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LIÇÃO 5
A PIEDADE NO TRATO PARA COM TODOS
TEXTO ÁUREO:
“Conjuro-te, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que, sem
prevenção, guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade.” (1 Tm 5.21)
LEITURA BÍBLICA: 1 TIMÓTEO 5.1-7
INTRODUÇÃO
Depois de avisar Timóteo quanto aos perigos que se avizinhavam da igreja e de despertá-lo ao
fiel e constante exercício da sua obra de ensinar e exortar o povo de Deus sob os seus cuidados, o
apóstolo Paulo passa a fazer considerações sobre como o jovem obreiro deveria exercer seu ministério
em atenção a todos os fiéis.
Veremos que um bom ministro é aquele que não despreza nenhum grupo da
igreja, atendendo às necessidades particulares de cada um de modo que todos possam ser exortados,
edificados e consolados pela palavra de Deus.
I – A PIEDADE PARA COM TODOS (VV. 1-8)
Quando Paulo exortou Timóteo a se exercitar na piedade, que para tudo é proveitosa (1 Tm 4.8), deveríamos entender esta palavra tanto no sentido de devoção, amor e temor a Deus como no aspecto do
amor e respeito para com o próximo, pois são duas coisas interligadas que constituem a essência da
verdadeira fé, da verdadeira religião (cf. 2 Tm 3.1-5; Tg 1.27; Mt 22.34-40).
É conveniente, portanto, que
o apóstolo agora estabeleça princípios pelos quais não apenas Timóteo, mas qualquer obreiro possa lidar
com os fiéis de modo justo, santo e agradável a Deus, não cometendo o pecado da acepção de pessoas, seja
pelo desprezo de alguns ou pelo favorecimento de outros no ministério cotidiano (Tg 2.1-4, 9).
Mesmo
considerando que o obreiro tem o dever de exortar e corrigir a todos, isto deve ser feito num espírito de
amor, empatia e respeito, levando em consideração as limitações e necessidades de cada grupo de pessoas:
anciãos (ou os mais velhos), jovens (ou os da mesma idade), mulheres idosas e moças.
Ao longo da sua
caminhada em direção à perfeição celestial, o cristão passa por períodos que se destacam por tendências
naturais que, através do ensino equilibrado e bem aplicado da sã doutrina, deverão ser santificadas ou
contidas e impedidas para que não deem lugar ao pecado (cf. Tt 2.1-6).
Outro grupo de pessoas visado pelo apóstolo nesta passagem, e sobre o qual ele ainda se
estenderá além dos versos desta seção, são as viúvas.
Já consideramos em outras lições a grande
importância e valor espiritual do cuidado com os pobres na igreja, e aqui Paulo está tratando de mulheres
que se encontravam completamente desamparadas, tendo perdido seus maridos e não tendo meios de
obter seu sustento (levando-se também em conta o contexto cultural daquele tempo, em que era muito
difícil para uma mulher trabalhar por conta própria).
Assim como em relação aos órfãos, estrangeiros e
qualquer outro tipo de pessoas desamparadas neste mundo, Deus não ignora o sofrimento dessas
mulheres e sempre provê meios para que as viúvas no meio do Seu povo sejam honradas – o que significa
serem materialmente amparadas (cf. Ex 22.22; Dt 24.17-22; Sl 68.5).
Duas coisas importantes que Paulo também destaca nestes versos é que, primeiro, a verdadeira
viúva, digna de ser socorrida pela igreja, é aquela cujo testemunho seja de uma fiel, que “espera em
Deus e persevera de noite e de dia em rogos e orações” (v. 5).
O segundo aspecto é que, se a viúva tem
filhos ou netos, ela ainda não está de todo desamparada, e estes devem ser exortados a honrá-la, provendo
às suas necessidades e assim cumprindo o mandamento: “honra a teu pai e a tua mãe” (Ex 20.12; cf. Gn
45.9-11; Jo 19.25-27).
A negligência deste exercício de piedade filial, além de ser contrário à natureza,
desagrada a Deus e é reprovado como hipocrisia e apostasia da fé (Mt 15.1-9).
II – O SOCORRO ÀS VERDADEIRAS VIÚVAS (VV. 9-16)
Neste ponto, o apóstolo faz menção à inscrição das viúvas como que num rol – um costume que
revela quão grande deve ser o cuidado da igreja em conhecer e socorrer os seus necessitados (cf. At 4.34;
6.1; Rm 12.13).
Mais uma vez, ele lembra Timóteo de que nem todas as viúvas se qualificavam para
serem assim reconhecidas pela igreja; as verdadeiras viúvas eram aquelas que, além de completamente
desamparadas, haviam tido bom testemunho cristão enquanto casadas e, após dedicarem boa parte de
suas vidas a um único marido, agora demonstravam não ter nenhum interesse em buscar uma nova
união a fim de poderem se dedicar exclusivamente ao Senhor (cf. 1 Co 7.8, 39-40; Lc 2.36-38).
Em
outras palavras, as verdadeiras viúvas são aquelas que permanecerão neste estado e serão sustentadas pela
igreja até o fim de suas vidas.
Assim podemos compreender as restrições que Paulo faz às viúvas mais novas ou que haviam
demonstrado, por um segundo ou terceiro casamento, a preferência por não permanecer sozinhas.
Admitidas a uma posição na igreja que representava uma dedicação especial ao Senhor e que exigia a
serenidade, sabedoria e paciência que só a muita experiência de vida e maturidade espiritual poderiam
garantir, essas mulheres poderiam ser facilmente tentadas por Satanás a atitudes levianas e a romperem
com o seu compromisso diante da igreja, causando grande escândalo.
III – O SUSTENTO DOS PRESBÍTEROS (VV. 17-25)
Tendo já definido as qualificações necessárias ao que deseja o episcopado, Paulo trata agora
sobre como Timóteo devia lidar com os presbíteros na igreja sob os aspectos do sustento e da repreensão.
Notemos que ele usa mais uma vez a palavra “honra”, como o fez em relação às viúvas, no sentido de
“sustento material” – sentido esse amparado pelas citações que faz da Escritura: “Não ligarás a boca ao boi
que debulha”, e: “Digno é o obreiro do seu salário”.
Esta questão parece ser delicada ou discutível para
muitos nos dias de hoje, mas o apóstolo não mostra nenhuma dúvida de que a igreja deve sustentar seus
obreiros. Se ele mesmo muitas vezes abriu mão desse direito e trabalhou para obter o seu próprio
sustento, foi para evitar falsas acusações; contudo, jamais deixou de reconhecê-lo como um direito de
fato daqueles que vivem pelo evangelho (cf. 1 Co 9.4-14; Gl 6.6).
Assim como os demais grupos, os presbíteros (ou obreiros em geral) também podem ser
passíveis de repreensão; mas o apóstolo orienta Timóteo a não permitir que a reputação de um obreiro
seja arruinada por meros boatos ou acusações infundadas.
Contudo, se o seu pecado for comprovado,
deve ser corrigido diante da igreja, para que todos (inclusive os demais obreiros) tenham consciência da
gravidade do evangelho e de que ali é a casa de Deus, para Quem não há acepção de pessoas.
Por esta
causa também o apóstolo orienta Timóteo a ter o cuidado de não impor suas mãos sobre candidatos ao
ministério a fim de evitar a admissão de homens ineptos que serão difíceis de tratar quando pecarem.
Passando a recomendações mais particulares, Paulo orienta Timóteo a tomar os devidos
cuidados com a sua própria saúde e a estar atento à manifestação dos pecados de alguns homens antes
do juízo, através do que ele poderia discernir aqueles que usavam de engano e hipocrisia na casa de
Deus e assim evitar manter comunhão com os tais (cf. 1 Co 5.9-11).
CONCLUSÃO
A igreja deve cuidar de todos os seus membros, seja em suas necessidades espirituais ou
materiais; alguns precisam ser exortados, outros, socorridos, e outros ainda, repreendidos.
Todos nós
fazemos parte da casa ou família de Deus e Ele nos tem provido de recursos e capacitado com dons para
que possamos exercer nossa piedade tanto para com Ele como para com nossos irmãos.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
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