26 maio 2021

009-As obras da carne e o fruto do Espírito. - Gálatas Lição 09[Pr Afonso Chaves]25mai2021

 

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LIÇÃO 9 

AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO 

TEXTO ÁUREO: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne”. (Gl 5.16) 

LEITURA BÍBLICA: GÁLATAS 5.16-26 

INTRODUÇÃO O assunto desta lição é a rivalidade que há entre as duas naturezas existentes do homem – a carne e o espírito. Paulo utiliza em sua teologia o termo carne no sentido da natureza pecaminosa do homem, e espírito no sentido da natureza divina, da mente de Cristo, implantada naquele que foi alcançado pela graça de Deus. E uma natureza se opõe à outra para não permitir que o homem faça o que quer. 

I – AS CONCUPISCÊNCIAS DA CARNE (VV. 16-18) O homem possui duas naturezas – a carnal e a espiritual; ele é carnal no sentido de um ser físico, mas também porque é através desta natureza que se manifestam as obras da carne, ou seja, comportamentos desenfreados que não condizem com a nova natureza proposta por Deus pelo Seu Espírito presente no homem. Não há possibilidade de o homem viver de acordo com ambas, pois são de natureza totalmente opostas e incompatíveis. Andar na carne é dar vazão aos desejos e sentimentos naturais do homem que ofendem a santidade de Deus; no entanto, andar no espírito é ser guiado unicamente pela vontade de Deus. Dessa forma Paulo diz aos gálatas que o remédio para as disputas que ocorriam entre eles é andar no espírito, e assim não seriam cumpridas as concupiscências da carne. Esta peleja é comum dentro do homem porque, de acordo com o seu homem interior – o espiritual – ele deseja agradar a Deus, porém, o carnal busca agradar os desejos da natureza humana. Este tema também é tratado por Paulo em Romanos, onde ele afirma que, quando o homem faz o que a sua carne deseja, ele não agrada a Deus, pois, na realidade, é o pecado que habita nele que o leva a desobedecer à vontade de Deus, prevalecendo assim a vontade humana que é sempre má. Ele ainda diz que ha uma lei nesta natureza carnal que batalha contra a lei do seu entendimento, que é espiritual. Mas Paulo dá graças a Deus por Jesus Cristo ter lhe dado poder para vencer a carne – a saber, andando no espírito (Rm 7.17, 20, 23; 8.1, 2) 

II – NATUREZA CARNAL OU ESPIRITUAL (VV. 19-23) A partir do que já foi dito se depreende o prejuízo de retornar às observâncias da lei, pois isto é abandonar o Espírito para andar na carne. E as obras da carne se manifestam: prostituição, que é um termo geral para a imoralidade sexual; impureza, que inclui toda sorte de corrupção sexual; e lascívia, que é uma vida deliberada nestes tipos de pecado. Os pecados na área da religião: idolatria, que além de devoção aos ídolos é também tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus na vida do homem; e heresia e feitiçaria, que são falsas imitações da manifestação de Deus (Ap 9.21; 18.23). Ainda existem os pecados na área dos relacionamentos, que incluem todo tipo de inimizades: porfias, que são disputas por conta de egoísmos; dissensões e facções, que nada mais são que exibição de espírito partidário; invejas, que estão relacionadas com as formas de pecado anteriores, até alcançar o ápice que são os homicídios. Por fim, a falta de controle de coisas que trazem algum prazer carnal. Diz Paulo que quem pratica tais coisas não herdará o Reino de Deus (Ef 2.3). Na contramão de tudo isso está o fruto do Espírito. É interessante notar que, em todos os escritos de Paulo, fruto se encontra no singular para destacar que o Espírito não produz vários frutos no cristão, mas sim a presença do próprio Senhor que é o suficiente para o crente agir segundo toda a vontade de Deus. Dessa maneira, o fruto do Espírito é a própria forma de viver do Senhor Jesus Cristo: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Rm 8.14; Ef 5.1). 

III – O CRISTÃO DEVE SER GUIADO PELO ESPÍRITO (VV. 24-26) Assim Paulo encerra seus argumentos iniciados no verso 15 sobre os problemas causados nas igrejas na Galácia por conta daqueles que estavam retrocedendo à observância da lei, pois este tinha sido o estopim da vida na carne e estava levando os gálatas a julgarem uns aos outros. E a recomendação de Paulo é que andassem guiados pelo Espírito, pois esta é a única forma de não cumprir os desejos carnais. Os cristãos têm que ter uma identidade com a cruz de Cristo, ou seja, crucificar o velho homem com os seus feitos e viver em novidade de vida – o que implica principalmente no amor ao próximo, que é totalmente oposto à vanglória que estava dominando os seus corações. 

CONCLUSÃO Uma vida controlada pela carne aflora num comportamento humano dominado pelo pecado, mas uma vida controlada pelo Espírito demonstra um novo homem criado segundo a imagem de Cristo. No primeiro caso não há preocupação em agradar a Deus, mas a si mesmo; enquanto no segundo se busca a glória de Deus. Esta é a vida que o Senhor nos deu, que tem como principal característica: amar a Deus e ao próximo.

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19 maio 2021

008-A Liberdade Cristã - Gálatas Lição 08[Pr Afonso Chaves]18mai2021

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LIÇÃO 8 

A LIBERDADE CRISTà

TEXTO ÁUREO: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a metervos debaixo do jugo da servidão”._(Gl 5.1) 

LEITURA BÍBLICA: GÁLATAS 5.1-15 

INTRODUÇÃO A partir deste capítulo Paulo passa à lição prática de tudo o que, até aqui, havia instruído na teoria. A verdadeira liberdade está em Cristo e, embora existam opositores ao evangelho da liberdade, estes não devem ser seguidos, porque sua doutrina causa muito mais animosidade entre os irmãos do que o verdadeiro amor que há em Cristo. 

I – A VERDADEIRA LIBERDADE ESTÁ EM CRISTO (VV. 1-6) Uma grande dádiva que Cristo conquistou através da Sua morte na cruz foi a garantia da liberdade para aqueles que creem. O homem estava escravizado pelo pecado e vivia em total ignorância, entenebrecido no entendimento, separado da vida de Deus, os judeus no seu legalismo e os gentios no paganismo; contudo, através de Cristo o homem está livre. Assim Paulo exorta os gálatas a colocarem em prática essa liberdade (Jo 8.31-34; Lc 4.18-21). Porém, os gálatas estavam desprezando a palavra que operara neles esta liberdade e tornando a se submeter ao jugo da servidão. Uma vez que estavam dando atenção aos judaizantes para se circuncidarem, estavam, assim, abandonando a Cristo. Afinal, para os judaizantes a circuncisão era condição para ser salvo; nesse caso, qual era a razão de Cristo na vida dos gálatas? E quem se submete à circuncisão está se submetendo a toda a lei, e não apenas parte dela. E, como já estudado, a justiça é alcançada pelo espírito da fé, e não pela lei. Quem está na lei está sem Cristo, quem está em Cristo está livre da lei. E em Cristo o mais importante não é a circuncisão ou a incircuncisão, mas sim a fé que opera pelo amor. 

II – OS PERTURBADORES SOFRERÃO A CONDENAÇÃO (VV.7-12) Os gálatas estavam caminhando bem, mas foram impedidos de continuar na caminhada da salvação. E a estratégia usada pelos judaizantes não era nova, mas bem antiga – a persuasão a desobedecer a verdade. Para tal, eles apresentavam um novo entendimento, ou um acréscimo que não existe naquilo que o Senhor determinou. Desta mesma forma a serpente enganou Eva no jardim, impedindo o homem de continuar caminhando na presença de Deus (2 Co 11.3). Os irmãos estavam sendo afastados da simplicidade do evangelho para abraçar um outro evangelho de obras, tão complexo que nem mesmo os adeptos dos judaizantes conseguiam suportar. Evidentemente, tal persuasão não provinha de Deus, mas sim daqueles que tinham o propósito de transtornar a obra de Deus. E, infelizmente, um pouco de fermento leveda toda massa (1 Co 5.6-8). Tais perturbadores sofreriam a condenação pela perturbação daqueles que estão em Cristo. Desde o Primeiro Testamento já existiam os tais que se opunham ao querer de Deus e assim inflamavam toda a congregação, como por exemplo: os dez espias, Corá, Datã e Abirão; e no Novo Testamento existiram homens amantes de si mesmos. Por isso Paulo diz que estes tais que se encontravam no meio da congregação deveriam ser cortados (Nm 14.2; 16.1-3; 2 Tm 3.1-9). 

III – A VERDADEIRA LIBERDADE RESULTA EM SERVIR AO PRÓXIMO (VV. 13-15) Não se pode permitir que a libertação dos fiéis em relação à lei ou aos rudimentos do mundo seja ocasião para que deem liberdade à carne. Afinal, embora sejamos livres dessas coisas, somos servos de Deus; e, neste ponto, Paulo destaca a diferença que há entre servir à carne e ao Espírito, assunto que será mais bem desenvolvido na próxima lição. Mas ele já adianta que a carne causa escravidão e a vida no Espírito, liberdade, mas para servir aos irmãos. Enquanto a carne traz consigo egoísmo, a vida no Espirito é altruísta (1 Pe 2.15, 16). A liberdade em Cristo enche o coração de amor; em contrapartida, a vida de escravidão enche o coração de ódio. O legalismo sempre levará seus adeptos a observarem a vida alheia mais até do que as suas próprias, com o propósito de buscar o menor erro na vida do irmão para acusá-lo e corrigi-lo. Porém, a recomendação da lei é amar o próximo como a si mesmo, e isto quer dizer: trabalhar em prol do irmão, e não buscar a sua destruição. 

CONCLUSÃO A essência do evangelho é o amor ao próximo, que é a marca da verdadeira liberdade, e não ocasião para viver em pecado. Devemos permanecer na liberdade com que Cristo nos libertou e buscar incansavelmente o bem-estar dos nossos irmãos, pois assim cumpriremos a lei de Deus, que é amá-l’O sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos.

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12 maio 2021

007-Sara e Agar, alegoria dos dois concertos - Gálatas Lição 07[Pr Afonso Chaves]11mai2021

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 LIÇÃO 7 

SARA E AGAR, ALEGORIA DOS DOIS CONCERTOS 

TEXTO ÁUREO: “Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre”._(Gl 4.22) 

LEITURA BÍBLICA: GÁLATAS 4.21-31 

INTRODUÇÃO Antes de passar à exortação prática da vida cristã, Paulo encerra seu argumento sobre a diferença entre a lei e a graça apresentando uma figura incontestável encontrada no Primeiro Testamento que diz respeito ao filho da escrava e ao filho da livre. Ambos provinham de Abraão, contudo, o primeiro era de natureza humana e o outro de natureza espiritual, e como o filho da escrava não pode herdar a promessa com o filho da livre, o apóstolo fecha aí a sua idéia. 

I – OS DOIS FILHOS DE ABRAÃO (VV. 21-24) Embora a carta seja direcionada aos fiéis dentre os gálatas, neste ponto Paulo chama a atenção dos judaizantes para a sua própria demagogia. Pois, sendo defensores da lei, não estavam dando a devida atenção à natureza do Primeiro Testamento, que continha a sombra dos bens futuros e no qual o Senhor apresentava, em figuras, tanto o que é de natureza humana quanto o que é de natureza espiritual. É o caso dos filhos de Abraão. É muito importante notar que o primeiro acontecimento na vida de Abraão é a promessa de Deus de que Ele lhe daria um filho. Em que pese a esterilidade de sua esposa legítima e sua idade avançada, a promessa já estava confirmada por Deus e Abraão creu na promessa. Portanto, na dimensão espiritual, o filho de Abraão prometido por Deus já existia, embora ele ainda não o visse. No entanto, alguns anos à frente, acontece um arranjo humano por parte de Sara para que Abraão tivesse o seu tão desejado filho, porém, este que nasce não é o da promessa de Deus, mas sim “segundo a carne”, isto é, pela vontade humana. Paulo então relaciona esta situação com os dois concertos: a lei e a graça. O concerto do Monte Sinai está representado no filho carnal de Abraão, o filho da escrava – Agar – e, tal como nesta relação, gera filhos para a servidão. 

II – SOMOS FILHOS DA PROMESSA, COMO ISAQUE (VV. 25-28) Conforme se observa em todo o Primeiro Testamento, a Jerusalém terrena, gerada a partir do Monte Sinai, não conseguiu manter-se na observância das leis de Deus e permaneceu em total escravidão, embora o Senhor enviasse os seus profetas para corrigi-los o tempo todo. Contudo, “a Jerusalém que é de cima”, a celestial, a qual é mãe de todos os que creem, é livre – isto é, a igreja sob o Novo Concerto é formada por aqueles que foram gerados pela graça – o que, na alegoria, corresponde também a Sara e ao filho da promessa, Isaque. E é esta Jerusalém que sobressai a todos os montes e outeiros, é dela que sai a Palavra de Deus; é a ela que concorrerão todos os povos para aprenderem diretamente de Deus. Nota-se que aqui também está presente um dualismo entre o natural e o espiritual. Aquele que não é de Deus enxergará apenas o físico e continuará como Ismael – filho da escrava; no entanto, quem é Deus ouvirá a Palavra de Deus e será gerado de novo, do alto; não da vontade do varão, nem da carne, mas de Deus, para ser livre como Isaque (Is 2.2; Jo 1.12, 13; Hb 12.22; Ap 3.12). 

III – PERSEGUIÇÃO DOS CARNAIS CONTRA OS ESPIRITUAIS (VV. 29-31) Mais uma vez Paulo qualifica aqueles judaizantes que perturbavam as igrejas, agora, como perseguidores do evangelho, relacionando isto também com o fato de que o filho da escrava perseguia e zombava do filho da livre. Este é o enredo do Primeiro Testamento: a perseguição infligida aos que tinham a promessa de Deus. Isso é visto na vida de Jacó, assim como na de José etc.; tal perseguição era causada pela inveja que se tinha daquele que era possuidor da promessa. Esta perseguição alcança, portanto, o Novo Testamento, como a realidade da batalha entre aquele que é carnal e o que é espiritual. Ela se estabelece então entre os gentios, que agora são considerados como filhos, e isso desperta o ciúme e a inveja do filho mais velho – os judeus. Tal situação é bem esclarecida por Jesus na parábola dos dois filhos (Lc 15.25-32). Esta palavra de Paulo aos gálatas tinha o objetivo de fazê-los refletir sobre estas duas situações. De que lado estavam os judaizantes, perturbadores do evangelho, e de que lado eles – os gálatas – deveriam permanecer, uma vez que eram filhos, não da escrava, mas da livre. 

CONCLUSÃO Paulo toma como alegoria os dois filhos de Abraão para esclarecer ao gálatas que a perseguição que estavam sofrendo por parte dos judaizantes já estava prevista por Deus. Bastava eles observarem a natureza dos dois filhos – Ismael e Isaque – e aplicar isso no tempo presente. Assim como aquele que nasceu por um ajuste humano não herdou as promessas, assim também acontece hoje, pois apenas aqueles que são da promessa tomarão posse da herança. Tal situação causa a perseguição entre os que são carnais e os espirituais. Contudo, os gálatas deviam permanecer como os espirituais.

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06 maio 2021

006-De escravos a filhos de Deus - Gálatas Lição 06[Pr Afonso Chaves]04mai2021

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LIÇÃO 6 

DE ESCRAVOS A FILHOS DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: “Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo”. (Gl 4.7) 

LEITURA BÍBLICA: GÁLATAS 4.1-20 

INTRODUÇÃO Nesta lição será abordada outra figura utilizada por Paulo para explicar a razão do período em que a lei esteve vigente – a figura do herdeiro que, enquanto menino, em nada difere do escravo, necessitando por isso de tutor. Mas, assim como o menino passa a ser filho e herdeiro quando torna-se adulto, com a chegada da plenitude dos tempos, aquele que tem fé também se torna herdeiro da promessa. E assim a lição termina com a exortação sobre o erro de o filho tornar a se submeter a velhos rudimentos de servo. 

I – HERDEIROS, MAS AINDA SERVOS (VV. 1-5) O centro do argumento de Paulo está na figura do escravo e do filho. Ele explica que o herdeiro, enquanto menino, não tem direito legal sobre a herança e, no tocante aos bens do senhor da casa, está na mesma relação que o escravo, sem liberdade total para administrar a herança, embora seja senhor. Pior ainda, ele está debaixo de tutores (guardiões) e curadores (administradores) até tornar-se capaz de possuir a herança, no tempo predeterminado pelo pai. Dessa forma estavam os judeus sob a lei e os gentios sob os primeiros rudimentos do mundo. Tanto um grupo como o outro buscavam em seus esforços alcançar a herança, pois, ainda que os gentios não tinham as mesmas leis dos judeus, eles tinham os seus meios pelos quais pensavam agradar a Deus. Assim todos estavam na ignorância, debaixo de servidão, até que chegasse a plenitude dos tempos (Rm 2.11, 12). Esse termo, muito utilizado por Paulo, quer dizer o “tempo predeterminado por Deus” para que se manifestasse a posteridade de Abraão, o mistério de Deus que estava oculto e que foi revelado em Cristo. É neste tempo que o “menino” atinge a sua maturidade e já não precisa mais de tutores e curadores, ou seja, é quando o homem foi remido da escravidão da lei para assumir a posição de herdeiro. Com a manifestação do Senhor Jesus Cristo, Sua morte e ressurreição, foi efetuada a eterna redenção – todos que estavam debaixo de transgressão, tanto judeus quanto gentios, foram resgatados e remidos para receberem a adoção de filhos (Jo 1.11-13). 

II – O ESPÍRITO SANTO É O PENHOR DA NOSSA HERANÇA (VV. 6-8) Humanamente falando, atinge-se a maioridade após os dezoito anos e assim se alcança uma maior liberdade; espiritualmente, a maioridade é alcançada quando se recebe o Espírito do Filho de Deus. A partir desse momento o menino alcança um novo status dentro da família – o de filho. É quando o filho recebe o penhor da herança, pois ainda não pode tomar posse da sua totalidade (Ef 1.13, 14). A figura do penhor, no contexto de Paulo, não era apenas garantia, mas também era uma pequena demonstração do que se receberia no futuro, no caso de alguma negociação. Dessa forma, o Espírito é dado àquele que alcança status de filho, para que este tenha a garantia da herança e já usufrua de parte dela; e, se uma parte já é excelente, imagine a totalidade. Este é o propósito de Paulo: mostrar que, embora ainda estivessem na carne, eles já podiam usufruir do que o Senhor foi preparar para nós. Quanto aos gálatas, diz Paulo, antes de alcançarem a maturidade, os que dentre eles eram judeus estavam sob a lei, e os gentios serviam os que por natureza não eram deuses; ou seja, andavam em total cegueira espiritual. Debaixo dessa escravidão, eles seguiam os desejos do próprio coração e a condição deles era de filhos da ira, até que chegasse a plenitude dos tempos (Ef 2.2, 3). 

III – NÃO SE DEVE VOLTAR AOS VELHOS RUDIMENTOS (VV. 9-20) Então, Paulo mostra aos gálatas que houve uma progressão em suas vidas – da escravidão para a liberdade – e que, abraçando as obras da lei, eles estavam submetendo-se novamente à escravidão. E o apóstolo destaca que não foram eles que conheceram a Deus, antes eles foram conhecidos de Deus, ou seja, toda a obra realizada se iniciou em Deus (Is 61.1-3). Vivendo no paganismo não conheceram a Deus, contudo o legalismo também não levava ao verdadeiro conhecimento de Deus, embora dissessem ser filhos de Abraão, mas esse era apenas um conhecimento intelectual. Enquanto o verdadeiro evangelho, este sim, leva ao verdadeiro conhecimento de Deus, uma vez que é Deus que se revela nele ao homem através de Seu Filho – este é um conhecimento relacional. A partir do verso 10, Paulo deixa o seu argumento para fazer um apelo pessoal aos gálatas, quanto ao seu trabalho entre eles, pois não acreditava ter trabalhado em vão. E que, dizendo a eles a verdade a respeito dos judaizantes, não estava se fazendo inimigo dos gálatas, antes era um cuidado tal como de um pai para com o filho. Ele utiliza a metáfora das dores de parto para transmitir o seu sentimento e o seu esforço para ensiná-los até que Cristo fosse formado neles – em outras palavras, até que alcançassem a maturidade espiritual. 

CONCLUSÃO A presente lição mostrou que tanto os que estão debaixo da lei quanto os que estão debaixo do paganismo estão em servidão até ao tempo predeterminado pelo Pai. A verdadeira liberdade é alcançada a partir do reconhecimento do Pai, que coloca o “menino” em um novo status na sua família – o de filho e, portanto, herdeiro. E, uma vez nessa condição, não se deve retornar aos velhos preceitos e rudimentos, submetendo-se novamente à escravidão.

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