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LIÇÃO 5
AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DO PÓS-JORDÃO
TEXTO ÁUREO: “E comeram do trigo da terra, do ano antecedente, ao outro dia depois da Páscoa; pães asmos e espigas tostadas comeram no mesmo dia.” (Js 5.11)
LEITURA BÍBLICA: JOSUÉ 4.1-8
INTRODUÇÃO Em todo o tempo da caminhada, o Senhor está instruindo o Seu povo; desta forma a travessia do Jordão traz muitos ensinamentos, dos quais alguns consideramos na lição anterior. As doze pedras tiradas do rio eram um memorial para as gerações futuras que deveriam conhecer os feitos de Deus; a circuncisão era um marco individual da aliança e sinal de compromisso com Deus; e a Páscoa, uma lembrança do livramento da escravidão do Egito, operado por Deus.
I – AS DOZE PEDRAS TIRADAS DO MEIO DO JORDÃO Este evento deveria ser relembrado porque tinha um grande significado religioso. Ele marcou um amadurecimento do povo em seu relacionamento com Deus, pois haviam deixado seu lugar de habitação, permaneceram três dias acampados à margem do Jordão sem vislumbrar uma possibilidade de atravessá-lo; e depois cruzaram o rio debaixo de um amontoado de águas para dar início à invasão do território inimigo. O povo entendeu a vontade de Deus e obedeceu, e agora estão prestes a conquistar a Terra Prometida. Em toda a história de Israel houve muitos momentos em que foi levantado um monumento para uma futura lembrança dos feitos de Deus. Neste caso, as doze pedras também tinham um propósito didático para o povo, uma vez que as gerações seguintes veriam o monte de pedras e perguntariam a respeito, oportunidade que seus pais teriam para ensiná-los sobre os grandes feitos de Deus. Do mesmo modo, os inimigos de Israel também veriam e temeriam a Deus. Os cananeus tinham esperança de que Israel não atravessaria o Jordão, porque o rio estava transbordando pelas ribanceiras, por ser a época da colheita (cf. Js 3.15). Porém, quando os pés dos sacerdotes tocaram nas águas, o rio foi estancado como num montão pelo lado de cima. Assim Israel passou em seco, enquanto os sacerdotes permaneceram com a Arca no meio do Jordão – as águas paradas, detidas pelo poder de Deus.
II – A CIRCUNCISÃO DOS FILHOS DE ISRAEL O que era improvável para os cananeus acabou por acontecer, e Israel estava agora do outro lado do Jordão; com isto, os inimigos do povo de Deus ficaram sem ânimo. Seguindo mais uma vez a orientação de Deus, Josué circuncida os filhos de Israel, pois todos os homens que haviam saído do Egito já haviam perecido durante a caminhada pelo deserto, e a geração que naquele momento atravessava o Jordão, tendo nascido no deserto, ainda não havia sido circuncidada. A circuncisão era um sinal na carne pelo qual todo o macho era santificado ao Senhor. Através dela, o Senhor removia o opróbrio do Egito dentre o seu povo. Ficara para trás o velho homem com os seus feitos e modo de viver antigo – ou seja, ficara para trás a escravidão. Todos agora estão livres e aptos para conquistar as promessas de Deus. Este também era um memorial entre os filhos de Israel. Após isso, o povo permaneceu acampado, até que sararam e então estavam prontos para a guerra. Toda a Palavra de Deus apresentada ao povo por Josué demandava fé. Uma vez que já estavam do outro lado do Jordão, por certo queriam tomar rapidamente posse da terra, contudo, as lições da Palavra de Deus precisavam ser colocadas em prática para que a vitória se concretizasse.
III – A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA A primeira Páscoa foi celebrada na libertação da escravidão do Egito; a segunda, no deserto do Sinai após o primeiro ano da libertação (Nm 9.1-5). Durante a peregrinação pelo deserto, ela não mais havia sido celebrada, mas agora que já estavam na terra prometida, acampados nas campinas do Jordão, o povo se reúne para cumprir este memorial, que consistia na imolação de um cordeiro, que era assado e comido com ervas amargas e pães asmos. Ao entrar em terra habitável, o povo teria condições de colher o trigo da terra plantado no ano anterior. Por esta razão, Deus fez cessar o maná, que os havia acompanhado durante os quarenta anos de travessia do deserto. Eis a razão pela qual o Senhor atravessou o Jordão com o povo na época das cheias – porque este era também o tempo das colheitas. Como o povo não teria tempo para preparar a terra para o plantio, eles colheriam os frutos da terra lavrada e plantada pelos seus inimigos.
CONCLUSÃO A caminhada cristã deve ser acompanhada pela obediência às determinações de Deus, e foi exatamente o que Josué ensinou ao povo, que por sua vez as colocaram em prática. Tanto no monumento de pedras, como na circuncisão e também na celebração da Páscoa, isto ficou claro na vida desta nova geração, que agora estava pronta para a conquista da terra e para novas lições da parte do Senhor.
PARA USO DO PROFESSOR