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Lição 9:
Israel no Plano da Salvação
Texto Áureo:
“E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em
lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se
contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti.” (Rm 11.17-18)
Leitura Bíblica: Romanos 11.1-7
Introdução
Nesta lição continuaremos a considerar a questão da incredulidade de Israel. Tendo iniciado o tema no
capítulo 9, o apóstolo Paulo explicou que o verdadeiro Israel é gerado por promessa, e não apenas segundo a
carne, e esta obra depende da soberana e inquestionável vontade de Deus, e não do homem.
Agora, nos capítulos
10 e 11, veremos por que Israel rejeitou a justiça de Deus e como, apesar disto, Deus reservou para Si um
remanescente fiel no qual, juntamente com os gentios, Ele cumpre o Seu propósito de salvar todo o Seu povo.
I – O tropeço de Israel no Evangelho (10.1-21)
Mais uma vez expressando o seu anelo pela salvação do seu próprio povo, o apóstolo Paulo testifica em
favor dos judeus, dizendo que tinham zelo por Deus, mas não haviam entendido a natureza da justiça divina que
tanto buscavam (“não conhecendo a justiça de Deus... não se sujeitaram à justiça de Deus”, cf. Rm 9.31-33).
Encontrada no evangelho (“Cristo para justiça de todo aquele que crê”), a justiça de Deus não exige a perfeição
humanamente impossível da lei (“o homem que fizer estas coisas viverá por elas”), mas, tendo Cristo feito o que
nos era impossível (descido do alto, subido dentre os mortos), essa justiça foi posta ao alcance de todo aquele que
crê (“a palavra está junto de ti... se com a tua boca confessares... e em teu coração creres...”, cf. At 13.39), seja
judeu ou gentio (“porquanto não há diferença entre judeu e grego”, cf. At 15.9-11).
Ora, é pela pregação que a palavra é levada ao coração de todo o homem, para que este creia e invoque ao
Senhor, e seja salvo (“a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”); e os judeus também ouviram essa
palavra (“porventura não a ouviram? Sim, por certo”, cf. Mt 10.6; At 3.26; 13.26; 17.1-3).
Contudo, não somente
a rejeitaram, como se opuseram violentamente ao evangelho (“um povo rebelde e contradizente”) e à salvação dos
gentios (“vos meterei em ciúmes... vos provocarei à ira”, cf. At 13.45).
II – A salvação do Israel de Deus e a rejeição do Israel carnal (11.1-10)
Mas esta lamentável situação de Israel em relação ao evangelho não deve sugerir que o povo de Deus
tenha sido rejeitado, e a vocação passada, em vão (“porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum”).
A
exemplo do próprio Apóstolo, um número significativo de israelitas, conhecidos e eleitos de Deus, e contados
como um remanescente fiel, haviam crido no evangelho, alcançando assim a justiça que buscavam (“mas por
graça... não por obras”, cf. At 14.1; 21.20), e chegando ao fim da lei, que é Cristo.
Quanto aos demais, seguiram o destino já previsto nas Escrituras, determinado pela soberania de Deus,
que aborrece e endurece a quem quer (“os outros foram endurecidos... Deus lhes deu espírito de profundo
sono”).
Para estes, os privilégios outrora recebidos acabaram por se tornar em tropeço e embaraço para que não
cressem no evangelho (“torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, e em tropeço”, cf. At 13.40, 41).
III – A entrada dos gentios no Israel de Deus (11.11-36)
Por outro lado, em vista da incredulidade de Israel, os gentios não deviam pensar que foi por serem
menos aptos ou idôneos para a salvação que os judeus foram rejeitados (“porventura tropeçaram, para que
caíssem? De modo nenhum”).
Se eles caíram, foi pelo escândalo do evangelho, e isto para que Deus, segundo o
seu eterno propósito, estendesse a salvação aos gentios (“pela sua queda, veio a salvação aos gentios”, cf. Mt
8.11-12; 21.43; At 13.46-48; 18.4-6; 26.24-28).
Se os gentios, sendo completamente alheios a Deus, foram
admitidos (“tu, sendo zambujeiro... contra a natureza, enxertado na boa oliveira”), isto foi pela fé e graça de
Deus (“tu estás de pé pela fé”, cf. Rm 9.30).
E os judeus, outrora ricamente abençoados por Deus, ainda mais
prontamente poderiam ser readmitidos (“quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria
oliveira!”), se tão somente cressem (“se não permanecerem na incredulidade”, cf. 2 Co 3.16). Por isso Paulo tinha
esperança de ainda converter, entre aqueles que estavam endurecidos, os eleitos segundo a graça de Deus (“para
ver se de alguma maneira... posso salvar alguns deles”).
O propósito de Deus, por muito tempo oculto em mistério, não era que os gentios fossem salvos à parte
dos judeus, mas que, pelo endurecimento de alguns israelitas (“o endurecimento veio em parte sobre Israel”),
aqueles pudessem ser admitidos em grande número (“até que a plenitude dos gentios haja entrado”) na mesma
comunidade de Israel, formando um só povo com os israelitas fiéis, ambos reconciliados com Deus e uns com os
outros – o verdadeiro Israel de Deus (“assim todo o Israel será salvo”, cf. Rm 9.24; Ef 2.11-18; 3.4-6; Gl 6.15-16).
Diante dessa obra, pela qual Deus faz tanto judeus como gentios dependerem da Sua misericórdia para
salvação (“Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia”), Paulo
conclui exultando com a grandeza dos insondáveis, sábios, soberanos e gloriosos desígnios de Deus.
Conclusão
A rejeição de Israel não frustrou de modo algum o propósito de Deus, tampouco a pregação do evangelho
aos gentios foi uma solução improvisada de última hora. Ambas as situações cumprem de modo maravilhoso e
assombroso o que Deus havia planejado e anunciado de antemão para salvar todos e cada um daqueles que Ele
conheceu e amou antes da fundação do mundo.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
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