26 setembro 2023

001-O perigo das Heresias - Heresias Lição 01[Pr Afonso Chaves]26set2023

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LIÇÃO 1 

O PERIGO DAS HERESIAS 

TEXTO ÁUREO: “E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” (1 Co 11.19) 

LEITURA BÍBLICA: 2 PEDRO 1.19-2.3 

0000000I – O QUE É HERESIA A palavra “heresia” deriva do grego e significa opinião divergente, ou que se afasta daquela que é aceita pela maioria. É oportuno acrescentar que a palavra seita deriva-se daí, e nada mais é que o grupo formado por aqueles que aceitam essa opinião divergente. Neste sentido, notemos que, nos tempos de Jesus e dos apóstolos, tanto os fariseus como os saduceus eram considerados seitas dentro da fé ou religião judaica; e os primeiros cristãos também, sendo todos oriundos do judaísmo, eram chamados de seita dos nazarenos (At 5.17; 15.5; 24.5). Mas Paulo, embora admitisse essa designação para as opiniões divergentes do judaísmo, não a admitia em relação ao evangelho, que não era uma opinião nova, muito menos divergente, mas a realização de tudo aquilo que os hebreus sempre acreditaram, na obediência e esperança proposta pela Lei e os profetas (cf. At 24.14; 28.16-23). A essa definição básica podemos acrescentar que a heresia é algo de mais grave e pernicioso que uma dissensão ou divergência, pois o apóstolo, no texto áureo da lição, afirma crer que havia divisões entre os coríntios porque era necessário que houvesse até heresias entre eles (1 Co 11.18-19). Já o apóstolo Pedro, no texto da leitura bíblica, compara os falsos mestres aos falsos profetas do passado, de onde podemos concluir que as heresias de perdição a que se refere são falsas doutrinas, falsos ensinos (2 Pe 2.l). Portanto, definimos heresia como uma opinião divergente da sã doutrina, isto é, uma negação ou distorção da verdade revelada nas Escrituras Sagradas. A heresia é um pecado, uma obra da carne, por si só (Gl 5.20), mas, além disso, também resulta numa divisão na comunhão da igreja (1 Jo 2.18-22). Notemos ainda que a heresia, a princípio, é um fenômeno interno da igreja. Contudo, os que estão de fora também incorrem em erros grosseiros de opinião e conduta que, bem sabemos, se devem à operação do engano, ordenada como castigo para o mundo que, tendo conhecido a Deus pela revelação natural ou pela pregação, rejeitou a verdade, num ato similar ao pecado da heresia (cf. Rm 1.18-25; 2 Ts 2.7-12; 2 Co 4.3-4). Por sua vez, muitos desses erros tendem a se insinuam sutilmente no meio da igreja, pelas razões que ainda serão consideradas, e assim alimentam o surgimento de “novas” heresias. A título de exemplo: como cristãos, podemos saber identificar e rejeitar a idolatria praticada pelas falsas religiões, porquanto fomos libertos desse erro pelo conhecimento do Deus vivo. Contudo, depois disso ainda somos admoestados a fugir dos ídolos, não apenas os de pedra, madeira e metal, mas aqueles que podem se abrigar no coração, na forma de paixões carnais (cf. 1 Jo 5.21; Cl 3.5-6; Fp 3.19). Logo, a idolatria é uma heresia, tanto na forma exterior praticada pelos que não conhecem ao Deus verdadeiro, como na sua forma interior, nas tentações ao vício que podem se abrigar furtivamente até no coração do fiel. 

II – POR QUE EXISTEM HERESIAS Há um propósito divino na manifestação da heresia, conforme vimos nos textos principais da lição: “importa que haja entre vós”, “entre vós haverá também”. Esse propósito se evidencia como sendo o de manifestar os que são fiéis, sinceros e aprovados, pois aqueles que recebem e guardam a palavra de Deus em seu coração porão à prova os falsos mestres e os acharão em falta, rejeitando e aborrecendo suas heresias, ao passo que os inconstantes e que professam a verdade apenas da boca para fora, mas têm o coração ávido por inovações, darão crédito aos falsos mestres e às heresias que mais convierem aos seus desejos – e nisto encontrarão o seu próprio juízo (cf. Dt 13.1-4; 1 Jo 2.20-21, 24; 2 Jo 9; Mt 24.24; 2 Pe 2.2-3). Como causas secundárias, ou fatores determinantes na manifestação e propagação das heresias, citamos, em primeiro lugar, a operação de Satanás. Inimigo de Deus e da verdade, o diabo cega o entendimento dos pecadores, para que estes não vejam a luz do Evangelho (2 Co 4.4; Jo 8.43-45), ou dissuade aqueles que estavam começando a crer, semeando dúvidas, cuidados com a vida, timidez e medo de perseguições (Mt 13.19; Jo 12.42-43). Assim privado ou desacreditado do evangelho de Cristo, o ímpio acaba por receber e crer na mentira, nas falsificações religiosas, sujeitando-se à operação do engano, já citada no tópico anterior. Não satisfeito em enganar aqueles que não conhecem a Deus, Satanás semeia o erro nas igrejas utilizando-se de falsos obreiros – homens que, outrora crentes, apostataram, caíram da graça, e agora enganam com a sua aparência de piedade e se servem da sua posição para propagar distorções e desvios da sã doutrina – de fato, para pregar outro evangelho, outro espírito, outro Jesus (1 Tm 4.1-2; 2 Co 11.2-4, 13-15; At 20.29-30). Seja por imaturidade espiritual ou pela mesma malícia desses falsos obreiros, muitos crentes se deixam seduzir pelas sutilezas das heresias, não discernindo a sã doutrina e as distorções das Escrituras (2 Tm 3.5-9; 4.1-4; Mt 24.11; 1 Jo 4.1-3; 2 Pe 3.15-16). 

III – COMO LIDAR COM AS HERESIAS Pedro nos aconselha a estarmos atentos à palavra dos profetas, a qual, em meio a tantos erros e sutilezas, é como luz que alumia em lugar escuro. Portanto, o melhor remédio contra o erro, contra as heresias, é a verdade, a sã doutrina. Encontramos nos escritos apostólicos, mais do que alertas contra a mentira e o erro, insistentes exortações ao ensino da verdade, pois, onde há doutrina, aí os crentes são exortados a mortificar suas paixões, suas dúvidas quanto à natureza do reino e ao caráter de Deus são dirimidas, e assim as “brechas” que levariam a uma eventual apostasia são devidamente reparadas, e aqueles que antes eram meninos amadurecem na fé e no conhecimento, tornando-se aptos para distinguir a verdade da mentira e se acharem entre os sinceros de que Paulo fala aos coríntios (1 Tm 4.16; 2 Tm 2.2, 15; Ef 4.11-16). Nosso propósito no estudo das heresias não é o de simplesmente conhecer o erro em suas diferentes formas, mas de compreender e nos firmarmos melhor na sã doutrina, refutando mentiras, expondo interpretações distorcidas e elucidando questões ou aparentes dificuldades levantadas pelas heresias. É responsabilidade do cristão, mais ainda do que é chamado ao ministério da palavra, não apenas fugir do erro, mas prová-lo e expô-lo a outros, na esperança de que alguns, seduzidos pela heresia, tenham-no feito não por malícia, mas por imaturidade, a ver se porventura Deus lhes tornará a dar lugar de arrependimento (Tt 3.10-11; Rm 16.17-18; 2 Tm 2.23-26). 

CONCLUSÃO Heresias são erros grosseiros, que suprimem a verdade de Deus revelada nas Escrituras ou a distorcem sutilmente para engano dos que são negligentes na fé. Provemos tudo, retenhamos o que é conforme a sã doutrina e ensinemos a outros para confirmá-los na verdade ou para salvá-los do engano.

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19 setembro 2023

013-O Grande legado de Josué - Josué Lição 13[Pr Denilson Lemes]19set2023

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LIÇÃO 13 

O GRANDE LEGADO DE JOSUÉ 

TEXTO ÁUREO: “Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi ao Senhor.” (Josué 24.14) 

LEITURA BÍBLICA: JOSUÉ 24.1-13 

INTRODUÇÃO Há muita semelhança entre os capítulos 23 e 24 de Josué, pois ambos tratam das últimas palavras do grande líder. No capítulo 23, Josué mostra as ações de Deus no passado, enquanto no 24, muito embora traga alguma recordação, ele se preocupa com o futuro da nação. Por isso vemos nesses últimos capítulos uma síntese dos atos de Deus em favor do Seu povo, com o propósito de conduzi-lo a servir exclusivamente ao seu Senhor, deixando claro que não há sentido em servir os deuses de inimigos já derrotados. 

I – MEMÓRIA DOS FEITOS DE DEUS (VV. 1-13) Ainda havia no meio do povo muitos que coxeavam entre dois pensamentos no que diz respeito a servir a Deus ou não. Por esta razão, Josué convoca mais uma vez os líderes do povo, não para se apresentarem apenas diante do líder, mas diante do próprio Deus. E ali os lembra de que seus pais, antigamente, habitaram d’além do rio (o Eufrates) e serviram a outros deuses, mas o Senhor os chamou e os tirou daquela terra para servirem ao único Deus verdadeiro. Josué lembra que o Senhor deu filhos a Abraão, primeiro Isaque e Ismael; depois, a Isaque deu Jacó e Esaú. Enquanto a Esaú o Senhor deu as montanhas de Seir em possessão, e isto num período de tempo relativamente breve, Jacó teve de esperar com paciência pela sua herança, porque o patriarca e a sua semente ainda seriam peregrinos em terra estranha por muitos anos. E somente quando se completou o tempo oportuno de Deus é que Israel tomou posse da terra que lhe havia sido prometida, não sem muitas maravilhas e sinais operados por Deus – grandes e fortes inimigos sendo entregues nas mãos dos filhos de Israel. Atravessando eles o Jordão, não houve cidade murada ou exércitos reunidos que pudessem resistir ao pequeno exército de Israel, porque no meio deles ia o Deus verdadeiro, que enviava vespões à sua frente aterrorizando os exércitos inimigos, de modo que Israel era imbatível. Destaca Josué que tal vitória não foi pela espada nem pelo arco, mas pelo poder de Deus (cf. 2 Co 10.4, 5). E assim Deus entregou ao Seu povo uma terra em que não trabalharam e cidades que não edificaram. 

II – JOSUÉ CHAMA O POVO PARA FIRMAR UM CONCERTO COM DEUS (VV. 14-28) A exortação de Josué no verso 14 significa muito mais do que uma simples leitura pode sugerir – o tempo do verbo servir não encerra uma escolha pontual no passado e que já estava finalizada, mas implica em uma ação contínua – ou seja, diária. “Servi-o com sinceridade e com verdade ...” envolve o passado, o presente e o futuro. É uma renúncia diária, como disse Jesus em Lucas 9.23, 24. Eles deviam abandonar todos os velhos costumes, a começar com os antigos deuses a que serviram seus pais, e perseverar nesta renúncia, como sinal de uma nova vida transformada (cf. 2 Co 5.17; Rm 12.2). A caminhada com Deus jamais dever ser em comunhão com as trevas – é preciso ser feita uma escolha. Deus sempre conclamou o Seu povo a essa decisão: “escolhei hoje a quem sirvais...”. Tal proposta aparece em Deuteronômio 30.19, onde o Senhor diz que diante do povo estão os caminhos da vida e da morte; a bênção e a maldição. Contudo, a palavra da parte de Deus é: “Escolhe o caminho da vida...”. Situação semelhante estava diante de Adão e Eva no jardim, assim como diante dos israelitas na época de Elias. Mas o triste é que sempre a escolha humana é inclinada ao contrário da proposta de Deus. No entanto, Josué deixa claro que, seja qual fosse a escolha do povo, a dele era: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. O desejo do povo, despertado pelo posicionamento de Josué, se expressa no sentido de também servir a Deus, contudo, Josué diz que não era possível servir ao Senhor daquela forma em que eles se achavam, conciliando o Senhor com os deuses da terra. O Deus zeloso iria consumi-los por conta desse pecado. Diante disso, o povo faz um concerto de servir apenas o Senhor e ouvir a sua voz. 

III – O ALTAR DO TESTEMUNHO. A MORTE DE JOSUÉ E ELEASAR (VV. 29-33) A decisão do povo é registrada e Josué erigiu um monumento em testemunho àquela decisão, para que fosse lembrada durante as próximas gerações, e nunca esquecida. Serviria também de encorajamento para o povo continuar confiando no Senhor ao enfrentar seus inimigos. E ainda serviria esse memorial para testificar às gerações futuras acerca da fidelidade de Deus e das bênçãos advindas da fidelidade do povo à aliança com o Senhor. E a exortação termina com: “não mintais ao vosso Deus”. O término do livro se assemelha ao seu começo (cf. Js 1.1; 24.29). As vidas de José, Josué e Eleazar são exemplos de obediência e fidelidade a Deus, que cumpre todas as Suas promessas. Todos foram sepultados na terra prometida, e assim ficaram em suas próprias terras. Israel serviu ao Senhor todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que sabiam dos feitos de Deus. Estes sempre conclamavam o povo a renovar seu concerto com Deus. 

CONCLUSÃO O livro de Josué nos deixa muitas lições, mas nesta última, a principal – o legado de Josué. Devemos sempre lembrar que nossas vidas não falam apenas à nossa geração, mas também às próximas que virão. Cada um de nós deve pensar a respeito do legado que deixará. Que impacto o nosso testemunho causará no futuro do povo de Deus? Tomara que sejamos lembrados como grandes, não diante dos homens, mas diante de Deus.

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12 setembro 2023

012-Josué despede o povo e o exorta â obediência - Josué Lição 12[Pr Denilson Lemes]12set2023

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LIÇÃO 12 

JOSUÉ DESPEDE O POVO E O EXORTA À OBEDIÊNCIA 

TEXTO ÁUREO: “Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da Lei de Moisés, para que dele não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda.” (Josué 23.6) 

LEITURA BÍBLICA: JOSUÉ 22.1-9 

INTRODUÇÃO Esta lição trata da despedida das duas tribos e meia de volta para as suas terras do outro lado do Jordão, após terem ajudado seus irmãos na conquista da terra além de Canaã e serem recompensados e abençoados por Josué. Veremos que o Senhor trabalha em prol da união do Seu povo, afinal, não pode haver guerra entre os irmãos. Por fim, também consideraremos a exortação de Josué para o povo não se apartar da Lei do Senhor, pois a obediência a esta lei era a garantia da sua vitória. 

I – JOSUÉ ABENÇOA E DESPEDE AS DUAS TRIBOS E MEIA (22.1-9) O capítulo 22 trata da bênção de Josué sobre as tribos de Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés, representadas ali pelos seus homens de guerra; como foram despedidos para suas terras e também um incidente relacionado a elas após a campanha e distribuição das heranças entre as tribos de Israel. Na despedida desses israelitas para que voltassem para o outro lado do Jordão, Josué reconhece o zelo que tiveram em obedecer à Palavra do Senhor; assim como o cuidado para com os demais irmãos, demonstrado na perseverança em guerrear juntamente com eles até que o Senhor desse toda a terra às demais tribos. Josué os despede com uma recomendação: “Que ameis o Senhor, vosso Deus, e andeis em todos os seus caminhos, e guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a ele, e o sirvais de todo vosso coração e com toda a vossa alma” (v. 5). Josué assim os abençoou e os despediu de volta para suas tendas e famílias. Estes guerreiros não retornaram de mãos vazias, pelo contrário, levaram sua parte do despojo conquistado às cidades dos cananeus – grande riqueza e muitíssimo gado, bem como prata, e ouro, e muitas vestes, que deveriam ser repartidos entre seus parentes que haviam ficado do outro lado do Jordão (v. 8). Isso mostra que aquele que trabalha em prol da obra de Deus nunca volta de mãos vazias. Tal passagem deve nos animar a perseverarmos em ajudar uns aos outros, porque esta é a verdadeira obra de Deus (2 Cr 15.7; 1 Co 15.58). O capítulo também destaca que o estabelecimento dessas duas tribos e meia a leste do Jordão estava de acordo com a vontade de Deus. Não podemos dizer que elas erraram ao fazer esta escolha, pois Deus também havia entregue Siom e Ogue, reis dos amorreus que habitavam aquela terra, a Israel – o que era um sinal de que eles deveriam herdá-la, ainda mais que Deus de boa vontade concordou dar-lhes essa Terra, quando pediram. Assim, estas tribos estavam estabelecidas numa terra prometida por Deus tanto quanto as demais que habitaram além do Jordão. 

II – O ALTAR DO TESTEMUNHO (22.10-34) Contudo, ao retornarem para as suas possessões, os filhos de Rúben, Gade e da meia tribo de Manassés levantaram um altar próximo ao Jordão, diante da terra de Israel, e isto pareceu mal aos olhos das outras tribos, que perceberam aí um ato de rebelião e idolatria. O versículo 12 mostra que já estavam preparando um exército para batalhar contra os próprios irmãos, quando reuniram e enviaram uma comissão liderada por Fineias para averiguar o que realmente havia acontecido. A resposta branda e sensata dos israelitas que haviam edificado o altar acalmou os ânimos. O único lugar de adoração era aquele onde se encontrasse a Arca da Aliança. O sacerdote trouxe à lembrança os erros do passado e como Deus se irou contra o povo, de modo que tal coisa não deveria mais acontecer entre eles (vv. 17- 20). Mas o altar havia sido edificado, não para culto ou sacrifícios, mas para memorial às gerações futuras das duas tribos e meia, para que não se alienassem do Deus de Israel por habitarem separadas das demais tribos; ou ainda para que os filhos das outras tribos não alienassem seus próprios irmãos, separados pelo rio, da identidade e filiação divina dos filhos de Israel. O texto mostra o grande cuidado de Deus em manter a harmonia dentro de Israel (cf. v. 31). É verdade que estes homens agiram de forma inusitada ao edificar um altar como memorial, sem consultar previamente aos seus irmãos, mas o caminho para a solução do problema tampouco estava numa guerra fratricida. Às vezes benefícios são facilmente esquecidos por uma única atitude impensada. A leitura que os irmãos fizeram não correspondia à verdadeira intenção dos rubenitas, gaditas e manassitas. Esclarecida a situação, trouxeram resposta para os filhos de Israel em Siló e todos louvaram ao Senhor, e não falaram mais em subir contra eles para os destruírem, e assim a terra permaneceu em paz. 

III – JOSUÉ EXORTA O POVO A OBSERVAR A LEI DO SENHOR (23.1S.) O livro de Josué começa com Deus mandando que Josué assuma o comando, e termina com Josué exortando a nação a completar a conquista da terra. Josué já estava velho e entrado em dias (v. 2) e naqueles anos subsequentes ele observou a crescente complacência de Israel e sua tendência em se comprometer com os pagãos. Afinal, segundo o v. 7, ainda havia cananeus entre eles. Dessa forma, Josué chama os líderes de Israel e os exorta a respeito dos perigos de se apostatar da Lei do Senhor. Assim, em primeiro lugar, ele os encoraja a recordar o que Deus havia feito por eles e também as Suas promessas de desarraigar aquelas nações que ainda restavam. Depois, roga para que fossem resolutos em seguir a Lei, como ele fora para que eles não se misturassem nem se associassem aos cananeus idólatras que ainda não tinham sido expulsos. Insistiu com eles para que continuassem a se apegar devotadamente (v. 8) ao Senhor. É a mesma exortação do apóstolo João à igreja – permanecei em Cristo (cf. 1 Jo 2.28). Terceiro, Josué os adverte severamente das consequências do casamento com seus vizinhos, pois tal associação seduziria os israelitas e os levaria a praticar o culto a ídolos, e isto se tornaria um açoite para as suas costas e amargura para os seus olhos. Concluindo, resumiu seus pensamentos, enfatizando a maldição que sobreviria pela transgressão da aliança, baseando seus alertas nas palavras de Deus ditas anteriormente a Moisés (cf. Lv. 26.14-17; Dt. 28.15-19). 

CONCLUSÃO O Livro de Josué destaca em seus últimos capítulos alguns detalhes importantes sobre a vida cristã. Primeiro, que sempre devemos nos ajudar uns aos outros e nunca deve haver peleja entre nós. É através da nossa união que vencemos o mal e agradamos ao Senhor. E também que devemos tomar sempre o cuidado de observar os Mandamentos do Senhor e assim cumpri-los em todo o tempo da nossa jornada.

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05 setembro 2023

011-A terra é totalmente conquistada - Josué Lição 11[Pr Denilson Lemes]05set2023

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LIÇÃO 11 

A TERRA É TOTALMENTE CONQUISTADA 

TEXTO ÁUREO: “E toda a congregação dos filhos de Israel se ajuntou em Siló; e ali armaram a tenda da congregação, depois que a terra foi sujeita diante deles.” (Josué 18.1) 

LEITURA BÍBLICA: JOSUÉ 18.1-10 

INTRODUÇÃO Nesta lição aprenderemos que Josué continua a conquista e divisão da terra entre os filhos de Israel, mas os inimigos também continuam fazendo alianças para resistirem à conquista. No entanto, Deus já os havia entregado todos esses povos nas mãos de Josué. Mesmo assim, ainda há muitos que não tomam posse do que Deus havia lhes dado e é preciso uma exortação de Josué para que as tribos se levantem e cumpram sua missão por completo. 

I – A HERANÇA DAS TRIBOS DE ISRAEL Josué segue a sua empreitada de conquista da terra de Canaã, enquanto os inimigos da mesma forma se unem para resistir a Josué (11.4, 5). Contudo, Josué conta com uma Palavra de Deus: “Não temas diante deles, porque amanhã a esta mesma hora e os darei todos feridos diante dos filhos de Israel”. O número de inimigos era como a areia da praia do mar – uma multidão. E o Senhor dá uma ordem a Josué para que ele não colecionasse as armas de guerra do povo vencido – cavalos e carros – pois quem pelejava por Israel era Deus (cf. Sl 20.7). E fez Josué como o Senhor ordenara. Josué já estava avançado em dias, mas havia muita terra para conquistar; além do que a divisão ainda não havia sido feita. A ordem de Deus foi para repartir a herança pelos filhos de Israel, cada qual com a sua porção, devendo atentar Josué que, para as duas tribos e meia, Moisés já havia repartido o lado oriental do rio Jordão (cap. 13). Nos capítulos que se seguem, encontramos os detalhes sobre a divisão da terra pelas tribos, onde destacamos que, em cada uma delas, infelizmente, ficou algum grupo de cananeus que, ao invés de serem destruídos, foram feitos tributários de Israel. O texto bíblico nos diz, em 11.19, que não houve quem fizesse paz com os filhos de Israel, salvo os heveus, moradores de Gibeão, de modo que todas as outras cidades foram tomadas pela guerra; mas notemos que essa resistência dos inimigos vinha de Deus, porque os queria destruir totalmente (11.20). A conquista de Canaã foi completa, salvo as já citadas exceções de alguns povos que, futuramente, trariam muita dificuldade para o povo de Deus, como, por exemplo, um resto que havia ficado em Gaza, Gate e Asdode – estes são os filisteus. Assim, depois de vencer todos os seus inimigos, Josué despediu os rubenitas, os gaditas, e a meia tribo de Manassés, cada uma para sua porção, e então a terra repousou da guerra (22.1, 6). 

II – O TABERNÁCULO É LEVANTADO EM SILÓ Toda a congregação de Israel se ajuntou em Siló para erguer a tenda da congregação depois de terem sujeitado os cananeus. Siló já fora mencionado por Jacó em sua bênção sobre Judá: “O cetro não se arredará de Judá, em o legislador dentre os seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos” (Gn 49.10). É muito claro que, nesta passagem, não se faz menção a um lugar, mas sim a uma pessoa, pois trata-se de uma profecia acerca do Messias; contudo, enquanto ela não se cumprisse, o povo se reuniria neste local. Siló se tornou assim o centro de adoração do povo e isso perdurou por muitos anos. Nesse tempo, Josué nota que o povo, embora se reunisse para adorar ao Senhor, estava se esquecendo de conquistar a terra dos povos que haviam vencido, e assim desfrutar plenamente da  promessa de Deus. Sete tribos ainda não haviam tomado posse de suas respectivas heranças, então Josué as exorta a enviarem homens que percorressem a terra a fim de poder reparti-la. Após descreverem a terra, eles voltam para Josué em Siló e a sorte é lançada perante o Senhor. E assim a terra foi repartida entre estas outras tribos. Consideremos também que, enquanto essas tribos não demarcassem a sua porção e não tomassem posse de fato de sua herança, os levitas também não poderiam ter a sua parte, pois dependiam da terra de seus irmãos. Muitos que não entendem o propósito de Deus em suas vidas acabam impedindo que outros também sejam abençoados. 

III – AS CIDADES DE REFÚGIO E AS CIDADES DOS LEVITAS De acordo com Números 18.20-24, os levitas não deviam herdar qualquer parte da Terra Prometida, pois Deus mesmo era a sua herança. Até o sustento dos filhos de Levi provinha dos dízimos trazidos por todo o Israel, uma vez que eles se ocupavam exclusivamente do sacerdócio. Então, para que pudessem ter um lugar de habitação no meio do seu povo, os levitas receberam quarenta e oito cidades, localizadas entre a herança de todas as tribos de Israel (cf. Nm 35.2-5, 7). Mas, se os levitas precisavam que seus irmãos se estabelecessem na terra para que eles também pudessem ter o seu lugar de habitação definido, as cidades de refúgio dependiam, por sua vez, do estabelecimento dos levitas em suas cidades. Dentre estas, seis foram separadas como “cidades de refúgio” para abrigarem o homicida involuntário (Dt 4.41-43). Três ficavam a leste do Jordão (Bezer, Ramote e Golã), e três a oeste (Hebrom, Siquém e Quedes). Esses locais eram administrados pelos sacerdotes. Qualquer israelita ou estrangeiro que cometesse um assassinato não proposital poderia abrigar-se ali até o seu julgamento (Nm 34.15, 22-25). Todavia, se o refugiado saísse dos limites da cidade, poderia ser morto pelo “vingador do sangue”. Então, uma vez inocentado, o acusado deveria permanecer na cidade até a morte do sumo sacerdote. Essas cidades foram criadas com o intuito de impedir a vingança contra quem praticasse um homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pois, o desejo de vingança da família da vítima nem sempre era justo, razão pela qual a lei concedia ao homicida a oportunidade de se refugiar e obter um justo julgamento. A Terra Prometida era santa, e jamais poderia ser profanada, visto que o próprio Deus habitava no meio dos filhos de Israel. Daqui podemos extrair a lição de que a lei serviu como um refúgio ao pecador, provendo-lhe esperança de redenção, que se realizaria com a morte do verdadeiro sumo sacerdote, Jesus Cristo (Hb 9.11-14). 

CONCLUSÃO Toda a Palavra de Deus dita a Moisés, Seu servo, se cumpriu; todos os inimigos foram derrotados e a terra foi conquistada. Um centro de adoração na terra foi estabelecido, assim como as cidades dos levitas e as cidades de refúgio. Dessa forma a terra pôde repousar da guerra.

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