25 outubro 2022

005-A Confiança em Deus na angústia - Isaías Lição 05[Pr Afonso Chaves]25out2022

MP3 PARA DOWNLOADS

 LIÇÃO 5 

A CONFIANÇA EM DEUS NA ANGÚSTIA 

TEXTO ÁUREO: “Portanto, assim diz o Senhor Jeová : Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse.” (Isaías 28.16) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 25.1-9 

INTRODUÇÃO Depois de anunciar o juízo contra todas as nações, começando com Judá e Jerusalém, não sem ter despontado com a esperança de uma futura restauração, o profeta, movido pelo Espírito de Deus, se volta para a graça de que já desfrutavam aqueles que, desde logo, haviam perseverado em confiar no Senhor. Mesmo com a expectativa de um castigo terrível, mas justo, determinado sobre a nação, os fiéis ainda poderiam não apenas esperar que o castigo produziria o arrependimento e a humilhação que redundariam na sua restauração, mas poderiam encontrar paz e segurança para enfrentar aquele terrível momento que ainda haveriam de enfrentar. 

I – LIVRAMENTO E AÇÃO DE GRAÇAS (CC. 25-26) Nestes capítulos, o profeta celebra a fidelidade de Deus ao Seu eterno propósito de salvação, graças ao qual as aflições de Judá seriam passageiras, mas o Seu livramento redundaria em louvores e reconhecimento daqu’Ele que os havia salvado. De fato, o Senhor não abandonaria os fiéis mesmo no momento de maior aflição do Seu povo: “Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia”, mas chegaria a hora em que os livraria de todos os seus inimigos, fazendo cessar Sua ira (“a mão do Senhor descansará neste monte”, v. 10), e convertendo todos os povos, que antes andavam como que sob a cobertura de um véu e eram estranhos e inimigos dos filhos da promessa, trazendo-os ao monte do Senhor, para participarem junto de Judá do banquete da salvação (“E o Senhor dos exércitos dará, neste monte, a todos os povos, um banquete”, vv. 6-7, cf. Lc 1.68-75). Consideremos ainda que este livramento implica a destruição da morte, por ocasião da ressurreição – quando então o último inimigo do povo de Deus será aniquilado, seguindo-se a consolação de que fala o profeta (cf. 1 Co 15.24-26). No capítulo seguinte, o profeta exorta os fiéis a confiarem no Senhor, mesmo em meio às turbulências e inseguranças do momento em que viviam, e ante a expectativa do terrível juízo que estava preparado para a nação, pois Deus, sendo uma rocha eterna, não faz nada por capricho nem muda os Seus caminhos, mas é imutável em Seu caráter, e certamente dará paz e livramento ao que n’Ele confia. A exortação segue lembrando que, apesar de o ímpio e poderoso parecerem prevalecer, estes certamente seriam abatidos e os humildes, que confiam em Deus, exaltados (vv. 3-5; Sl 37.1-4, 9-11). Notemos como o profeta faz essa mesma consideração nos versos seguintes, exortando seus irmãos e discípulos a esperar no Senhor “até no caminho dos Seus juízos” (v. 8). Embora muitos pudessem aprender justiça com os juízos de Deus (v. 9), ele ainda expressa que o ímpio não é capaz de fazê-lo, permanecendo indiferente ao castigo – e isto para que o Senhor possa vingar o Seu povo contra eles (vv. 10-11). O capítulo 26 se encerra refletindo sobre a dispersão do cativeiro, cuja agonia e tristeza produziriam quebrantamento no povo, reconhecimento dos seus pecados, e despertamento para que buscassem e orassem ao Senhor. Contudo, o momento ainda seria de aflição, de modo que os fiéis são exortados à paciência e a esperar mesmo além da morte – exercida a vingança de Deus contra as nações, chegaria o tempo em que aqueles que dormiram sem receber a promessa seriam trazidos de suas sepulturas – seus “quartos” – de volta à vida, para recebê-la na eternidade (vv. 19-21; cf. Ap 6.9-11; Dn 12.1-3). 

II – A ROCHA DE SALVAÇÃO DOS FIÉIS (CC. 27-28) A palavra continua fazendo referência ao tempo do juízo de Deus, quando o Senhor vingaria o Seu povo oprimido e castigado pelas nações, mas que agora o Senhor os preservaria e deles cuidaria como de uma vinha, pela abundância de fruto que ela produzirá (vv. 2-3). Apesar da dor e gravidade do castigo, uma vez esgotada, a ira do Senhor não se acenderia mais contra o Seu povo; a iniquidade teria sido expiada, e o povo reunido das terras distantes por onde andava disperso (vv. 9, 13). Em seguida, no capítulo 28, o profeta volta a fazer referência ao juízo a ser derramado sobre aquela geração, primeiro em Efraim – isto é, o reino do norte – que teria sua soberba abatida por um homem valente e poderoso – referência ao rei da Assíria. E, enquanto a coroa de soberba destes seria tirada, os de Judá poderiam ter no Senhor uma coroa de verdadeira glória se n’Ele confiassem; contudo, estes também não queriam se deixar admoestar. Na verdade, os restantes de Judá haviam sido admoestados e ensinados tão meticulosamente pelo Senhor, através dos profetas, que nenhum deles poderia ser considerado ignorante quanto à Lei de Deus, e o profeta como que se queixa sobre a quem mais deveria ensinar, tendo já o feito tão pontualmente: “Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento e mais mandamento; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali” (vv. 9-12). O texto volta a se referir à rocha ou pedra de salvação para os fiéis e na qual podiam descansar em meio às turbulências do castigo, mas aqui temos uma referência messiânica mais direta, uma vez que é Deus quem assentaria esta pedra em Sião – numa alusão figurada à manifestação do Salvador entre o Seu povo (v. 16; cf. Mt 21.42-44; At 4.10-12). 

III – O ERRO DE NÃO SE CONFIAR EM DEUS NA ANGÚSTIA (CC. 29-30) Nos capítulos que propomos para este último tópico da lição, destacaremos dois erros cometidos por Judá e Jerusalém, em razão dos quais seu castigo tornou-se inevitável. O primeiro, no capítulo 29, pode ser encontrado no fato de que Jerusalém – aqui chamada de Ariel (“meu altar é Deus”, vv. 1-4) – se gloriava no fato de o templo do Senhor estar entre eles, a ponto de acreditar que seus pecados seriam tratados com benevolência ou mesmo não poderiam ser castigados por Deus, em razão da presença do templo e de toda a religiosidade conduzida ali – como se Deus pudesse ser “iludido” ou “obrigado”, por assim dizer, por uma devoção hipócrita. Mas, pelo contrário, sondando o que há no coração, o Senhor percebia a nítida oposição entre o que confessavam com suas bocas e o que seus corações maquinavam: “Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim” (vv. 13-16; cf. Mt 15.3-9). O segundo erro, no capítulo seguinte, está na confiança equivocada do povo no Egito, tanto nos dias em que os assírios se tornavam um poderoso império, como nos dias do domínio caldeu. O Senhor acusa Seus filhos de se precipitarem e, ao invés de se preocuparem com o conselho e a segurança da parte de Deus, preferiam confiar na força carnal do Egito, que era vã e faltaria no momento em que mais precisassem (vv. 1-3). Por terem esperado socorro de homens, e não em Deus – que encontrariam se tão somente se convertessem e n’Ele descansassem (v. 15) – não apenas o socorro que esperavam lhes faltaria, mas eles mesmos cairiam vergonhosamente ante o inimigo (v. 12-14). 

CONCLUSÃO Seja no tempo da angústia ou da restauração, o Senhor está perto e deseja ser buscado e invocado pelo Seu povo. Confiemos n’Ele perpetuamente, seja quanto ao futuro de glória que Ele reservou a todos os que forem fiéis até o fim; seja quanto ao presente quando, aflitos ou angustiados por alguma adversidade, podemos encontrar n’Ele consolação e proteção, na certeza de que Ele faz todas as coisas segundo o Seu bom propósito para conosco.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

18 outubro 2022

004-O juízo de Deus contra as nações - Isaías Lição 04[Pr Afonso Chaves]18out2022

MP3 PARA DOWNLOADS


 LIÇÃO 4 

O JUÍZO DE DEUS CONTRA AS NAÇÕES 

TEXTO ÁUREO: “Porque o Senhor se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e o porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com ele os estranhos e se achegarão à casa de Jacó.” (Isaías 14.1) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 19.19-25 

INTRODUÇÃO Do capítulo 13 ao 24, o profeta Isaías anuncia o juízo de Deus determinado contra diversas nações, desde as mais vizinhas de Israel e Judá até as mais distantes, como Babilônia e Assíria. O propósito destas mensagens era demonstrar a Judá e Jerusalém a justiça de Deus ao visitar o Seu próprio povo com castigo – se aquelas nações seriam castigadas pelos seus pecados, por que o povo que sabia a vontade do Senhor não o seria pela sua desobediência? Mas, devido à extensão desta parte do livro, nosso propósito é o de destacar apenas algumas passagens que ilustrem os pecados cometidos por essas nações e, ao mesmo tempo, a mensagem de Deus especialmente dirigida aos que n’Ele esperam e confiam que, passado o juízo, a misericórdia se manifestará abundantemente aos fiéis. 

I – PROFECIA CONTRA BABILÔNIA (CC. 13-14, 21) Iniciamos o estudo desta sequência de capítulos considerando o juízo de Deus contra Babilônia – aquela nação que, sob a liderança dos caldeus, havia conquistado todo o Oriente Próximo, subjugando inclusive o Egito e que seria o instrumento de Deus para castigar Judá e Jerusalém. Contudo, esta era uma nação pecadora, assim como os demais povos que não conheciam ao Senhor, e seu cálice transbordaria justamente quando atingisse o auge do seu poder e glória, pois atribuiria suas conquistas à sua própria força e aos seus ídolos. O juízo contra este povo seria executado por uma nação vinda de longe, a qual seria levantada e receberia o poder a seu tempo – os medos – e que não apenas tomaria facilmente Babilônia, assolando sua população; mas a reduziria a uma ruína que nunca mais seria reedificada (13.5, 17-20; cf. Dn 5.30-31). No capítulo seguinte, a menção ao juízo de Babilônia é recebida como motivo de alívio para o povo de Deus, como um sinal de que seu cativeiro não duraria para sempre (14.1-4), e que a soberba dos caldeus, personificada particularmente em seus reis, havia sido visitada e castigada terrivelmente. Consideremos que disto já havia se queixado o profeta Habacuque, e Daniel foi testemunha de como o maior líder dessa nação, Nabucodonosor, foi visitado em sua soberba e aprendeu que o poder pertence ao Deus dos céus (cf. Dn 4.29-35). A lamentação que se segue, porém, também pode ser entendida como uma alegoria – ou uma alusão figurada – a Satanás que, de modo semelhante, e antes de qualquer rei deste mundo, se ensoberbeceu contra Deus e, das alturas da glória em que havia sido criado, foi abatido até as profundezas da sepultura e das trevas (14.12-15; cf. 1 Tm 3.6; Jd 6). Consideremos ainda que, no capítulo 21, volta-se a mencionar os medos, e Elão (o antigo nome da nação dos medos e persas), como aqueles que trarão a ruína de Babilônia (21.1-2); como, porém, se tratava de um evento ainda distante, e o próprio povo poderia não crer, o profeta revela que o Senhor lhe havia mandado colocar uma sentinela, para que anunciasse a queda de Babilônia quando avistasse os medos se aproximando – numa alusão figurada ao fato de que Isaías via estas coisas pelo espírito de profecia, e, embora distantes, certamente se cumpririam (cf. 21.6-8; Hc 2.1-3). 

II – PROFECIA CONTRA O EGITO (C. 19) O Egito serviu por muito tempo de falso refúgio para os judeus contra a ameaça do império babilônico – quando deveriam confiar em Deus para livrá-los, eles preferiam esperar o socorro dos exércitos do faraó. Essa pertinácia em não se submeter aos apelos de Deus para que se arrependessem e voltassem para Ele, assim como de inutilmente tentar evitar o castigo pela sua impenitência, era em grande parte fomentada pelos próprios egípcios, que alimentavam falsas esperanças entre os judeus, mas no momento em que poderiam ter vindo em auxílio, simplesmente os abandonaram à sua própria sorte (cf. 30.1-5, 7; 36.6). Por isso, o Senhor entregaria os egípcios à covardia, a lutas fratricidas e à diminuição do seu povo – na figura do rio se secando (19.1-5). Notemos, porém, que a palavra profética faz uma reviravolta no quadro de juízo, ao mencionar uma futura restauração e conversão do Egito ao Senhor Deus de Israel: “Naquele tempo, o Senhor terá um altar no meio da terra do Egito... e o Senhor se dará a conhecer ao Egito, e os egípcios conhecerão ao Senhor, naquele dia” (19.19-21). Contudo, após a conquista do Egito pelos caldeus, nunca mais esta nação veio a ser grande e poderosa como nos milênios passados; de modo que a referência aqui é mais espiritual do que étnica ou geográfica – egípcios e assírios, nos versos seguintes, sendo os povos que habitavam ao sul e ao norte da terra de Canaã, respectivamente, e, por extensão, as nações da terra que, por mais alheias ou adversárias e opressoras do povo de Deus que pudessem ter sido, passariam a ter parte na herança do Senhor, graças à obra de redenção, em Cristo Jesus (19.20). 

III – PROMESSA DE RESTAURAÇÃO EM JACÓ (CC. 16-17) No contexto de outras profecias de juízo dirigidas a nações menores que o Egito, Assíria e Babilônia, observamos que há uma clara alusão à salvação desses mesmos povos feridos pelos seus pecados, na medida em que reconhecessem o Deus de Israel e se achegassem ao povo eleito. No capítulo 16, após profetizar o peso da palavra do Senhor contra Moabe, aqui este povo é instado a acolher os israelitas, dispersos pela destruição causada no cerco da cidade de Jerusalém, e a reconhecerem a excelência de Judá como o dominador da terra, porque: “um trono se firmará em benignidade, e sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará em verdade um que julgue, e busque o juízo, e se apresse a fazer justiça” – numa conhecida alusão à conversão dos gentios e à sua entrada no reino de Davi, sob o governo eterno de Cristo (16.5; cf. Am 9.11-12; At 15.14-18). Já no capítulo 17, o juízo é proferido contra a Síria, que cairia juntamente com Efraim – mas logo passa a considerar a “glória de Jacó” que, embora, por um momento, diminuída, teria um remanescente (17.6). O Senhor lembra aqui novamente que a causa do castigo infligido contra o povo foi a sua rebeldia e idolatria, e o terem se esquecido de Deus, mas, conforme o Seu bom propósito, suas cidades seriam novamente fortalecidas e o povo se voltaria exclusivamente para o seu Criador (17.7-9). 

CONCLUSÃO Mais do que avisar aos israelitas acerca do juízo que também alcançaria as nações vizinhas, esta série de profecias serviu de consolação àqueles que esperavam no Senhor, na certeza de que o ímpio não prevaleceria, e de que o sofrimento do povo eleito duraria apenas um momento, antes de ser restaurado à glória de uma verdadeira conversão e comunhão com o seu Deus.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

12 outubro 2022

003-Isaías - Esperança em tempos de Juízo - Isaías Lição 03[Pr Afonso Chaves]11out2022

 

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 3 

ESPERANÇA EM TEMPOS DE JUÍZO 

TEXTO ÁUREO: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.” (Isaías 7.14) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 9.1-7 

INTRODUÇÃO Nos capítulos propostos para o estudo da lição de hoje (9 a 12), veremos como, embora a mensagem do profeta fosse de um juízo inexorável, que Judá e Jerusalém certamente sofreriam em razão da sua impenitência; o Senhor também nos deixa vislumbrar, oportunamente, o tempo de uma gloriosa e eterna salvação, para a qual os fiéis deveriam olhar, na certeza de que Deus jamais os abandonaria – ainda que, nas presentes circunstâncias, estivessem experimentando a justa e santa ira de um Deus zeloso que verdadeiramente ama o Seu povo. 

I – A TERRA DO EMANUEL SERÁ LIVRADA (CC. 7-8) Nestes capítulos o profeta nos apresenta um episódio onde o rei Acaz, embora fosse ímpio e perverso, recebe uma palavra da parte de Deus assegurando-o de que, não pela sua própria força ou mérito, mas pela misericórdia e poder divinos, Judá e Jerusalém seriam livradas de uma invasão planejada pela Síria e Samaria – que era motivo de grande aflição para o rei. A resposta de Acaz à oferta: “Pede para ti ao Senhor, teu Deus, um sinal”, é, no mínimo, hipócrita, pois era o próprio Deus quem se propunha realizar um sinal para confirmar a certeza deste livramento e, deste modo, despertar o rei para que este confiasse no Senhor. Assim, a rejeição de Acaz sob pretexto de não tentar ao Senhor apenas revela a sua indisposição de se comprometer com Deus sob qualquer condição. A esta reiteração de impenitência e rejeição ao Senhor, um sinal é dado, agora não ao rei, mas ao remanescente de Judá e Jerusalém – ao povo de Deus – não sobre um livramento imediato, mas à salvação e redenção através do Messias, aqui chamado de o Emanuel (que significa “Deus conosco”), numa clara alusão profética ao fato de que o Cristo, o Salvador, seria o próprio Deus habitando entre nós (cf. 1 Tm 3.16; Jo 1.14, 18), pois assumiria a semelhança do Seu próprio povo através de um nascimento miraculoso (cf. Gl 4.4-6; Hb 2.14-18) – o que serviu de sinal para os fiéis quando esta palavra se cumpriu (cf. Mt 1.18-23; Lc 2.8-12, 25-32). Outro aspecto do sinal está na expressão seguinte, de que manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem, pois Jesus, tendo nascido e crescido como um homem, só se manifestou como o Messias, o Salvador do Seu povo em idade adulta – o que causou grande surpresa para os incrédulos (cf. Mt 13.54-58). De fato, aquela geração de Judá e Jerusalém ainda testemunharia seu livramento das mãos de Israel e da Síria, mas Efraim – isto é, as tribos do norte – não seria apenas castigada, mas destruída pelos assírios (7.8, 16-17), e a terra assolada de seus moradores do mesmo modo que uma navalha rapando todos os cabelos da cabeça aos pés; e de tal modo que o pouco que pudesse ser colhido ou produzido ali já seria uma abundância para os poucos moradores que restariam nela (7.20-22). No capítulo seguinte, o Senhor revela que a própria Judá e Jerusalém seriam até certo ponto assoladas pelos assírios, uma vez que haviam desprezado as águas de Siloé, que correm brandamente – isto é, não reconheceram a paz e segurança que poderiam ter no Senhor enquanto confiassem n’Ele e não seguissem os caminhos dos seus vizinhos, pelo que, antes de testemunhar a manifestação do Emanuel, aquela terra ainda experimentaria o terror das águas turbulentas representadas da Assíria (8.6-8; cf. 2 Rs 18.13-14). Por isso, o profeta desperta os fiéis a permanecerem na lei do Senhor, confiando somente n’Ele e rejeitando os caminhos vãos das nações, porquanto as maquinações dos povos contra a terra do Emanuel certamente seriam frustradas e os fiéis encontrariam em Deus santuário seguro (cf. Sl 46.1-6). 

II – A TERRA ENTENEBRECIDA TAMBÉM SERÁ SALVA PELO EMANUEL (CC. 9-10) Reforçando a esperança dos fiéis, a palavra afirma que Judá e Jerusalém não seriam entregues à escuridão, como seriam Israel ao norte e as nações vizinhas. Mas, por outro lado, deixa uma promessa de salvação que se estende mesmo a estes últimos, que seriam destruídos pela Assíria. A luz também brilharia para esses povos, graças ao reinado glorioso e da abundante salvação do Emanuel: “Porque um menino nos nasceu” (9.1-2, 6-7). Essas nações de fato nunca voltariam do cativeiro assírio, mas, espiritualmente, seriam libertadas da opressão tirânica do pecado pelo Senhor Jesus, que, começando o Seu ministério de salvação precisamente na Galileia dos gentios, depois seria anunciado, pelo evangelho, a todas as nações da terra (cf. Mt 4.13-17; At 26.15-18). Segue-se então uma descrição do poder e majestade deste menino, o Emanuel, cujas qualidades divinas revelam que os fiéis deveriam esperar dele nada menos que a salvação e reconciliação dos céus e da terra com o Pai (cf. Cl 1.15-17); e do reino glorioso pelo qual inaugurará um novo estado de coisas para a igreja que se tornará cada vez mais pleno até a consumação do propósito de Deus para o Seu povo neste mundo (cf. At 3.19-21; 1 Co 15.22-26). Porém, quanto à situação de Israel naquela circunstância, e ao que estava reservado para Efraim num futuro breve, o Senhor manteria Sua mão estendida para feri-los e, como não se voltassem para ver quem os feria (9.13), certamente não escapariam à escuridão – isto é, a desolação final (9.19). No capítulo seguinte, o Senhor assegura aos fiéis daquelas gerações que a Assíria, embora fosse um instrumento em Suas mãos para castigar as nações e os infiéis dentre o Seu povo, seria ela mesma visitada por Deus a seu tempo, em razão da sua soberba e presunção contra o próprio Deus que lhe havia dado poder e autoridade sobre toda a terra (10.5, 12, 15, 24-25). 

III – O REINADO DO EMANUEL SERÁ DE PAZ E RECONCILIAÇÃO (CC. 11-12) Enquanto o capítulo anterior se encerra com um cenário de destruição e assolação, onde os altivos serão abatidos como árvores altas sendo derrubadas; o presente capítulo retoma o quadro futuro do reinado do Messias (11.1-2, 6-9, 16) que, ao contrário da altivez da Assíria e das nações, se manifestaria humilde e despretensioso, tal como um rebento, um ramo novo, mas nobre e digno de toda a realeza, pois que da raiz de Jessé e ungido para ser rei com a plenitude do Espírito de Deus (cf. Mt 3.16-17; Hb 1.8-9). Seu governo, não usando de força ou violência carnal, mas através da Sua justiça e verdade, seria eficaz e levaria não apenas à eliminação de toda a rebelião e iniquidade, mas à reconciliação geral de todos os seus súditos, tanto uns com os outros, como com o próprio Deus – o que é representado pelos animais de toda sorte convivendo em harmonia, e todos demonstrando sujeição e disposição a serem conduzidos a ponto de um menino pequeno poder guia-los (cf. Jo 10.16, 27; At 10.9-15, 28). E, finalmente, a palavra detalha, figuradamente, a restauração dos fiéis, dispersos por todas as terras, e seu retorno do cativeiro como nos dias da libertação de Israel da terra do Egito (11.12-16). Após esses diversos deslumbres da salvação futura, após um breve período de tribulação e angústia, o Senhor fortalece ainda mais a esperança no coração do Seu povo e o convida a olhar e abraçar as promessas, mesmo estando ainda distantes, revelando que eles haveriam de se alegrar grandemente na misericórdia de Deus, e a render graças depois de todas as aflições passadas, porquanto seria abundante a salvação operada em favor do Seu povo, e eles a experimentariam como aqueles que tiram água de fontes abundantes (12.1-6). 

CONCLUSÃO Deus não quer nossa destruição, mas nossa salvação. Mesmo quando é necessário castigar Seu povo, o Senhor o faz com vistas aos bons pensamentos, ao bom propósito que Ele estabeleceu para os Seus, do qual só poderão participar, com alegria e ação de graças, se considerarem o erro dos seus caminhos atuais e atentarem para aqu’Ele que os chama ao arrependimento e à conversão.

PARA USO DOS PROFESSORES

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

04 outubro 2022

002-Isaias - A Salvação do Remanescente - Isaias Lição 02[Pr Afonso Chaves]04out2022

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 2

A SALVAÇÃO DO REMANESCENTE

TEXTO ÁUREO: “Mas, se ainda a décima parte dela ficar, tornará a ser pastada; como o carvalho e como a azinheira, que, depois de se desfolharem, ainda ficam firmes, assim a santa semente será a firmeza dela.” (Is 6.13)

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 2.1-8

INTRODUÇÃO As circunstâncias em que o profeta se encontrava eram desoladoras, em razão da persistência do povo no pecado, e nos capítulos que ora estudaremos vamos considerar como esse quadro é retratado. Contudo, veremos também que o propósito glorioso de Deus permanecerá firme – haverá abundante salvação e redenção para os povos, mas não sem que antes o Seu próprio povo fosse feito participante dessa salvação, sendo primeiramente quebrantado, e purificado, e então trazido de volta para Deus, ainda que na representação de um pequeno remanescente.

I – VISÃO DA GLÓRIA E SALVAÇÃO VINDOURA (CC. 2-4) Esta segunda visão registrada por Isaías começa com uma revelação do estado futuro de Jerusalém e Judá – isto é, do povo de Deus – quando a glória do reino dos céus seria tão manifesta e abundante que atrairia todas as nações até a casa do Senhor, até Sião. A visão, porém, é para os “últimos dias” – uma referência à plenitude dos tempos, quando Cristo veio a este mundo para restaurar e edificar a Sua igreja e estabelecer o Seu reino com poder, primeiro entre os judeus e, depois, entre as nações às quais o evangelho desde então tem sido levado (cf. Lc 24.47). Assim, o Senhor estaria julgando e repreendendo a muitos povos e, reconciliando os povos com Deus e uns com os outros, ensinando-os a paz (cf. 2 Co 5.18). Porém, a visão é para tempos distantes. Embora seu propósito fosse dar aos fiéis uma esperança quanto os tempos vindouros, a situação em que se encontravam, naquele momento, era de desamparo da parte de Deus, porquanto o povo estava entregue à idolatria (cf. vv. 6, 8). De fato, um dia do Senhor estava por vir, um dia em que o Senhor seria exaltado e Sua glória se manifestaria – mas no aspecto do juízo, e da repreensão e, finalmente, do quebrantamento do povo (cf. vv. 10-12, 20). Prossegue então a palavra, no capítulo seguinte, descrevendo esse terrível dia de castigo, quando o Senhor privaria Jerusalém do sustento, ao mesmo tempo em que mostraria a inaptidão dos seus líderes, os quais procuraram apenas os seus próprios interesses (cf. 3.1-5, 14-15). O quadro é completamente oposto ao que se nos apresenta no início da visão, mas tudo isto resultava da desobediência do povo (cf. 3.8, 11). As palavras seguintes são dirigidas às filhas de Sião, as quais, não obstante o pecado do povo, ainda encontravam lugar e oportunidade para alegria e deleite na exuberância de ornamentos exteriores; mas não seriam poupadas da miséria que acompanharia o cerco e a queda da cidade (cf. vv. 16-17). O capítulo 4 começa fazendo nova referência a mulheres, mas num aspecto figurativo e escatológico que caracteriza os tempos do fim, inaugurados com a vinda de Jesus a este mundo, quando muitos povos (sete mulheres), em meio à desolação e a iminência do juízo de Deus, desejariam e reivindicariam para si o abrigo seguro e a provisão espiritual, e a honra que há no Senhor Jesus, mas, de fato, não se comprometeriam sincera e fielmente com Ele (cf. 4.1). Mas, por outro lado, a visão nos leva novamente a um tempo mais remoto do que os dias do cerco e destruição de Jerusalém; aqui, o Senhor volta a apresentar Sião como o lugar onde, após ter sido purificada e limpa dos seus pecados, seria manifestada a salvação de Deus – em uma nova referência ao estabelecimento da igreja de Cristo como a verdadeira Sião, a verdadeira Jerusalém, onde há livramento para aqueles que nela permanecem juntos ao Renovo do Senhor (cf. At 2.14-21). 

II – PARÁBOLA DA VINHA (C. 5) Ao contrário da visão anterior, neste capítulo nos deparamos com uma lamentação sobre as condições espirituais em que Israel se encontrava no tempo do profeta. Usando de uma parábola, Isaías compara de forma vívida os cuidados de Deus para com Israel como de alguém que planta e cuida atenciosamente de uma vinha; e a ingratidão do povo para com o seu Criador ao desobedecer aos Seus mandamentos com a vinha dando uvas bravas, em lugar de uvas boas (cf. v. 7). Apelando ao bom senso dos próprios judeus, o Senhor teria toda a razão em remover os benefícios concedidos ao Seu povo e abandoná-lo para colher o fruto do seu próprio pecado. Segue-se então uma descrição mais extensa da desobediência e iniquidade praticada por Jerusalém e Judá, onde poderíamos pontuar, entre outros aspectos, a perversa atitude de chamar o bem de mal, e o mal de bem, acobertando os pecados alheios em troca de favores e declarando o ímpio, justo (cf. vv. 20, 21). Mas o Senhor volta a afirmar que o castigo está determinado, e que não haverá arrependimento nem adiamento quanto ao mal determinado, mas certamente serão assolados e levados em cativeiro (cf. vv. 13-16, 26); e que também de modo algum eles escapariam (cf. vv. 29). 

III – APENAS UM REMANESCENTE SERÁ SALVO (C. 6) Na visão deste capítulo, que muitos consideram ter sido a visão inicial, na qual Isaías foi chamado ao ministério profético, o Senhor se lhe apresenta em Sua glória e santidade, enchendo o profeta de temor e consciência quanto à tremenda ofensa representada pelo pecado do seu povo; para em seguida demonstrar Sua graça redentora e purificadora, capacitando então o Seu servo a cumprir a missão divina. Consideremos, em primeiro lugar, a grandeza da visão que o profeta teve do próprio Deus, assentado sobre um alto e sublime trono, e do Seu séquito – ou, de acordo com outras traduções, Suas orlas – enchendo o templo (cf. Dn 7.9); além dos serafins que, mesmo estando constantemente assistindo na presença de Senhor, tanto em seu modo de portar-se como nas palavras que proclamavam incansavelmente, exaltavam a santidade incomparável e inalcançável do Deus Altíssimo (cf. Ap 4.8). Isaías exclama aterrorizado porque, mesmo sendo um homem sincero e piedoso, agora presenciava com Seus próprios olhos a santidade de Deus e, como muitos outros antes dele, sabia que sua estrutura fisicamente fraca e limitada não poderia sobreviver a uma visão tão gloriosa (cf. Ex 33.20; Jz 13.22). Contudo, como nos outros casos, o Senhor não havia se revelado a ele para destruí-lo e, purificando-o pela Sua graça e justiça – representadas aqui pela brasa tirada do altar – Ele capacita o profeta tanto a permanecer na Sua presença como a responder ao chamado divino: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” O profeta então é comissionado a levar a mensagem de juízo, e destruição, contra o seu próprio povo de Jerusalém e Judá; a um povo que, como o próprio Deus adianta, não daria ouvidos à sua palavra, não se converteria, mas antes permaneceria no erro até que o castigo se derramasse completamente e “se assolem as cidades, e fiquem sem habitantes, e nas casas não fique morador, e a terra seja assolada de todo. E o Senhor afaste dela os homens, e, no meio da terra, seja grande o desamparo.” (vv. 11-12). Mas, por maior que fosse a destruição causada, ainda haveria salvação; muitos poderiam, de fato, perecer, a ponto de restar um número ínfimo de sobreviventes – mas estes seriam salvos, quando finalmente se convertessem (v. 13; cf. Is 10.22). 

CONCLUSÃO Como no passado, hoje vivemos um tempo que, à luz das Escrituras, prenuncia o juízo para a iniquidade e impenitência que predomina não só no mundo, mas mesmo entre o povo de Deus. Estejamos entre os vivos de Jerusalém, perseverando no caminho da obediência e justiça, pois é o próprio Deus quem nos assegurou que bem irá ao justo. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS