22 fevereiro 2018

008 - O sacrifício eterno e eficaz de Cristo - Aos Hebreus - Lição 08[Pr Afonso Chaves]20fev2018



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LIÇÃO 8:
O SACRIFÍCIO ETERNO E EFICAZ DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: 
“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb 9.11, 12). 

LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 9.11-20 

INTRODUÇÃO 
Parece-nos repetitiva a exposição do autor, e sua ênfase na superioridade de Cristo; mas, em tempos de incertezas e apostasia, é preciso que os fiéis sejam verdadeiros ministros de Cristo. Paulo já dizia: “Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós”. Então, nesta aula vamos verificar que, a despeito de todo o esplendor e glória do tabernáculo e de seus rituais, a adoração segundo a ordem levítica era limitada. Os israelitas não podiam ter acesso diretamente a Deus; deviam vir através dos seus representantes, os sacerdotes. Mesmo assim, somente um deles podia entrar anualmente no Santo dos Santos. A via de acesso certamente não estava aberta, pois os sacrifícios eram imperfeitos. Mas a esperança de judeus e gentios é renovada pela manifestação de Cristo, que ofereceu um sacrifício eterno e eficaz. 

I – A ADORAÇÃO NA ANTIGA ALIANÇA, ALEGORIA DO TEMPO PRESENTE (9.1-10) Sabemos que a Antiga Aliança consistia de “ordenanças de culto divino”, com procedimentos ordenados para a adoração (Ex 25.8, 9; 29.43-46), mas essa adoração era realizada em um “santuário terrestre”. O propósito do escritor ao descrever o tabernáculo e seus utensílios era mostrar a imperfeição e ineficácia dos seus serviços. Ele fica impressionado com a grandeza e boa ordem das disposições dentro do culto levítico e pretende apresentar este fato a fim de demonstrar a maior glória do novo. Ele recorda que o “primeiro” ambiente do tabernáculo era denominado “Santuário” ou “Lugar Santo”; era onde estava o “candeeiro, a mesa e os pães da proposição”. Além do “segundo véu”, encontrava-se o “Santo dos Santos” ou “lugar santíssimo”, que tinha o “incensário de ouro e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto” (Ex 16.33; Nm 17.10; Dt 10.2- 5), e sobre a arca, “os querubins da glória que faziam sombra no propiciatório”. Na sequência, é destacado o serviço executado pelo sacerdote no Lugar Santo, que pela manhã e à tarde entrava nesse local a fim de preparar as lâmpadas no candelabro, oferecer incenso no altar do incenso e, aos sábados, renovava os pães da proposição (Ex 27.20, 21; 30.7, 8; Lv 24.5-9). Essa maneira de adoração apresentada no Lugar Santo indicava a insuficiência e a carência espiritual do antigo regime. Porém, além do véu, a ministração tinha um significado mais real e duradouro; mas aqui, só o sumo sacerdote, e em um único dia do ano – o “Dia da Expiação” (Lv 16.12-16) – com a aspersão de sangue, oferecia dons e sacrifícios por si mesmo e pelas culpas do povo. Em tudo isso, o autor compreende a imperfeição desse complexo sistema sacrificial, ao dizer: “dando nisso a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto” (v. 8). Porém, ele vê a atuação da providência divina apontando para o único sacrifício verdadeiro, o de Cristo. Compreende-se que o acesso a Deus não estava livre, pois os leigos não podiam absolutamente entrar no tabernáculo; o sacerdote só podia ter acesso ao primeiro compartimento; e o sumo sacerdote, mesmo quando entrava no Santo dos Santos, só podia fazê-lo uma vez por ano e apenas mediante o sangue. Por isso o autor enfatiza que o primeiro tabernáculo era apenas uma alegoria para o tempo presente, imposta até ao tempo da correção (vv. 9 e 10). 

II – CRISTO, MEDIADOR DE UMA NOVA E MELHOR ALIANÇA (9.11-28) 
A partir das ideias principais da Antiga Aliança – o tabernáculo e a expiação – o autor demonstra em termos espirituais as verdades dessas representações. Desta maneira, esses modelos apontavam para uma realidade mais excelente por detrás da sombra, e essa verdade está em Cristo, “o sumo sacerdote dos bens futuros”. Em contraste com o antigo pacto, o autor destaca a superioridade da obra de Cristo e Sua excelência como sumo sacerdote, demonstrada pelos seguintes aspectos: é uma oferta feita por Cristo entrando através de “um maior e mais perfeito tabernáculo”; foi uma oferta que Cristo fez com “Seu próprio sangue”, não por meio de sangue de bodes e de bezerros; trata-se de uma oferta eficaz, pois assegurou uma “eterna redenção”, e não apenas anual; e 17 é uma oferta perfeita, pois foi realizada somente “uma vez”. Por fim, o autor salienta que os sacrifícios na Antiga Aliança possuíam um aspecto meramente externo, isto é, cerimonial. Na verdade, esses muitos sacrifícios apenas “cobriam” provisoriamente os pecados, mas eram incapazes de removê-los. Por outro lado, o sacrifício de Cristo trata com o problema do pecado em sua raiz; Seu sangue purifica e limpa a consciência tornando-a apta para a adoração a Deus (v. 14). Nos versos 15-22, o autor apresenta Jesus como o “Mediador de um novo testamento”, pois ele proveu uma eterna redenção, por meio de Seu auto-sacrifício na cruz, e o resultado de Sua morte foi a “remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento”, para que “os chamados recebam a promessa da herança eterna”. A morte de Cristo (o testador) não está em contradição com a Sua posição de Mediador de uma nova aliança; pelo contrário, é através de Sua morte que os participantes da vocação celestial adquirem a herança da salvação. Além disso nos é rememorado um conceito incontestável, de que os pecados só podem ser perdoados quando da morte de uma vítima substituta, e “sem derramamento de sangue não há remissão”. Nos versos 23-28 veremos novamente que a morte de Jesus tem eficácia eterna. Assim como os homens na terra só podiam aproximar-se de Deus depois da oferta de sangue, Deus está agora acessível aos homens pecadores por causa do sacrifício de Cristo. O pensamento é praticamente o mesmo apresentado no versículo 24, de que Cristo entrou “no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus”. Por fim, o autor afirma que, tendo aniquilado o pecado por um único sacrifício de si mesmo, tudo o que resta agora é que Cristo apareça “segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação” (vv. 26-28). 

III – A EFICÁCIA DO SACRIFÍCIO DE CRISTO (10.1-18) 
Nestes versos, o autor reúne suas principais idéias sobre o significado da morte de Cristo e acrescenta que o sacrifício de Cristo foi uma expressão livre e de Sua vontade de acordo com a vontade de Deus. O autor refere-se à imperfeição da Lei, afirmando que ela tem “sombra dos bens vindouros, não a imagem exata das coisas” (v. 1). Neste contexto, esses bens referem-se às bênçãos conquistadas pela morte de Cristo, tais como o sacrifício perfeito e eficaz, a purificação e o perdão dos pecados, uma viva esperança, a eterna redenção e a garantia de uma herança eterna. Esses benefícios expressam a supremacia da religião cristã em contraposição à religião judaica, ou qualquer outra crença. Pelo fato da Lei ser apenas uma sombra, o autor diz que “nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam”. Isso mostra a ineficácia dos sacrifícios levíticos, pois eles não purificavam, nem aperfeiçoavam ninguém e, ao invés de remir, tudo o que os sacrifícios de animais faziam era lembrá-los de que ainda continuavam pecadores, ou seja, levavam a uma “comemoração de pecados”. Neste aspecto, a antiga aliança se demonstrava inferior à nova, pois somente Cristo garante o pleno perdão dos pecados. A incapacidade inerente ao velho ritual exigia um novo sacrifício, o auto-sacrifício voluntário e proposital de Jesus. Por isso Cristo, entrando no mundo, disse: “Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então, disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade”. Atentemos, ainda, para o acordado de que deveria ser tirado o primeiro (concerto) para estabelecer o novo concerto. O concerto da lei tinha envelhecido e agora estava acabado (v. 9). Afinal, o autor mostra que Cristo ofereceu um “único sacrifício pelos pecados”, e agora Aquele que se humilhou na terra está exaltado nos céus como sacerdote-rei, “assentado para sempre à destra de Deus, esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés”. Por um único ato de oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados, confirmado ainda pelo testemunho do Espírito Santo que diz: “Este é o concerto que farei com eles ... jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades” (vv. 15-17). 

CONCLUSÃO 
A redenção da humanidade decorre da graça, misericórdia, e amor de Deus. A mente humana, limitada e falível, jamais poderá aquilatar o valor da salvação em Cristo. Jesus, por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, e efetuou uma eterna redenção. 

QUESTIONÁRIO 
1. Qual era o propósito do escritor ao descrever o tabernáculo e seus utensílios? 
2. Por que Cristo é o sumo sacerdote dos bens futuros? 
3. Por que o sacrifício de Cristo é eterno e eficaz?

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AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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16 fevereiro 2018

007 - Cristo autor de uma nova aliança - Aos Hebreus - Lição 07[Pr Afonso Chaves]14fev2018



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LIÇÃO 7:
CRISTO, AUTOR DE UMA NOVA ALIANÇA 

TEXTO ÁUREO
“Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo” (Hb 8.10). 

LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 8.1-13 

INTRODUÇÃO 
Todas as alianças registradas nas Escrituras apontavam para Cristo; contudo, referiam-se a uma realidade que ainda haveria de se cumprir. Algo pode ser muito bom durante determinado tempo, perdendo depois a validade. A nova aliança é o próprio cumprimento de todas as promessas e, por isso mesmo, tem valor e importância superiores. É o que veremos na lição de hoje, essa realidade em Cristo, o autor dessa nova aliança. 

I – A SUPERIORIDADE DO SACERDÓCIO DE CRISTO (8.1-5) 
Logo de início nos é afirmado que temos “um sumo sacerdote tal”, enfatizando mais uma vez a singularidade de Cristo como Sumo Sacerdote, destacando-o e diferenciando-o dos sumos sacerdotes comuns, frágeis, mortais, da Antiga Aliança. A palavra “tal”, aqui, evidencia a incapacidade das palavras humanas para descrever a grandeza de Cristo. Ainda, é enfatizado que Ele está “assentado nos céus à destra da Majestade” (cf. 1.3; 10.12 e 12.2), indicando que Cristo, como Sumo Sacerdote perfeito, realizou Sua obra de tal forma que tem o direito de assentar-se no Seu trono, ao lado direito do Pai. O fato de estar assentado sugere Sua condição real: Ele se assenta como rei em contraste com os sacerdotes do velho sistema que ficam de pé oferecendo seus sacrifícios diários e ineficazes (10.11). Nos céus, Cristo ocupa a posição de mais alta honra: “à direita de Deus” (Mc 16.19). Ele é o único Ser que tem essa posição de extremo destaque nos céus. Tal verdade nos é transmitida para que saibamos que o nosso Mediador não é um ser celeste qualquer, mas aquele que tem posição de honra, única e destacada, diante de Deus. As nossas orações são levadas a Ele, que por nós intercede junto ao Pai. É, ainda, descrito que Jesus é: “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo” (v. 2). Nos céus, o verdadeiro tabernáculo, fundado pelo Senhor, e não por homem, Jesus, como Sumo Sacerdote constituído por Deus, continua a executar seu ministério como nosso mediador, intercessor, advogado e Sumo Sacerdote perante o Pai, pois entrou, uma vez por todas, no Santo dos Santos (Rm 8.34b; Is 64.4; 1 Jo 2.1, 2). É ressaltado que o tabernáculo no deserto, o sacerdócio e a Lei serviam de “exemplar e sombras das coisas celestiais” (9.9, 23; 10.1; Cl 2.17). O templo terrestre era um “modelo” do verdadeiro templo de Deus, o culto terrestre era um reflexo remoto da verdadeira adoração e o sacerdócio terreno era um esboço, e não pode conduzir os homens à realidade. Mas Jesus pode conduzi-los à realidade. Seu sacerdócio verdadeiro é o único que pode tirar os homens deste mundo de “sombras” para levá-los ao mundo das realidades eternas. 

II – UM MINISTÉRIO MAIS EXCELENTE (8.6-9) 
Na terra, Jesus foi mais do que um sacerdote, Ele foi o “cordeiro de Deus”, oferecendo-se a Si mesmo como holocausto, entregando Sua vida em nosso lugar (cf. Jo 10.15, 28). Agora, Ele exerce as funções sumo sacerdotais lá no céu: “alcançou Ele ministério tanto mais excelente” (v. 6; cf 1.4), maior que o realizado por todos os sacerdotes e sumo sacerdotes terrenos da Antiga Aliança. Uma aliança ou pacto é um contrato, uma concordância formal entre duas ou mais partes e na presença de um mediador. Em um pacto, um lado promete fazer certas coisas sob condições de que a outra parte concorde em fazer outras. No Antigo Pacto, vemos Deus de um lado, o povo de Israel de outro e o mediador era o sacerdote ou o sumo sacerdote. Deus oferecendo salvação e requerendo do povo obediência irrestrita. A Antiga Aliança foi proposta e estabelecida por Deus, os sacerdotes fizeram seu trabalho, mas fracassaram, pois foram mediadores deficientes e falhos. O lado humano, representado por Israel, arruinou-se apostatando: “como não permaneceram naquele meu concerto” (v. 9; Ex 32.1-8). Mas Deus, por sua infinita misericórdia, proveu-nos um novo e melhor concerto, “confirmado em melhores promessas” (v. 6), através da mediação de Cristo (v. 6). O autor declara: “se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo” (v. 7). Mas o fato é que a aliança não levou ninguém a um andar íntimo com Deus. É reconhecido que a falha não estava na aliança e, sim, no povo. Não viviam em plena obediência ao 14 Senhor. O resultado foi que Deus acabou rejeitando a nação judaica como Seu povo especial: “Eu para eles não atentei, diz o Senhor” (v. 9; Os 1.8, 9; Mt 23.37). 

III – CRISTO É MEDIADOR DE UMA MELHOR ALIANÇA (8.10-13) 
Jesus trouxe uma Nova Aliança, que se estabeleceu, não em atos exteriores, rituais, mas no interior do homem, no entendimento e no coração. Por isso, é um melhor concerto. Observemos alguns aspectos desse “novo concerto”. As Escrituras já se referiam a este tempo ao dizer: “eis que virão dias”; assinalando que a antiga aliança de modo algum era perfeita (Jr 31.31-34). Esta aliança não só seria nova, pois o antigo concerto estava “envelhecido” (v. 13), mas também por ser considerada qualitativamente superior por causa de seu alcance; ela uniria aqueles que estavam divididos – “a casa de Israel” e “a casa de Judá”, eliminaria os cismas e faria com que os antigos inimigos achassem a unidade; além de ter uma abrangência universal, alcançaria todos os homens – sábios e ignorantes conheceriam a Deus, desde o menor até o maior (v. 11). Já não existiria uma classe especialmente privilegiada. O aspecto fundamental desse novo concerto está na afirmação: “porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei” (v. 10). A antiga aliança dependia da obediência a uma Lei que se impunha externamente, porém a nova aliança se torna superior, pois somente o Senhor tem o poder de fixar os seus mandamentos nas nossas mentes e escrever na tábua dos nossos corações. Para expressá-lo de outra maneira, os homens obedeceriam a Deus não mais pelo medo ou o castigo, mas sim porque o amavam; não porque a Lei ordenasse fazê-lo forçosamente, mas sim porque o desejo de obedecê-lo estaria escrito em seus próprios corações. Por fim, o resultado dessa aliança é o perdão dos nossos pecados: “serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais” (v.12). A nova relação se baseia inteiramente no amor de Deus. Sob a antiga aliança o homem só podia manter esta relação com Deus obedecendo à Lei, quer dizer, mediante seu próprio esforço. Agora, pelo contrário, tudo depende não do esforço do homem, mas sim da graça, do amor e da misericórdia de Deus. A nova aliança coloca os homens em relação com um Deus que é ainda o Deus de justiça e amor (Jo 3.16-18). 

CONCLUSÃO 
No passado Deus sempre providenciou um modo de o homem se relacionar com Ele, mesmo tendo o pecado feito a separação. Para isso, foram determinados os sacrifícios. Esse passado não era um fim em si mesmo, apontava para Cristo, maior, melhor e eterno. Esse passado não deve ser mais revivido – isso significaria rejeitar toda a obra de Cristo. É Ele quem perdoa efetivamente os pecados, segundo suas conquistas, tendo sido o último, perfeito e suficiente sacrifício, numa nova e eterna aliança. 

QUESTIONÁRIO 
1. Qual era a função principal das cerimônias, sacrifícios e ordenanças do Antigo Testamento? 
2. Por que Jesus é apontado como ministro do santuário e do verdadeiro Tabernáculo? 
3. Por que o novo concerto substituiu o antigo? 

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AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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08 fevereiro 2018

006 - O superior sacerdócio de Cristo - Aos Hebreus - Lição 05[Pb Denilson Lemes]06fev2018



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LIÇÃO 6: 
O SUPERIOR SACERDÓCIO DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: 
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus” (Hb 7.26). 

LEITURA BÍBLICAHEBREUS 7.1-3, 24-27 

INTRODUÇÃO 
No término da aula anterior, vimos a afirmação de que Jesus foi constituído sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Nesta aula, veremos que Melquisedeque foi um verdadeiro adorador no meio de uma geração idólatra e corrompida. Exerceu o papel de rei e sacerdote, sem fazer parte da linhagem de Israel. Sua ordem sacerdotal, com aspectos peculiares, tornou-se um tipo do sacerdócio de Cristo, que em tudo é superior a todas as ordens sacerdotais. 

I – MELQUISEDEQUE, SACERDOTE DO DEUS ALTÍSSIMO (7.1-10) 
A partir do relato de Gênesis 14.18-20, o autor extrai ensinamentos importantes da vida de Melquisedeque para que seus leitores compreendam a grandeza do ofício sacerdotal de Cristo. O nome Melquisedeque significa literalmente “rei de justiça”, e é apresentado como o rei de Salém, que quer dizer: “rei de paz”. É acrescido ainda que ele era “sacerdote do Deus Altíssimo”. Portanto, o objetivo de seu reino era promover a paz através da justiça divina, além de possuir a função de difundir o conhecimento divino para toda a sua geração. Percebe-se que, ao contrário do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente, diz-se a respeito de Melquisedeque: “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (v. 3). O fato de as Escrituras não registrarem o seu nascimento ou a sua morte em parte alguma é tomado pelo autor como símbolo de um sacerdócio eterno. Nesse aspecto, Melquisedeque foi feito “semelhante ao Filho de Deus” e permanece sacerdote eternamente (Sl 72.7; Is 9.6-7; Jr 23.5, 6; Rm 5.1; Ef 2.14-18). Em seguida, o autor apresenta os argumentos que demonstram a grandeza de Melquisedeque, portanto, a superioridade do sacerdócio de Cristo. Ao encontrar Melquisedeque, Abraão sabia muito bem que estava diante do sacerdote do Deus Altíssimo, por isso o reverencia com os dízimos de tudo (v. 4-6). Os sacerdotes levíticos recebiam o dízimo de seus irmãos judeus como sendo uma prescrição legal, mas Melquisedeque recebeu o dízimo de Abraão não porque uma lei lhe desse o direito para isso, mas por um direito pessoal e que ninguém lhe concedeu, senão Deus. O autor lembra que o menor é abençoado pelo maior; Melquisedeque abençoou o patriarca Abraão, e através deste ato de autoridade é evidenciada a superioridade do sacerdote sobre aquele que tinha as promessas de Deus (vv. 6, 7). É destacado que o sacerdócio de Melquisedeque tem precedência sobre o de Levi, porque a morte não tem poder sobre ele (v. 8), e ainda que, por intermédio de Abraão, todos os filhos de Levi reconhecem a autoridade e posição superior de Melquisedeque (vv. 9-10). 

II – A NATUREZA DO SACERDÓCIO DE CRISTO (7.11-19) 
Nesta seção, o autor argumenta que, se o sacerdócio segundo Arão tivesse completado a função de levar os homens à presença de Deus, então, não seria necessário que se levantasse outro sacerdócio (vv. 11, 12). Assim, a Lei e o sacerdócio levítico estão “envelhecidos” pelo estabelecimento do sacerdócio de Jesus Cristo, que é eterno e que garante aos homens pleno acesso a Deus. É destacado ainda que, segundo a Lei, todos os sacerdotes deveriam pertencer à tribo de Levi, mas o “nosso Senhor Jesus” era da tribo do Judá; isto demonstra que veio alguém que é superior à Lei (Is 11.1-5; Mq 5.2; Ap 5.5). De um lado temos o sacerdócio mortal e perecível, ligado a um mandamento carnal, que não levava em conta a disposição do indivíduo ou o grau de sua vontade de servir, pois ele se tornava sacerdote unicamente por causa da hereditariedade. Pelo outro, a manifestação do novo sacerdócio, que é segundo “a virtude da vida incorruptível” – uma referência à ressurreição de Jesus e seu triunfo sobre a morte. Sabe-se que a Lei não levou nada à perfeição. Ela deu início, ensinou princípios básicos, despertou impulsos, prenunciou e indicou o caminho; mas era impossível que propiciasse uma verdadeira comunhão com Deus, por ser dada a homens fracos (v. 18; Rm 7.12-14). Somente Cristo oferece “uma melhor esperança” pela qual podemos chegar a Deus. O que antes era figura e privilégio 12 apenas de uma classe, hoje, por intermédio de Jesus Cristo, tornou-se privilégio aberto a todos. Agora, os cristãos são sacerdotes e têm acesso individual a Deus (1 Pe 2.5, 9; Ap 1.6; 5.9, 10). 

III – O SACERDÓCIO PERPÉTUO E PERFEITO DE CRISTO (7.20-28) 
Nesta seção, o autor sublinha que nada foi destinado além do sacerdócio de Cristo para nossa salvação, pois não existe nada superior a Ele. A garantia que o cristão tem de um “melhor concerto”, e um que não será anulado, é aquele cujo “fiador” é o próprio Jesus (v. 20-22). É necessário recordar que o sacerdócio araônico era composto de centenas de sacerdotes, que se sucediam constantemente, visto que “pela morte eram impedidos de permanecer”. Eles apenas intercediam pelos homens a Deus, mas não os salvavam. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, não só “vive sempre para interceder” por nós, como nos assegurou uma perfeita salvação por Seu intermédio (Rm 8.33, 34). Em Jesus temos salvação plena (Jo 5.24), sem depender de um suposto purgatório ou de uma hipotética reencarnação. Nos versos 26-28, o autor apresenta algumas qualificações que diferenciam Jesus de qualquer sacerdote da antiga aliança. O sacerdote levítico tinha que ser santo, separado, consagrado, inclusive nas suas vestes (Êx 28.2-4; 29.29). Contudo, eram homens falhos, imperfeitos, sujeitos ao pecado. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, é santo no sentido pleno da palavra. Ele era inocente porque nunca pecou e não tinha qualquer culpa. A Lei determinava que o cordeiro para o holocausto devia ser sem mancha, assim, Jesus não tinha qualquer mancha moral ou espiritual – ele era o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Ex 12.5, 6; Jo 1.29; 18.37, 38). É ainda salientado que Jesus viveu entre os homens, comeu com eles, inclusive nas casas de pessoas de baixa reputação; porém, não foi pecador. Ele não se deixou influenciar pelo comportamento dos homens maus. Como recompensa do Seu trabalho, foi “feito mais sublime do que os céus”. O autor ainda declara que: “isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (v.27). Os sumos sacerdotes do antigo pacto necessitavam de oferecer sacrifícios, muitas vezes, primeiro por eles próprios e, depois, pelo povo. Mas Jesus, por ser imaculado, sem pecado, não precisou fazer isso por Si mesmo. Tão somente ofereceu-Se num sacrifício perfeito, uma só vez, por nós pecadores. O autor salienta que “a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre”. O Filho de Deus é este Sumo Sacerdote, Sua perfeição foi coroada e selada pela Sua exaltação ao céu. Ele é o único sumo sacerdote capaz de qualificar outros a fim de que estes também possam apresentar-se diretamente diante de Deus. 

CONCLUSÃO 
Nesta lição verificamos que, em todos os aspectos, o sacerdócio de Cristo segundo a ordem de Melquisedeque é superior ao sacerdócio da antiga aliança. Com isto, devemos ser gratos a Deus por fazermos parte de Sua linhagem espiritual. 

QUESTIONÁRIO 
1. Quem foi Melquisedeque? 
2. Cite alguns atributos que diferenciam Jesus dos sacerdotes da antiga aliança? 
3. Por que Jesus é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque?

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AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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01 fevereiro 2018

005 - Maturidade e perseverança na fé - Aos Hebreus - Lição 05[Pr Afonso Chaves]30jan2018



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LIÇÃO 5: 
MATURIDADE E PERSEVERANÇA NA FÉ 

TEXTO ÁUREO: 
“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento” (Hb 6.4-6a). 

LEITURA BÍBLICAHEBREUS 6.1-12 

INTRODUÇÃO
Após apresentar Jesus Cristo como nosso “grande sumo sacerdote”, o autor faz uma pausa para alertar os leitores sobre a condição espiritual dos mesmos, para em seguida aprofundar-se no ensino sobre a natureza do sacerdócio de Cristo segundo a ordem de Melquisedeque. Esta lição tem por objetivo expressar a importância do crescimento espiritual para todos os cristãos, além de alertar sobre o terrível perigo de apostasia e exortar o fiel a se manter firme diante de Deus, não se deixando levar por quaisquer ventos de doutrina. 

I – ALCANÇANDO A MATURIDADE CRISTà(5.11-6.3) 
O autor inicia esta seção reconhecendo que o assunto apresentado anteriormente – o sacerdócio de Cristo – é de “difícil interpretação” para seus leitores, pelo fato de, ao longo dos anos, eles se terem feito “negligentes para ouvir” (apáticos espirituais) a mensagem do Evangelho (v. 11). Os destinatários da epístola em apreço eram ainda “meninos” e necessitavam de “leite, e não alimento sólido”; pelo tempo de crentes, já deveriam ter alcançado certa maturidade e serem “mestres”, enquanto, na realidade, careciam de instrução elementar. Eram inexperientes, imaturos e não estavam preparados para se aprofundarem nas riquezas insondáveis que há em Cristo (1 Co 2.6; 3.2; 14.20; Ef 4.13-14; 1 Pe 2.1-2). O autor encoraja seus leitores a alcançarem a maturidade tão desejada: “prossigamos até a perfeição”. Essa expressão se refere a um ensinamento mais avançado, para doutrinas como a natureza do sacerdócio de Cristo, que eles mal podiam compreender. Precisavam adiantar-se mais, em direção a verdades cristãs mais avançadas do que aquelas às quais estavam habituados. Ele não tem intenção de voltar às verdades elementares de sua fé: “não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno” (6.1-2). 

II – O PERIGO DA APOSTASIA (6.4-12) 
Estes versos são uma severa advertência dirigida aos que um dia abraçaram a fé cristã e pensam em desistir. O autor torna isto ainda mais claro descrevendo, cláusula após cláusula, a sua condição. Primeiro, eles “já foram iluminados”. Sem dúvida remonta à figura de Jesus como luz do mundo e a luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo (Jo 1.9; 9.5). A luz do evangelho brilhou sobre eles e vieram a ter “conhecimento da verdade” (cf. 2 Co 4.4, 6). É salientado ainda que eles “provaram o dom celestial”, isto é, eles tiveram uma profunda experiência de salvação, incluindo o perdão de pecados, e gozaram de todas as bênçãos espirituais em Cristo (Hb 8.12; 10.17; Ef 1.3). Ainda é enfatizado que os cristãos “se fizeram participantes do Espírito Santo” (1 Co 12.12, 13). E, por fim, é acrescido ainda que “provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro”. O escritor repete o verbo “provar”, referindo-se a crentes que tiveram um conhecimento mais que superficial das verdades de Deus, expressas em Sua Palavra. Não apenas sentiram o “cheiro”, mas “comeram” a Palavra, experimentando-a e confirmando-a como verdadeira (cf. Jo 17.17). Ao lembrar seus leitores das maravilhosas experiências da conversão, o autor sublinha a tragédia da queda do favor divino. A impossibilidade de arrependimento referida pelo escritor diz respeito a crentes que, mesmo providos das experiências mencionadas acima, abandonam a Cristo, negando-o e renegando-o de modo proposital e deliberado. Trata-se de uma pessoa que chegou a um estágio tal de desvio, que sua consciência encontra-se cauterizada (1 Tm 4.1, 2), ficando insensibilizado a qualquer advertência por parte do Espírito Santo – “já não resta mais sacrifício pelos pecados” (Hb 10.26). O apóstata é então como o campo que produz espinhos e está destinado a ser queimado (cf. Mt 13.30; Jo 15.6; Hb 12.28, 29). 10 Após apresentar um quadro sombrio nos versos 4-8, o autor faz uma pausa e assegura a seus leitores que não os considera apóstatas. Ele demonstra sua afeição pelos leitores ao chamá-los de “amados”. É porque os ama que fala com tanta severidade. A confiança do autor nos seus leitores tem uma base dupla: seus atos de generosidade e o caráter do próprio Deus. Eles tinham provado o seu amor de maneira especialmente prática, servindo aos companheiros cristãos, partilhando de suas aflições e mostrando compaixão pelos prisioneiros (Hb 10.33-36). Além disso, o autor tinha confiança em Deus. Ele sabia que, sendo Deus justo, não poderia mostrar-se injusto, esquecendo-se de recompensar os que agiram retamente. Por fim, o autor diz aos leitores que imitem àqueles que pela fé e paciência herdam a promessa. 

III – A FIDELIDADE DE DEUS (6.13-20) 
O propósito desta seção é demonstrar que as promessas de Deus são seguras e imutáveis. Deus fez promessa a Abraão e, como não tinha alguém maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, prometendo abençoá-lo e multiplicá-lo na terra, ainda que sua esposa fosse estéril. E o patriarca alcançou a bênção, porque esperou com paciência. Deus quis mostrar a “imutabilidade de seu conselho aos herdeiros da promessa”, fazendo um juramento. Certamente Deus não precisa jurar, mas para que os homens não tivessem dúvida, Ele “se interpôs com juramento”. O escritor enfatiza que “é impossível que Deus minta” e, por isso, devemos “reter a esperança proposta, a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu”, onde está Jesus, nosso mui amado e eterno Sumo Sacerdote (Nm 23.19; 1 Sm 15.29; Tt 1.2; 2 Tm 2.11-13). 

CONCLUSÃO 
Aqueles que têm a experiência gloriosa da salvação precisam cuidar-se para não caírem no engano do Diabo. É indescritível o prejuízo de quem apostata da fé, negando a eficácia do sangue de Cristo para a salvação dos pecadores. 

QUESTIONÁRIO 
1. Quais são as características daquele que é menino espiritual? 
2. O que é apostasia? 
3. Por que se deve crer nas promessas de Deus?


PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova