24 setembro 2024

013-Preparativos para a conquista da terra - Lição 13[Pr Afonso Chaves]24set2024


MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 13 

PREPARATIVOS PARA A CONQUISTA DA TERRA 

TEXTO ÁUREO: “Dá ordem aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra de Canaã, esta há de ser a terra que vos cairá em herança: a terra de Canaã, segundo os seus termos” (Nm 34.2) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 32.25-32 

INTRODUÇÃO Com o anúncio da morte de Moisés e vencida a última batalha travada ainda sob sua liderança, e escolhido Josué para sucedê-lo, os israelitas estavam prontos para atravessar o Jordão e dar início à conquista da terra prometida. Restava apenas orientá-los sobre como deveriam proceder, uma vez chegando do outro lado do rio, e prover o necessário para que todas as tribos dos filhos de Israel verdadeiramente recebessem a sua porção na terra que Deus havia prometido dar-lhes em herança. 

I – AS TRIBOS DE RUBEN E MANASSÉS PEDEM A TERRA DE GILEADE O capítulo 32 relata o pedido feito pelas tribos de Gade e Ruben a Moisés para que lhes fosse permitido se estabelecer na terra aquém do Jordão, onde o povo de Israel ainda se achava acampado. Lembremos que, após repelirem a agressão dos amorreus liderados por Seom e Ogue, e destruírem as suas cidades deste lado do Jordão, os israelitas já tinham diante de si uma grande faixa de terra pronta para ser tomada em possessão, antes mesmo de atravessarem o Jordão. Entendendo, corretamente, que o Senhor havia entregado os amorreus em suas mãos e lhes dado a vitória contra os seus adversários, e percebendo que aquela terra era boa para o gado, que Gade e Ruben possuíam em abundância, estas tribos expressam a Moisés seu desejo de tomar posse daquela terra e, estabelecendo-se contentes e satisfeitas ali, não acompanhar as demais tribos para além do Jordão (Nm 32.1-5). Moisés repreende-os por esse pedido, porque não apenas implicava em desobediência à ordem expressa de Deus, que certamente os castigaria, caso se acomodassem naquela terra e não passassem o rio com seus irmãos; mas com isto também desanimariam grandemente as demais tribos, pela ausência de seus irmãos gaditas e rubenitas para ajudá-los a conquistar suas respectivas heranças. E, neste particular, seu pecado seria tão grave quanto o dos espias que haviam infamado a terra e desanimado a geração de seus pais, fazendo as dificuldades a serem enfrentadas parecerem maiores do que a fidelidade das promessas de Deus (Nm 32.6-7, 14-15). Ao que as duas tribos reconsideram e reformulam o pedido, desta vez comprometendo-se não só a acompanhar, mas ir à frente de seus irmãos para lutar ao seu lado na conquista da terra de Canaã, até que todas as tribos tivessem recebido sua herança. E isto os rubenitas e gaditas fariam sem exigir qualquer compensação adicional, além da terra de Gileade (como passou a ser chamada toda aquela região que já haviam conquistado aos amorreus), onde deixariam apenas seus pertences, e gado, e famílias, retornando para elas apenas depois de completada a conquista de Canaã (Nm 32.16-22; cf. Js 22.1-6). 

II – A ORDEM PARA LANÇAR FORA OS CANANEUS Nesta ocasião Moisés ainda recapitula as jornadas dos israelitas assinalando suas saídas, isto é, suas partidas, ao longo da sua caminhada pelo deserto. Notemos que o evento que marca o princípio dessas jornadas é a Páscoa, que inaugura também a contagem dos anos, ou o calendário, do povo hebreu; e que o evento marcando o fim, ou a proximidade do fim das jornadas de Israel, é a morte de Arão, ocorrida no ano quadragésimo desde a saída do Egito. Em questão de meses, do monte Hor, onde Arão fora sepultado, Israel chegaria às campinas de Moabe, onde Moisés, por sua vez, pronunciaria seu último discurso antes de ser também recolhido por Deus (Nm 33.1-4, 38-39; cf. Dt 1.1-4). A orientação que se segue serve de alerta para os israelitas, precavendo-os contra os cananeus que habitavam aquelas terras às quais estavam prestes a passar. Como já vimos, estes eram povos que se haviam feito extremamente abomináveis aos olhos do Senhor, aos quais nenhuma concessão deveria ser feita, e sua cultura, costumes e religião torpes não podiam sobreviver em nenhum aspecto entre os israelitas. Para tanto, era necessário cumprir à risca a ordem de Deus: “lançareis fora todos os moradores da terra diante de vós” – o que, na maioria das vezes, significava destruí-los completamente (Nm 33.51-52; cf. Gn 15.16; Dt 18.9-14). Se, porém, por qualquer motivo, os israelitas permitissem que algum daqueles povos sobrevivesse e permanecesse na sua terra, isto significaria deixar que sobrevivessem as abominações pelas quais o Senhor havia entregado os cananeus nas mãos do Seu povo; e essas abominações, por sua vez, tornar-se-iam em causa de grande aflição para os israelitas, pois estes seriam tentados a servirem aos ídolos, caindo então do favor de Jeová, e aqueles povos, que antes haviam sido entregues em suas mãos para serem destruídos, se tornariam mais fortes do que eles e os oprimiriam (Nm 33.55-56; cf. Jz 2.1-3). 

III – PLANOS E ORIENTAÇÕES PARA A CONQUISTA E PARTILHA DA TERRA O livro de Números se encerra com diversas diretrizes relacionadas estritamente à conquista e divisão da terra, no propósito de assegurar que os filhos de Israel herdassem todos sua justa porção. Em primeiro lugar, temos Moisés indicando, em termos gerais, os limites da terra que restava ser conquistada – isto é, a terra além do Jordão, que seria repartida entre as nove tribos restantes e a meia tribo de Manassés; pois “a tribo dos filhos dos rubenitas, segundo a casa de seus pais, e a tribo dos filhos dos gaditas, segundo a casa de seus pais, já receberam; também a meia tribo de Manassés recebeu a sua herança” (Nm 34.14). Ao que se segue a indicação dos líderes de cada tribo que, juntamente com o sumo sacerdote Eleazar, formariam conselho para repartir a terra, após a conquista, segundo o conhecimento que cada um possuía a respeito dos números, famílias e cabeças de suas respectivas tribos (Nm 34.16-29). Embora já tenha declarado, por ocasião da segunda contagem do povo, que os levitas não possuiriam herança entre os filhos de Israel, o Senhor determina que sejam separadas, em cada tribo, cidades para sua habitação – ao todo, quarenta e oito cidades – inclusive com terras circunvizinhas que servissem ao plantio e pasto para os seus animais. Deste modo, era assegurada a subsistência dos levitas e dos sacerdotes que não estivessem assistindo diretamente no santuário, ao mesmo tempo em que, escolhidos para servirem integralmente ao Senhor em lugar de todo o Israel, estariam presente entre todas as tribos, para lembrá-las do chamado sacerdotal da nação (Nm 35.2-3; cf. Nm 3.12-13). Notemos ainda que, conforme prometido, o Senhor assinala o local de refúgio para o réu de homicídio culposo, determinando que algumas cidades dos levitas fossem separadas para esse fim (Nm 35.6; cf. Ex 21.13). O último capítulo encerra com uma indicação do grande número da tribo de Manassés, em razão do que herdou não apenas com as nove tribos além do Jordão, mas também com as tribos de Ruben e Gade do outro lado do rio – daí a referência que as Escrituras passam a fazer à meia tribo de Manassés, seja em alusão a uma ou outra parte (Nm 36.1-23; cf. Js 17.5-6, 14, 17-18). A questão particular aqui dizia respeito ao temor de que, casando as filhas de um israelita com filhos de outras tribos, sua herança seria adicionada à do esposo, o que eventualmente a removeria da tribo à qual havia sido dada por Deus. O caso trazido a Moisés serve para estabelecer um precedente, que será seguido pela posteridade e assegurará que a herança de nenhuma tribo seja diminuída (Nm 36.5-10). 

CONCLUSÃO Esperamos ter concluído o estudo do livro de Números com um maior conhecimento acerca de Deus e do Seu relacionamento com o Seu povo, do Seu cuidado e fidelidade para com os Seus, e também do Seu zelo justo e santo por aqueles que Ele salvou e pelos quais tudo fará para que não se percam. Tudo isto para que, depois de os ter guiado em segurança através do deserto, o Senhor faça o Seu povo entrar em um lugar de paz, descanso e perpétua comunhão e alegria em Sua presença.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


19 setembro 2024

012-Moisés conduz Israel até o fim da jornada - Lição 12 [Pr Afonso Chaves]18set2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 12 

MOISÉS CONDUZ ISRAEL ATÉ O FIM DA JORNADA 

TEXTO ÁUREO: “Manda, pois, a Josué, e esforça-o, e conforta-o; porque ele passará adiante deste povo e o fará possuir a terra que apenas verás. Assim, ficamos neste vale defronte de Bete-Peor” (Dt 3.28-29) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 27.12-23 

INTRODUÇÃO Na medida em que nos aproximamos dos últimos capítulos de Números, poucos são os eventos que resta relatar antes de Moisés dar por encerrada a jornada de Israel pelo deserto e, após um último discurso, transmitir a liderança do povo a Josué, o qual os conduziria para além do Jordão, a fim de conquistarem a terra prometida. Na lição de hoje, trataremos destes últimos episódios esparsos em meio a diversas leis, as quais, por sua vez, reservaremos para estudo na próxima e última lição do trimestre. 

I – FINÉIAS FAZ PROPICIAÇÃO PELO PECADO DE ISRAEL COM AS MOABITAS Após serem abençoados por Deus, e terem sua vitória sobre os seus inimigos declarada por Balaão – ainda que a contragosto deste profeta que esperava encontrar oportunidade para amaldiçoá-los – os israelitas mantinham-se inabaláveis e seguros em seu acampamento no deserto, e o final do capítulo anterior parece indicar que, não havendo acordo entre o propósito de Deus e o desejo do profeta corrupto de agradar ao rei dos moabitas, estes dois se separaram pela frustração de seus planos (Nm 24.25). Contudo, não demora para lermos novamente a respeito dos moabitas que, embora preocupados e temerosos quanto aos israelitas, e desejando o seu mal, por sua vez não eram considerados com a mesma desconfiança, prevenidos como estavam os israelitas de incomodarem Moabe. Tanto que, ao deter-se em Sitim, afirma-nos o texto sagrado, sem rodeios, que os filhos de Jacó se envolveram com os moabitas a ponto de se deixarem seduzir para pecar contra o Senhor, curvando-se a Baal-Peor, sacrificando e prostituindo-se perante os falsos deuses de Moabe. Tamanho pecado provocou grandemente a ira de Deus, que se manifestou na forma de uma terrível praga que rapidamente ceifou a vida de milhares de israelitas e que produziria efeitos que se estenderiam por muito tempo mesmo depois de cessada a praga (Nm 25.1-3, 5-9; Sl 106.28-29; cf. Js 22.17). Era necessário apaziguar a ira de Deus, torná-lO novamente propício ao Seu povo, reparando-se a injustiça pela punição dos transgressores – daqueles que haviam passado para o território de Moabe para pecar; daí a determinação tanto para que Moisés enforcasse os maiorais que haviam pecado, como para os juízes, isto é, os maiorais que não haviam pecado, matarem aqueles que haviam pecado dentre os homens sob sua responsabilidade imediata (Nm 25.4-5). Eis que então se apresenta, no meio da congregação, um israelita e sua mulher midianita, unidos não porque esta se convertera ao Deus de Israel, mas porque aquele se rebelara contra o Senhor e se unira à midianita em idolatria e prostituição. Não está claro se eles se achavam ali na esperança de se abrigarem da execução ordenada contra os transgressores, ou para apelarem aos sentimentos da congregação para que os perdoasse e tivesse misericórdia do casal – como se fosse pouco trazer morte e luto para a nação, que pranteava perante o Senhor. Seja como for, a afronta não passa despercebida a um dos sacerdotes – Finéias, filho de Eleazar – o qual, tomando uma lança, vai até eles, na tenda, e os atravessa a ambos, matando-os ali mesmo (Nm 25.6-8). Notemos que, sendo sacerdote, Finéias não estava ordenado a matar os transgressores, mas devia, na verdade, interceder e se compadecer deles. O caso, porém, era de um transgressor que, mesmo depois de contemplar a desgraça que havia causado ao seu povo, em clara desaprovação divina, ao invés de se arrepender e buscar expiação, preferiu insistir no erro, mantendo a mulher midianita e trazendo-a para o meio da congregação. Ao que o sacerdote, movido por puro zelo divino, agiu de tal modo coerente com a justiça de Deus que, ao matar o israelita com a midianita, fez propiciação por todo o povo, cessando então a praga, e ainda obtendo paz com Deus para si e seus descendentes. Com efeito, foi a melhor coisa que, como um sacerdote que desejava a salvação do seu povo da destruição que lavrava no meio da congregação, deveria ter feito naquela ocasião. Por esta causa, Finéias recebe a promessa de Deus de que o sacerdócio se manteria perpetuamente sobre a sua posteridade (Nm 25.11- 13; Sl 106.30-31). 

II – A SEGUNDA CONTAGEM DO POVO E O ANÚNCIO DA MORTE DE MOISÉS O livro de Números se inicia com a contagem do povo de Israel no segundo ano da sua saída do Egito, quando ainda estavam aos pés do monte Sinai; e agora se encerra com a contagem de uma nova geração, porquanto os que haviam participado do primeiro censo já haviam perecido no deserto – com exceção de Calebe e Josué. Algumas linhagens também não mais existiam, em razão da contenda na qual Datã e Abirão, com suas famílias, haviam perecido (Nm 26.1-4, 9-11, 51; cf. Nm 14.29-30). Esta seria a geração que herdaria a terra prometida, e portanto o Senhor determina dois princípios a serem seguidos na repartição da terra: primeiro, que as tribos mais numerosas recebessem uma porção maior, e as menos numerosas, uma porção proporcionalmente menor; e, segundo, que a distribuição fosse feita por sortes – sistema esse que não só prevenia que disputas surgissem sobre a preferência e precedência de uma tribo sobre a outra, mas também permitia que a providência divina tivesse a palavra final sobre a sorte de cada tribo na terra (Nm 26.52-56, 64-65). Contudo, esta tarefa não seria realizada sob a liderança de Moisés, que, conforme Deus já havia dito, não entraria na terra em razão da desobediência dele e de Arão por ocasião da contenda sobre as águas de Meribá. Tendo sido negada sua petição para passar o Jordão e ver a terra prometida, nada mais restava a este homem, que no mais havia cumprido fielmente sua missão, com zelo de Deus pelos filhos de Israel, senão ser recolhido em paz pelo Senhor, que havia sido com ele em todo o tempo, e não o abandonaria na morte, nem descuidaria sequer do seu corpo (cf. Nm 27.12-14; cf. Dt 3.24-25; 34.5- 6). Mas aqui vemos que, mesmo tendo a perspectiva de que sua missão estava completa, o profeta não demonstra menos preocupação com o povo eleito, rogando a Deus que constituísse um líder em seu lugar. Ao que o Senhor o orienta a constituir Josué, que já se havia mostrado fiel, principalmente em conduzir os israelitas nas guerras – que seriam frequentes após atravessarem o Jordão (Nm 27.18-23). 

III – A VINGANÇA DE DEUS CONTRA OS MOABITAS Voltamos agora nossa atenção para o capítulo 31, onde se nos relata a vingança exercida, ainda sob a liderança de Moisés, contra os moabitas (aqui chamados também de midianitas), tanto pela malícia e sutileza que haviam usado contra os israelitas, lançando o tropeço da prostituição e idolatria em seu caminho e fazendo-os pecar e serem castigados por Deus; como também pela sua tentativa anterior frustrada de enfraquecê-los através de maldição. Não apenas os moabitas foram vencidos com um pequeno exército formado por mil homens de cada tribo (demonstrando que a força de Israel não estava no grande número dos seus exércitos), como também foram mortos alguns dos seus reis, e, para surpresa do leitor, menciona-se novamente Balaão que, ainda ávido pelo galardão da injustiça, parece ter voltado da sua terra com um novo plano para amaldiçoar os israelitas, sem precisar contrariar a palavra expressa de Deus (Nm 31.1-8; cf. Ap 2.14). Eis que este homem, tendo sido livrado uma vez da loucura do seu caminho por uma mula, desta vez a ninguém mais teve para impedi-lo de receber a justa paga da sua transgressão. 

CONCLUSÃO Assim concluímos a parte narrativa de Números, onde percebemos a excelência do ministério de Moisés, que foi fiel sobre toda a casa de Deus, assegurando-se de que Israel estava preparado para entrar na terra prometida, antes de finalmente poder subir ao monte, de onde seria recolhido em paz.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA


12 setembro 2024

011-Deus impele a Balaão a abençoar Israel - Lição 11 [Pr Afonso Chaaves] 11set2024

 

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 11 

DEUS IMPELE BALAÃO A ABENÇOAR ISRAEL 

TEXTO ÁUREO: “Povo meu, ora, lembra-te da consulta de Balaque, rei de Moabe, e do que lhe respondeu Balaão, filho de Beor, desde Sitim até Gilgal; para que conheças as justiças do Senhor” (Miquéias 6.5) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 24.1-9, 15-19 

INTRODUÇÃO Nos capítulos 22 a 24, temos a conhecida história de como Balaão, chamado por Balaque, rei dos moabitas, para amaldiçoar os israelitas, foi autorizado por Deus para atender a esse chamado, não para cumprir o seu propósito, mas o propósito de Deus, que era, não amaldiçoar o povo eleito, mas abençoá-lo – para desespero dos moabitas e de todos os adversários de Israel. Além dos vislumbres proféticos sobre o futuro do povo de Deus, esta história também perpetua a triste memória de um profeta que amou as riquezas deste mundo mais do que a Deus e que eventualmente colheu o salário da sua transgressão. 

I – O DESESPERO DOS MOABITAS E O CHAMADO DE BALAÃO Os israelitas haviam marchado seguindo o caminho dos espias e, após contornarem os termos de Moabe, pelo deserto, haviam chegado às campinas ao norte do território moabita, do lado oriental do rio Jordão, na altura de Jericó (Nm 22.1). Podemos supor que teriam já atravessado o rio e entrado em Canaã, não fosse a resistência oferecida por Seom, rei dos amorreus, que habitavam aquela terra; mas o que aconteceu veio de Deus, que deste modo desalojou um povo abominável daquela terra e legou a Israel parte do território ao oriente do Jordão. De qualquer modo, o fato dos israelitas ainda se acharem acampados ali não representava perigo para Moabe, uma vez que haviam sido proibidos de contender com esse povo ou de tomar suas terras (cf. Dt 2.8-9, 30-31). Porém, ignorando essa restrição divina, e pelo temor que a completa destruição dos amorreus havia suscitado em seus corações, Balaque, rei dos moabitas, prevê e convence tanto o seu povo como os midianitas, que habitavam o deserto nas imediações de Moabe, de que poderiam ser os próximos povos a serem destruídos por Israel (Nm 22.2- 4). É importante observar que Balaque, apesar de considerar a grandeza numérica do povo de Israel, atribui as vitórias dos israelitas à intervenção divina, de modo que sua esperança de vencê-los está em conseguir, primeiramente, que estes sejam amaldiçoados – perdendo assim o favor de Deus. Não que o rei dos moabitas conhecesse o Deus verdadeiro, mas, ao mandar buscar Balaão, em Petor, “junto ao rio” (isto é, o Eufrates), implicitamente Balaque admitia a derrota dos deuses dos cananeus e dos seus adivinhos frente ao Deus de Israel, mal sabendo que a eficácia das bênçãos e maldições de Balaão se devia ao fato de que este era profeta do mesmo Deus. De fato, a atitude inicial de Balaão reflete esse relacionamento, na dependência da palavra do Senhor para saber o que deveria fazer, e na prontidão (ao menos aparente) em proceder conforme ordenado, recusando-se a amaldiçoar o povo de Israel e a acompanhar os enviados dos moabitas (Nm 22.5-13). Contudo, rapidamente se revela o que havia no coração desse profeta, pois, a uma segunda e mais tentadora oferta apresentada pelos moabitas, Balaão, ao invés de se acomodar à palavra já declarada por Deus e agir de acordo com a sua aparente convicção: “Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado do Senhor, meu Deus” (Nm 22.18); começa a dar sinais de que desejava a recompensa de Balaque e, por consequência, que a vontade de Deus fosse outra, e que, por alguma razão não declarada, ainda poderia ouvir uma palavra diferente da parte de Deus que lhe facilitasse alcançar o galardão, mesmo que isto implicasse em amaldiçoar aqueles que Deus havia abençoado (Nm 22.15-19). A permissão que ele recebe, portanto, para acompanhar os mensageiros de Balaque, nada mais é que o Senhor entregando o profeta aos desejos do seu próprio coração, mas não sem antes repreendê-lo pela sua teimosia através do conhecido episódio envolvendo a mula, à qual foi dada capacidade para falar e revelar como o profeta havia sido cegado pelo prêmio e para a injustiça que estava disposto a cometer, alertando-o do perigo de se opor aos desígnios de Deus (Nm 22.22-34; 2 Pe 2.15-16; Jd 11). 

II – OS ARRANJOS FRUSTRADOS PARA AMALDIÇOAR ISRAEL Assim que Balaque e Balaão se encontram, temos um diálogo interessante, onde o profeta previne o rei dos moabitas que, apesar de ter vindo até ele, não poderia assegurar que os israelitas seriam amaldiçoados: “poderei eu agora de alguma forma falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, esta falarei” (Nm 22.38). Esta, porém, era a penosa admissão de um homem que não desejava contrariar abertamente ao Senhor e ao mesmo tempo esperava mudar o conselho de Deus, a fim de que pudesse receber a recompensa de Balaque – eis a razão de Balaão aceitar três vezes imprecar sobre Israel o que esperava poderia resultar em maldição, mas que o Senhor surpreendentemente converteu em ocasião para declarar ainda maior benção sobre o Seu povo (Nm 23.3, 11-12, 15, 25-26; cf. Dt 23.5). Nesse processo, enquanto Balaque parece entender que era apenas por um capricho de Deus que o profeta ainda não havia conseguido amaldiçoar Israel, daí procurando outros locais para construir o altar e oferecer sacrifícios que parecessem mais favoráveis à divindade; notamos que o próprio Balaão pouco a pouco se convence da imutabilidade do conselho do Todo-poderoso, e de que a bênção de Deus sobre Israel não era uma concessão pontual e temporária, mas um propósito eterno pelo qual não apenas esta nação havia se tornado poderosa e chegado até aquele local, mas pelo qual ela ainda conquistaria todos os seus inimigos: “Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como detestarei, quando o Senhor não detesta?”, “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar” (Nm 23.8, 13, 19-20, 27). 

III – O FUTURO GLORIOSO DE ISRAEL Em uma terceira tentativa de propiciar a Deus e obter o que desejava, o rei dos moabitas edifica novo altar e oferece os sacrifícios segundo a orientação de Balaão, mas, desta vez, notamos que, ao invés de afastar-se para usar de encantamentos, o profeta adota uma postura de contemplação, convicto de que nenhum esforço seu resultaria em mudança no propósito de Deus de abençoar Israel. Assim, a partir desta contemplação, a palavra de Deus vem sobre Balaão tanto reafirmando as bênçãos anteriormente declaradas como revelando o futuro glorioso reservado a Israel e o terrível destino dos povos que se fizeram seus inimigos (Nm 24.1-2). Depois dessa tentativa de prejudicar Israel, os moabitas não apenas seriam proibidos de entrar na congregação do Senhor, mas seu destino como povo estaria selado para destruição, que começou a se cumprir sob o reinado de Davi e se completaria quando da restauração de Judá do cativeiro (Nm 24.17; cf. Dt 23.3-5; 2 Sm 8.2; Ez 25.8-11). A estrela que procederá de Jacó, o cetro que subirá de Israel sem dúvida é uma referência imediata a Davi, que, por sua vez, é tipo ou figura de Cristo, o Filho de Davi, o qual se assentou no trono para reinar eternamente, ao qual todos os reis da terra deverão se submeter, ou do contrário serão destruídos (cf. Sl 2; Lc 1.32-33, 1 Co 15.24). 

CONCLUSÃO Embora este episódio tenha transcorrido à margem do que se passava no acampamento de Israel, a figura mais destacada na narrativa sendo um profeta de uma terra distante, nele vemos que nenhum esforço dos inimigos pode fazer a mão de Deus se encolher para abençoar o Seu povo, e que nos conservaremos sob Sua bênção se tão somente nos mantivermos em harmonia com o Seu propósito através de uma sincera obediência. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA

05 setembro 2024

010-Preparação para a conquista da terra - Lição 10 [Pr Afonso Chaves]04set2024

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 10 

PREPARAÇÃO PARA A CONQUISTA DA TERRA 

TEXTO ÁUREO: “Neste dia, começarei a pôr um terror e um temor de ti diante dos povos que estão debaixo de todo o céu; os que ouvirem a tua fama tremerão diante de ti e se angustiarão” (Deuteronômio 2.25) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 21.1-3, 21-25 

INTRODUÇÃO Após a inóspita recepção dos edomitas, que proibiram a passagem pelas suas terras, e a lamentada perda de Arão, o povo de Israel prossegue sua jornada, ainda sob a liderança de Moisés, em direção à terra de Canaã, e trava seus primeiros embates com os seus habitantes – providencialmente começando a cumprir a determinação de Deus de exterminar e desalojar os cananeus e outros povos que haviam se tornado abomináveis e indignos de permanecer naquela terra. 

I – UMA VITÓRIA ANTECIPADA CONTRA OS CANANEUS Tendo sido impedidos pelos edomitas de prosseguirem viagem através de sua terra, os israelitas desviaram sua rota margeando pelos limites de Edom, passando primeiramente pelo monte Hor e seguindo o mesmo caminho que os espias, quase quarenta anos antes, haviam percorrido para espiar a terra de Canaã. Mas, ao passo que os espias conseguiram passar despercebidos pela terra, ou talvez somente tardiamente se descobriu que os israelitas haviam passado por ali; a marcha de todo o povo de Israel não podia deixar de ser notada. Como bem sabemos, os cananeus temiam Israel pelos feitos que Deus havia operado em seu favor no Egito – e, na medida em que aquele povo se aproximasse de Canaã e começasse a destruir os seus reis, mais os cananeus se inquietariam (Ex 15.15-16; Js 2.8-11). Assim, ao receber notícias da aproximação dos israelitas, o rei de Arade – uma cidade próxima ao monte Hor, ao sul, já na terra de Canaã – resolve se antecipar e vai ao encontro de Israel para combatê-lo, provavelmente apanhando-os de surpresa, de maneira que alguns israelitas são feitos prisioneiros e levados pelos cananeus (Nm 21.1). Este ocorrido poderia ter causado grande comoção e até mesmo murmuração por parte do povo, pois parecia um revés diante da perspectiva da entrada iminente na terra prometida e da vitória sobre os cananeus que os aguardava. Os israelitas ainda não haviam enfrentado nenhum daqueles povos, sabiam que teriam de combatê-los, mas talvez não esperassem que sua primeira batalha ocorresse fora do território dos cananeus. Mesmo assim, lemos que, ao invés de frustração, essa adversidade despertou a confiança dos israelitas no poder de Deus para cumprir a Sua promessa, levando-os a votar: “Se totalmente entregares este povo na minha mão, destruirei totalmente as suas cidades”. Embora a determinação divina de destruir os cananeus já tivesse sido declarada antes, agora eles compreendiam e desejavam cumpri-la sem reservas – e esta disposição agradou ao Senhor que, a seu tempo, entregaria todos aqueles povos nas mãos de Israel para que suas cidades fossem aniquiladas – o que eles cumpriram em grande parte, especialmente sob a liderança de Josué (Nm 21.2-3; cf. Js 12.7-24). 

II – AS SERPENTES ARDENTES A uma grande demonstração de ânimo e confiança em Deus diante da adversidade segue-se um revés na fé dos israelitas. Tendo partido do monte Hor, e seguindo pelo caminho dos espias, a marcha do povo começou a parecer particularmente angustiante, e mais uma vez se mostraram fracos e suscetíveis às dificuldades naturais do deserto, não obstante a providência divina que os sustentava e nada lhes deixava faltar de essencial à sua sobrevivência. De fato, aquela geração também precisava aprender que “o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do Senhor”, mas só assimilariam esta lição a duras penas: após murmurarem contra Deus, alegando que não tinham pão  nem água e, deste modo, injuriando o maná – e, indiretamente, a água da rocha que os seguia – o Senhor os castiga permitindo que serpentes ardentes se infiltrassem no arraial dos israelitas e os picassem mortalmente. Assim perceberiam que jamais o Senhor deixou não apenas de prover o essencial – pão e água – mas também de protegê-los miraculosamente contra os perigos mais comuns e frequentes do deserto (Nm 21.4-6; cf. Dt 8.15). Contudo, rapidamente o povo reconhece o seu pecado e se dirigem, arrependidos, a Moisés, suplicando pela misericórdia de Deus, para que os livrasse das serpentes; ao que o Senhor responde com uma provisão maravilhosa e rica em simbologia e significado espiritual. Notemos que, ao invés de retirar as serpentes dentre os israelitas, o Senhor as mantém – por quanto tempo, o texto não o diz – e providencia um remédio, uma salvação eficaz contra a peçonha mortal: a serpente de bronze, erguida numa haste, para a qual todo aquele que fosse picado deveria olhar para que fosse curado e não perecesse (Nm 21.7-9). Tratava-se, evidentemente, de um ato que exigia do israelita fé, não na serpente de bronze, mas em Deus que, por esse sinal visível, demonstrava que estava removendo o pecado do meio do Seu povo, levantando-o no patíbulo para morrer, resultando daí em cura, em salvação para todo aquele que, em obediência ao chamado divino, contemplasse o símbolo. Em segundo lugar, e não menos importante, este episódio aponta para a futura crucificação do Redentor, nosso Senhor Jesus Cristo, que de modo igualmente único seria levantado da terra, para levar em Seu próprio corpo o pecado do mundo, aniquilando-o no madeiro, para que todo o que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.14-16; 1 Pe 2.24; Hb 9.26). 

III – VITÓRIA SOBRE OS AMORREUS Na medida em que avançam pelo sul, os israelitas se aproximam da terra dos moabitas, situada entre o Mar Morto e o deserto. Como o Senhor lhes havia ordenado que não incomodassem Moabe e Amom – pois, assim como Edom, eram povos cujas terras haviam sido recebidas em herança da parte do Senhor – o povo de Israel precisou rodear a terra de Moabe pelo deserto até alcançar o rio Arnom, que demarcava o limite norte do território moabita com a terra dos amorreus, do lado oriental do rio Jordão (Nm 21.10-13; Dt 2.17-19). Dali, avançaram até “o vale que está no campo de Moabe, no cume de Pisga, à vista do deserto”, que seria a parada final do povo de Israel em sua jornada, antes de marcharem em direção ao Jordão para atravessá-lo e adentrar a terra prometida; e também o local de onde Moisés, após proferir suas últimas palavras ao povo, seria recolhido por Deus no cume do monte (Dt 3.27). Segue-se então o relato da batalha travada contra Seom, rei dos amorreus, e Ogue, rei de Basã – cujas terras situavam-se ambas do lado oriental do Jordão e, respectivamente, ao norte de Moabe (onde Israel encontrava-se acampado) e ao norte de Amom. Notemos que, mesmo sendo o propósito de Deus destruir os amorreus em razão das suas abominações, que os havia tornado indignos de permanecerem na terra, o Senhor ainda propôs condições pelas quais esse povo poderia ter subsistido; mas os amorreus rejeitaram uma passagem pacífica de Israel pelas suas terras, preferindo sair ao seu encontro de forma ainda mais violenta que Edom – o que ensejou a destruição de Seom e seu povo (Gn 15.16; Nm 21.21- 25; cf. Dt 2.24-37). De modo semelhante, os amorreus que habitavam em Basã, e que tinham por rei um gigante, não foram menos inóspitos, saindo ao encontro de Israel para combatê-lo, apenas para encontrarem sua total derrota e aniquilação do seu povo (Nm 21.33-35; Dt 3.1-11). 

CONCLUSÃO Aquela nova geração estava começando a testemunhar o cumprimento da grandiosa promessa de Deus que seus pais não puderam alcançar, e mesmo estando sujeitos a fraquejar pelo desânimo e incredulidade, a boa palavra de Deus prevaleceria, e ao menos Israel saberia que, enquanto fossem fiéis e confiassem no Senhor, nenhuma ameaça ou dificuldade teriam a temer, pois caminhariam sempre de vitória em vitória.

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA