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LIÇÃO 8:
A OBEDIÊNCIA NO DÍZIMO É REQUERIDA
TEXTO ÁUREO:
“Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os
guardastes; tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis:
Em que havemos de tornar?” (Ml 3.7)
LEITURA BÍBLICA: MALAQUIAS 3.7-12
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, estudamos a promessa divina acerca do envio do mensageiro e do anjo do
concerto a fim de purificar os israelitas para oferecerem a Deus o perfeito louvor. Na lição de hoje,
vamos buscar compreender a exigência do Senhor de obediência aos Seus mandamentos de ofertas
e dízimos e como isso afeta nosso relacionamento com Ele.
I – A DESOBEDIÊNCIA AO MANDAMENTO ACERCA DO DÍZIMO (V. 7-9)
É notória, em toda a história de Israel, a frequente desobediência dos israelitas aos
mandamentos de Deus, e todos seus efeitos terríveis. Sem dúvida alguma, a idolatria foi o pecado
mais comum praticado pelos israelitas ao longo da história e a principal causa dos castigos
aplicados por Deus ao Seu povo. Contudo, outro pecado bastante comum entre os israelitas era a
negligência para com o templo e o sacerdócio. É exatamente esta questão que o profeta Malaquias,
segundo a inspiração divina, está tratando neste texto. A negligência em pauta nos dias de
Malaquias abrangia as ofertas alçadas, os sacrifícios e também os dízimos. Com isso, não somente o
culto era afetado, mas também toda a estrutura sacerdotal, a qual era responsável pela ministração
dos cultos no templo. Nisto temos mais uma evidência clara da falta de consideração e reverência
por parte dos israelitas com relação Àquele que constituiu Israel como Sua geração eleita e nação
santa (Dt 7.11-13).
Por certo a avareza ocupou no coração dos israelitas o lugar de honra devido ao Senhor,
consequentemente, não havia neles uma disposição sincera de oferecer sacrifícios, e dízimos e
ofertas realmente significativas. É interessante notarmos a força dominadora que a avareza pode
exercer sobre o coração humano ao ponto de arruinar toda e qualquer expressão de adoração ao
nosso Criador. Nos quatro evangelhos não vemos Jesus Cristo admoestar os israelitas quanto à
idolatria na forma de culto a imagem de escultura, porém, o Mestre foi bastante incisivo ao abordar
a avareza como uma forma de idolatria corrente em Sua geração (Mt 6.19-24). Nesta abordagem
feita pelo Mestre no Evangelho segundo escreveu Mateus, vale a pena destacarmos o versículo
vinte e quatro. Servir a Deus e às riquezas simultaneamente é absolutamente impossível. Servir às
riquezas envolve dedicação para defender os interesses próprios e usar de flexibilidade dos valores
morais para garantir maiores lucros ou vantagens. Todavia, para servimos ao Senhor é necessário
obedecermos absolutamente à sua vontade e termos zelo integral na observância de seus
mandamentos (1 Tm 6.6-11).
II – A RECOMPENSA PROMETIDA PARA OS FIÉIS (VV. 10-12)
O Senhor Deus, ao denunciar que a infidelidade nos dízimos era roubo, ofereceu aos
israelitas a oportunidade de reconhecerem o próprio pecado em negligenciar a devida entrega dos
dízimos no templo e ainda usufruir de uma generosa recompensa. Em toda a Antiga Aliança
verificamos muitas promessas de abundância econômica como meio de recompensa divina aos fiéis
e obedientes (2 Cr 31:2-10). Contudo, mesmo com essas generosas promessas, o povo de Israel
frequentemente se rebelava contra o Senhor e desprezava os Seus mandamentos. Embora eles
conhecessem o dever de dizimar a fim de garantir a manutenção do templo e do serviço sacerdotal,
a avareza dominava o desejo de seus corações de tal maneira que a ação de dizimar com alegria e liberdade era sabotada. A forma de religiosidade externa a que os israelitas se submetiam na Antiga
Aliança expunha com muita facilidade a realidade enganosa de seus corações, porquanto eles
jamais conseguiam cumprir todas as exigências da Lei.
A Lei espiritual aplicada a um povo carnal gerava constantes conflitos entre a perfeita
vontade do Senhor e o desejo carnal dos israelitas. No tocante aos dízimos, observamos este
princípio no seguinte fato: enquanto a Lei exigia dos israelitas fidelidade e constância na entrega
dos dízimos para garantir a manutenção do sacerdócio e do templo, os israelitas retinham o dízimo
a fim de garantir o suprimento de suas necessidades e vaidades pessoais (Rm 10.16 e 21; Mt 6. 31-
34). Ainda sobre o dízimo, o próprio Jesus deixou a advertência: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais
importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir
aquelas” (Mt 23.23).
III – O AMOR E A GENEROSIDADE NA NOVA ALIANÇA (FP 4.10-16)
O assunto de contribuição financeira para obra de Deus na Nova Aliança foi tratado tanto
por Jesus como pelos apóstolos devido à sua importância para o progresso do Reino de Deus sobre
as nações. No texto proposto neste tópico observamos o entendimento do apóstolo Paulo
concernente à importância das doações feitas com base no amor. Paulo reconheceu o amor dos
filipenses para com ele e o cuidado dos mesmos em assegurar o suprimento de suas necessidades
materiais e o cumprimento do seu ministério. Embora Paulo tivesse como profissão o ofício de
confecção de tendas, em muitos momentos ele dependia de amorosas doações para suprir suas
necessidades pessoais. Paulo tomava o devido cuidado de não depender financeiramente das
pessoas que ele evangelizava (2 Co 11.8, 9), contudo, ele se alegrava com a generosidade dos irmãos
em Cristo que supriam suas necessidades materiais. Tal assistência oferecida pelos discípulos de
Cristo proporcionava para Paulo maior liberdade para evangelizar os povos que ainda não haviam
sido alcançados.
O sustento dos apóstolos e demais obreiros por meio das contribuições dos discípulos foi
previsto por Jesus Cristo levando em consideração o ardor do trabalho de evangelização do mundo
(Mt 10.7-10; 1 Co 9.7-14). Enquanto na Antiga Aliança a contribuição dos israelitas serviam para a
manutenção do sacerdócio e do templo, na Nova Aliança, a contribuição financeira dos discípulos
serve para a manutenção dos ministros do Evangelho que trabalham integralmente na
evangelização e no pastorado, bem como na manutenção das congregações onde são realizados os
cultos públicos. E não para por aí; verificamos na Nova Aliança orientações específicas para o
direcionamento das contribuições financeira para assistir viúvas, órfãos e pobres de forma geral (At
2.44-45; 20.33-35; Gl 2.6-10; 2 Co 9.6-15).
Embora a motivação da obediência na Nova Aliança seja o amor por Cristo, notamos em
vários textos a promessa de recompensa para aqueles que generosamente contribuem com a obra
de evangelização e assistência aos mais pobres. Vale a pena destacar que a recompensa prevista na
Nova Aliança para os generosos contribuintes da obra não se restringe a bênçãos de ordem
espiritual; a recompensa aqui em questão envolve também um crescimento dos nossos recursos
financeiros que por fim servirá para aumentar nossa capacidade de contribuir ainda mais (Lc
6.38).
CONCLUSÃO
A obediência aos mandamentos de Deus é essencial para nosso culto a Ele ser verdadeiro,
vivo, santo e agradável. Um culto destituído de obediência sempre será aos olhos de Deus sacrifício
de um tolo hipócrita. Portanto, dependemos totalmente da graça divina para vivermos em
obediência aos Seus mandamentos e oferecer um culto legítimo.
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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