27 junho 2018

001-A igreja de Corinto e suas dissensões - Coríntios Lição 01 [Pr Afonso Chaves]26jun2018



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LIÇÃO 1: 
A IGREJA DE CORINTO E SUAS DISSENSÕES 

TEXTO ÁUREO:
“Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã” (1 Co 1.17). 

LEITURA BÍBLICA1 CORÍNTIOS 1.9-17 

INTRODUÇÃO
Paulo escreveu aos coríntios duas epístolas, cujos assuntos são bem diferentes, e que por isso não precisam ser estudadas em sequência. Portanto, neste trimestre nos ocuparemos apenas do estudo da primeira epístola. Esta é uma epístola eclesiástica, endereçada a uma igreja particular para tratar de problemas e questões que haviam surgido entre os irmãos de Corinto. Assim, tanto por iniciativa do apóstolo, como também a pedido dos próprios coríntios, essas dificuldades são aí tratadas sob a inspiração divina, com o propósito de corrigir, instruir e exortar a Igreja de Cristo. 

I – O MINISTÉRIO DE PAULO EM CORINTO 
Corinto era uma grande cidade portuária localizada no sul da Grécia, em uma região chamada Acaia. Na época, estava sob domínio romano. Próspera pela sua posição estratégica nas rotas de comércio do Mar Mediterrâneo, era uma cidade tipicamente grega, famosa pelos seus filósofos e mestres de oratória.
O culto aos falsos deuses, a idolatria, a imoralidade e o interesse por toda espécie de conhecimento faziam parte do dia a dia deste povo. O evangelho de Cristo entrou em Corinto através do ministério apostólico de Paulo (cf. At 18.1- 4).
Ali esteve ele pela primeira vez durante a sua segunda viagem missionária. Permaneceu na cidade por quase dois anos, anunciando a Palavra tanto a judeus como gentios. Para obter o seu sustento, trabalhava fazendo tendas junto com Áquila, um judeu convertido a Cristo. Foi também nessa oportunidade que escreveu a sua epístola aos Romanos, na qual cita alguns irmãos coríntios pelo nome, bem como cooperadores que estavam ali presentes com ele (Rm 16.21-23).
A presente epístola foi escrita alguns anos depois, enquanto o apóstolo estava em Éfeso, durante sua terceira viagem missionária (16.8-9). Nela encontramos alguns outros detalhes sobre a obra de Deus em Corinto, como a menção aos primeiros convertidos, dentre os quais Estéfanas e sua família, e Crispo, principal da sinagoga (1.14-16; 16.15).
Também ficamos sabendo de outros ministros do evangelho que contribuíram com o crescimento da igreja ali, como Cefas e Apolo (3.22; cf. At 18.24-28). Paulo escreveu esta epístola em conjunto com o irmão Sóstenes – provavelmente seu amanuense. 

II – A IGREJA DE CORINTO, UMA IGREJA DE CRISTO 
O evangelho prosperou grandemente na cidade de Corinto. Conforme revelação do próprio Senhor, havia ali um grande número de eleitos, os quais, através da pregação de Paulo, foram chamados por Deus “para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo” (1.9). O apóstolo considerava os crentes coríntios seus filhos na fé, e tinha grande afeição por eles (4.14-15; 16.24).
Embora vivessem em uma cidade notoriamente depravada, e eles mesmos tivessem anteriormente participado da sua corrupção, agora haviam sido perdoados e purificados, e podiam ser chamados de “santos” (1.2; 6.10-11).
Conforme menciona nas suas palavras de saudação, o apóstolo louvava a Deus pela graça que havia sido manifestada aos coríntios, enriquecendo-os com toda sorte de dons espirituais, pelos quais eles eram edificados na palavra e no conhecimento de Cristo Jesus (1.4-7).
E, embora na ocasião precisassem ser corrigidos em muitas coisas, ele estava certo de que a graça de Deus não se manifestara em vão para com eles. Certamente Deus os aperfeiçoaria, preparando-os para o dia da vinda de Cristo (1.8). Esta era também uma forma de preparar os irmãos para que recebessem de bom grado as correções que se seguiriam ao longo da epístola.
Poderíamos citar ainda, como atitude louvável dos irmãos coríntios, sua preocupação em indagar da parte do apóstolo como deveriam agir e pensar em questões de moral que, em outro tempo, teriam seguido livremente a conduta depravada dos gentios (7.1); como contribuir com as necessidades dos santos (16.1).
E também em levar à sua consideração os problemas que a igreja passava (1.11; 5.1). Quanto à prática da caridade, a liberalidade dos coríntios tornou-se notória, de tal modo que será celebrada por Paulo na segunda epístola (2 Co 9.1-2). 

III – O PROBLEMA DO PARTIDARISMO NA IGREJA DE CORINTO
Contudo, a igreja de Corinto estava longe de ser perfeita. Ocorriam sérios problemas que poderiam afetar gravemente o testemunho e a vitalidade da igreja. Ciente da situação, Paulo não hesitou em usar da sua autoridade apostólica para corrigir e repreender os irmãos faltosos, e apresentar o conselho de Deus para a conduta dos crentes, em particular, e da igreja, como um todo.
Assim que, logo de início, o apóstolo passa a considerar o primeiro e talvez mais grave problema da igreja em Corinto, a saber, o sentimento faccioso, o partidarismo, que eles haviam criado em torno dos seus principais obreiros: Paulo, Cefas e Apolo. E mesmo Cristo era invocado por outros apenas como forma de desprezar e rejeitar o trabalho desses homens (vv. 11-12).
As dissensões e contendas que esse comportamento reprovável estava suscitando entre os irmãos levaram o apóstolo a fazer um apelo: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões” (v. 10).
O partidarismo dos coríntios baseava-se em orgulho e vanglória carnais, como se a graça que haviam recebido e que os fazia serem cristãos dependesse da capacidade peculiar daqueles homens de Deus. Para remover esse sentimento, Paulo os lembra de que lhes havia pregado simplesmente a Cristo e a Sua Cruz, na qual Ele consumou a nossa salvação (vv. 13, 17). A cruz representava uma contradição humilhante para o mundo – os gregos, que buscavam sabedoria, a consideravam uma loucura; e os judeus, que pediam um sinal, a viam como um escândalo (vv. 21-23).
Somente pela fé o homem poderia contemplar a cruz como o poder de Deus para sua salvação (vv. 24-25) e gloriar-se em Cristo, como a fonte de toda a sabedoria, justiça, santificação e redenção (vv. 27-31).
O apóstolo considerou ainda outros particulares dessa questão nos capítulos seguintes, os quais estudaremos nas próximas lições: a natureza espiritual do evangelho (cap. 2), a consideração em que deviam ser tidos os ministros de Cristo como cooperadores de Deus para benefício da igreja (cap. 3), e particularmente o papel de Paulo no desenvolvimento espiritual dos coríntios (cap. 4). 

CONCLUSÃO
A igreja em Corinto era uma igreja como a nossa: formada por aqueles que têm sido chamados pelo evangelho para a comunhão de Cristo, e assistida pelo Espírito Santo com todas as riquezas da graça de Deus necessárias para o desenvolvimento e aperfeiçoamento espiritual de seus membros. Problemas, desentendimentos e pecados podem ocorrer, mas devem ser tratados e solucionados por meio do sábio conselho de Deus revelado nas Escrituras, para que assim provemos a Sua fidelidade em nos preservar irrepreensíveis até o fim. 

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20 junho 2018

013-As Bodas do Cordeiro - Escatologia Lição 13 [Pr Afonso Chaves]19jun2018



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LIÇÃO 13:
AS BODAS DO CORDEIRO

TEXTO ÁUREO
“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7). 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 22.1-14 E Mateus 25.1-13 

INTRODUÇÃO 
As Bodas do Cordeiro é a expressão máxima da relação entre Cristo e Sua Igreja. É a figura do casamento, do esposo e da esposa, que aparece na Bíblia em várias passagens, e que ilustra o relacionamento de amor e união que há entre o Senhor Jesus e o Seu povo, e que se estreitará ainda mais na eternidade, quando estaremos para sempre junto de nosso Salvador, desfrutando da plenitude da glória e alegria desta aliança firmada na cruz do Calvário. 

I – A FIGURA DO CASAMENTO NAS ESCRITURAS 
1. NO ANTIGO TESTAMENTO. As Escrituras Sagradas usam a linguagem figurada do casamento para ilustrar o relacionamento entre Deus e Israel. Nos profetas, essa figura é empregada para mostrar a gravidade das infidelidades de Israel, por terem se voltado para falsos deuses e se esquecido de Jeová, que os criara, e fizera com eles uma aliança, e os enriquecera sobremaneira, enchendo-os de bênçãos – tal como um bondoso e amoroso esposo teria feito por uma mulher desamparada, pobre e desprezada, ao desposá-la (Is 54.1-6; Jr 3.1-2, 20; Ez 16.8-14). 
Por causa dos “adultérios” de Israel, Deus os castigou severamente, rejeitando os impenitentes, e recebendo de volta, como sua esposa, os que se arrependeram (Os 2.2-4, 13-20). 
2. NO NOVO TESTAMENTO. Permanece a linguagem do casamento para descrever a relação vital entre o Senhor Jesus e a Sua Igreja. A começar com João Batista, que identifica o Cristo com o esposo, aquele que “tem a esposa” (Jo 3.28-29). Em seguida, o reino de Deus, anunciado como uma realidade presente, é descrito, em várias parábolas, como uma festa ou bodas de casamento. Sobre alguns aspectos dessas parábolas falaremos ainda no próximo tópico. Mas, no momento, consideremos ainda que essa união se concretizou quando Cristo se entregou em sacrifício pela Igreja, na cruz do Calvário, expressando da maneira mais sublime e gloriosa o Seu amor por nós (Ef 5.25-27; Ap 1.5; Rm 5.8). 
É através do Seu sangue que Jesus comprou a Igreja, a purificou e a enriqueceu com todas as bênçãos espirituais (1 Jo 1.7; Ap 7.13-15). 

II – O QUE SÃO AS BODAS DO CORDEIRO 
De acordo com o costume oriental, depois de feitas as cerimônias religiosas, começava-se a celebração festiva do casamento, as bodas. A festa podia prolongar-se por vários dias, dependendo das possibilidades do pai da esposa. Os textos de Mateus 22 e 25 apresentam duas parábolas de Jesus que retratam a história de um casamento, as bodas. 
1. QUEM SÃO OS CONVIDADOS E AS VIRGENS? Em Mateus 22, as Escrituras nos apresentam a grande misericórdia de Deus e a Sua intenção de que os céus se encham. A ordem, portanto, é buscar e forçar muitos a entrarem – uma alusão clara à persistência na evangelização e no discipulado de todos os homens (1 Tm 2.1-4; Mt 28.18-20; Mc 16.15). 
Já na parábola das dez virgens, temos uma representação dos crentes salvos e dos crentes apenas nominais. Não são dez pretendentes ao esposo, nem dez igrejas cristãs que competem pelo mesmo esposo. 
São todos os crentes que compõem a Igreja de Cristo. O número dez apenas se refere, simbolicamente, à multiplicidade dos que confessam o nome de Jesus e se identificam com o Evangelho, seja em verdade ou apenas na aparência (cf. Is 4.1). 
2. POR QUE AS PALAVRAS “ESPOSO” E “ESPOSA”? No Oriente, o noivado era tão sério quanto o casamento. A mulher prometida a um homem era chamada esposa e, apesar de ainda não estar unida fisicamente ao marido, era obrigada à mesma fidelidade, como se estivesse casada (cf. Mt 1.18-19). 
A Igreja é a Esposa de Cristo porque
1) está comprometida com o Senhor Jesus (2 Tm 2.19); foi comprada e pertence ao que pagou o preço (Ap 5.9; 1 Co 6.20); 
2) em espírito forma um corpo com Cristo (1 Co 12.12-13, 27; Rm 12.5), assim como um casal se une pelo casamento e forma um só corpo em carne; 
3) gera filhos (Is 54.1-3; Gl 4.19, 26-31), sendo comparada a uma mãe pela qual vêem à luz os que se convertem a Cristo. 
3. CARACTERÍSTICAS DAS BODAS. De acordo com a parábola das dez virgens, as bodas se dão “à meia-noite”. Esta expressão representa o clímax da esperança da igreja. É quando o esposo vem ao encontro das virgens, ou o rei entra para ver os convidados (Mt 25.6, 10; 22.11). 
Em outras palavras, é quando Deus terá julgado o mundo dos ímpios, e a Igreja estará pronta para se encontrar com Cristo (cf. Ap 19.1-8). 
Esse evento acontecerá no Céu, pois é o lugar mais adequado para o encontro de Cristo com a Sua Igreja glorificada (Ap 21.2, 9-11; 1 Ts 4.16-17). Por outro lado, observemos que as bodas já estão prontas (Mt 22.8, 9), mesmo agora quando evangelizamos (Is 55.1, 6; Ap 22.17). 
Falta a casa se encher (Ap 6.11) e os que vieram se prepararem (Mt 22.11-12; 2 Co 11.2; Fp 1.6). Consideremos também que aqueles que estão em Cristo Jesus já estão assentados em lugares celestiais (Ef 1.3; 2.6). 

III – AS CONDIÇÕES PARA PARTICIPAR DAS BODAS 
As bodas representam a celebração da união entre Cristo e a Igreja. Tanto os convidados como as virgens se referem à mesma classe de pessoas: os que são convidados a participar do reino de Deus. Contudo, aí também vemos uma distinção clara entre aqueles que respondem sinceramente, pela graça de Deus, ao chamado do evangelho, e os falsos crentes (Mt 22.14). 
1. OS CRENTES INSENSATOS. Essas duas classes são uma realidade espiritual na igreja de Cristo. Na parábola das virgens, as loucas representam os cristãos que não agem racionalmente em sua vida de fé, sendo descuidados com a vigilância e a espiritualidade (cf. Lc 12.34-35). Corresponde àquele que, na parábola dos convidados, foi surpreendido não vestindo traje nupcial ou sem o azeite que é o símbolo do Espírito Santo. 
2. OS CRENTES PRUDENTES. As virgens prudentes tinham vasilhas e lâmpadas (Mt 25.7-9) e o principal elemento: o azeite, o símbolo do Espírito Santo (Ef 5.18; 2 Tm 1.14). Os convidados tinham de estar trajando vestes nupciais, que representam as justiças dos santos, adquiridas pelo sangue de Cristo (Ap 3.18; 7.14; 19.8). 

CONCLUSÃO 
Pela pregação do Evangelho somos convidados a participar do mais glorioso evento e da maior e mais duradoura festa que possa existir – as Bodas de Jesus e a Igreja. Não subiu ao pensamento do homem o que Ele tem preparado para os fiéis. Compensa toda sorte de esforço ou renúncia para alcançar esta glória. 

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13 junho 2018

012-O tribunal de Cristo - Escatologia Lição12 [Pr Afonso Chaves]12jun2018


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LIÇÃO 12: 
O TRIBUNAL DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, bem ou mal” (2 Co 5.10). 

LEITURA BÍBLICA: ROMANOS 2.1-11 

INTRODUÇÃO Nesta lição, trataremos especialmente sobre o Tribunal de Cristo, evento também identificado na escatologia bíblica como o Juízo Final. Será um período de julgamento das nações, tanto dos povos em geral como de cada pessoa em particular. A certeza desse acontecimento é claramente expressa nas Escrituras. 

I – A MANIFESTAÇÃO DO JUÍZO DE DEUS AO LONGO DA HISTÓRIA 
Chamamos de “Tribunal de Cristo” a manifestação futura do juízo de Deus, o julgamento de todos os povos e indivíduos, que ocorrerá no fim do mundo. Mas observemos que, no caso de alguns indivíduos e nações, isto já é manifesto (cf. 1 Tm 5.24). 
Abraão já chamava a Deus de “o Juiz de toda a terra” (Gn 18.25). Assim são exemplos de casos particulares: Caim (Gn 4.10-12), Nabucodonosor (Dn 4.24-25) e Belsazar (Dn 5.25-31); Ananias e Safira (At 5.3-5, 9) e Herodes (At 12.23). 
No caso de povos ou nações, podemos destacar a destruição do mundo antigo pelo dilúvio; os habitantes de Sodoma e Gomorra (Jd 7); os povos que foram destruídos e expelidos da terra de Canaã por terem enchido a sua medida de injustiça (Gn 15.16); em Jonas temos um acontecimento especial, pois, neste particular os ninivitas pediram e alcançaram misericórdia, pois mudaram o seu comportamento (Jn 1.1-2; 3.4-10; Pv 28.13); os próprios judeus que rejeitaram a Cristo e ao Evangelho podem ser citados como um povo que encheu a medida de iniquidade de seus pais, e por isso “a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim” (Mt 23.32, 34-35; 1 Ts 2.15-16). 

II – O QUE É O TRIBUNAL DE CRISTO 
Queremos agora destacar um julgamento final, total, a ser manifesto no tempo do fim, no futuro, assim chamado de Tribunal de Cristo, e do qual os exemplos antigos são para confirmação desta realidade futura. Este julgamento certamente virá – é a afirmativa de Judas (Jd 14-15), e de Paulo (At 17.30-31). Diante desta realidade, Félix estremeceu (At 24.24-25). Consideremos agora alguns elementos importantes deste evento: 
1. O TEMPO
Quando se dará o Tribunal de Cristo? A resposta é precisa pela simples análise das palavras de Jesus. Por exemplo: “Quando o Filho do homem vier em sua glória” (Mt 25.31), que é o mesmo tempo referido como “na regeneração” (Mt 19.28). Ou seja, mais precisamente, no fim do mundo, na vinda de Jesus (Ap 20.11; 22.12). Ou também no chamado “Dia do Senhor”; ou, ainda, após a morte e ressurreição (Hb 9.27; Dn 12.1-3). Esse tempo é ensinado pelas epístolas e exemplificado pelas parábolas. Pelos apóstolos, temos exemplos em 2 Tm 4.1, 8 e 2 Pe 3.10-12. Quanto às parábolas, são figuras claras a dos mordomos (Mt 24.29-51) e a dos talentos (Mt 25.19- 30). 
2. O JUIZ
Certamente o juízo é de Deus, através de Seu Filho Jesus, a quem foi delegado o poder de julgar a todos (Jo 5.22-29; Ap 6.16-17; 14.7; At 10.42). Faz parte da exaltação de Cristo, depois de Sua conquista no Calvário, receber do Pai toda a autoridade e poder para julgar. Por isso é chamado de Tribunal “de Cristo”, pois as obras de todos serão examinadas perante o Filho de Deus (2 Co 5.10). 
3. OS JULGADOS
Indubitavelmente, todas as pessoas serão julgadas nesse tribunal – os santos remidos por Cristo e os que rejeitaram o evangelho. Não há acepção de pessoas. Todos serão julgados, tanto vivos como mortos (2 Tm 4.1); inclusive os anjos (2 Pe 2.1-9). Vide ainda Rm 14.10- 12; Ap 20.10-15. Outra vez, as parábolas mostram em figuras: a colheita do trigo e do joio, e a da rede de pescar (Mt 13.40-43, 47-50). 

III – APLICAÇÕES PARA A NOSSA VIDA 
As Escrituras nos ensinam o temor que se deve a Deus (Rm 2.1-3; Ec 12.13-14). Somos advertidos a não julgarmos o nosso irmão (Tg 5.9) – isto pertence a Deus. A nossa medida será um referencial (Mt 7.2). 
Nada poderá se esconder daquele que tem olhos como chama de fogo (Ap 2.18-19; Hb 4.12-13). Tudo será analisado (Is 28.17). De tudo se pedirá conta, até das palavras ociosas que saírem de nossas bocas (Mt 12.36). Não devemos endurecer nossos corações. 
Não escaparemos ao aviso de Deus (Rm 2.5). É necessário buscar condições para alcançar misericórdia (Rm 8.1; Hb 4.16). Deus é justo e bom; se vivermos guardando a fé e o testemunho n’Ele, não seremos confundidos. 
O tribunal de Cristo é como fogo ou luz que queima as impurezas ou revela o que está em trevas (Mt 3.10-12; 2 Ts 1.4-9; Ef 5.13). Portanto, as obras feitas por impulso carnal e para ostentação da carne não suportarão o calor do fogo de Deus – por mais bonitas que sejam, serão desaprovadas (1 Co 3.10-13). 

CONCLUSÃO 
A maior lição que aprendemos sobre o Tribunal de Cristo consiste na necessidade de atentarmos diligentemente para a nossa responsabilidade perante o Senhor nosso Deus. Deus não terá o culpado por inocente, mas também não condenará o justo com o ímpio.


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07 junho 2018

011-Igreja, O Israel de Deus - Escatologia Lição 11 [Pr Afonso Chaves]05jun2018



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LIÇÃO 11:
IGREJA, O ISRAEL DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito” (1 Co 12.13). 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 3.1-7 

INTRODUÇÃO 
O tema desta lição geralmente é proposto no estudo da escatologia bíblica em razão dos propósitos de Deus relacionados com o futuro do Seu povo. Existe a opinião equivocada de que o povo de Israel atual ainda tem um lugar especial e distinto nos planos de Deus, em distinção da igreja cristã, formada a partir da pregação do Evangelho. 
Precisamos entender como a Igreja, neste tempo presente, unindo tanto judeus e gentios em um só povo, representa a plenitude de Cristo, aqu’Ele que cumpre tudo em todos. 

I – DEFINIÇÃO DE ISRAEL E IGREJA 
1. O QUE É ISRAEL. Desde Gênesis podemos acompanhar a obra de Deus na formação de uma grande nação que seria para Ele um povo peculiar, um reino sacerdotal. Inicialmente chamando a Abrão, o Senhor lhe fez a promessa de levantar a partir dele uma grande nação. O cumprimento se deu nas gerações seguintes, com Isaque, Jacó – cujo nome foi trocado por Deus para Israel (Gn 32.27-28) – e seus doze filhos. 
A partir destes, foram constituídas as doze tribos de Israel (Gn 49). A consagração deste povo para servirem a Deus se deu no deserto, aos pés do monte Sinai, através do juramento e concerto entre ambos (Ex 19.5-8; 24.7). 
2. O QUE É IGREJA. Procurando por todo o Antigo Testamento, não encontraremos a palavra igreja, pois é um termo grego – língua esta que, nos escritos sagrados, só foi usada no Novo Testamento. Contudo, a palavra “igreja” significa ajuntamento, congregação, reunião e assembleia convocada; e estas palavras, sim, encontramos em toda a Bíblia, em particular no Antigo Testamento, de modo que, ao dizer “santa convocação”, ou “ajuntamento de Israel”, as Escrituras estão se referindo à “igreja” de Israel. 
Do mesmo modo, sob o Novo Testamento, o povo de Deus continua a se chamar “congregação”, “ajuntamento”, “assembleia” – isto é, igreja – onde quer que o evangelho seja pregado e ali haja almas que o recebam de bom grado (At 2.41-42, 47). 

II – A FORMAÇÃO DO POVO DE DEUS NO PASSADO 
1. O POVO DE DEUS NOS DIAS DOS PATRIARCAS. Muito antes do chamado de Abrão já podemos encontrar a separação de um povo especial de homens “piedosos”, isto é, fieis a Deus (cf. Ml 2.15; At 17.26-27). Nos dias anteriores ao dilúvio, esses fieis são distinguidos dos demais filhos dos homens como “filhos de Deus” (Gn 6.1-2), e entre as suas fileiras destacaram-se primeiramente Abel (1 Jo 3.10-12) e, depois deste, os descendentes de Sete (Gn 4.25-26), notoriamente Enoque e Noé (cf. Hb 11.4, 5, 7). 
Depois do dilúvio, encontramos Noé bendizendo ao Senhor como o Deus de seu filho Sem (Gn 9.26), e a partir daí as Escrituras relatam a sua descendência até chegarmos a Abraão. 
2. O POVO DE DEUS LEVANTADO A PARTIR DE ABRÃO. A partir da dispersão das nações em Babel, nossa atenção se volta para o chamado de Abrão. Enquanto Deus deixou que todos os povos andassem “em seus próprios caminhos” (At 14.16), 
Ele estabeleceu com este homem e a sua descendência um concerto, para que fosse o Seu povo (Gn 12.1-3; 17.4-7). Nos dias de Moisés, esta aliança foi selada por Deus sob os termos de que, se o povo cumprisse os Seus mandamentos, seriam um povo especial, um reino sacerdotal (Ex 19.4-6). 
Israel tornou-se uma nação muito chegada ao Senhor, conhecendo-o mais do que qualquer outro povo, e tornando-se depositária dos oráculos divinos (Dt 4.5-9; cf. Jo 4.22; Rm 3.1-2) e, finalmente, recebendo a promessa acerca da vinda do próprio Cristo (Rm 9.3-5; Dt 18.15). 
3. OS GENTIOS QUE SERVIAM A DEUS. O povo de Deus no passado era formado pela descendência de Abraão, Isaque e Jacó (Ex 3.15), mas também incluía todo gentio que se aproximasse de Deus. O estrangeiro que quisesse servir a Deus devia ser admitido como um natural da terra (Lv 19.33). E, por sua vez, o natural que transgredisse o concerto de Deus era cortado, excluído do povo (Ex 12.19). 
Além disso, Deus não se deixou sem testemunho entre as nações (At 14.17), e podemos contar, entre esses povos, inclusive sacerdotes, como Melquisedeque e Jetro (Gn 14.18; Ex 18.8-12), e profetas, como Balaão (Nm 24.15-17). E observemos que Deus mostra um cuidado especial pelos gentios que se aproximavam d’Ele e queriam servi-lO (Is 56.3-8). 
III – A FORMAÇÃO DO POVO DE DEUS NO PRESENTE 
1. A SALVAÇÃO DOS GENTIOS. Quando prometeu fazer de Abraão uma grande nação, o propósito de Deus já era o de abençoar todas as famílias da terra através da sua descendência, o que Ele cumpriu em Jesus Cristo, a verdadeira descendência de Abraão (cf. Gl 3.8, 16). A salvação dos gentios era um grande mistério oculto desde a antiguidade (Ef 3.6; Cl 1.26-27; Rm 10.11-13), embora isto já tivesse sido profetizado – por Isaías, por exemplo (Is 49.1-6; 42.6; At 13.46-48). 
Em Cristo, este mistério foi revelado, na referência à salvação de “outras ovelhas, que não são deste aprisco”, ao “mundo” que Deus amou e pelo qual enviou Seu Filho unigênito, e a todos que seriam atraídos quando Ele fosse levantado da terra (cf. Jo 3.16; 10.16; 11.51-52; 12.32). Depois, quando o próprio Senhor abriu a porta do evangelho, tanto aos samaritanos, quanto aos gentios de toda a parte (At 1.8; 8.5; At 10; 11.17-18; 15.7-11). 
2. A REJEIÇÃO DE ISRAEL COMO NAÇÃO. Paulo explicou que o Israel de Deus, na verdade, não é a descendência de Abraão segundo a carne, mas aqueles que o são segundo a promessa (Rm 9.6-8). Ou seja, são verdadeiros israelitas os que mantêm um vínculo de fé com aquele que é o “pai dos crentes” (Rm 4.9-12; Gl 3.5-7). 
Isto explica porque a nação carnal rejeitou a Cristo. Somente os eleitos segundo a graça creram no evangelho, sendo agregados à igreja (Rm 11.1-7; cf. At 2.37-41). Estes judeus, juntamente com os crentes gentios, se mostraram ser os verdadeiros israelitas, não segundo a carne, mas no coração, segundo o espírito (Rm 2.25-26). 
Já os demais, foram levados pela idolatria, pelo apego às tradições e toda sorte de quebra do concerto, sendo rejeitados por Deus (Rm 2.17-24; 11.7-10; cf. Os 1.9-10). O reino de Deus lhes foi retirado, e todo o sistema de culto e adoração de que o povo se vangloriava foi subvertido pela destruição do templo e de Jerusalém (cf. Mt 21.42-45; 1 Ts 2.14-16; At 28.25-27). 
Só poderão ser salvos aqueles que reconhecerem e crerem em Cristo Jesus (Mt 23.38-39; Rm 11.23-24). 
3. A IGREJA, O VERDADEIRO ISRAEL DE DEUS. É importante observar que há uma continuidade na formação do povo de Deus, e não uma interrupção, nem substituição de um povo por outro. Deus tem levantado o Seu Israel, a Sua Igreja, desde o princípio da história: os patriarcas e profetas do passado foram como a raiz e o tronco da oliveira, como diz Paulo (Rm 11.17). 
A igreja, sob a dispensação do Evangelho, como prolongamento da mesma árvore, é representada pelos ramos, ou galhos, da oliveira – uns, naturais (judeus crentes em Cristo); outros, enxertados (gentios crentes). 
Para isto, Deus reconciliou judeus e gentios, tanto consigo mesmo como uns com os outros, pelo sangue de Seu Filho Jesus, formando dos dois um só povo (Ef 2.11-19). Este é o verdadeiro Israel, o Israel de Deus no qual se cumprem todas as promessas feitas no passado a esse povo (Mt 8.11-12; 1 Pe 2.5, 9-10; Ap 7.4-8, 9; Gl 6.15-16). 

CONCLUSÃO 
Precisamos estar atentos, e não nos desviarmos do entendimento de que, para Deus, não há dois povos, duas salvações. Não podemos separar Israel da Igreja. A Igreja é o Israel de Deus, a multidão incontável dos que foram comprados pelo precioso sangue de Jesus.

PARA USO DO PROFESSOR.

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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Rádio Net Grata Nova

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