29 maio 2024

009-A igreja e a família - Família Lição 09[Pr Afonso Chaves]28mai2024

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LIÇÃO 9 

A IGREJA E A FAMÍLIA 

TEXTO ÁUREO: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 4.1-6 

INTRODUÇÃO A família e a igreja são instituições divinas, estabelecidas por Deus para que o homem possa alcançar a felicidade e bênção tanto terrena como eterna e, assim, realizar-se plenamente segundo a vontade de Deus. Embora cada uma possua suas próprias formas exteriores e de ação, ambas servem a um mesmo fim e se complementam, de modo que a família depende da igreja e a igreja da família para que possam alcançar o fim para o qual Deus criou cada uma. 

I – AS BÊNÇÃOS DA SALVAÇÃO ATRAVÉS DA FAMÍLIA Desde o princípio, Deus procurou revelar seus propósitos eternos por intermédio de famílias, ao estabelecer o casamento e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra, pois Ele buscava uma semente de piedosos. Ao contemplar o homem criado à Sua imagem e semelhança, Deus os abençoa com toda sorte de bençãos. Maravilhado com aquilo que acabará de fazer, o Criador exultante expressa que tudo quanto tinha feito “eis que era muito bom” (Gn 1.26-28, 31). Desse modo, a primeira família da terra (Adão e Eva) teve a graça de estar no Jardim de Deus com o livre acesso à árvore da vida e a oportunidade de usufruir, diariamente, da bondade e dos cuidados de Deus. Entretanto, foi lhes dado uma ordem categórica: “mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente, morreras”. Ao não resistir à tentação, o homem desobedeceu e não guardou o mandamento do Senhor, então, e como consequência foi destituído da graça de Deus (Gn 2.15-17; Rm 3.23; 5.12). Ainda assim, em meio a essa situação espiritual caótica, o Deus que não muda, continuou firme em seu propósito de restaurar espiritualmente a humanidade. A esperança de salvação é renovada com a descendência de Sete, mesmo em meio toda a contrariedade ao Evangelho, há um retorno na busca pela adoração ao Deus verdadeiro, com destaque para Enoque, o sétimo depois de Adão, que por andar nos caminhos do Senhor, Deus o tomou para si. Mais tarde, em razão do crescimento da maldade dos homens, resoluto, Deus resolve destruir toda a alma vivente da face da terra, entretanto, Noé - herdeiro da justiça que é segundo a fé, e sua família encontraram graça aos olhos do Senhor e, portanto, ao entrarem na arca foram poupados da destruição pela inundação das águas. Depois do dilúvio, Deus estabeleceu uma aliança com Noé e seus filhos e com toda a alma vivente, por gerações eternas, prometeu que nunca mais destruiria a terra e os todos os seres viventes com um dilúvio de águas (Gn 6.18; 7.1; cf Hb 11.7; Gn 9.11-15). Por fim, destacamos as bênçãos espirituais que viria através de um descendente de Abraão. Dessa família, surgiria um povo escolhido, constituído de pessoas que deixaram as práticas ímpias dos povos para fazerem a vontade de Deus, este povo que pela justiça proveniente da fé são os chamados filhos de Abraão. A promessa de Deus a Abraão revelou que, desde os primórdios, o propósito do Evangelho era alcançar todas as famílias da terra com a benção da salvação. Ao longo da história, Deus vem realizando o seu propósito por intermédio de Jesus Cristo, o descendente da mulher e o Salvador do mundo, e sua igreja que por intermédio da pregação da palavra testemunha a sua vontade de salvar os perdidos de todas as nações (Gl 3.8,16,18). 

II – APRENDENDO EM CASA A TEMER AO SENHOR O seio familiar é o primeiro e o principal lugar onde os filhos devem ser instruídos no temor ao Senhor e a desviar-se do mal, bem como a amar a justiça e odiar a iniquidade. As escrituras ensinam que Deus deu a Abraão a incumbência de “ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo” (Gn 18.19, Dt 6.7), agindo dessa maneira, tudo o que o Senhor havia prometido a Abraão se cumpriria ao longo de toda a sua descendência. Então, percebe-se que o Senhor havia dado a Abraão o encargo de ser o líder espiritual em sua casa com o dever de ensinar os seus filhos o caminho do Senhor. É no aconchego do lar que os filhos dos servos de Deus devem ter as suas primeiras instruções relativas ao temor do Senhor que envolve reconhecer a santidade, a justiça e a retidão de Deus como complemento do seu amor e sua misericórdia, e onde os filhos passam a conhecer e compreender plenamente quem é Deus e desfrute de dias prolongados sobre a face da terra e, no porvir, da Vida Eterna (Dt 6.1,2). Assim como Abraão, encontramos muitos exemplos de pais que foram zelosos em ordenar o caminho de seus filhos e inculcar em suas mentes o mandamento do Senhor. Desse modo, temos o caso de Adão que possivelmente ensinou os seus filhos Caim e Abel o procedimento adequado da oferta que agradaria a Deus. Enquanto o menor (Abel), obediente aos ensinamentos do pai, trouxe para oferecer ao Senhor o “primogênito das suas ovelhas”, apontando que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, o mais velho – Caim, contrariado por Deus não ter aceito a sua oferta de fruto da terra, imediatamente, deixou a ira e o ressentimento dominar o seu âmago, nem mesmo o conselho de Deus - “Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?” (Gn 4.7), foi suficiente para remover o intento de seu coração obstinado. Cabe ainda ressaltar alguns exemplos de homens e mulheres que transmitiram princípios de sabedoria e do amor a Deus aos seus filhos, e por isso tiveram testemunhos da fidelidade de Deus e puderam gozar em todo o tempo as bênçãos de Deus, entre essas destacamos a família de Josué, de Daniel, de Jonadabe filho de Recabe e, ainda, a do jovem Timóteo (Gn 22.7,8; Js 24.15,16; Jr 35.6; 2 Tm 1.5). Por fim, é importante destacarmos as bênçãos espirituais que viria por meio de um descendente de Abraão. Dessa família, surgiria um povo escolhido, constituído de pessoas que deixaram as práticas ímpias da natureza carnal (velho homem) para fazerem a vontade de Deus, que pela justiça proveniente da fé são chamados filhos de Abraão. A promessa de Deus a Abraão revela que, desde os primórdios, o propósito do Evangelho era abençoar todas as nações com a salvação. Deus está realizando o seu propósito por intermédio de Jesus Cristo, o descendente da mulher e o Salvador do mundo, e sua igreja que testemunha a sua vontade de salvar os perdidos por intermédio da pregação da palavra de Deus a todas as famílias da terra (Gl 3.8,16,18). 

III – SERVINDO AO SENHOR NA IGREJA A igreja existe para cumprir um propósito estabelecido por Deus desde a fundação do mundo, que é a testemunhar Jesus Cristo até aos confins da terra (Ef 3.10-11). A igreja é constituída por famílias, cuja unidade de seus membros formam o corpo de Cristo, portanto, é nela que os filhos de Deus estão unidos à cabeça e congregam, bem como são acolhidos para adorar a Deus e aprendem ou aplicam as relações próprias da família espiritual (Ef 2.19). Desse modo, o envolvimento da família na igreja local é uma necessidade não o aperfeiçoamento dos santos na obra do ministério e a própria edificação do corpo. Entretanto, nesses dias, há um movimento contrário à comunhão na igreja, inclusive por parte de alguns que incentivam o desprezo pela congregação, entretanto, o escritor aos Hebreus exortou a não compactuar com esta prática maligna (Hb 10.25). As igrejas devem fazer todo esforço para que as famílias se integrem aos trabalhos congregacionais, pois uma igreja saudável, prioritariamente, busca além do serviço cristão a construção de relações fraternas duradouras. A comunidade local é o espaço no qual as pessoas possam se relacionar e desenvolver os seus dons espirituais, e não há espaço para o individualismo e privilégios, onde todos estão interessados na edificação do corpo de Cristo (Cl 3.22; Ef 4.11-16). A liderança cristã deve zelar para que o ambiente eclesiástico seja saudável espiritualmente e que haja a exposição fiel da palavra de Deus. 

CONCLUSÃO A família cristã deve se alegrar pela oportunidade de ir à Igreja, a Casa do Senhor, considerando que ali terá oportunidade de se relacionar com outros cristãos e crescer na graça e no conhecimento de Deus.

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21 maio 2024

008-Divórcio e novo casamento - Família Lição 08[Pr Afonso Chaves]21mai2024

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LIÇÃO 8 

DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: “Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher” (1 Coríntios 7.10-11) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 19.1-12 

INTRODUÇÃO Nesta lição, queremos considerar os temas divórcio e novo casamento (neste caso, estando ambos os cônjuges ainda vivos) em razão da polêmica e das dúvidas que despertam em muitos, especialmente no meio evangélico. Não é motivo de surpresa aqueles que não conhecem a Deus nem o Evangelho admitirem o divórcio e o novo casamento como soluções fáceis para qualquer dificuldade encontrada na relação conjugal; mas surpreende a indisposição de muitas, senão da maioria, das igrejas evangélicas de compreender, ensinar e viver aquilo que as Escrituras Sagradas ensinam sobre o assunto, e a facilidade com que abrem mão dos padrões morais do Evangelho para banalizar, juntamente com os incrédulos, a instituição sagrada do matrimônio. 

I – DEUS ABORRECE O DIVÓRCIO Aqui teremos de repetir alguns princípios já apresentados e elucidados em lições anteriores deste trimestre, a fim de melhor estabelecermos o fundamento sobre o qual poderemos argumentar de maneira mais completa e definitiva a respeito do assunto. No texto da leitura bíblica, encontramos Jesus sendo indagado pelos fariseus sobre uma permissão para o divórcio. Notamos, porém, que eles não perguntaram apenas se era lícito divorciar-se, mas se era lícito divorciar-se por qualquer motivo – o que indica como o casamento vinha sendo banalizado entre os judeus daquele tempo, do mesmo modo que hoje é banalizado e famílias são destruídas através do divórcio. Em contraste com o tom mesquinho da pergunta daqueles homens, interessados apenas em se justificar, e não saber a vontade de Deus para cumpri-la, o Senhor Jesus responde declarando categoricamente que o casamento, tal como instituído no princípio, é uma união indissolúvel: “O que Deus ajuntou, não o separe o homem” (Mt 19.6). Em outras palavras, os laços do matrimônio duram por toda a vida do casal, e só são “dissolvidos” quando um dos cônjuges morre (1 Co 7.39). É também uma lei, um pacto que ambos estabelecem entre si, e do qual o Senhor se faz testemunha; por isso, tentar o homem quebrá-lo é cometer “violência” (Ml 2.13-16). A vontade de Deus para os casados, portanto, é que não se separem em hipótese alguma (1 Co 7.10-11). Sendo o divórcio uma prática comum entre os povos antigos, Moisés teve de orientar Israel para que, quando um homem quisesse despedir sua mulher, fizesse isto dando-lhe uma carta de divórcio (Dt 24.1-4). Mas o propósito deste dispositivo não era permitir, como pensavam os fariseus, e sim limitar a prática do divórcio, e ainda assim em razão da dureza de coração do povo, que não se conformaria a uma proibição absoluta, tal como deveria ser à luz da instituição original do casamento (Mt 19.7-8). Assim, Jesus afirma que não há justificativa para o divórcio aos olhos de Deus. O que ocorre é que, “não sendo por causa de prostituição”, ambos os cônjuges se expõem, pelo divórcio, ao risco de cometerem adultério, contraindo um novo casamento. Mas, mesmo em caso de infidelidade, o divórcio não libera nenhum dos cônjuges para casar-se novamente (Mc 10.7-12; Mt 5.31-32).

II – NOVO CASAMENTO É ADULTÉRIO Como podemos deduzir a partir das considerações feitas no tópico anterior, um dos grandes males do divórcio, além das consequências devastadoras para a família, é que conduz os cônjuges separados a fomentarem o desejo de contrair uma nova união, sob o engodo de que agora estariam livres um do outro – o que não se dá enquanto ambos vivem. Conforme as passagens já analisadas, uma segunda união contraída por pessoas divorciadas não é nada menos que adultério (Rm 7.1-3; Lc 16.15- 18). Como sabemos, a mais grave violação ao casamento consiste no pecado de adultério, alistado entre os dez mandamentos e sendo severamente punido pela Lei de Deus (Ex 20.14; Lv 20.10). É um pecado que não apenas destrói a relação conjugal e a família, mas a própria alma do transgressor (Pv 6.23-29, 32-35; 1 Co 6.15-16, 18-20; Hb 13.4). Qualquer cristão deveria se horrorizar ante a ideia de cometer um pecado tão grave contra uma instituição tão sagrada como o casamento, e considerar cuidadosamente sua situação, na situação de uma eventual separação por motivos de infidelidade ou abandono por parte de um cônjuge incrédulo. 

III – CONSELHO AOS DIVORCIADOS Não obstante o mandamento do Senhor para que os casados não se separem, é possível o divórcio ocorrer na eventualidade da infidelidade de um dos cônjuges ou quando um deles, sendo descrente, decide se apartar do crente. É evidente que em ambos os casos a separação não ocorre por iniciativa nem apoio por parte do crente, que se manterá firme no princípio de que não deve se separar. Não podendo, contudo, impedir que o faça, resta lembrar que nem por isso os laços do matrimônio são desfeitos; conforme orientação do apóstolo, o cônjuge ofendido ou abandonado deve permanecer só – isto é, não contrair novo casamento – na esperança de uma oportunidade para reconciliação (1 Co 7.11, 15). A ideia de casar-se novamente pode se tornar especialmente tentadora para o cônjuge que se vê prejudicado em qualquer dos casos acima, por um senso de que o incrédulo ou infiel, sentindo-se livre, "pode" contrair um novo casamento, e ele "não pode". O caso não é este; ambos permanecem casados, e o fato de um sentir-se livre, pela cauterização de sua consciência, para cometer adultério não significa que escapará ao juízo divino. O cônjuge abandonado, prejudicado no corpo ou em sua relação material, deve considerar que permanecer só não é um direito de que se está abrindo mão para não pecar adulterando, mas uma renúncia, um sacrifício da carne, que tende a se inclinar para a sua própria satisfação (Mt 5.27-30; 19.10-12). Além disso, é a atitude que, como cristão, perdoado por Deus, deve ter em relação ao seu próximo mais íntimo, isto é, o cônjuge que o abandonou, mantendo a porta da reconciliação aberta e mostrando-se sempre disposto a perdoá-lo e recebe-lo novamente, do mesmo modo que Deus fez com Israel e fez com as nossas almas (Mt 6.12-15; Ef 4.32; Os 2.14-16; Jr 3.1). 

CONCLUSÃO Cuidemos para que o casamento seja valorizado e o divórcio sempre detestado, como o próprio Deus o detesta. Não sejamos duros de coração para resistir à vontade de Deus para os casais, nem para relativizar o pecado ou justificá-lo em qualquer situação. Mais vale renunciar e sofrer o dano, mas herdar o reino dos céus, do que fechar os olhos à verdade e abrir mão da pureza de um leito incontaminado e da santidade sem a qual ninguém verá o Senhor.

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15 maio 2024

007-Conflitos na família - Família Lição 07[Pr Afonso Chaves]14mai2024

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LIÇÃO 7 

CONFLITOS NA FAMÍLIA 

TEXTO ÁUREO: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam” (Salmo 127.1) 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 128.1-6 

INTRODUÇÃO Prosseguindo com o tema particular dos conflitos familiares, na presente lição falaremos de um modo mais amplo sobre situações problemáticas envolvendo outros tipos de relacionamentos na família além do conjugal, já considerado na lição anterior. Veremos que não apenas a incredulidade pode ser a causa de muitos desses conflitos, mas também outras inclinações naturais que mesmo aqueles que creem no Evangelho devem ter o cuidado de não permitir que brotem no coração e, brotando, tragam amargura a si mesmos e a seus familiares. I – LIDANDO COM A 

INCREDULIDADE Assim como existem casais onde apenas um dos cônjuges recebe a fé em Cristo, enquanto o outro permanece indiferente, ou até se opõe ao evangelho ou ao que é crente; do mesmo modo, com maior frequência ainda, existem famílias onde nem todos são ou foram alcançados pela graça de Deus. Por mais que tenhamos razão para orar, instar através da palavra e do testemunho e esperar que a graça de Deus um dia traga salvação a todos da nossa casa, o fato é que não sabemos se este será o caso de cada um e de todos os membros da nossa família – e isto o apóstolo Paulo lembra aos irmãos casados, conforme já estudamos, ao orientá-los sobre como devem agir quando o cônjuge não crente deseja abandonar a relação. De qualquer modo, é uma situação que deve ser lidada com paciência e vigilância, no entendimento de que Deus quer que todos se salvem, para o que devemos orar e dar bom testemunho de obediência a Deus no cumprimento dos nossos deveres para com cada membro da nossa família (1 Tm 2.1-4; 1 Pe 2.15-16; 1 Co 10.32-33). Dentre as situações possíveis em famílias onde nem todos sejam fiéis está o caso de pais não crentes e de como os filhos crentes devem se comportar, de tal modo a não desonrar seus genitores e ao mesmo tempo não desobedecer a Deus. Independentemente do fato de serem crentes em Cristo ou não, nossos pais merecem sempre a devida honra por cumprirem seu dever para conosco, trabalhando e educando-nos com vistas à nossa realização; nem os excessos e arbitrariedades no exercício da sua autoridade paterna; e nem o Senhor jamais exigiria de nós uma atitude que implicasse em privá-los ou reduzir-lhes a honra devida e requerida pela Sua lei (cf. Hb 12.9; Mt 15.1-6). Por outro lado, honrar os pais é um princípio derivado da natureza paterna e materna tal como Deus a criou, e tal como a revelação nos faz conhecer através do mandamento. Honrar os pais é, portanto, honrar o próprio Deus que deu ao ser humano o poder e a autoridade de ser pai e mãe. Logo, quando há um conflito entre os interesses ou a vontade de Deus e a de pais incrédulos que desconhecem a exata vontade de Deus para seus filhos, não é a honra dos pais que está em jogo, mas a de Deus, e desobedecer a Deus para agradar aos pais não apenas desonra a Deus, como também aos pais, aprovando o uso arbitrário e impróprio dos dons e autoridade divina. Isto vale para qualquer outra forma de autoridade, mas, no caso dos pais, o apóstolo exorta os filhos a esse cuidado em particular: “Sede obedientes a vossos pais no Senhor” (cf. At 5.27-29; Ef 6.1). E, particularmente no caso do Evangelho, que é a expressão máxima da vontade de Deus no mundo que, pela desobediência, se faz inimigo de Deus, não deveríamos nos surpreender se inclusive entre nossos familiares despertasse oposição, dividindo crentes e incrédulos e suscitando conflitos por causa da verdade, tornando-se assim uma prova, ainda que difícil, mas de grande valor, do amor dos fiéis por Cristo Jesus e da sua disposição em servi-lo a qualquer custo (Mt 10.34-38, 39; cf. 8.21-22). 

II – LIDANDO COM A DESOBEDIÊNCIA Queremos considerar neste tópico especificamente a desobediência dos filhos aos pais, que é uma das causas mais freqüentes de conflitos amargos e duradouros nas relações familiares. Não apenas a lei determina que os filhos honrem seus pais, implicando na devida obediência, como observou Paulo; mas também condena severamente a desobediência contumaz de filhos que nem mesmo sob castigo ou disciplina se emendam da sua rebeldia (Dt 21.18-21). A desobediência é própria da natureza pecaminosa do homem, tendendo a se manifestar já nos primeiros anos de vida, e por isso os pais devem aplicar a disciplina nos anos formativos da infância e adolescência, a fim de que, no futuro, possam se orgulhar e receber honra de seus filhos; pais que não disciplinam nem corrigem seus filhos consentem na desobediência e no erro, trazendo tristeza e desonra para si mesmos (Pv 13.24; 29.15, 17). Além do caso dos filhos de Eli, cuja desobediência à voz de seu pai decorria da falta de disciplina, e acabou trazendo castigo tanto contra os filhos como contra o velho sacerdote; podemos citar também o caso de Absalão e Adonias, filhos de Davi que, na complacência do pai encontraram apoio não apenas para buscar seus próprios interesses como desejassem, mas também para contrariar e desonrar seu próprio pai (2 Sm 14.33; 15.1-6, 13-14; 1 Rs 1.5-6). 

III – LIDANDO COM OS CIÚMES O relacionamento entre irmãos reflete um aspecto básico da doutrina prática cristã, segundo o qual todos os que crêem são irmãos pela fé em Cristo Jesus, sendo filhos de um mesmo Pai, de maneira que os fiéis devem se relacionar uns com os outros nos termos de um amor fraternal, isto é, nos moldes do amor que deve haver entre irmãos de sangue. É verdade que os laços espirituais que nos unem em Cristo Jesus transcendem os laços de sangue, implicando num parentesco muito mais profundo e duradouro; mas permanece o fato de que o amor fraternal serve-lhe de modelo ou figura. Assim, aplicam-se às relações entre irmãos segundo a carne os mesmos princípios que àqueles que são irmãos pela fé em Cristo Jesus: amar uns aos outros (1 Jo 2.10-11), honrar e buscar o interesse uns dos outros (Rm 12.10; Fp 2.3-4), perdoar e pedir perdão uns aos outros (Mt 18.21-22). Contudo, é verdade também que graves desentendimentos e inimizades podem ocorrer no relacionamento entre os irmãos, sendo comuns aqueles que resultam dos ciúmes que um possa nutrir pelo outro. As Escrituras apresentam inúmeros casos: por ciúmes, Caim matou seu irmão Abel; Ismael zombou de Isaque; Esaú intentou matar Jacó; os irmãos de José venderam-no como escravo, dando-o como morto ao seu pai; Arão e Miriã murmuraram contra Moisés; enfim, em todos estes casos prevaleceu um sentimento carnal e maligno de rejeição por parte daquele que teve ciúmes do outro, que o impediu de se alegrar na exaltação do irmão. Assim, os ciúmes surgem da ignorância do fato de que os pais podem ter suas razões para privilegiar em dado momento ou de certa forma particular um de seus filhos, mas isto não significa que desprezem os outros – como nos ensina a lição final da parábola do filho pródigo, ou o fato de que o próprio Deus não faz acepção entre seus filhos, mas distribui seus dons a cada um conforme lhe apraz (Lc 15.25-32; Ef 4.1-7). 

CONCLUSÃO Vimos que conflitos podem surgir em todos os relacionamentos familiares, cada qual relacionado aos seus fatores e problemas para os quais encontramos solução na sabedoria revelada nas Escrituras. Atentemos para a palavra de Deus e dependamos do Seu conselho para edificar e estabelecer o nosso lar, e assim nada o abalará. 

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09 maio 2024

006-Conflitos no casamento - Família Lição 06[Pr Afonso Chaves]08mai2024

 

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LIÇÃO 6 

CONFLITOS NO CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1 Pe 3.7) 

LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 3.1-7 

INTRODUÇÃO Nesta e na próxima lição trataremos de uma situação que em si não é agradável, mas não apenas é possível, como também frequente de ocorrer e geralmente minimizada em seus efeitos negativos, e que diz respeito aos conflitos ou desentendimentos em família. E, começando com situações envolvendo particularmente os cônjuges, veremos que entender a vontade de Deus e saber como lidar com conflitos que começam aparentemente pequenos pode evitar que estes se tornem em verdadeira ruína para toda a família. 

I – LIDANDO COM AS CAUSAS DOS DESENTENDIMENTOS CONJUGAIS Vários são os fatores que podem levar a desentendimentos entre o casal, desde aqueles relacionados ao comportamento de cada cônjuge, envolvendo diferenças de temperamento, falta de comunicação ou atenção; passando por problemas de ordem material, como dificuldades financeiras, enfermidades, etc.; até os problemas de natureza espiritual. Considerando-se que ambos sejam cristãos, podemos começar dizendo que conflitos resultantes desses fatores podem ser evitados a partir do conhecimento da palavra de Deus, pois nela encontramos princípios e orientações suficientes para que os cônjuges (assim como qualquer pessoa) possam identificar e encontrar a melhor solução para esses problemas, antes que a integridade do relacionamento seja prejudicada. O relacionamento conjugal, mais do que qualquer outra forma de relacionamento humano, deve ser pautado pelo mandamento: “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, tanto mais porque os dois formam um só corpo, de maneira que o cônjuge que não busca a paz e harmonia com o outro não quer, na verdade, a sua própria paz; e não apenas não deve esperar receber o bem que não presta ao outro, mas certamente colherá o mal contra si mesmo (Ef 5.28; Mt 7.12; Gl 6.7-8). Muitos conflitos surgem a partir da intolerância de um cônjuge em relação ao comportamento ou à forma de ser do outro, e uma atitude de julgamento em relação àquilo que, na verdade, nada tem de errado ou pecaminoso, mas é apenas uma diferença de personalidade. Se devemos receber uns aos outros como aceitos por Deus independentemente dessas diferenças, quanto mais aqueles cujo amor foi selado pelo vínculo do casamento (Rm 14.10-12, 19; 1 Co 13.4-7). É verdade que o namoro é o tempo ideal para ambos se conhecerem neste aspecto das diferenças e confirmarem se o amor de um pelo outro é verdadeiro ou apenas baseado em aparências; mas um nunca será exatamente igual ao outro, e de qualquer modo muitos conflitos serão evitados se o casal estiver disposto a mortificar o orgulho – as mulheres sendo sujeitas aos seus maridos, e estes não se irritando contra elas (Cl 3.18-19). A estas considerações, acrescentamos também que o perdão é extremamente importante para lidar com situações que podem se tornar conflitos de graves conseqüências para o casal. Como o Senhor Jesus suficientemente nos ensinou, aquele que ama o próximo não apenas perdoa quando é buscado pelo que o ofendeu, mas ativamente busca o ofensor para reconciliação (Mt 5.23-26; 18.15, 21-22; cf. Rm 12.20-21). Quanto mais ambos os cônjuges, no caso de uma palavra ou atitude notadamente ofensiva, deveriam buscar um a outro imediatamente para reconciliação, evitando que qualquer mal entendido lançasse raízes de amargura no coração do outro (Ef 4.26; Hb 12.15; cf. 1 Pe 3.7)? 

II – LIDANDO COM CÔNJUGES INCRÉDULOS A situação de um casal constituído de um fiel e um incrédulo – isto é, alguém que não crê ou segue ao Senhor Jesus – apresenta particularidades que podem ser fatores de desentendimentos entre ambos, mas, mesmo assim, precisamos considerar esta situação com cuidado. A união desse casal é tão válida e indissolúvel quanto a de um casal de crentes, ou mesmo de incrédulos; e, considerando que muitos, apesar da incredulidade, possuem amor sincero por seus cônjuges e não desejam abandoná-los, mesmo quando estes professam sua fé em Cristo, o apóstolo orienta ao casado cujo cônjuge não é crente a não o abandonar. Entende-se que o incrédulo que consente em permanecer com o crente não se opõe explicitamente ao evangelho, e por isso é santificado pelo convívio com este, podendo ser influenciado a ponto de, eventualmente, converter-se ao Senhor; de outro modo, teria abandonado o cônjuge crente e, neste caso, o apóstolo apenas orienta a não se insistir em que o incrédulo permaneça, pois isto resultaria em tribulação e servidão para o crente (1 Co 7.12-16; cf. 1 Pe 3.1-2). De qualquer modo, a situação de um casal formado por um crente e um incrédulo implica sim em potenciais conflitos e desentendimentos, e esta é uma das razões pelas quais o conselho de Deus para os solteiros é não buscarem esse tipo de união (2 Co 6.14-18; cf. 1 Co 7.39), pois o conflito de propósitos espirituais entre ambos bem pode resultar no crente sendo esmagado e vencido pelo erro e apostasia, tendo-se exposto a essa tentação por deliberada escolha. Embora não seja um exemplo de justiça e devoção ao Senhor, consideremos, a título de exemplo, como os pecados do rei Acabe se tornaram ainda piores após casar-se com Jezabel (cf. Dt 7.1-4; 1 Rs 16.30-33). Na situação daquele que se converte ao Senhor depois de casado, se o incrédulo consente em permanecer, deve o crente estar preparado caso aprouver a Deus testar sua fé, suscitando oposição da parte do incrédulo por causa do Evangelho e do nome de Cristo, sabendo que agradará a Deus se, neste caso, for maltratado mesmo sendo fiel (1 Pe 2.18-19). 

III – LIDANDO COM A INFIDELIDADE CONJUGAL Não resta dúvida que a infidelidade é a pior coisa que poderia ocorrer a um dos cônjuges, sendo conseqüência de uma situação que nem sempre começa na concupiscência, mas em conflitos e desentendimentos menores não resolvidos, os quais com o tempo minam o amor conjugal e, conseqüentemente, produzem indiferença ou mesmo recusa em se relacionarem intimamente um com o outro. É nessa defraudação que Satanás se insinua, tentando um ou ambos os cônjuges a serem desleais e buscarem, agora a mera satisfação carnal, em uma pessoa estranha ao relacionamento (1 Co 7.3-5). Ora, o relacionamento íntimo do casal é chamado de “amor” nas Escrituras, pois é a expressão suprema e consumadora do amor conjugal (Ct 4.10), do qual somente pode desfrutar aquele que preserva esse amor e o fortalece ao longo do relacionamento – o que implica em lidar com as causas de conflitos e desentendimentos já mencionados, quando se manifestam (Pv 5.18-19; Ec 9.9). Mesmo assim, a infidelidade não constitui uma situação irremediável e final para o casamento; por esta causa, o apóstolo orienta aqueles que foram abandonados por seu cônjuge a permanecerem sós ou se reconciliarem – o que implica na possibilidade de arrependimento para aquele que pecou, e no dever de perdoar daquele que foi ofendido, a exemplo do próprio Deus, que não rejeitou o Seu povo desobediente e rebelde, mas instou para que Israel voltasse (1 Co 7.10-11; cf. Os 2.2, 13-16, 19; Jr 3.1). 

CONCLUSÃO Aquele que é casado deve lutar contra o seu próprio eu – isto é, contra o orgulho e o egoísmo – para que possa sempre ouvir, compreender, perdoar e, acima de tudo, amar seu cônjuge como a si mesmo e assim ambos poderem vencer as dificuldades que surgirem na sua caminhada.

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Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

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02 maio 2024

005-A honra devida aos pais - Família Lição 05[Pr Afonso Chaves]30abr2024

 

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LIÇÃO 5 

A HONRA DEVIDA AOS PAIS 

TEXTO ÁUREO: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Êxodo 20.12) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 6.1-3; COLOSSENSES 3.20 

INTRODUÇÃO Após refletirmos, na lição passada, sobre a importância dos filhos na família e sobre a responsabilidade dos pais na disciplina dos filhos alcançados do Senhor; desta vez falaremos sobre os deveres dos filhos em relação a seus pais. Nem todos serão pais, é verdade; mas todos nós temos ou já tivemos pai e mãe, aos quais devemos nossa existência e preservação neste mundo, e que por direito merecem de seus filhos tanto o amor e a gratidão natural, como a devida retribuição em honra, na forma como o Senhor prescreve em Sua palavra. 

I – HONRAR OS PAIS É HONRAR A DEUS O fundamento do dever dos filhos em relação aos pais foi estabelecido pelo próprio Senhor Deus, na forma de uma das “dez palavras” ou “dez mandamentos”: “Honra a teu pai e a tua mãe” (Ex 20.12). É, portanto, fundamental na definição dos nossos deveres para com o próximo, assim como na relação com o próprio Deus. O povo de Israel, ali aos pés do monte Sinai, estava diante da manifestação visível não de um deus estranho ou novo, que havia aparecido pela primeira vez a Moisés, mas do Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó. Era o Deus que aprenderam a temer e cujas promessas aprenderam a esperar, geração após geração, e que agora se manifestava para abençoá-los graças ao concerto feito primeiramente com os pais (Gn 17.7-8; 18.19; Ex 3.6, 13-16). Consideremos também como, mesmo não sendo os gentios descendentes dos patriarcas segundo a carne, o Senhor nos recebe como Seus ao nos conceder o Espírito pelo qual O invocamos como Pai, e pelo qual somos também contados como filhos e herdeiros da mesma promessa, assim nos tornando filhos de Abraão, Isaque e Jacó, cuja fé imitamos (Gn 12.1-3; 17.5; Gl 3.7-9, 29; 4.6-7). Logo, podemos nos referir ao Senhor como o Deus de nossos pais com tanta propriedade como fez no passado a nação israelita, e refletir sobre a importância da fidelidade de nossos pais para que as bênçãos e o conhecimento do Deus vivo nos alcançassem ou chegassem até nós. Assim, os pais merecem honra em razão do seu papel ideal de mediarem as primeiras experiências espirituais dos filhos, tanto na apresentação do conhecimento de Deus em uma vida de piedade, como na representação da autoridade divina através da doutrina e disciplina do Senhor (Ef 6.4; cf. 2 Tm 1.3-5; 3.14-15). Assim, honrar os pais equivale a honrar a Deus, primeiro, porque se trata de um mandamento; e, segundo, porque, neste contexto, aquele que honra pai e mãe reconhece a misericórdia e bondade de Deus manifestada a ele através dos pais: primeiro, ao ser gerado e cuidado até que atingisse maturidade e capacidade para cuidar de si mesmo; depois, ao ter nos pais uma expressão visível da autoridade divina e, ao mesmo tempo, a sua primeira forma de convívio com o próximo, que o prepararam tanto para aproximar-se, por si mesmo, de Deus, como para relacionar-se com a sociedade. Por isso, este “quinto mandamento” é como que a ponte entre aqueles que regem nosso relacionamento com Deus e os que dizem respeito ao relacionamento com o próximo. 

II – HONRAR OS PAIS SIGNIFICA OBEDECÊ-LOS Assim como honramos a Deus quando guardamos a Sua palavra em nosso coração e a colocamos em prática, e não apenas quando O louvamos com a nossa boca; do mesmo modo honrar pai e mãe significa não apenas nutrir por eles a mais sincera afeição, mas também obedecê-los em razão da dignidade e autoridade que Deus lhes conferiu. De fato, a obediência é o sentido imediato que se deduz a partir do mandamento, pois, conforme a explicação do apóstolo Paulo, isso é justo e agradável ao Senhor (Ef 6.1-3; Cl 3.20), e a promessa associada ao mandamento está intimamente ligada a esse sentido da honra devida aos pais, na mesma medida em que o povo de Israel prolongaria seus dias na terra de Canaã se permanecesse na obediência aos mandamentos do Senhor Deus (Dt 32.46-47; cf. Pv 30.17). Notemos que este mandamento não é mais aplicável na infância do que na adolescência e na maturidade; é um princípio moral básico, e não apenas uma lição para crianças. Existe, de fato, no período inicial de nossas vidas, um aspecto mais “arbitrário” dessa obediência, na medida em que os pais dispõem de maior poder sobre os filhos e a estes muitas vezes não resta outra opção senão cumprir a vontade daqueles, sob pena de castigo. Naturalmente, esse aspecto vai desaparecendo na medida em que os filhos amadurecem e tornam-se capazes de tomar suas próprias decisões, mas a disciplina recebida na infância deve ser retida para toda a vida, quer os pais tenham já envelhecido ou mesmo já não estejam conosco (cf. Hb 12.7, 9-11; Pv 6.20-23). A este respeito, podemos citar o exemplo de Jesus que, mesmo consciente da Sua missão divina e que tudo o que fazia era em obediência à vontade de Seu Pai celestial, nem por isso deixou de ser submisso à autoridade de seus pais terrenos (Lc 2.49-51). Consideremos, por exemplo, como o livro de Provérbios exorta com freqüência os jovens e adultos a não abandonarem a disciplina, a instrução, os conselhos de seus pais, e como agir de outra forma é o mesmo que os envergonhar e desonrar, trazendo-lhes vergonha e tristeza (Pv 1.8-9; 10.1, 5; 15.5; 29.3). Neste sentido, lembremo-nos que as Escrituras mencionam mais de um exemplo de filhos já em idade madura que desprezaram a vontade ou os conselhos de seus pais, e não apenas trouxeram desonra para seus genitores, mas eles mesmos experimentaram a reprovação divina (cf. Gn 26.34-35; 27.46). 

III – HONRAR OS PAIS SIGNIFICA NÃO OS ABANDONAR NA VELHICE Outro aspecto da honra devida aos pais que precisa ser ainda mais enfatizado na medida em que os filhos amadurecem é o da atenção e cuidado que os pais merecem, especialmente na velhice. É verdade que, para unir-se à sua mulher e formar a sua própria família, o homem precisa deixar pai e mãe. Isto, porém, não significa abandoná-los nem os esquecer; significa apenas que, ao se casar, o homem assume a responsabilidade de ser chefe de uma nova família. Se antes os pais trabalharam entesourando para os filhos, agora é a vez de os filhos retribuírem assistindo-os nas suas necessidades que, devido às limitações financeiras ou físicas em razão da idade, os pais já não podem suprir sozinhos. Tão importante é este aspecto do dever filial que o apóstolo Paulo associa a negligência dos filhos em assistir os pais necessitados à apostasia da fé (1 Tm 5.4, 8), e Jesus repreendeu severamente os fariseus por usarem de interpretações capciosas da lei para se evadir a esse dever (Mt 15.3-6). Notemos mais uma vez, a esse propósito, o exemplo do próprio Jesus no cuidado com Sua mãe até no Seu último momento de vida (Jo 19.25-27). 

CONCLUSÃO Vimos que o mandamento “honrará a teu pai e tua mãe” encerra diversos aspectos do nosso dever filial, bem como define a importância de respeitarmos, amarmos e cuidarmos de nossos pais enquanto os temos conosco, e mesmo depois que partirem, mantendo-nos em nossa terna memória e não abandonando os seus preciosos ensinamentos para nossa vida. 

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