28 dezembro 2021

001- A Criação dos Céus e da Terra - Gênesis Lição 01[Pr Afonso Chaves]28dez2021


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 LIÇÃO 1 

A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA 

TEXTO ÁUREO: “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados” (Gn 2.1) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 1.1-31 

INTRODUÇÃO A partir desta lição iniciamos um novo trimestre no qual estudaremos a primeira parte do livro de Gênesis, que vai do capítulo 1 ao 11. Esta é uma seção reconhecidamente distinta do restante desse livro, pois nela encontramos as origens dos céus e da terra, do homem, do pecado e da promessa de redenção, do culto divino, dos povos e nações e, finalmente, do povo de Israel. Do mesmo modo, nela encontramos os elementos das doutrinas mais importantes da Bíblia, de modo que, se não compreendermos essa narrativa das origens, jamais entenderemos o escopo de toda a revelação divina, nem seremos capazes de perceber sua progressão do princípio até o fim. 

I – DEUS CRIOU TUDO NO PRINCÍPIO (1.1-2) Embora a partir de um ponto de vista teológico poderíamos falar, inclusive com base bíblica, sobre a eternidade passada, ou a existência de Deus antes da criação; como nosso tema é Gênesis, devemos começar onde a narrativa começa: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Aprouve a Deus revelar aos homens antes a verdade sobre aquilo que eles podem ver do que aquilo que está muito além dos seus sentidos e compreensão. Não importa o que havia, ou o que aconteceu, antes; o fundamento da fé está no fato de que Deus criou todas as coisas (Hb 11.3). Naturalmente, princípio aqui não é num sentido absoluto, e sim num temporal; antes disso, era a eternidade passada, como chamamos. Eternidade, de fato, não tem começo nem fim – é característica exclusiva de Deus, que é imutável e não está sujeito ao tempo (Sl 90.2; 2 Pe 3.8). Princípio faz parte da criação e, portanto, o tempo passou a existir e a transcorrer a partir do momento em que Deus começou a criar. Importante também ressaltar o uso da palavra criar em relação a esse princípio. Fica evidente que tudo teve início em uma matéria que Deus teve de criar do nada. Desde a vastidão e beleza infinita do universo até as complexidades mais microscópicas de toda a criação, tudo o que existe foi moldado a partir dessa matéria original (Sl 148.5). E, de fato, a revelação passa a descrever essa matéria original, identificada por antecipação com os céus e a terra que conhecemos, mas que, de início, estava sem forma e vazia, e havia trevas sobre a face do abismo. Não era um caos, ou ruína, como sugerem algumas traduções e hipóteses mirabolantes; mas apenas matéria bruta, pronta para ser trabalhada pelo Espírito de Deus que estava ali presente, pronto para agir. Como o barro sobre a roda do oleiro, assim os céus e a terra seriam moldados, trabalhados pelo Criador até se tornarem nesta obra prima que testemunharia a glória, o poder, a grandeza e a sabedoria de Deus (Rm 1.20; Sl 19.1). 

II – DEUS SEPARA OS CÉUS, A TERRA E O MAR (1.3-10) É perceptível que todas as obras de Deus ao longo desta narrativa estão relacionadas aos “céus e a terra” criados no princípio. Poderíamos então, para fins didáticos, dividir a obra divina narrada no restante deste capítulo em duas etapas: Deus separando os céus, a terra e o mar, que seriam as “esferas” da criação, como que comodos de uma casa; e Deus ornando e povoando os céus, a terra e o mar, como que “mobiliando” esses cômodos e enchendo-os de moradores. A analogia com o modo de trabalhar dos homens não pára aqui. Assim como um artista ou artesão só pode fazer o seu trabalho com excelência durante o dia ou na claridade, do mesmo modo o Criador começa fazendo uma primeira separação entre a luz e as trevas (ou escuridão), e por isso mesmo declarando que a luz é boa. Não que o Criador precisasse da claridade física para executar a Sua obra, mas a Escritura implica aqui que, por ser a condição da matéria original, ainda não moldada por Deus (“havia trevas sobre a face do abismo”), a escuridão não condiz com o caráter de Deus, que é perfeição. Notemos que é o próprio Criador quem estabelece essa distinção, porque Ele é o aferidor do bem e do mal, e assim a luz passa a ser um símbolo da perfeição e plenitude do próprio Deus (Sl 132.12; 1 Jo 1.5). Por esta mesma razão, a obra de cada “dia” se completa num período de transição da escuridão para a claridade: “e foi a tarde e a manhã”. A narrativa prossegue então com a separação, nos dias subsequentes, entre os céus e a terra e, depois, entre a terra e o mar. Notemos que o aspecto original da “terra” era de águas, e que Deus formou os céus a partir de uma “expansão” – um espaço infinito – entre essas águas, de tal modo que houvesse águas encima e águas embaixo dessa expansão (v. 7; cf. 2 Pe 3.5-6). Depois, dentre as águas embaixo da expansão, o Senhor fez surgir a terra seca propriamente, que se tornará sinônimo da habitação dos homens, em oposição à morada de Deus, chamada de céus (At 17.26; Jr 5.22). 

III – DEUS ORNA E POVOA OS CÉUS, A TERRA E O MAR (1.11-31) Ainda no terceiro dia da criação, tendo separado os diferentes ambientes da existência física, o Todo-poderoso passa a prepará-los para acomodarem os seres que ainda criaria em multidão, especialmente o homem (cf. Is 45.18; Sl 8.4-8). Da terra seca, Deus faz surgir a vegetação, nas suas diferentes espécies, cada qual tendo o seu próprio modo de se reproduzir e se perpetuar e assim servir de alimento. No quarto dia, forma o sol, a lua e as estrelas nos céus, a fim de comunicar a luz como testemunho do caráter divino e de permitir que o homem faça a sua obra, seja no aspecto físico ou espiritual (Jo 9.4; 1 Ts 5.5). No quinto dia, Deus cria os primeiros exemplares de uma forma de vida mais elevada que as plantas – os seres de alma vivente. E, depois de encher deles as águas do mar e a face dos céus, já no sexto dia, é a vez da terra seca, sobre a qual são criados os animais que estarão mais próximos do homem e, por isso, são agrupados conformemente: gado (animais domésticos), répteis (animais peçonhentos, rastejantes e geralmente impuros) e bestas-feras (animais selvagens). Finalmente, ainda no sexto dia, o Senhor Deus arremata Sua obra com a formação do primeiro casal humano. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” sugere o conselho do Pai com o Verbo divino, a Palavra viva que estava com Deus no princípio como seu Filho e Discípulo, e sem o qual nada do que foi feito se fez (Jo 1.1-3; Cl 1.15-17). A menção particular do conselho divino tomado em relação ao homem mais uma vez destaca a importância deste no propósito de Deus, o que é reforçado pelo fato de que ele é o único ser criado “à imagem e semelhança de Deus”. Isto se refere à capacidade de o homem “imitar” as qualidades excelentes do caráter santo, justo, bom e verdadeiro daqu’Ele que o criou (cf. Ef 4.22-24; Cl 3.9-10) e, nesta condição, exercer o domínio sobre a criação, do mesmo modo que Deus é o verdadeiro dominador dos céus e da terra (cf. Ap 6.10). Eis, portanto, por que o homem foi criado: para conhecer a Deus na excelência do Seu poder e sabedoria e, tornando-se participante de uma comunhão em virtude e graça com o Criador, desfrutar dos benefícios da criação, administrando-a para a glória de Deus (At 17.27-28; 14.17). 

CONCLUSÃO Deus revela a Sua misericórdia e graça para conosco na criação, ao desvendar toda a Sua obra se desenvolvendo no sentido claro de nos trazer à existência num mundo em que pudéssemos desfrutar de inúmeras benesses e contemplar a grandeza do Criador, e assim render-lhe grata obediência e louvor.

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21 dezembro 2021

013-O significado do Nascimento de Jesus - Lição Avulsa [Pr Afonso Chaves]21dez2021


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 LIÇÃO 13 

O SIGNIFICADO DO NASCIMENTO DE JESUS 

TEXTO ÁUREO: “Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo! E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo”. (Lc 1.68-69) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 1.46-55 

INTRODUÇÃO Aproveitando o ensejo em que nos encontramos no período do ano em que se afirma “comemorar” o natal – isto é, o nascimento – de Jesus Cristo, queremos dar por encerrado o tema principal do trimestre, que foi “ética cristã”, e dedicar esta lição ao tema em epígrafe. Não apenas porque é necessário lembrar os cristãos de que este é um evento importante em toda a história da salvação e que, de fato, merece ser bem compreendido. Mas, assim como ocorre com a Páscoa, a sociedade dita “cristã” profana de tal forma o que chamam de “comemoração natalina” que, toda vez que chegamos a esse período do ano, devemos nos lembrar desse acontecimento à luz das Escrituras Sagradas a fim de não incorrermos no mundanismo e na falsa religiosidade. 

I – A NECESSIDADE DA VINDA E DO NASCIMENTO DE CRISTO A vinda do Filho de Deus a este mundo é um acontecimento de implicações tremendas para a realização dos desígnios divinos, e desde os primeiros tempos da criação vinha sendo prefigurada, prenunciada e profetizada. Desde os primeiros raios da revelação divina, o Espírito Santo quis comunicar ao homem que o Criador, o Altíssimo, não vive nem opera “só”, por assim dizer; mas como que “compartilha” a glória, a felicidade e o amor inescrutável da divindade com um Filho unigênito (Gn 1.26; Sl 2.6-7; Jo 1.1; 17.5). A este Filho, Deus propôs exaltar como herdeiro e senhor de tudo o que é Seu, através de um processo pelo qual toda a criação, ao mesmo tempo em que conheceria esse propósito glorioso, também se salvaria em consequência dele. Assim, a vinda de Cristo ao mundo vinha sendo revelada nas Escrituras como uma grande obra pela qual o Senhor seria sumamente engrandecido e o Seu povo seria eternamente salvo, redimido e libertado da opressão do pecado. A entrada no pecado no mundo e suas consequências foram providenciais para a realização desta obra. Por mais odioso que o pecado seja aos olhos de Deus, nada escapa à soberania divina, de modo que mesmo o pecado tem o seu lugar no propósito divino de engrandecer a Cristo Jesus, e tornar a criação participante de uma glória que somente poderia desfrutar através da graça e da redenção (Rm 5.17-18, 20-21; 11.32). Assim, tão logo veio à luz a nova realidade do homem, produzida pela desobediência, revelou-se os primeiros sinais de um Salvador que sem falta subjugaria o pecado e traria o homem de volta à sua plena realização com Deus (Gn 3.15). Que este Salvador deveria não apenas vir ao mundo para completar esta obra e ter entrada na plenitude que Lhe estava reservada pelo Pai, mas vir ao mundo como homem; faz parte do caminho traçado por Deus para essa exaltação, e desde cedo foi revelado pelo Espírito. Primeiro, porque a vinda do Filho ao mundo consistiria num testemunho de obediência e submissão ao Pai sob qualquer circunstância, e esse testemunho só poderia ser perfeito se Cristo assumisse a forma em que Sua obediência mais pudesse ser posta à prova – a forma humana, que, dentre todas as outras, é a que mais padece as consequências do pecado (Fp 2.5-11; Hb 2.6-10). E, segundo, porque, justamente para salvar e resgatar aqueles que mais perderam em consequência da Queda, o Filho de Deus precisava se fazer semelhante a eles, pois somente assim poderia atender às demandas da justiça divina, pagando com sua própria vida divina e humana os pecados que os homens haviam acumulado diante do Altíssimo (Hb 2.17; 7.26-28; cf. Is 53.4-6, 10-12). 

II – OS PREPARATIVOS PARA O NASCIMENTO DE CRISTO O Filho de Deus não poderia ter vindo ao mundo numa conjuntura mais perfeita do que aquela em que nasceu: Israel já havia alcançado maturidade espiritual, tanto em seus fracassos na obediência ao Senhor como na esperança de redenção fomentada pelas profecias (Gl 3.23-24; 4.4-6); era o tempo indicado muitas vezes no passado, ainda que de forma enigmática (Is 7.14-16; Ag 2.6-7; Ml 3.1). Muitos israelitas nutriam ansiedade e esperança na aparição iminente do Messias; alguns tinham até a certeza de que O veriam em vida (Lc 2.25-26, 36-38). Contudo, nem todos estavam preparados; e preparação era algo necessário, haja vista que o Messias viria não apenas para salvar, mas também para julgar e expor os ímpios (Ml 3.2-5). Por isso, Deus enviou primeiramente João, cujo ministério excepcional foi o de preparar para o Senhor um povo bem disposto (Lc 1.16-17; Mt 3.1-12). 

III – AS CIRCUNSTÂNCIAS DO NASCIMENTO DE CRISTO Se a concepção de João Batista, o precursor, foi algo maravilhoso – um milagre de Deus – a de Jesus Cristo foi algo ainda mais tremendo e, ao mesmo tempo, misterioso. Não vamos discorrer sobre a doutrina da encarnação e da concepção virginal de Maria, mas convém a necessidade indispensável de que assim o fosse, pois do contrário Cristo seria apenas humano, como João. Ao ser a semente da mulher fecundada por virtude e vontade do Espírito, e não do homem, o menino que ela conceberia como o seu primogênito seria ao mesmo tempo o Filho unigênito de Deus, por conta de Sua eterna existência junto ao Pai e procedência para habitar no ventre da virgem (Lc 1.31-35; Jo 1.14; 1 Tm 3.16a; Gl 4.4). A fim de cumprir a profecia, e servir de sinal maravilhoso para os filhos de Israel, o Filho de Deus não apenas nasceu de uma virgem desposada com um legítimo descendente de Davi, mas, à semelhança daquele cujo trono ocuparia por toda a eternidade, nasceu na mesma cidade do filho de Jessé – ainda que para propiciar Seu nascimento nesse local a providência divina tenha movido todo o mundo (Lc 2.1-11). A época exata do ano é difícil determinar, embora, pelo contexto fornecido no anúncio aos pastores que guardavam suas ovelhas nas campinas, possamos dizer que não teria sido durante uma estação rigorosa e árida como o inverno – o que nos permitiria questionar tanto a imagem como a data tradicionalmente atribuídas a este acontecimento. As narrativas evangélicas destacam os testemunhos que muitos receberam da parte de Deus quanto àquela criança nascida numa estrebaria, mas não da parte dos grandes da terra, sejam políticos ou religiosos. Notemos que não são estes, mas são os mais simples e humildes do povo – pastores de ovelhas, anciãos e viúvas – que foram notificados por Deus acerca da chegada do Messias. E, mesmo quando a atenção dos grandes é despertada, algum tempo depois, são magos vindos do Oriente – isto é, gentios de terras distantes – que foram preferidos a receberem a revelação e, conduzidos precisamente até onde o Filho de Deus se encontrava, puderam adorá-lo (Mt 2.1-12). 

CONCLUSÃO O natal de Cristo é um evento maravilhoso e inesquecível para qualquer crente que ama o Salvador, porque aponta para a razão pela qual Cristo veio ao mundo: morrer pelos nossos pecados. Se tivermos de comemorar, que em verdadeira gratidão e votos de maior fidelidade a Deus por nos ter dado Seu Filho unigênito. Não profanemos este acontecimento e sua memória com comida, bebida, presentes, que são coisas lícitas, desde que não haja o impulso do consumismo, da glutonaria e outros apetites carnais. Mas, definitivamente, não são o natal de Cristo.

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14 dezembro 2021

012-A Ética Cristã no Ministério - Ética Cristã Lição 12[Pr Afonso Chaves]14dez2021

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 LIÇÃO 12 

A ÉTICA CRISTÃ NO MINISTÉRIO 

TEXTO ÁUREO: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros”. (Jo 13.13-14) 

LEITURA BÍBLICA: ROMANOS 12.6-21 

INTRODUÇÃO Como em todas as demais áreas da vida pessoal e social, o ministério cristão é igualmente orientado por sólidos princípios éticos, e sua aprovação depende da fidelidade ao compromisso ético que se espera de todo cristão. Embora seja um dos últimos aspectos que analisaremos à luz da ética cristã, veremos que o ministério é aquele em que o indivíduo vê e sente mais claramente a realidade do seu dever para com um Deus que é santo e que nos contempla em toda a nossa maneira de viver. 

I – O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO 1) Todo cristão é chamado para o ministério. Quando falamos em ministério, a primeira coisa que vem à mente de muitos é a separação para um “cargo” ou “função” dentro dos quadros de liderança da igreja, cujos integrantes são chamados de “obreiros” ou “ministros”, propriamente. Mas, à luz das Escrituras Sagradas, o ministério cristão consiste, primeiramente, no chamado feito por Cristo a todos os que desejam ser Seus discípulos para que tomem a sua cruz e O sigam (Mc 8.34; Jo 12.25-26). É o chamado para renunciarmos nossos interesses e tudo o que possa se interpor entre nós e Cristo, e andarmos nos Seus passos, imitando nosso Mestre em todas as coisas, mas, principalmente, no servir uns aos outros (Mt 20.26-28; Jo 13.34-35). Afinal, ser ministro é ser um servidor. Assim como Ele deu a Sua vida para nos salvar, e por isso nos consideramos constrangidos pelo Seu amor a servir a Deus e a Cristo; devemos entender que esse serviço consiste em dar a nossa vida pelos outros, fazer tudo por eles, buscando o seu interesse e visando o seu bem maior e, eventualmente, a sua salvação. Não importa o status eclesiástico nem a qualificação social; todo cristão é chamado para ser ministro de Cristo em favor do próximo. 2) Cada um possui um chamado distinto. Seja no âmbito da igreja ou nos círculos mais amplos da sociedade, o cristão é chamado para servir de acordo com a capacidade que lhe foi concedida por Deus; para atender às necessidades do corpo de Cristo, o Espírito de Deus distribui dons espirituais para aquele que for útil (1 Co 12.8-11; Ef 4.7). Do mesmo modo, para servir aos que estão de fora, é necessário capacitação do alto, e uma mente submissa ao senhorio do Salvador, afim de que os talentos ditos “naturais” sejam empregados com sabedoria e entendimento, e Deus possa ser glorificado, e Cristo ser visto em nós, independente daquilo que fazemos e dos meios de que dispomos para servir àqueles que ainda não conhecem a salvação de Deus (At 1.8; 1 Co 10.31). 3) Atendendo ao chamado divino. Não ignoramos, contudo, que alguns dentre nós são chamados para um propósito mais “espiritual”, por assim dizer – um propósito que se manifesta na forma de um ministério ainda mais centrado no evangelho do que qualquer outra atividade ou trabalho poderia ser (Mt 4.19). É o que muitos designam de forma exclusiva como “ministério”, embora, em termos bíblicos, a diferença seja apenas de grau – na verdade, é uma medida diferente do dom de Cristo, uma responsabilidade que, sob a ótica do reino de Deus, é maior do que as demais; mas, ainda assim, é um ministério como o de qualquer outro cristão “não ordenado”, ou “separado” como obreiro na casa de Deus (cf. Rm 12.3-8; 1 Co 12.28-30). Esse chamado pertence a poucos, é excelente e maravilhoso, pois lida com dispensar diretamente das coisas de Deus para os homens; mas, por outro lado, implica em tão grande responsabilidade e demanda tão alto comprometimento que é necessário por a prova aqueles que acreditam ser vocacionados, ou que são apontados como candidatos ao “ministério pastoral” (Mt 24.45-51; 1 Tm 3.1-7, 10). E não ser apto para este ministério não significa não ser apto para ministério algum; melhor que o cristão compreenda e trabalhe com os talentos que o seu senhor verdadeiramente lhe confiou do que assuma mais do que sua capacidade alcança e depois tenha que prestar contas de seu fracasso (Mt 25.14-30). 

II – O DESEMPENHO DO MINISTÉRIO 1) Sendo fiel na administração dos talentos. O fato é que Deus não impõe carga maior do que não sejamos capazes de levar, embora os homens o façam e nós mesmos sejamos levados a assumir compromissos antes de “fazer as contas dos gastos”. O Senhor não atenta mais para o que faz muito do que para aquele que faz o que lhe foi confiado com fidelidade; e ser fiel significa empregar todos os recursos que nos foram confiados com eficiência, sem desperdícios e sem parcimônia. Quem recebe muito pode produzir muito; quem recebe pouco, pode produzir pouco – nem mais, nem menos (1 Pe 4.10-11; 1 Co 4.1-2). 2) As motivações do ministério cristão. Enquanto muitos, carentes da luz do evangelho de Cristo, fazem o que sabem fazer melhor visando seus interesses pessoais, que muitas vezes incluem o mal de outros; o cristão deve estar atento às motivações que o impelem a servir. É verdade que Deus faz todas as coisas contribuírem para o bem dos que O amam, e até mesmo os mal intencionados de algum modo servem de instrumentos para cumprir o Seu propósito; mas, a um nível pessoal, uma motivação errada pode ser muito prejudicial à fé, além de ser moralmente condenável (Fp 1.15-18). Servimos ao próximo não por vaidade ou vanglória, nem visando alcançar benefícios de ordem material, como louvor, riquezas ou poder; nossa sincera motivação deve ser o amor de Cristo, que, não visando Seu próprio interesse, mas o de seu Pai, entregou-se por nós. Nós também, constrangidos por esse amor, devemos servir aos nossos semelhantes simplesmente porque Cristo morreu não somente para nos salvar a nós, mas também a eles – para salvar o mundo (2 Co 5.14-15; 1 Co 9.16-23). 

III – O ENCERRAMENTO DO MINISTÉRIO 1) Perseverança até o fim. Um aspecto muito bem ilustrado da vocação cristã é o do termo da responsabilidade que nos é confiada. Ser fiel no ministério significa servir até o fim; em outras palavras, nada pode nos privar do nosso chamado (Ap 2.25; Lc 19.13). Circunstâncias adversas e de ordem física ou terrena podem afetar o modo ou aquilo em que servimos, mas de algum modo a providência divina não nos deixará inúteis enquanto vivermos. A ordem é trabalhar até que o Senhor volte; e somente por negligência ou covardia ante os desafios da vocação cristã poderíamos de algum modo querer dar por encerrada nossa missão – embora tal atitude seja indigna aos olhos de Deus (Lc 9.62). 2) A recompensa do servo fiel. Embora motivados pelo amor de Cristo e desinteressados de qualquer recompensa passageira que possa haver debaixo do sol, nem por isso nosso trabalho será indiferente no final, nem o Senhor recompensará do mesmo modo o fiel e o negligente (1 Co 3.8, 14; Ap 22.12). Pelo contrário, somente o fiel será recompensado – e muito bem recompensado, de tal modo que toda responsabilidade, todo esforço e aprimoramento, será contado e valorizado. Bem disse o apóstolo: “Vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Co 15.58). 

CONCLUSÃO Cada cristão é chamado e capacitado por Deus para um propósito único. Em algum momento podemos ser assaltados pela incerteza sobre o que devemos fazer, e se o que fazemos realmente é importante; mas não negligenciemos o nosso chamado, pois em Deus encontramos a direção sobre o caminho a seguir; e não menosprezemos a nossa obra, pois Deus recompensará abundantemente aqueles que forem fiéis à visão celestial.

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07 dezembro 2021

011-A ética cristã e os seus desafios - Ética Cristã Lição 11[Pr Afonso Chaves]07dez2021

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 LIÇÃO 11 

A ÉTICA CRISTÃ E OS SEUS DESAFIOS 

TEXTO ÁUREO: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”. (2 Tm 3.1) 

LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 3.1-17 

INTRODUÇÃO Nesta lição faremos algumas considerações a respeito de desafios enfrentados pelos cristãos nos tempos atuais. Em grande medida, esses desafios resultam da necessidade de mantermos firmemente os princípios da ética cristã em meio a uma sociedade que está espiritualmente decaída e moralmente fracassada, e que por isso questiona os valores bíblicos a partir de suas próprias “razões”. Considerando a importância de tudo o que estudamos ao longo deste trimestre, é necessário estarmos prontos tanto para reconhecer e identificar as diferentes formas que esse desafio pode assumir, como também nos equiparmos apropriadamente com as armas da verdade e da justiça a fim de enfrentá-lo e vencê-lo. 

I – O DESAFIO DA DEPRAVAÇÃO MORAL DO HOMEM 1) A aversão da natureza humana à lei de Deus. Considerando que a ética cristã trata nada menos que das leis de Deus e de sua aplicação em todos os aspectos da vida, o maior desafio encontrado pelo fiel em viver à luz dos princípios éticos e bíblicos é a natureza humana com que tem de lidar, não apenas no seu relacionamento com o próximo, mas também no seu próprio interior. O homem natural é uma criatura moralmente depravada, que tende a amar aquilo que a lei divina reprova ou proíbe e, mesmo quando inibido por algum escrúpulo, não deixa de fomentar o pecado em sua mente, e de buscar meios para realiza-lo sutilmente, e de justifica-lo e sentir-se menos culpado do que deveria (Rm 8.5, 7-8; Ef 4.17-20). Enfim, o fato é que o homem natural não ama a lei de Deus, e essa aversão da carne só pode ser mitigada pela obra do Espírito Santo, pela graça da salvação. Por um momento, podem até aprovar, louvar aqueles que fazem o bem; em outras ocasiões, demonstrarão uma indiferença ante a excelência daqueles que não são capazes de seguir os mesmos passos; mas, quando pressionados pela sua verdadeira natureza, eles não se sentirão envergonhados de se opor e perseguir aquele que é justo, santo e temente a Deus (1 Pe 4.1-4; Jo 15.19-21; 1 Jo 4.4-6). 2) O conformismo e a hipocrisia religiosa. Por outro lado, aqueles que uma vez foram alcançados pelo evangelho e agora têm Cristo gerado em seus corações, suas mentes inclinadas e bem-dispostas a cumprir a vontade de Deus, também enfrentam o desafio da depravação moral na forma de uma luta mais acirrada em seu interior (Gl 5.17, 24; Mt 26.41). A velha natureza precisa ser continuamente mitigada através de um renovado compromisso com a palavra de Deus e de uma constante revisão de nossos valores, tão facilmente influenciados pela sociedade e por falta de vigilância e oração (Rm 12.1- 3). A negligência neste dever, se não corrigida a tempo, leva ao conformismo ou à “mornidão espiritual” – onde, não tendo força e coragem suficiente para manter firme posição ante as insinuações do mundo, o indivíduo transige, mantendo um compromisso apenas intelectual, mas na prática jamais entrando em situações de confronto, preferindo se curvar sem protestos aos padrões da sociedade decaída (1 Jo 2.14- 16; 5.3-4). Um comportamento transigente, por sua vez, é ainda mais prejudicial para a causa da ética cristã, pois acusa a lei divina de ser pesada ou mesmo indigna de ser cumprida; além de escandalizar tanto os fiéis como os incrédulos pela ambiguidade daqueles que pregam uma coisa e fazem outra (2 Tm 3.5; Mt 18.6-10). Lições da Escola Bíblica Dominical 3º Trimestre de 2021 22 

II – O DESAFIO DA DOUTRINAÇÃO MATERIALISTA 1) Os clamores da falsa ciência. Na sua natural oposição à lei de Deus, a sociedade humana busca embasar seus próprios valores em diferentes fontes de conhecimento e através de diferentes métodos de comprovação “científica”. De fato, “ciência” tornou-se sinônimo de verdade para aqueles que não creem na origem divina das Escrituras, e tem sido empunhada como uma arma contra tudo aquilo que não esteja no alcance de seus instrumentos de análise, especialmente visando desbancar os princípios e valores éticos orientados pela palavra de Deus. É necessário estar atento não apenas à educação formal incutida na mente de nossas crianças nas escolas seculares, mas à exposição mais sutil de todos nós a essa doutrinação, ventilada principalmente nos meios de comunicação, e muitas vezes perceptível até mesmo nos temas de nossas conversações (1 Tm 6.20; Pv 22.6; Ef 6.4). 2) Os clamores da falsa religião. Por sua vez, o meio cristão tem sido constantemente invadido por pretensos pregadores e líderes que, ao invés de reforçarem a necessidade de se viver de acordo com a ética cristã, procuram subterfúgios, muitas vezes nas próprias Escrituras, para fugir às demandas da santidade e pureza de uma vida que agrada a Deus (Fp 3.19; 2 Pe 2.1-3, 17-19). Outros ainda, ignorando completamente a prática da piedade cristã, alimentam a cobiça subjacente no coração dos mais fracos, incentivando os fiéis a buscarem seus “sonhos” a todo custo, levando-os a se comprometerem e a amarem mais os seus próprios interesses do que a vontade de Deus – assim enfraquecendo todos os princípios éticos, tornando-os facilmente negociáveis diante da sociedade (Mt 16.24-26). 

III – O DESAFIO DO SUBJETIVISMO RELIGIOSO 1) A objetividade da ética cristã. Em razão da acentuada depravação moral da sociedade e do esvaziamento e desvalorização da ética cristã através da massiva doutrinação materialista, o “cristianismo” tende a ser reduzido pelos de fora a um conjunto de emoções e experiências subjetivas, e muitos “cristãos” aceitam essa redução e se alegram com o que lhes resta. Contudo, a ética cristã trata de princípios e valores objetivos e muito bem definidos, que permitem definir este ou aquele comportamento como “certo” ou “errado” aos olhos de Deus. Muito embora a atitude de considerar a ética um conjunto de atos exteriores acabe levando a outro tipo de erro – do legalismo – a verdade é que a vida cristã começa com uma experiência objetiva com Deus, cujo fruto é um caminhar que consciente e visivelmente testifica dessa experiência (1 Pe 1.17-25; Rm 5.1-5; cf. Is 58.13). 2) A Escritura é o fundamento da verdadeira ética cristã. Para ser objetiva, como já estudamos em lição anterior, a ética cristã precisa ser bíblica, baseada na Escritura. Qualquer definição que divague para fora desses termos cairá no relativismo e num subjetivismo cuja aprovação dependerá, em última análise, do homem, e não de Deus. E Deus não dá a Sua honra aos ídolos criados pelo homem – sejam eles estatuetas, sejam comportamentos, sejam palavras e pensamentos (Cl 2.20-23; Mc 7.7). 

CONCLUSÃO Para vivermos de acordo com os princípios de uma ética sadia e bíblica, devemos estar cientes de que encontraremos muitos desafios e seremos confrontados e constrangidos de alguma forma a questionar esses valores e abandoná-los. Estejamos preparados para dar testemunho da verdade, e para viver e morrer por ela, pois, numa sociedade onde tudo vai mudando para se acomodar às preferências de cada geração, a ética cristã nos ajuda a definir até onde podemos pisar, seguros de que estamos sobre a Rocha eterna e inabalável, que não deixará nossos pés vacilarem.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
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