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LIÇÃO 13:
AS BODAS DO CORDEIRO
TEXTO ÁUREO:
“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são
as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7).
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 22.1-14 E Mateus 25.1-13
INTRODUÇÃO
As Bodas do Cordeiro é a expressão máxima da relação entre Cristo e Sua Igreja. É a figura
do casamento, do esposo e da esposa, que aparece na Bíblia em várias passagens, e que ilustra o
relacionamento de amor e união que há entre o Senhor Jesus e o Seu povo, e que se estreitará ainda
mais na eternidade, quando estaremos para sempre junto de nosso Salvador, desfrutando da
plenitude da glória e alegria desta aliança firmada na cruz do Calvário.
I – A FIGURA DO CASAMENTO NAS ESCRITURAS
1. NO ANTIGO TESTAMENTO. As Escrituras Sagradas usam a linguagem figurada do
casamento para ilustrar o relacionamento entre Deus e Israel. Nos profetas, essa figura é
empregada para mostrar a gravidade das infidelidades de Israel, por terem se voltado para falsos
deuses e se esquecido de Jeová, que os criara, e fizera com eles uma aliança, e os enriquecera
sobremaneira, enchendo-os de bênçãos – tal como um bondoso e amoroso esposo teria feito por
uma mulher desamparada, pobre e desprezada, ao desposá-la (Is 54.1-6; Jr 3.1-2, 20; Ez 16.8-14).
Por causa dos “adultérios” de Israel, Deus os castigou severamente, rejeitando os impenitentes, e
recebendo de volta, como sua esposa, os que se arrependeram (Os 2.2-4, 13-20).
2. NO NOVO TESTAMENTO. Permanece a linguagem do casamento para descrever a relação
vital entre o Senhor Jesus e a Sua Igreja. A começar com João Batista, que identifica o Cristo com o
esposo, aquele que “tem a esposa” (Jo 3.28-29). Em seguida, o reino de Deus, anunciado como uma
realidade presente, é descrito, em várias parábolas, como uma festa ou bodas de casamento. Sobre
alguns aspectos dessas parábolas falaremos ainda no próximo tópico. Mas, no momento,
consideremos ainda que essa união se concretizou quando Cristo se entregou em sacrifício pela
Igreja, na cruz do Calvário, expressando da maneira mais sublime e gloriosa o Seu amor por nós (Ef
5.25-27; Ap 1.5; Rm 5.8).
É através do Seu sangue que Jesus comprou a Igreja, a purificou e a
enriqueceu com todas as bênçãos espirituais (1 Jo 1.7; Ap 7.13-15).
II – O QUE SÃO AS BODAS DO CORDEIRO
De acordo com o costume oriental, depois de feitas as cerimônias religiosas, começava-se a
celebração festiva do casamento, as bodas. A festa podia prolongar-se por vários dias, dependendo
das possibilidades do pai da esposa. Os textos de Mateus 22 e 25 apresentam duas parábolas de
Jesus que retratam a história de um casamento, as bodas.
1. QUEM SÃO OS CONVIDADOS E AS VIRGENS? Em Mateus 22, as Escrituras nos
apresentam a grande misericórdia de Deus e a Sua intenção de que os céus se encham. A ordem,
portanto, é buscar e forçar muitos a entrarem – uma alusão clara à persistência na evangelização e
no discipulado de todos os homens (1 Tm 2.1-4; Mt 28.18-20; Mc 16.15).
Já na parábola das dez
virgens, temos uma representação dos crentes salvos e dos crentes apenas nominais. Não são dez
pretendentes ao esposo, nem dez igrejas cristãs que competem pelo mesmo esposo.
São todos os
crentes que compõem a Igreja de Cristo. O número dez apenas se refere, simbolicamente, à
multiplicidade dos que confessam o nome de Jesus e se identificam com o Evangelho, seja em
verdade ou apenas na aparência (cf. Is 4.1).
2. POR QUE AS PALAVRAS “ESPOSO” E “ESPOSA”? No Oriente, o noivado era tão sério
quanto o casamento. A mulher prometida a um homem era chamada esposa e, apesar de ainda não
estar unida fisicamente ao marido, era obrigada à mesma fidelidade, como se estivesse casada (cf.
Mt 1.18-19).
A Igreja é a Esposa de Cristo porque:
1) está comprometida com o Senhor Jesus (2 Tm
2.19); foi comprada e pertence ao que pagou o preço (Ap 5.9; 1 Co 6.20);
2) em espírito forma um corpo com Cristo (1 Co 12.12-13, 27; Rm 12.5), assim como um casal se une pelo casamento e forma
um só corpo em carne;
3) gera filhos (Is 54.1-3; Gl 4.19, 26-31), sendo comparada a uma mãe pela
qual vêem à luz os que se convertem a Cristo.
3. CARACTERÍSTICAS DAS BODAS. De acordo com a parábola das dez virgens, as bodas se
dão “à meia-noite”. Esta expressão representa o clímax da esperança da igreja. É quando o esposo
vem ao encontro das virgens, ou o rei entra para ver os convidados (Mt 25.6, 10; 22.11).
Em outras
palavras, é quando Deus terá julgado o mundo dos ímpios, e a Igreja estará pronta para se
encontrar com Cristo (cf. Ap 19.1-8).
Esse evento acontecerá no Céu, pois é o lugar mais adequado
para o encontro de Cristo com a Sua Igreja glorificada (Ap 21.2, 9-11; 1 Ts 4.16-17). Por outro lado,
observemos que as bodas já estão prontas (Mt 22.8, 9), mesmo agora quando evangelizamos (Is
55.1, 6; Ap 22.17).
Falta a casa se encher (Ap 6.11) e os que vieram se prepararem (Mt 22.11-12; 2 Co
11.2; Fp 1.6). Consideremos também que aqueles que estão em Cristo Jesus já estão assentados em
lugares celestiais (Ef 1.3; 2.6).
III – AS CONDIÇÕES PARA PARTICIPAR DAS BODAS
As bodas representam a celebração da união entre Cristo e a Igreja. Tanto os convidados
como as virgens se referem à mesma classe de pessoas: os que são convidados a participar do reino
de Deus. Contudo, aí também vemos uma distinção clara entre aqueles que respondem
sinceramente, pela graça de Deus, ao chamado do evangelho, e os falsos crentes (Mt 22.14).
1. OS CRENTES INSENSATOS. Essas duas classes são uma realidade espiritual na igreja de
Cristo. Na parábola das virgens, as loucas representam os cristãos que não agem racionalmente em
sua vida de fé, sendo descuidados com a vigilância e a espiritualidade (cf. Lc 12.34-35).
Corresponde àquele que, na parábola dos convidados, foi surpreendido não vestindo traje nupcial
ou sem o azeite que é o símbolo do Espírito Santo.
2. OS CRENTES PRUDENTES. As virgens prudentes tinham vasilhas e lâmpadas (Mt 25.7-9)
e o principal elemento: o azeite, o símbolo do Espírito Santo (Ef 5.18; 2 Tm 1.14). Os convidados
tinham de estar trajando vestes nupciais, que representam as justiças dos santos, adquiridas pelo
sangue de Cristo (Ap 3.18; 7.14; 19.8).
CONCLUSÃO
Pela pregação do Evangelho somos convidados a participar do mais glorioso evento e da
maior e mais duradoura festa que possa existir – as Bodas de Jesus e a Igreja. Não subiu ao
pensamento do homem o que Ele tem preparado para os fiéis. Compensa toda sorte de esforço ou
renúncia para alcançar esta glória.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
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