12 maio 2021

007-Sara e Agar, alegoria dos dois concertos - Gálatas Lição 07[Pr Afonso Chaves]11mai2021

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 LIÇÃO 7 

SARA E AGAR, ALEGORIA DOS DOIS CONCERTOS 

TEXTO ÁUREO: “Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre”._(Gl 4.22) 

LEITURA BÍBLICA: GÁLATAS 4.21-31 

INTRODUÇÃO Antes de passar à exortação prática da vida cristã, Paulo encerra seu argumento sobre a diferença entre a lei e a graça apresentando uma figura incontestável encontrada no Primeiro Testamento que diz respeito ao filho da escrava e ao filho da livre. Ambos provinham de Abraão, contudo, o primeiro era de natureza humana e o outro de natureza espiritual, e como o filho da escrava não pode herdar a promessa com o filho da livre, o apóstolo fecha aí a sua idéia. 

I – OS DOIS FILHOS DE ABRAÃO (VV. 21-24) Embora a carta seja direcionada aos fiéis dentre os gálatas, neste ponto Paulo chama a atenção dos judaizantes para a sua própria demagogia. Pois, sendo defensores da lei, não estavam dando a devida atenção à natureza do Primeiro Testamento, que continha a sombra dos bens futuros e no qual o Senhor apresentava, em figuras, tanto o que é de natureza humana quanto o que é de natureza espiritual. É o caso dos filhos de Abraão. É muito importante notar que o primeiro acontecimento na vida de Abraão é a promessa de Deus de que Ele lhe daria um filho. Em que pese a esterilidade de sua esposa legítima e sua idade avançada, a promessa já estava confirmada por Deus e Abraão creu na promessa. Portanto, na dimensão espiritual, o filho de Abraão prometido por Deus já existia, embora ele ainda não o visse. No entanto, alguns anos à frente, acontece um arranjo humano por parte de Sara para que Abraão tivesse o seu tão desejado filho, porém, este que nasce não é o da promessa de Deus, mas sim “segundo a carne”, isto é, pela vontade humana. Paulo então relaciona esta situação com os dois concertos: a lei e a graça. O concerto do Monte Sinai está representado no filho carnal de Abraão, o filho da escrava – Agar – e, tal como nesta relação, gera filhos para a servidão. 

II – SOMOS FILHOS DA PROMESSA, COMO ISAQUE (VV. 25-28) Conforme se observa em todo o Primeiro Testamento, a Jerusalém terrena, gerada a partir do Monte Sinai, não conseguiu manter-se na observância das leis de Deus e permaneceu em total escravidão, embora o Senhor enviasse os seus profetas para corrigi-los o tempo todo. Contudo, “a Jerusalém que é de cima”, a celestial, a qual é mãe de todos os que creem, é livre – isto é, a igreja sob o Novo Concerto é formada por aqueles que foram gerados pela graça – o que, na alegoria, corresponde também a Sara e ao filho da promessa, Isaque. E é esta Jerusalém que sobressai a todos os montes e outeiros, é dela que sai a Palavra de Deus; é a ela que concorrerão todos os povos para aprenderem diretamente de Deus. Nota-se que aqui também está presente um dualismo entre o natural e o espiritual. Aquele que não é de Deus enxergará apenas o físico e continuará como Ismael – filho da escrava; no entanto, quem é Deus ouvirá a Palavra de Deus e será gerado de novo, do alto; não da vontade do varão, nem da carne, mas de Deus, para ser livre como Isaque (Is 2.2; Jo 1.12, 13; Hb 12.22; Ap 3.12). 

III – PERSEGUIÇÃO DOS CARNAIS CONTRA OS ESPIRITUAIS (VV. 29-31) Mais uma vez Paulo qualifica aqueles judaizantes que perturbavam as igrejas, agora, como perseguidores do evangelho, relacionando isto também com o fato de que o filho da escrava perseguia e zombava do filho da livre. Este é o enredo do Primeiro Testamento: a perseguição infligida aos que tinham a promessa de Deus. Isso é visto na vida de Jacó, assim como na de José etc.; tal perseguição era causada pela inveja que se tinha daquele que era possuidor da promessa. Esta perseguição alcança, portanto, o Novo Testamento, como a realidade da batalha entre aquele que é carnal e o que é espiritual. Ela se estabelece então entre os gentios, que agora são considerados como filhos, e isso desperta o ciúme e a inveja do filho mais velho – os judeus. Tal situação é bem esclarecida por Jesus na parábola dos dois filhos (Lc 15.25-32). Esta palavra de Paulo aos gálatas tinha o objetivo de fazê-los refletir sobre estas duas situações. De que lado estavam os judaizantes, perturbadores do evangelho, e de que lado eles – os gálatas – deveriam permanecer, uma vez que eram filhos, não da escrava, mas da livre. 

CONCLUSÃO Paulo toma como alegoria os dois filhos de Abraão para esclarecer ao gálatas que a perseguição que estavam sofrendo por parte dos judaizantes já estava prevista por Deus. Bastava eles observarem a natureza dos dois filhos – Ismael e Isaque – e aplicar isso no tempo presente. Assim como aquele que nasceu por um ajuste humano não herdou as promessas, assim também acontece hoje, pois apenas aqueles que são da promessa tomarão posse da herança. Tal situação causa a perseguição entre os que são carnais e os espirituais. Contudo, os gálatas deviam permanecer como os espirituais.

PARA USO DOS PROFESSORES


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