16 julho 2020

003-A Igreja e o Ministério - Cartas Pastorais Lição 03[Pr Afonso Chaves]14jul2020

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LIÇÃO 3 
A IGREJA E O MINISTÉRIO 

TEXTO ÁUREO: 
“Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa; mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” (1 Tm 3.14-15) 

LEITURA BÍBLICA: 1 TIMÓTEO 3.1-16 

INTRODUÇÃO 
Assim como o apóstolo Paulo tinha grande cuidado com a preservação da sã doutrina e da oração nas igrejas, conforme estudamos nas lições anteriores; na lição de hoje veremos que ele igualmente se preocupava com aqueles que estavam à frente dessas e de outras atividades essenciais à ordem e vida espiritual da comunidade cristã – a saber, os presbíteros e diáconos. 
E, para que a igreja verdadeiramente seja beneficiada por aqueles que a lideram, e não prejudicada, é necessário que os aspirantes ao ministério sejam exemplares modelos de vida cristã. 

I – A EXCELÊNCIA DO EPISCOPADO (VV. 1-7) 
Neste capítulo, o apóstolo passa das considerações mais gerais que havia feito em relação à conduta de homens e mulheres na igreja à definição das características espirituais e morais daqueles que deveriam servir no ministério. 
No princípio, quando a multidão dos discípulos ainda se concentrava em Jerusalém, a responsabilidade de conduzir os negócios da igreja incumbia aos apóstolos (At 2.42; 4.33- 34). 
Pouco depois, o crescimento daquela primeira comunidade e das suas necessidades levou-os a escolher alguns irmãos para auxiliá-los na importante tarefa de servir às mesas (At 6.1-4). 
Mas é durante a primeira viagem missionária de Paulo que vamos encontrar pela primeira vez a menção a irmãos escolhidos e consagrados como presbíteros das igrejas (At 14.23). 
Esses presbíteros (palavra que em grego significa “ancião”, e às vezes assim se traduz em nossas bíblias) também são chamados de bispos (do grego, “supervisores”). 
O primeiro título parece indicar a sua experiência na palavra e no testemunho; ao passo que o segundo refere-se mais à sua função: na ausência dos apóstolos, eram aqueles que assumiam a condução dos fiéis na oração e no ensino da palavra, aconselhando, orientando e cuidando da igreja, tal qual pastores do rebanho de Deus (cf. At 20.17, 28; 1 Pe 5.1-4). 
Quando Paulo confirma a veracidade do dito (talvez comum entre os primeiros cristãos) de que a obra do presbitério (ou episcopado, como aqui é chamada) era uma “excelente obra”, certamente ele tem em vista a grande honra e o privilégio incomparável de servir à igreja de Cristo; mas também a tremenda responsabilidade a qual nem todos estão preparados (e por isso nem todos são chamados) para assumir. 
Convém, portanto, que o aspirante à excelência do ministério (ou que já esteja nele) se faça como que digno dessa obra, através de um caráter ou conduta igualmente excelente; além do que é da natureza do seu chamado que os pastores ensinem o povo de Deus não apenas por palavra, mas por obra e testemunho, animando os fracos e corroborando os que estão firmes na fé (cf. Hb 13.7; 1 Tm 4.12, 16). 
A primeira qualidade citada pelo apóstolo é a mais abrangente: “que o bispo seja irrepreensível” – ou seja, que cuide para não incorrer em qualquer atitude que mereça censura ou reprovação. “Marido de uma mulher” não significa que tenha que ser casado, mas que deve ser absolutamente fiel a uma só esposa – o que implicava em estabelecer a monogamia como único modelo de relacionamento conjugal aprovado por Deus, com exclusão de todas as suas perversões, por mais comuns ou aceitas que fossem na sociedade de então. 
“Hospitaleiro” abrangia muito mais do que uma “recepção calorosa” a convidados ou visitantes em casa; significava abrigar, socorrer e suprir as necessidades dos pobres e aflitos – enfim, relacionava-se mais com “caridade”. 
“Apto para ensinar”, não necessariamente como um professor, mas sabendo usar a palavra de Deus para aconselhar, repreender e corrigir, de acordo com a necessidade dos fiéis (cf. Tt 1.9). 
Dentre os vícios que devem ser notados: “Não dado ao vinho”, pois o abuso levaria não só ao escândalo, mas ao pecado da embriaguez; “não espancador”, consequência natural do vício anterior.
Notemos ainda que deve cumprir seu papel na estrutura familiar – mais uma vez confirmando que a igreja deve enaltecer os papéis distintos de homem, mulher, pais e filhos. 
“Não neófito”, ou seja, imaturo na fé, pois poderia facilmente se apegar à honra e se esquecer da responsabilidade da sua posição, como o fez Satanás. 
E, por último, mas não menos importante, “que tenha bom testemunho dos que estão de fora”, pois isto revela que não vive a fé cristã apenas na igreja – do contrário, poderia ser afrontado, envergonhado pela sua má conduta e desfalecer completamente da fé. 

II – A IMPORTÂNCIA DO DIACONATO (VV. 8-13) 
Embora ali não sejam assim chamados, é certo que os sete varões escolhidos pelos apóstolos para servir às mesas foram os primeiros diáconos (do grego, “servidores”) da igreja. O cuidado com os órfãos, viúvas e demais necessitados no meio do povo de Deus sempre foi considerado um importante negócio (cf. Gl 2.10) – afinal, de que outra forma testemunhamos que somos discípulos de Cristo, se não nos amando uns aos outros, não só por palavra, mas por obra (1 Jo 3.17-18)? 
A importância desse serviço, ao mesmo tempo em que o ministério da oração e da palavra também exigem muita dedicação dos seus obreiros, tornou conveniente a instituição de diáconos – homens de caráter irrepreensível e verdadeira piedade que possam cuidar desta obra de natureza igualmente espiritual (cf. 2 Co 8.1-7).
As qualidades que o apóstolo define para os candidatos ao diaconato são mais ou menos parecidas com a dos presbíteros, e as que especifica no caso daqueles são igualmente desejáveis para os aspirantes ao episcopado, como: guardar o mistério da fé em uma consciência pura; serem primeiramente provados – ou seja, examinados, para ver se sua conduta e caráter realmente correspondem ao modelo apostólico; e a boa posição e confiança na fé que alcançarão, se servirem bem e fielmente. 

III – A NATUREZA DIVINA DA IGREJA (VV. 14-16) 
Embora pretendesse encontrar novamente Timóteo, quando poderia instrui-lo pessoalmente sobre esses e outros assuntos, o apóstolo também sabia que imprevistos poderiam acontecer e que seu jovem discípulo não poderia ficar à mercê da sua ausência para cumprir sua missão. 
Ele considera que Timóteo não pode esperar, muito menos se arriscar a cuidar inadequadamente dos negócios da igreja, porque eles dizem respeito à casa de Deus. Ou seja, as coisas da igreja não eram suas, mas de Deus, e a ele cabia apenas dispensá-las ou administrá-las da melhor forma, cuidando para não causar prejuízo ao dono da casa, pois Ele é vivo e não se deixa defraudar (1 Co 4.1-5; Mt 24.45-51). 
Além disso, a comparação da igreja à “coluna e firmeza da verdade” define seu caráter ou missão, e isto acrescenta ainda maior gravidade e cuidado no trato de tudo o que diz respeito aos seus interesses. 
À igreja foi confiada a verdade do evangelho, que ela sustenta através do seu testemunho; e essa verdade não é um simples rumor ou notícia incerta, mas consiste num grandioso mistério divino cuja revelação repercutiu por toda a criação, movendo céus e terra: “Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória” (cf. Hb 12.18-29). 

CONCLUSÃO 
Não é pequena a tarefa daqueles que são chamados a servir no ministério, muito menos dispensável; mas é uma honra que não se pode comparar a qualquer outra deste mundo e que, por isso, exige dos que a aspiram a mais profunda convicção e o mais forte senso de comprometimento com aqu’Ele que os chamou para esta obra.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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