09 maio 2024

006-Conflitos no casamento - Família Lição 06[Pr Afonso Chaves]08mai2024

 

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LIÇÃO 6 

CONFLITOS NO CASAMENTO 

TEXTO ÁUREO: “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1 Pe 3.7) 

LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 3.1-7 

INTRODUÇÃO Nesta e na próxima lição trataremos de uma situação que em si não é agradável, mas não apenas é possível, como também frequente de ocorrer e geralmente minimizada em seus efeitos negativos, e que diz respeito aos conflitos ou desentendimentos em família. E, começando com situações envolvendo particularmente os cônjuges, veremos que entender a vontade de Deus e saber como lidar com conflitos que começam aparentemente pequenos pode evitar que estes se tornem em verdadeira ruína para toda a família. 

I – LIDANDO COM AS CAUSAS DOS DESENTENDIMENTOS CONJUGAIS Vários são os fatores que podem levar a desentendimentos entre o casal, desde aqueles relacionados ao comportamento de cada cônjuge, envolvendo diferenças de temperamento, falta de comunicação ou atenção; passando por problemas de ordem material, como dificuldades financeiras, enfermidades, etc.; até os problemas de natureza espiritual. Considerando-se que ambos sejam cristãos, podemos começar dizendo que conflitos resultantes desses fatores podem ser evitados a partir do conhecimento da palavra de Deus, pois nela encontramos princípios e orientações suficientes para que os cônjuges (assim como qualquer pessoa) possam identificar e encontrar a melhor solução para esses problemas, antes que a integridade do relacionamento seja prejudicada. O relacionamento conjugal, mais do que qualquer outra forma de relacionamento humano, deve ser pautado pelo mandamento: “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, tanto mais porque os dois formam um só corpo, de maneira que o cônjuge que não busca a paz e harmonia com o outro não quer, na verdade, a sua própria paz; e não apenas não deve esperar receber o bem que não presta ao outro, mas certamente colherá o mal contra si mesmo (Ef 5.28; Mt 7.12; Gl 6.7-8). Muitos conflitos surgem a partir da intolerância de um cônjuge em relação ao comportamento ou à forma de ser do outro, e uma atitude de julgamento em relação àquilo que, na verdade, nada tem de errado ou pecaminoso, mas é apenas uma diferença de personalidade. Se devemos receber uns aos outros como aceitos por Deus independentemente dessas diferenças, quanto mais aqueles cujo amor foi selado pelo vínculo do casamento (Rm 14.10-12, 19; 1 Co 13.4-7). É verdade que o namoro é o tempo ideal para ambos se conhecerem neste aspecto das diferenças e confirmarem se o amor de um pelo outro é verdadeiro ou apenas baseado em aparências; mas um nunca será exatamente igual ao outro, e de qualquer modo muitos conflitos serão evitados se o casal estiver disposto a mortificar o orgulho – as mulheres sendo sujeitas aos seus maridos, e estes não se irritando contra elas (Cl 3.18-19). A estas considerações, acrescentamos também que o perdão é extremamente importante para lidar com situações que podem se tornar conflitos de graves conseqüências para o casal. Como o Senhor Jesus suficientemente nos ensinou, aquele que ama o próximo não apenas perdoa quando é buscado pelo que o ofendeu, mas ativamente busca o ofensor para reconciliação (Mt 5.23-26; 18.15, 21-22; cf. Rm 12.20-21). Quanto mais ambos os cônjuges, no caso de uma palavra ou atitude notadamente ofensiva, deveriam buscar um a outro imediatamente para reconciliação, evitando que qualquer mal entendido lançasse raízes de amargura no coração do outro (Ef 4.26; Hb 12.15; cf. 1 Pe 3.7)? 

II – LIDANDO COM CÔNJUGES INCRÉDULOS A situação de um casal constituído de um fiel e um incrédulo – isto é, alguém que não crê ou segue ao Senhor Jesus – apresenta particularidades que podem ser fatores de desentendimentos entre ambos, mas, mesmo assim, precisamos considerar esta situação com cuidado. A união desse casal é tão válida e indissolúvel quanto a de um casal de crentes, ou mesmo de incrédulos; e, considerando que muitos, apesar da incredulidade, possuem amor sincero por seus cônjuges e não desejam abandoná-los, mesmo quando estes professam sua fé em Cristo, o apóstolo orienta ao casado cujo cônjuge não é crente a não o abandonar. Entende-se que o incrédulo que consente em permanecer com o crente não se opõe explicitamente ao evangelho, e por isso é santificado pelo convívio com este, podendo ser influenciado a ponto de, eventualmente, converter-se ao Senhor; de outro modo, teria abandonado o cônjuge crente e, neste caso, o apóstolo apenas orienta a não se insistir em que o incrédulo permaneça, pois isto resultaria em tribulação e servidão para o crente (1 Co 7.12-16; cf. 1 Pe 3.1-2). De qualquer modo, a situação de um casal formado por um crente e um incrédulo implica sim em potenciais conflitos e desentendimentos, e esta é uma das razões pelas quais o conselho de Deus para os solteiros é não buscarem esse tipo de união (2 Co 6.14-18; cf. 1 Co 7.39), pois o conflito de propósitos espirituais entre ambos bem pode resultar no crente sendo esmagado e vencido pelo erro e apostasia, tendo-se exposto a essa tentação por deliberada escolha. Embora não seja um exemplo de justiça e devoção ao Senhor, consideremos, a título de exemplo, como os pecados do rei Acabe se tornaram ainda piores após casar-se com Jezabel (cf. Dt 7.1-4; 1 Rs 16.30-33). Na situação daquele que se converte ao Senhor depois de casado, se o incrédulo consente em permanecer, deve o crente estar preparado caso aprouver a Deus testar sua fé, suscitando oposição da parte do incrédulo por causa do Evangelho e do nome de Cristo, sabendo que agradará a Deus se, neste caso, for maltratado mesmo sendo fiel (1 Pe 2.18-19). 

III – LIDANDO COM A INFIDELIDADE CONJUGAL Não resta dúvida que a infidelidade é a pior coisa que poderia ocorrer a um dos cônjuges, sendo conseqüência de uma situação que nem sempre começa na concupiscência, mas em conflitos e desentendimentos menores não resolvidos, os quais com o tempo minam o amor conjugal e, conseqüentemente, produzem indiferença ou mesmo recusa em se relacionarem intimamente um com o outro. É nessa defraudação que Satanás se insinua, tentando um ou ambos os cônjuges a serem desleais e buscarem, agora a mera satisfação carnal, em uma pessoa estranha ao relacionamento (1 Co 7.3-5). Ora, o relacionamento íntimo do casal é chamado de “amor” nas Escrituras, pois é a expressão suprema e consumadora do amor conjugal (Ct 4.10), do qual somente pode desfrutar aquele que preserva esse amor e o fortalece ao longo do relacionamento – o que implica em lidar com as causas de conflitos e desentendimentos já mencionados, quando se manifestam (Pv 5.18-19; Ec 9.9). Mesmo assim, a infidelidade não constitui uma situação irremediável e final para o casamento; por esta causa, o apóstolo orienta aqueles que foram abandonados por seu cônjuge a permanecerem sós ou se reconciliarem – o que implica na possibilidade de arrependimento para aquele que pecou, e no dever de perdoar daquele que foi ofendido, a exemplo do próprio Deus, que não rejeitou o Seu povo desobediente e rebelde, mas instou para que Israel voltasse (1 Co 7.10-11; cf. Os 2.2, 13-16, 19; Jr 3.1). 

CONCLUSÃO Aquele que é casado deve lutar contra o seu próprio eu – isto é, contra o orgulho e o egoísmo – para que possa sempre ouvir, compreender, perdoar e, acima de tudo, amar seu cônjuge como a si mesmo e assim ambos poderem vencer as dificuldades que surgirem na sua caminhada.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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