pecados, mas sim o Seu próprio sangue vertido na cruz do Calvário (Rm 3.21-26). Por esta razão, o Messias constitui-se um escândalo para os judeus e uma loucura para os gregos (1Co 1.17-25). O sacrifício do Filho de Deus na cruz para salvação dos pecadores de seus pecados é um grande mistério cuja compreensão só pode ser alcançada pelo testemunho do Espírito Santo no homem interior (Ef 3.8-12; Cl 2.1-3). Por isso, o apóstolo Paulo afirma que “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente (1 Co 2.14). 

III – A IMUTABILIDADE DO CARÁTER DE DEUS É A GARANTIA DO CUMPRIMENTO DE SUAS PROMESSAS (V. 6) 
A purificação do povo, conforme prometida por Deus nesta profecia, visava à correção, não somente do culto prestado à Deus, mas também da conduta cotidiana dos israelitas. A vinda do Messias de Deus traz consigo a solução de todos os problemas abordados pelas profecias de Malaquias, o que nos enche de confiança e esperança. Ainda que tenham sido necessários aproximadamente quatrocentos anos para ocorrer o cumprimento de tal promessa, vemos uma vez mais a fidelidade e imutabilidade do caráter do nosso Deus (Nm 23.19; Jr 1.11-12; Hb 6.18). Com um povo santificado pelo sangue da Nova e Eterna Aliança, seria possível um confronto mais incisivo da conduta dos ímpios no mundo. Desta maneira, o povo de Deus se tornaria um instrumento divino tanto para salvação como para o juízo dos ímpios. Enquanto os israelitas estavam questionando a efetividade do juízo divino, o Senhor estava planejando forjar um povo santo, dentre os israelitas e dentre os gentios, para cooperar no juízo dos ímpios. Nisto está a maravilhosa obra da graça divina, a qual manifesta-se a um povo indigno de qualquer favor da parte do Deus de Jacó, porquanto o cumprimento das promessas divinas se dá pela fidelidade de Deus antes de haver fidelidade no próprio povo (2 Co 1.19-20; Rm 5.8, 9). Somos diariamente cercados por tentações cujo objetivo principal é minar nossa fé em Jesus Cristo e nas promessas divinas. No entanto, se conservarmos nossos olhos fixos em Cristo e os nossos ouvidos atentos ao que o Espírito Santo diz à igreja, certamente seremos sustentados na fé até a conclusão da nossa peregrinação (1 Pe 1.3-9). 

CONCLUSÃO 
A resposta de Deus para o questionamento dos israelitas quanto a efetividade da Sua justiça manifestou-se na bendita pessoa de Jesus Cristo. A imutabilidade do caráter de Deus e Sua fidelidade em cumprir Suas promessas asseguram a consumação da redenção de Seus escolhidos. Portanto, temos por certo o triunfo de Cristo e de Sua igreja sobre este mundo tenebroso.

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09 novembro 2018

006-Por que cultuar a Deus se Ele não executa o Juízo -Malaquias Lição 06 [Pr Afonso Chaves]06nov2018


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LIÇÃO 6: 
POR QUE CULTUAR A DEUS SE ELE NÃO EXECUTA O JUÍZO

TEXTO ÁUREO: 
“Enfadais ao Senhor com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que enfadamos? Nisto, que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que Ele se agrada; ou onde está o Deus do juízo” (Ml 2.17).

LEITURA BÍBLICA: HABACUQUE 1.1-4

INTRODUÇÃO
Na lição anterior, estudamos a abordagem de Malaquias a respeito de como a deslealdade no matrimônio impede o culto a Deus. Nesta lição, vamos compreender o descontentamento de Deus com as queixas dos israelitas com respeito ao juízo de Deus sobre os maus.

I – A QUEIXA DOS ISRAELITAS PELO JUÍZO DE DEUS (ML 2.17)
Desde a queda de Adão e Eva, o mal marcou presença em toda história da humanidade. A própria Bíblia registra diversas histórias cujas narrativas evidenciam a multiplicação da iniquidade nas relações humanas. A prosperidade momentânea dos ímpios, bem como a aparente impunidade de suas maldades, frequentemente servem como argumentos para se questionar a efetividade da justiça divina (Sl 73.1-28). 
É exatamente este o questionamento dos israelitas neste texto em análise. Ao que tudo indica, havia nos corações dos israelitas uma amargura com relação a Deus por Ele não executar rapidamente o juízo sobre seus opressores. 
Com isso, as suas queixas subtraíam a alegria da genuína adoração. O que precisamos observar atentamente neste questionamento dos israelitas é a cegueira provocada pelo seu orgulho, pois, ao questionarem a aparente ineficácia do juízo de Deus sobre os maus, eles estão se colocando como justos aos seus próprios olhos e desconsiderando a verdade cantada pelo salmista Davi: “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. 
Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl 14.2-3). Lembremo-nos de que a correção aplicada aos israelitas por Deus, utilizando a opressão dos babilônios e persas, foi a execução do justo juízo do Senhor segundo a Sua Lei. 
Enquanto julgavam o julgamento divino como ineficaz, tendo em vista a prosperidade de seus opressores, eles não percebiam que, na verdade, o que estava acontecendo era o contrário, porque o Senhor estava exercendo Sua reta justiça sobre Seu povo rebelde e obstinado (Jr 4.5-22).
O orgulho humano sempre distorce a realidade moral, fazendo o homem pensar de si mais do que é devido e, até mesmo, questionar a excelência moral do nosso Criador. Por isso, quando os israelitas foram arguidos quanto às queixas apresentadas por eles com relação ao juízo de Deus, a resposta por eles apresentada foi arrogante e cínica.
Sendo assim, antes de murmurarmos contra o governo e o juízo divino, é sempre bom considerarmos as sábias palavras do profeta Jeremias: “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados” (Lm 3.39). É fácil para o pecador acusar Deus como o responsável por suas próprias mazelas, contudo, somente os mansos e humildes de coração podem reconhecer o próprio pecado e confessarem a Deus a sua própria culpa, a fim de alcançarem misericórdia em tempo oportuno (Pv 28.13).

II – SE DEUS É BOM, POR QUE O MAL EXISTE? (HC 1.1-4)
Os ateus contemporâneos, na tentativa de questionar a existência de um Deus criador conforme apresentado nas Sagradas Escrituras, utilizam como argumento principal o contraste entre o caráter benevolente e misericordioso do Senhor com os sofrimentos vivenciados pela humanidade ao longo da história, bem como toda a maldade praticada em larga escala em todas as culturas. A grande pergunta dos ateus é esta: “Se Deus é bom, por que o mal existe?”. Mas esse questionamento pode ir além: “Como um Deus justo, bom e todo-poderoso permite que o mal exista em Seu universo, que ímpios prosperem e pequem abertamente sem serem castigados? 
E por que Ele permite que o justo sofra neste mundo?” Embora estes questionamentos possam ser mais evidentes entre os ateus, há circunstâncias onde os justos também são tentados a questionar a justiça de Deus. 
O próprio profeta Habacuque tem dificuldade de compreender a razão pela qual Deus tarda em exercer justo juízo sobre os ímpios. A aparente ou temporária impunidade dos ímpios pode gerar muitos questionamentos até mesmo para os justos no tocante à efetividade da justiça de Deus, no entanto, quando entendemos a realidade do juízo de Deus, fica mais fácil compreendermos como Ele realmente pune os ímpios por suas maldades.
Em primeiro lugar, para compreendermos como o Senhor exerce Seu justo juízo sobre os ímpios, precisamos entender que o maior castigo aplicado por Ele a um ímpio não é na forma de sofrimento, mas sim, na forma de privação de Sua presença e graça (Is 59.1-4; Rm 3.23). 
Embora um ímpio possa desfrutar de riqueza e boa saúde enquanto pratica suas maldades livremente, ele está morto em ofensas e pecados, entenebrecido no entendimento, alienado da graça divina e privado da presença do Espírito Santo em seu coração. Todos os prazeres e riquezas do mundo não compensam a ausência de Deus no coração humano. 
Portanto, antes de pensarmos que os ímpios prosperam somente por considerarmos a aparência exterior, primeiro, precisamos considerar a aflição interior sofrida por eles em virtude da separação de Deus.
Em segundo lugar, para compreendermos como o Senhor exerce Seu justo juízo sobre os ímpios, precisamos compreender a dura realidade do Juízo Final, onde todos nós haveremos de prestar contas de nossas obras, sejam elas boas ou más (Mt 25.31-33; Rm 14.10; 2Co5.10). Não podemos subestimar o juízo de Deus, pois, mais cedo ou mais tarde, Ele trará a juízo todas as coisas (Ec 12. 13,14).

III – A JUSTIÇA DE DEUS E A NOSSA ADORAÇÃO (RM 2.1-11)
Os filhos de Deus, segundo o testemunho interior do Espírito Santo, têm plena convicção do caráter justo do Pai Celestial. Sabemos que a justiça de Deus jamais falha, logo, toda obra justa será recompensada e toda obra ímpia, condenada. 
Esta certeza acerca do justo juízo de Deus inspira seus filhos a uma adoração apaixonada, porquanto temos a certeza da nossa recompensa futura. Ao adorarmos ao Senhor por Seu caráter justo não estamos propriamente celebrando a condenação dos ímpios, mas sim, celebrando de antemão o galardão dos justos. Não temos prazer na morte e condenação do ímpio, no entanto, não podemos deixar de exaltar ao Senhor na certeza do Seu justo juízo.
A adoração cristã genuína preza pelo culto ao Senhor, levando em consideração principalmente Seus atributos maravilhosos. Nosso foco na adoração não pode basear-se somente nos feitos do Senhor no presente momento de nossas vidas, pois corremos o risco de duvidar de Sua bondade e justiça. 
A Bíblia está repleta de histórias de pessoas justas que sofreram terrivelmente, mas não negaram a fé, porque conservaram o foco no caráter de Deus e não em suas circunstâncias (Jó, Daniel, Davi, Isaías, Jeremias, os apóstolos, etc). O vislumbre da perfeição do caráter do nosso Pai Celestial sempre despertará em nós um senso da admiração e reverência intensos (Rm 11.33-36).

CONCLUSÃO
A aparente e temporária prosperidade dos ímpios pode gerar muitos questionamentos acerca da efetividade do juízo de Deus, no entanto, quando compreendemos a retidão do caráter de Deus, bem como seu plano para o Juízo Final, temos a certeza da infalibilidade da sua justiça em recompensar os justos e condenar os ímpios. 
A convicção da retidão do juízo de Deus desperta em nós uma adoração sincera e fervorosa, porquanto nossa recompensa está garantida por Aquele que nos chamou para tomarmos parte desta tão grande e maravilhosa salvação.

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01 novembro 2018

005-A deslealdade matrimonial e o culto a Deus - Malaquias Lição 05 [Pr Clédson Carvalho]30out2018


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LIÇÃO 5: 
A DESLEALDADE MATRIMONIAL E O CULTO A DEUS

TEXTO ÁUREO: 
“Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a violência com a sua veste, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito e não sejais desleais” (Ml 2.16).

LEITURA BÍBLICA: MALAQUIAS 2.10-16

INTRODUÇÃO
Na lição anterior, estudamos sobre o justo juízo de Deus sobre os sacerdotes infiéis. Nesta lição, examinaremos a influência profana da deslealdade matrimonial no culto à Deus. Vamos entender como a aliança matrimonial é tratada pelo Senhor com a máxima seriedade e zelo, porquanto a lealdade no matrimônio contribui para um culto vivo, santo e agradável a Deus.

I – ALIANÇA COM MULHERES ESTRANGEIRAS É UMA PROFANAÇÃO (VV. 10-12)
O plano original do Senhor para com o povo de Israel era formar uma nação constituída por pessoas que compartilhassem de uma mesma cultura e espiritualidade, segundo a Lei de Moisés, a fim de revelar a glória do Senhor às demais nações do mundo. Uma das medidas adotadas pelo Senhor para garantir a unidade cultural e espiritual de Seu povo foi proibir terminantemente o casamento de israelitas com pessoas oriundas de nações estrangeiras. 
Porquanto a cultura e a espiritualidade das nações estrangeiras divergiam totalmente do que o Senhor estava desenvolvendo em Israel, era mais saudável para o desenvolvimento dos filhos de Abraão esse
isolamento dos demais povos (Ex 34.12; Js 23.12-13). 
Entretanto, os israelitas contemporâneos de Malaquias estavam transgredindo este mandamento do Senhor ao estabelecerem aliança conjugal com mulheres “filhas de deuses estranhos” (estrangeiras). Aos olhos do Senhor, a união de israelitas com as “filhas de deuses estranhos” era uma tremenda profanação da Sua santidade, porque, além de ser transgressão do mandamento de Deus, era também o primeiro passo para retornarem à idolatria. 
Todas as vezes que os israelitas estabeleceram aliança conjugal com mulheres estrangeiras a idolatria invadiu Israel e arruinou o relacionamento deles com o Deus de Abraão (Ed 9.1-15; Ne 13.23-31).
A ira do Senhor contra tal pecado era tamanha que Ele prometeu extirpar do meio do Seu povo os culpados. O Senhor não permitiria que uniões abomináveis arruinassem Sua comunhão com os israelitas, o povo eleito para a glória do Seu Santo Nome (Is 42.8; Is 43.6-7). 
Privar os israelitas de casarem-se com mulheres estrangeiras era uma verdadeira vacina contra a idolatria e os cultos pagãos. 
O descontentamento do Senhor com as ofertas oferecidas pelos israelitas que se uniram com mulheres estrangeiras é mais uma prova consistente de como Ele considera a condição do coração do adorador antes de atentar para sua adoração. 
Precisamos considerar o seguinte fato: O Senhor importa-se mais com nossa santidade do que com nossa felicidade. Portanto, é inútil gozarmos o prazer do pecado e oferecermos culto profano ao Santo Deus.

II – A QUEBRA DA ALIANÇA MATRIMONIAL PELA DESLEALDADE (VV. 13-16)
No plano original do nosso Criador para o desenvolvimento da humanidade, a aliança matrimonial ocupa uma posição fundamental, pois somente matrimônios saudáveis podem gerar uma sociedade saudável e produtiva. 
Ao longo da história, todas as sociedades (...) que desprezaram o casamento acabaram por experimentar uma decadência moral, política, econômica e, por fim, perderam a sua soberania enquanto sociedade (tribos, cidades e nações). 
O desprezo do propósito divino original para com o casamento sempre resultará em efeitos nocivos para o bem comum, seja de uma única família, seja de uma nação inteira. Também haverá a rejeição de Deus, por isso a expressão: “cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choros e de gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão” (v. 13; cf. 1 Pd 3.7).
O Senhor revelou a Malaquias três razões principais para o Seu repúdio ao divórcio. 
Primeiro, Ele relembra o seu próprio testemunho da união de cada homem com sua mulher e dos votos feitos por ambos a fim de firmarem uma perpétua aliança. O casamento, aos olhos de Deus, não é um mero contrato, o qual pode ser invalidado a partir da quebra de qualquer uma das suas cláusulas. O Senhor vê o casamento como uma aliança, cujo fim se dá apenas com a morte de uma das partes. Uma aliança matrimonial é um pacto perpétuo de lealdade e não um acordo momentâneo de conveniências. 
A segunda razão para o Senhor repudiar completamente o divórcio leva em conta o seu projeto original de unir o homem a uma mulher para fazer de ambos uma só carne (Gn 2.18-24; Mt 19.3-12). O divórcio é a rejeição da vontade de Deus para um casal, logo, é uma explícita desonra à Sua sabedoria e glória. A verdade tem que ser dita: Todos os que se opõe ao Senhor tornam-se cacos sobre outros cacos (Is 45.9). 
Alguém pode até escolher o divórcio como um meio para tentar solucionar os problemas atuais em seu casamento, no entanto, não poderá evitar as consequências geradas por sua decisão. 
A terceira razão é o ódio de Deus com relação ao divórcio, pois Ele enxerga no divórcio uma forma de violência, onde a vida do casal ou da família é agredida e prejudicada, bem como a honra do Senhor.
Temos a responsabilidade, como filhos de Deus, de considerar com a máxima seriedade a perspectiva do nosso Pai celestial com relação ao casamento e ao divórcio. 
Do contrário, vamos assimilar os valores defendidos e propagados por uma geração incrédula e perversa (Pv 30.5)

III – O CASAMENTO NA NOVA ALIANÇA (EF 5.22-23)
Se alguém considera excessivamente rigoroso o conceito de casamento e divórcio descrito por Malaquias na Antiga Aliança, seria bom observar na Nova Aliança a intensificação desse rigor.
Conforme Paulo escreveu aos Efésios, a aliança matrimonial firmada entre um homem e uma mulher serve como alegoria para a relação entre Cristo e a igreja, e a relação entre Cristo e Sua igreja (...) serve como padrão de amor e submissão para os casais cristãos. 
A graça divina manifestada por meio de Jesus Cristo proporciona ao cristão a competência necessária para ele vivenciar um padrão tão excelente para aliança matrimonial (Tt 2.11-14; Tt 3.3-8). Por isso, o casamento cristão deve ser estabelecido por casais verdadeiramente regenerados pelo poder do Evangelho da Graça. 
Não é lícito ao cristão estabelecer uma aliança com alguém não regenerado, pois isso constitui-se numa forma de jugo desigual semelhante ao que foi combatido por Malaquias (2 Co 6.14-18). Quando o fiel se une com o infiel, o resultado certamente será devastador, porque tal união será marcada por frequentes discórdias.
Embora Moisés tenha dado carta de divórcio aos israelitas, em função da dureza do coração dos mesmos, na Nova Aliança o casamento é indissolúvel até a morte (Mc 10.1-12; Lc 16. 16-18). 
Os participantes da Nova Aliança receberam um coração de carne no lugar do antigo coração de pedra, o qual era insensível, indiferente e irreconciliável com relação a Deus e aos Seus mandamentos. De posse de um novo coração cheio do Espírito Santo e de disposição em obedecer ao Senhor, o cristão pode desfrutar de uma relação conjugal marcada pelo amor e pela harmonia.

CONCLUSÃO
O Senhor invariavelmente reprova a aliança matrimonial de um fiel com um infiel por tratar-se de uma forma de jugo desigual capaz de gerar muitos transtornos. O casamento é um projeto de Deus para garantir o bem-estar da humanidade, logo, a violação dos seus princípios causará a ruina de qualquer sociedade. 
Assim como Deus reprovou os israelitas por firmarem aliança com mulheres estrangeiras, Ele reprova a aliança feita entre um fiel e uma infiel, ou viceversa. Casamentos marcados pela graça divina são verdadeiros faróis para alumiar esta geração marcada pelo crescente número de divórcios e segundos casamentos. 
Os casais cristãos têm uma dupla responsabilidade, porque suas vidas precisam honrar a Deus e ser exemplo de piedade para o mundo. Portanto, precisamos atentar mais diligentemente para as admoestações do Senhor concernentes ao casamento para experimentarmos a plenitude de suas bênçãos.

PARA USO DO PROFESSOR



AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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