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LIÇÃO 9
AS VIRTUDES CRISTÃS NA VIDA DOMÉSTICA
TEXTO ÁUREO:
E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens” (Cl 3.23).
LEITURA BÍBLICA: COLOSSENSES 3.18-4.1
INTRODUÇÃO
Avançando em direção ao final da epístola aos Colossenses, na lição de hoje veremos uma aplicação muito prática e pertinente das virtudes da nossa nova vida em Cristo Jesus, a saber, nos relacionamentos familiares.
Nossa união com Cristo nos torna membros do Seu corpo, ou seja, da igreja, onde passamos a desenvolver um relacionamento de amor, paciência e perdão de uns para com os outros.
Mas isto não diminui nem desfaz nossos laços de parentesco segundo a carne; antes nos dá nova motivação e propósito para amarmos e nos aplicarmos de todo o coração aos deveres que nos cabem de acordo com a posição que ocupamos em nossas famílias.
I – NO RELACIONAMENTO CONJUGAL (VV. 18-19)
A passagem que estudamos nesta lição é muito semelhante àquela da epístola aos Efésios (5.22- 6.9), embora bem mais concisa. Aos Efésios, o apóstolo exorta maridos e esposas a amarem seus cônjuges a partir do argumento de que isto reflete ou é um tipo do amor entre Cristo e a igreja.
Aqui, embora não faça referência a este aspecto doutrinário, ele destaca as mesmas obrigações práticas: a sujeição da mulher ao marido e o amor deste por ela.
Outra expressão que merece destaque é “como convém no Senhor”, que poderia se aplicar a qualquer outro nível de relacionamento familiar.
À luz do que já temos estudado nas lições anteriores, o cristão, morto para o pecado e tendo que despir-se dos feitos do velho homem, agora deve se espelhar num padrão moral moldado pelo entendimento das coisas que são de cima, e aplicar-se a andar de acordo com esse padrão, que é o único digno do Senhor Jesus. Esse padrão abrange todos os aspectos de sua vida neste mundo, e não apenas seus momentos de devoção pessoal ou de reunião com outros cristãos.
Como disse Paulo a Tito, o evangelho nos ensina a viver “neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tt 2.12). E isto sem dúvida inclui nosso convívio familiar, onde muitas vezes nem todos conhecem ao Senhor, ou, mesmo quando todos confessam a Cristo, os laços familiares se mantêm e ditam uma forma de relacionamento distinta e ainda mais importante do que aquela que deve haver entre irmãos na fé (cf. 1 Tm 5.8).
Assim, a orientação de Paulo às mulheres é sujeição aos seus próprios maridos, pois é isto que Deus, pela lei da criação, estabeleceu para elas (Ef 5.22-24), o que não significa subserviência, mas apoio ao marido nos seus propósitos, tendo em vista o seu papel como cabeça da família; respeito a esta sua responsabilidade da qual terá de prestar contas a Deus, e toda a providência doméstica da mulher sábia, sem a qual o lar não poderia ser edificado (Tt 2.5; Pv 14.1).
Aos maridos, o apóstolo manda que amem suas mulheres, e não se irritem contra elas. Amor aqui é um afeto e apreço único para com a esposa, como parte de si mesmo, doando sua vida por ela e vendo no seu bem o seu próprio bem (cf. Ef 5.28-29).
II – NO RELACIONAMENTO PATERNO E FILIAL (VV. 20-21)
Prosseguindo a exortação, aos filhos o apóstolo recomenda a obediência aos pais em tudo, ou seja, até em coisas que os filhos possam não compreender no momento ou se sentirem feridos em suas vontades (cf. Hb 12.9-11), e não apenas naquilo que lhes pareça conveniente ou lhes agrade.
A obediência é uma expressão de amor e agrada a Deus por ser a essência do que Ele requer de nós (Ex 20.12; Dt 10.12).
Naturalmente, obedecer em tudo não significa obedecer em coisas pecaminosas, pois mais importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29); e, mesmo considerando que os pais nem sempre possam estar racionalmente corretos em uma determinação, como sempre visam o bem dos seus filhos, estes não podem desprezá-los nem desobedecê-los deliberadamente.
Aos pais, o apóstolo manda não irritarem seus filhos, o que equivale à palavra paralela em Efésios: “Não provoqueis à ira a vossos filhos”.
Ocupando uma posição de autoridade em relação aos filhos, se negligenciarem os princípios evangélicos para exercerem esse poder, os pais podem se tornar arbitrários ou mesmo arrogantes, nutrindo uma atitude carnal de provocação aos filhos, seus subordinados.
Cristo nos ensina que a autoridade deve ser exercida com sobriedade e paciência, mais na demonstração de amor e doação por aqueles que são amados do que imposição de poder (cf. Lc 22.26). Por isso a criação modelar dos filhos é aquela que o próprio Jesus usou em relação aos Seus apóstolos: através de doutrina e admoestação (Ef 6.4).
III – NO RELACIONAMENTO ENTRE SERVOS E SENHORES (VV. 22-25, 4.1)
O servos de que Paulo fala aqui tinham uma convivência muito mais próxima dos seus senhores do que os atuais patrões e empregados ou funcionários, pois a maioria trabalhava e residia nas próprias casas de seus senhores. Eram, naquele contexto, escravos e, como tais, considerados propriedade dos seus senhores, os quais podiam dispor deles da forma como desejassem.
É verdade que muitos acumulavam dinheiro suficiente para comprar sua alforria, mas outros preferiam passar o resto de sua vida nesta condição, que em geral não era necessariamente degradante ou sofrível. Por isso a recomendação do apóstolo aqui é obedecer em tudo, não apenas na aparência, mas com sinceridade, em simplicidade de coração.
Servir era aquilo para o que eles viviam, seja por imposição ou por escolha, e, como uma vocação para esta vida, definida de acordo com o eterno propósito de Deus, deveria ser cumprida com contentamento, sinceridade, sem aborrecimento ou simples medo de desagradar ao senhor e correr o risco de ser castigado (cf. 1 Pe 2.18-20).
O que Paulo ainda diz aos servos mais uma vez poderia se aplicar não apenas a qualquer outra vocação ou estilo de vida, mas a todas as outras formas de relacionamento familiar: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens”, no entendimento de que seu trabalho, suas demais obrigações e relacionamentos representam aquilo que Deus quer que ele faça durante sua vida neste mundo.
E, como parte do propósito divino para sua vida, seu bom desempenho será devidamente recompensado na eternidade; assim como a negligência, o desprezo ou o agravo cometido em qualquer aspecto de nossa vida será colhido em forma de castigo (cf. Ef 6.5-8; 1 Tm 6.1-2; Tt 2.9-10).
Como um freio à arrogância e crueldade a que os senhores poderiam ser induzidos devido à sua autoridade e poder,
Paulo manda àqueles que conheciam a Cristo que fossem justos para com seus servos – o que não implicava em alforriá-los, mas em compreender seu senhorio como parte de uma mordomia ou administração divina, onde os servos não deviam ser vistos apenas como coisas, indiferentes a um tratamento arbitrário ou nocivo; mas como estando em uma condição que não diferia do próprio senhor em relação a Cristo – o que já indicava a igualdade de ambos diante de Deus (Gl 3.28; cf. Ef 6.9).
CONCLUSÃO
Nesta lição pudemos vislumbrar a importância de valorizar nosso papel neste mundo.
Fomos chamados não para abandonar a posição que ocupamos entre os nossos semelhantes para viver exclusivamente em igreja ou em retiro religioso, mas para cumprir nossa vocação terrena com sucesso.
Nossa motivação é uma vocação ainda mais elevada – a vocação cristã para a eternidade – que dá sentido e direção ao que somos e ao que fazemos nesta vida.
PARA USO DO PROFESSOR
AS VIRTUDES CRISTÃS NA VIDA DOMÉSTICA
TEXTO ÁUREO:
E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens” (Cl 3.23).
LEITURA BÍBLICA: COLOSSENSES 3.18-4.1
INTRODUÇÃO
Avançando em direção ao final da epístola aos Colossenses, na lição de hoje veremos uma aplicação muito prática e pertinente das virtudes da nossa nova vida em Cristo Jesus, a saber, nos relacionamentos familiares.
Nossa união com Cristo nos torna membros do Seu corpo, ou seja, da igreja, onde passamos a desenvolver um relacionamento de amor, paciência e perdão de uns para com os outros.
Mas isto não diminui nem desfaz nossos laços de parentesco segundo a carne; antes nos dá nova motivação e propósito para amarmos e nos aplicarmos de todo o coração aos deveres que nos cabem de acordo com a posição que ocupamos em nossas famílias.
I – NO RELACIONAMENTO CONJUGAL (VV. 18-19)
A passagem que estudamos nesta lição é muito semelhante àquela da epístola aos Efésios (5.22- 6.9), embora bem mais concisa. Aos Efésios, o apóstolo exorta maridos e esposas a amarem seus cônjuges a partir do argumento de que isto reflete ou é um tipo do amor entre Cristo e a igreja.
Aqui, embora não faça referência a este aspecto doutrinário, ele destaca as mesmas obrigações práticas: a sujeição da mulher ao marido e o amor deste por ela.
Outra expressão que merece destaque é “como convém no Senhor”, que poderia se aplicar a qualquer outro nível de relacionamento familiar.
À luz do que já temos estudado nas lições anteriores, o cristão, morto para o pecado e tendo que despir-se dos feitos do velho homem, agora deve se espelhar num padrão moral moldado pelo entendimento das coisas que são de cima, e aplicar-se a andar de acordo com esse padrão, que é o único digno do Senhor Jesus. Esse padrão abrange todos os aspectos de sua vida neste mundo, e não apenas seus momentos de devoção pessoal ou de reunião com outros cristãos.
Como disse Paulo a Tito, o evangelho nos ensina a viver “neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tt 2.12). E isto sem dúvida inclui nosso convívio familiar, onde muitas vezes nem todos conhecem ao Senhor, ou, mesmo quando todos confessam a Cristo, os laços familiares se mantêm e ditam uma forma de relacionamento distinta e ainda mais importante do que aquela que deve haver entre irmãos na fé (cf. 1 Tm 5.8).
Assim, a orientação de Paulo às mulheres é sujeição aos seus próprios maridos, pois é isto que Deus, pela lei da criação, estabeleceu para elas (Ef 5.22-24), o que não significa subserviência, mas apoio ao marido nos seus propósitos, tendo em vista o seu papel como cabeça da família; respeito a esta sua responsabilidade da qual terá de prestar contas a Deus, e toda a providência doméstica da mulher sábia, sem a qual o lar não poderia ser edificado (Tt 2.5; Pv 14.1).
Aos maridos, o apóstolo manda que amem suas mulheres, e não se irritem contra elas. Amor aqui é um afeto e apreço único para com a esposa, como parte de si mesmo, doando sua vida por ela e vendo no seu bem o seu próprio bem (cf. Ef 5.28-29).
II – NO RELACIONAMENTO PATERNO E FILIAL (VV. 20-21)
Prosseguindo a exortação, aos filhos o apóstolo recomenda a obediência aos pais em tudo, ou seja, até em coisas que os filhos possam não compreender no momento ou se sentirem feridos em suas vontades (cf. Hb 12.9-11), e não apenas naquilo que lhes pareça conveniente ou lhes agrade.
A obediência é uma expressão de amor e agrada a Deus por ser a essência do que Ele requer de nós (Ex 20.12; Dt 10.12).
Naturalmente, obedecer em tudo não significa obedecer em coisas pecaminosas, pois mais importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29); e, mesmo considerando que os pais nem sempre possam estar racionalmente corretos em uma determinação, como sempre visam o bem dos seus filhos, estes não podem desprezá-los nem desobedecê-los deliberadamente.
Aos pais, o apóstolo manda não irritarem seus filhos, o que equivale à palavra paralela em Efésios: “Não provoqueis à ira a vossos filhos”.
Ocupando uma posição de autoridade em relação aos filhos, se negligenciarem os princípios evangélicos para exercerem esse poder, os pais podem se tornar arbitrários ou mesmo arrogantes, nutrindo uma atitude carnal de provocação aos filhos, seus subordinados.
Cristo nos ensina que a autoridade deve ser exercida com sobriedade e paciência, mais na demonstração de amor e doação por aqueles que são amados do que imposição de poder (cf. Lc 22.26). Por isso a criação modelar dos filhos é aquela que o próprio Jesus usou em relação aos Seus apóstolos: através de doutrina e admoestação (Ef 6.4).
III – NO RELACIONAMENTO ENTRE SERVOS E SENHORES (VV. 22-25, 4.1)
O servos de que Paulo fala aqui tinham uma convivência muito mais próxima dos seus senhores do que os atuais patrões e empregados ou funcionários, pois a maioria trabalhava e residia nas próprias casas de seus senhores. Eram, naquele contexto, escravos e, como tais, considerados propriedade dos seus senhores, os quais podiam dispor deles da forma como desejassem.
É verdade que muitos acumulavam dinheiro suficiente para comprar sua alforria, mas outros preferiam passar o resto de sua vida nesta condição, que em geral não era necessariamente degradante ou sofrível. Por isso a recomendação do apóstolo aqui é obedecer em tudo, não apenas na aparência, mas com sinceridade, em simplicidade de coração.
Servir era aquilo para o que eles viviam, seja por imposição ou por escolha, e, como uma vocação para esta vida, definida de acordo com o eterno propósito de Deus, deveria ser cumprida com contentamento, sinceridade, sem aborrecimento ou simples medo de desagradar ao senhor e correr o risco de ser castigado (cf. 1 Pe 2.18-20).
O que Paulo ainda diz aos servos mais uma vez poderia se aplicar não apenas a qualquer outra vocação ou estilo de vida, mas a todas as outras formas de relacionamento familiar: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens”, no entendimento de que seu trabalho, suas demais obrigações e relacionamentos representam aquilo que Deus quer que ele faça durante sua vida neste mundo.
E, como parte do propósito divino para sua vida, seu bom desempenho será devidamente recompensado na eternidade; assim como a negligência, o desprezo ou o agravo cometido em qualquer aspecto de nossa vida será colhido em forma de castigo (cf. Ef 6.5-8; 1 Tm 6.1-2; Tt 2.9-10).
Como um freio à arrogância e crueldade a que os senhores poderiam ser induzidos devido à sua autoridade e poder,
Paulo manda àqueles que conheciam a Cristo que fossem justos para com seus servos – o que não implicava em alforriá-los, mas em compreender seu senhorio como parte de uma mordomia ou administração divina, onde os servos não deviam ser vistos apenas como coisas, indiferentes a um tratamento arbitrário ou nocivo; mas como estando em uma condição que não diferia do próprio senhor em relação a Cristo – o que já indicava a igualdade de ambos diante de Deus (Gl 3.28; cf. Ef 6.9).
CONCLUSÃO
Nesta lição pudemos vislumbrar a importância de valorizar nosso papel neste mundo.
Fomos chamados não para abandonar a posição que ocupamos entre os nossos semelhantes para viver exclusivamente em igreja ou em retiro religioso, mas para cumprir nossa vocação terrena com sucesso.
Nossa motivação é uma vocação ainda mais elevada – a vocação cristã para a eternidade – que dá sentido e direção ao que somos e ao que fazemos nesta vida.
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