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LIÇÃO 9:
O CONTENTAMENTO DO SENHOR COM AQUELES QUE O TEMEM
O CONTENTAMENTO DO SENHOR COM AQUELES QUE O TEMEM
TEXTO ÁUREO:
“Então, aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu
companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao
Senhor e para os que se lembram do seu nome” (Ml 3.16).
LEITURA BÍBLICA: MALAQUIAS 3.13-18
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos mais uma seção das profecias de Malaquias, com o
objetivo de compreendermos o apreço especial que o Senhor tem por todos aqueles que
verdadeiramente O temem. O temor do Senhor é componente essencial do culto que oferecemos a
Ele, portanto, devemos considerar esta temática com a máxima atenção.
I – A SENSIBILIDADE DO SENHOR DIANTE DAS NOSSAS PALAVRAS (VV. 13-15)
O texto em análise neste tópico inspira-nos a refletir seriamente acerca da consideração do
Senhor pelas nossas palavras. Não foi por acaso o alerta do Cristo sobre o perigo das “palavras
ociosas” (Mt 12.33-37). As pressões nas circunstâncias adversas tendem a expor realidades
profundas de nossos corações por meio da murmuração. Os israelitas questionaram a utilidade de
servir a Deus com sinceridade porque, aos seus olhos, os ímpios é que prosperavam, enquanto os
justos eram atribulados. A adversidade vivida por eles favoreceu a exposição de uma real
desconsideração que tinham pelo Senhor. A razão principal para o Senhor levar os israelitas para o
deserto logo após a saída do Egito foi exatamente esta: expor o que realmente havia nos seus
corações (Dt 8.1-6). Podemos também nos lembrar do caso dos doze espiões enviados por Moisés
com a missão de sondar a condição da Terra Prometida, a fim de coletar informações relevantes
para traçar o plano de ocupação da terra. Quando os espiões completaram a missão de avaliar a
terra, dez deles trouxeram um relatório recheado de incredulidade e medo; por fim, acabaram
difamando a terra perante os israelitas e provocando a ira do Senhor. Todavia, dois espiões, a
saber, Josué e Calebe, trouxeram um relatório com uma perspectiva de fé e encorajamento. Mas,
pelo primeiro relatório negativo, os israelitas tiveram mais consideração pelo tamanho dos gigantes
moradores da terra do que pelo poder sobrenatural do Senhor, o qual era capaz de conceder vitória
aos israelitas sobre os seus inimigos. O Senhor ficou tão irado com as palavras de murmuração dos
espiões e do povo que os sentenciou a peregrinar por longos quarenta anos no deserto (Nm 13.25-
33; 14.35-38).
A vigilância com os nossos lábios é um dos motivos pelos quais o Senhor se agrada de nós,
bem como preserva nossas almas de grandes angústias (Pv 8.13; 13.3; 18.7; 21.23). Em todo tempo
o Senhor está sensível às nossas palavras, portanto, precisamos atentar para esse fato com a
máxima seriedade, se realmente quisermos aprofundar nossa comunhão com Ele (1 Pe 3.8-13).
II – A DIFERENÇA ENTRE OS TEMENTES E OS QUE NÃO TEMEM AO SENHOR (VV. 16-18)
Nesta seção da profecia, observamos o contraste feito por Deus entre os tementes e os
irreverentes. O Senhor deixou claro o Seu especial apreço por todos os que O temem, porquanto
suas boas palavras são registradas num memorial perante Ele a fim de recompensá-los em tempo
oportuno. O apreço do Senhor por Seus servos tementes é tão intenso que Ele promete dar a estes
um tratamento todo especial, porquanto os considera como Seu tesouro particular. E, como
tesouro particular que são, estes servos são alvo do cuidado do Todo-Poderoso para serem
preservados de toda e qualquer ameaça. O Senhor prometeu distinguir e destacar Seus servos tementes com o propósito de revelar
por meio deles a Sua glória e majestade a um mundo mergulhado em densas trevas (Mt 5.13-16). A
presença de um verdadeiro servo de Deus sempre será destacada em qualquer ambiente em que ele
esteja presente. Sua fala e conduta destacarão seu caráter santo e influenciarão de forma
transformadora as pessoas à sua volta. Se verdadeiramente desejamos agradar ao Senhor, então
devemos certificar-nos de que nosso coração é movido pelo temor do Senhor antes mesmo de
praticarmos qualquer boa-obra. Mesmo em tempos de adversidade, o justo precisa reter sua
sinceridade e confiar no meticuloso cuidado do Pai, o qual jamais desampara os justos em dias de
tribulações (Sl 34.15-22; 37.23-28; Hb 10.35-39). Em dias de tribulações, o inimigo lutará para nos
induzir a duvidar do amor do Pai por nós, para só então nos induzir à transgressão dos Seus
mandamentos. Sabendo disso, precisamos dobrar nossa vigilância e guardar nossos corações e
lábios para não pecarmos contra o Senhor.
III – O TEMOR DO SENHOR APERFEIÇOA NOSSA SANTIFICAÇÃO (2 CO 6.14-18 E 7.1)
A eleição de Israel teve como propósito o estabelecimento de um povo especial, destinado a
praticar boas obras e com a finalidade de revelar a glória do Senhor ao mundo. Todavia,
conhecemos muito bem os inúmeros tropeços dos israelitas ao longo da história, que mais serviram
para desonrar do que honrar o nome do Senhor. Todas as vezes que Israel falhou em temer a Deus,
a desobediência e a desonra foram consequências inevitáveis.
A razão disto é muito simples, pois o temor do Senhor é a base da obediência sincera, logo,
não havendo temor, também não haverá obediência. Somente o temor do Senhor poderia gerar em
Israel uma conduta diferente das demais nações. Pelo temor do Senhor, nos separamos do mundo
a fim de nos consagrarmos a Ele. A santificação dos cristãos hoje depende também deste mesmo
princípio do temor do Senhor como base da obediência. Por isso, Paulo exortou os coríntios a não
se prenderem a um jugo desigual, nem estabelecerem sociedade com pessoas cujas vidas não eram
embasadas no temor do Senhor.
Quando consideramos seriamente a grandeza da promessa de plena comunhão com Deus
como nosso Pai Celestial, é preciso considerarmos também o papel fundamental do temor do
Senhor no cumprimento desta promessa. O Senhor tem ciúmes dos Seus filhos, portanto, Ele não
aceita a ideia de nos compartilhar com o mundo ou com o diabo (Tg 4.4-12). Aquele que teme ao
Senhor separa-se do mundo com o objetivo de agradá-Lo em tudo e desfrutar de intimidade com
Ele (Sl 25.12-14). Pense bem no privilégio de podermos ser guiados pelo nosso Criador, bem como
conhecermos os segredos do Seu coração. A consciência do valor de todos os benefícios gerados
pelo temor do Senhor torna a obediência algo prático e prazeroso. Com isso, é formado em nossas
vidas um ciclo virtuoso composto por três fases: temor do Senhor, obediência e recompensa.
Enquanto o temor do Senhor é responsável por gerar a obediência, a recompensa aguça o desejo de
temer ao Senhor, o que, por sua vez, aguça o desejo de obediência. Sendo assim, nossa santificação
é aperfeiçoada continuamente pelo temor do Senhor até alcançarmos a tão desejada “imagem e
semelhança de Cristo” (Rm 8.28-30).
CONCLUSÃO
O Senhor tem o Seu contentamento somente nos Seus filhos que O temem, porquanto
somente os filhos tementes são verdadeiramente obedientes. Aqueles que verdadeiramente temem
ao Senhor se destacam como verdadeiros servos d’Ele e, consequentemente, revelam a Sua glória
ao mundo que jaz no maligno. Portanto, nós, os filhos de Deus, devemos almejar de todo o nosso
coração crescer no temor do Senhor, para que possamos fazer toda a Sua vontade e para provarmos
para o mundo que só o Senhor é Deus, e fora d’Ele não há outro.
PARA USO DO PROFESSOR
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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