02 maio 2024

005-A honra devida aos pais - Família Lição 05[Pr Afonso Chaves]30abr2024

 

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LIÇÃO 5 

A HONRA DEVIDA AOS PAIS 

TEXTO ÁUREO: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Êxodo 20.12) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 6.1-3; COLOSSENSES 3.20 

INTRODUÇÃO Após refletirmos, na lição passada, sobre a importância dos filhos na família e sobre a responsabilidade dos pais na disciplina dos filhos alcançados do Senhor; desta vez falaremos sobre os deveres dos filhos em relação a seus pais. Nem todos serão pais, é verdade; mas todos nós temos ou já tivemos pai e mãe, aos quais devemos nossa existência e preservação neste mundo, e que por direito merecem de seus filhos tanto o amor e a gratidão natural, como a devida retribuição em honra, na forma como o Senhor prescreve em Sua palavra. 

I – HONRAR OS PAIS É HONRAR A DEUS O fundamento do dever dos filhos em relação aos pais foi estabelecido pelo próprio Senhor Deus, na forma de uma das “dez palavras” ou “dez mandamentos”: “Honra a teu pai e a tua mãe” (Ex 20.12). É, portanto, fundamental na definição dos nossos deveres para com o próximo, assim como na relação com o próprio Deus. O povo de Israel, ali aos pés do monte Sinai, estava diante da manifestação visível não de um deus estranho ou novo, que havia aparecido pela primeira vez a Moisés, mas do Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó. Era o Deus que aprenderam a temer e cujas promessas aprenderam a esperar, geração após geração, e que agora se manifestava para abençoá-los graças ao concerto feito primeiramente com os pais (Gn 17.7-8; 18.19; Ex 3.6, 13-16). Consideremos também como, mesmo não sendo os gentios descendentes dos patriarcas segundo a carne, o Senhor nos recebe como Seus ao nos conceder o Espírito pelo qual O invocamos como Pai, e pelo qual somos também contados como filhos e herdeiros da mesma promessa, assim nos tornando filhos de Abraão, Isaque e Jacó, cuja fé imitamos (Gn 12.1-3; 17.5; Gl 3.7-9, 29; 4.6-7). Logo, podemos nos referir ao Senhor como o Deus de nossos pais com tanta propriedade como fez no passado a nação israelita, e refletir sobre a importância da fidelidade de nossos pais para que as bênçãos e o conhecimento do Deus vivo nos alcançassem ou chegassem até nós. Assim, os pais merecem honra em razão do seu papel ideal de mediarem as primeiras experiências espirituais dos filhos, tanto na apresentação do conhecimento de Deus em uma vida de piedade, como na representação da autoridade divina através da doutrina e disciplina do Senhor (Ef 6.4; cf. 2 Tm 1.3-5; 3.14-15). Assim, honrar os pais equivale a honrar a Deus, primeiro, porque se trata de um mandamento; e, segundo, porque, neste contexto, aquele que honra pai e mãe reconhece a misericórdia e bondade de Deus manifestada a ele através dos pais: primeiro, ao ser gerado e cuidado até que atingisse maturidade e capacidade para cuidar de si mesmo; depois, ao ter nos pais uma expressão visível da autoridade divina e, ao mesmo tempo, a sua primeira forma de convívio com o próximo, que o prepararam tanto para aproximar-se, por si mesmo, de Deus, como para relacionar-se com a sociedade. Por isso, este “quinto mandamento” é como que a ponte entre aqueles que regem nosso relacionamento com Deus e os que dizem respeito ao relacionamento com o próximo. 

II – HONRAR OS PAIS SIGNIFICA OBEDECÊ-LOS Assim como honramos a Deus quando guardamos a Sua palavra em nosso coração e a colocamos em prática, e não apenas quando O louvamos com a nossa boca; do mesmo modo honrar pai e mãe significa não apenas nutrir por eles a mais sincera afeição, mas também obedecê-los em razão da dignidade e autoridade que Deus lhes conferiu. De fato, a obediência é o sentido imediato que se deduz a partir do mandamento, pois, conforme a explicação do apóstolo Paulo, isso é justo e agradável ao Senhor (Ef 6.1-3; Cl 3.20), e a promessa associada ao mandamento está intimamente ligada a esse sentido da honra devida aos pais, na mesma medida em que o povo de Israel prolongaria seus dias na terra de Canaã se permanecesse na obediência aos mandamentos do Senhor Deus (Dt 32.46-47; cf. Pv 30.17). Notemos que este mandamento não é mais aplicável na infância do que na adolescência e na maturidade; é um princípio moral básico, e não apenas uma lição para crianças. Existe, de fato, no período inicial de nossas vidas, um aspecto mais “arbitrário” dessa obediência, na medida em que os pais dispõem de maior poder sobre os filhos e a estes muitas vezes não resta outra opção senão cumprir a vontade daqueles, sob pena de castigo. Naturalmente, esse aspecto vai desaparecendo na medida em que os filhos amadurecem e tornam-se capazes de tomar suas próprias decisões, mas a disciplina recebida na infância deve ser retida para toda a vida, quer os pais tenham já envelhecido ou mesmo já não estejam conosco (cf. Hb 12.7, 9-11; Pv 6.20-23). A este respeito, podemos citar o exemplo de Jesus que, mesmo consciente da Sua missão divina e que tudo o que fazia era em obediência à vontade de Seu Pai celestial, nem por isso deixou de ser submisso à autoridade de seus pais terrenos (Lc 2.49-51). Consideremos, por exemplo, como o livro de Provérbios exorta com freqüência os jovens e adultos a não abandonarem a disciplina, a instrução, os conselhos de seus pais, e como agir de outra forma é o mesmo que os envergonhar e desonrar, trazendo-lhes vergonha e tristeza (Pv 1.8-9; 10.1, 5; 15.5; 29.3). Neste sentido, lembremo-nos que as Escrituras mencionam mais de um exemplo de filhos já em idade madura que desprezaram a vontade ou os conselhos de seus pais, e não apenas trouxeram desonra para seus genitores, mas eles mesmos experimentaram a reprovação divina (cf. Gn 26.34-35; 27.46). 

III – HONRAR OS PAIS SIGNIFICA NÃO OS ABANDONAR NA VELHICE Outro aspecto da honra devida aos pais que precisa ser ainda mais enfatizado na medida em que os filhos amadurecem é o da atenção e cuidado que os pais merecem, especialmente na velhice. É verdade que, para unir-se à sua mulher e formar a sua própria família, o homem precisa deixar pai e mãe. Isto, porém, não significa abandoná-los nem os esquecer; significa apenas que, ao se casar, o homem assume a responsabilidade de ser chefe de uma nova família. Se antes os pais trabalharam entesourando para os filhos, agora é a vez de os filhos retribuírem assistindo-os nas suas necessidades que, devido às limitações financeiras ou físicas em razão da idade, os pais já não podem suprir sozinhos. Tão importante é este aspecto do dever filial que o apóstolo Paulo associa a negligência dos filhos em assistir os pais necessitados à apostasia da fé (1 Tm 5.4, 8), e Jesus repreendeu severamente os fariseus por usarem de interpretações capciosas da lei para se evadir a esse dever (Mt 15.3-6). Notemos mais uma vez, a esse propósito, o exemplo do próprio Jesus no cuidado com Sua mãe até no Seu último momento de vida (Jo 19.25-27). 

CONCLUSÃO Vimos que o mandamento “honrará a teu pai e tua mãe” encerra diversos aspectos do nosso dever filial, bem como define a importância de respeitarmos, amarmos e cuidarmos de nossos pais enquanto os temos conosco, e mesmo depois que partirem, mantendo-nos em nossa terna memória e não abandonando os seus preciosos ensinamentos para nossa vida. 

PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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