25 dezembro 2019

013-A Consagração do Tabernáculo - Êxodo Lição 13 [Pr Afonso Chaves] 24dez2019


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LIÇÃO 13 

A CONSAGRAÇÃO DO TABERNÁCULO 

TEXTO ÁUREO: 
“No primeiro mês, no primeiro dia do mês, levantarás o Tabernáculo da tenda da congregação.” (Ex 40.2). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 40.1-16 

INTRODUÇÃO 
Nesta lição será estudada a consagração do Tabernáculo, que só foi possível após a renovação do concerto. Além disso, a riqueza de detalhes que o Senhor exige na sua construção, bem como a prontidão do povo em obedece-Lo em tudo. 
Então o Tabernáculo é acabado e apresentado a Moisés, o qual o consagra, juntamente com os sacerdotes, seguindo-se então a presença do Senhor, que enche a casa. 

I – O TABERNÁCULO É ENTREGUE A MOISÉS 
Somente após a renovação do concerto que fora quebrado pelo povo é que a obra determinada por Deus é iniciada. 
O povo se anima para contribuir com os materiais requeridos e os artífices se apresentam para a construção do Tabernáculo; assim, de posse das ofertas, tanto dos metais quanto dos tecidos, e cheios da sabedoria de Deus, eles se põem a trabalhar. 
É a presença de Deus que é razão da alegria do povo, e um povo alegre tanto contribui quanto se dá diante do altar do Senhor para obedecê-lo e compreender perfeitamente a vontade de Deus (Rm 12.1, 2). 
Assim, toda a obra da tenda da congregação foi acabada, e os filhos de Israel fazem tudo conforme o que o Senhor ordenara a Moisés. Quando a presença de Deus é real no meio do Seu povo, este anda em conformidade com a sua vontade e em total obediência às suas determinações; não questiona os detalhes da obra – simplesmente obedece. 
Ao ver toda a obra que o povo havia feito, como o Senhor ordenara, Moisés abençoa o povo. 

II – DEUS MANDA LEVANTAR O TABERNÁCULO 
Chama muito a atenção os detalhes da obra de Deus e como Ele exige que tudo seja feito de acordo com a sua vontade. 
Por isso fazer a obra de Deus implica em ouvir à Sua voz e em obedecê-Lo. Deus determina a Moisés que o Tabernáculo seja levantado no primeiro mês, no primeiro dia do mês. 
E a ordem da montagem não poderia ser de acordo com a vontade dos sacerdotes. Primeiro seria levantada a Tenda da Congregação – o Lugar Santo e o Santíssimo. 
A primeira peça a ser colocada seria a Arca da Aliança, em seguida coberta com o véu. Depois viria a Mesa, e posto em ordem o que deveria estar sobre ela; depois, o Candelabro, e acesas as suas lâmpadas; e, por fim, o Altar do Incenso. 
Posto tudo em ordem dentro da Tenda, Moisés penduraria a coberta da porta do Tabernáculo. Os próximos utensílios seriam o Altar do Holocausto e a Pia, que ficariam do lado de fora, no Pátio, a Pia entre a Tenda da Congregação e o Altar do Holocausto, e nela seria colocada água. 
Por último, seriam levantados os muros do Pátio ao redor do Tabernáculo. Moisés então passaria a ungir todos os utensílios do Tabernáculo para santificá-los ao Senhor, assim como também a Arão e seus filhos, para a administração do sacerdócio. 
É importante observar que a toda obra inicia-se de dentro para fora do Tabernáculo, do sumo sacerdote para os sacerdotes. E Moisés fez tudo conforme a ordem de Deus (Ex 40.17-20, 33). 

III – A NUVEM COBRE O TABERNÁCULO 
Completada a obra de montagem e consagração, a Glória do Senhor encheu o Tabernáculo, como sinal da Sua presença e aprovação de toda essa grande obra. Assim se cumpre a Palavra de Deus que viria e habitaria no meio do Seu povo. 
Deus estava verdadeiramente tabernaculando entre o Seu povo. E isso era visível pela nuvem. Deus se manifestou de tal maneira que Moisés não podia entrar na Tenda da Congregação. 
A nuvem era um sinal para o povo; quando esta se levantava de sobre a Tenda, eles também deviam se levantar para caminhar. 
Enquanto ela estivesse sobre o Tabernáculo, o povo permanecia acampado. Ou seja, todos os passos do povo eram ordenados por Deus, e a cada dia o olhar do povo estava posto em Deus, esperando Sua determinação para aquele momento. 
A nuvem estava de dia sobre o Tabernáculo, e de noite estava a coluna de fogo, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas. Hoje, o povo de Deus na terra é a Igreja, que conta com a presença viva de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 
No tempo da graça, Deus habita no meio do seu povo através do Emanuel, conforme João 1.14, “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. 
O Senhor Jesus nos fez uma promessa ao seu povo: “não vos deixarei órfãos, tornarei para vós”. Tal promessa se cumpriu no dia de Pentecostes, com o derramamento do Espírito sobre a Igreja, de maneira que a Sua presença é real em nós, e assim somos o verdadeiro tabernáculo que Cristo consagrou pelo Seu próprio sangue (1 Co 6.19; Ef 4.4- 6; 1 Pd 2.4, 5). 

CONCLUSÃO
Após resgatar o povo do Egito, o Senhor o conduziu até o Monte Horebe, onde fez com eles uma aliança, de que faria deles sua propriedade peculiar, se obedecessem aos seus mandamentos. 
No entanto, o povo quebra esse concerto e então Deus não quer mais habitar mais entre eles. Após a intercessão de Moisés, Deus renova o seu concerto e então passa a habitar entre eles através do Tabernáculo, que é uma figura do próprio Cristo, que está hoje em nós e entre nós através do Espírito Santo. 

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18 dezembro 2019

012-O bezerro de ouro - Êxodo Lição 12 [Pr Afonso Chaves] 17dez2019


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LIÇÃO 12 
O BEZERRO DE OURO 

TEXTO ÁUREO:
 “Então, todo o povo arrancou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão, e ele os tomou das suas mãos, e formou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então, disseram: Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito” (Ex 32.6).

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 32.1-6 

INTRODUÇÃO A construção do Tabernáculo e a separação e consagração de Arão e seus filhos para o sacerdócio, tudo está no nível de ordenações dadas por Deus a Moisés, que ainda estava no alto do monte Horebe.
Antes disso ser cumprido, acontece o que registra o capítulo 32, alvo deste nosso presente estudo. O primeiro concerto, o povo quebra ao se envolver na idolatria, atraindo assim a ira de Deus que é aplacada pelo mediador – Moisés – por meio da intercessão e de argumentação sábia e no apresentar de um sacrifício de expiação pelos pecados, alcançando o perdão divino e a reconciliação.

I – O POVO SE DESVIA DE DEUS 
Moisés subiu ao monte e lá permaneceu durante quarenta dias e quarenta noites na presença de Deus. Enquanto isso, o povo lá embaixo começa a questionar a Arão pela demora de Moisés. Essa inquietação no meio do povo aflora em um pecado antigo – a idolatria. Então, o povo resolve fazer deuses que o acompanhassem na jornada.
Eles ainda não conseguiam andar por fé e precisavam de um deus que pudesse ser visto, apalpado – ainda que, tendo olhos, não via, e, tendo ouvidos, não ouvia. Assim acabam reduzindo o Deus Criador de todas as coisas a uma mera imagem esculpida em ouro (Is 40.19, 20; 41.7; 42.17).
Arão ordenou que o povo trouxesse seus pendentes de ouro e, trabalhando esse material, moldou um bezerro de ouro e disse ao povo: “Esses são os teus deuses que te tiraram do Egito”. Todo o ouro, prata, tecido que o povo possuía, ou seja, tesouros com que o Senhor enriqueceu o povo, agora é desviado para a idolatria, irritando ao Senhor (Os 2.8; Ez 16.17, 18).
O pecado de idolatria nunca está sozinho no homem, mas sempre será acompanhado por outros tipos de abominação diante de Deus. Apis era um deus egípcio e Baal, fenício; ambos eram representados por um touro, que para aqueles povos era símbolo da fertilidade.
Toda a festa a esses deuses era acompanhada de danças sensuais (vv. 5 e 6). O povo de Israel estava caindo em desgraça, primeiro porque comparava o Deus verdadeiro aos deuses de outras nações, e segundo porque seguiam o modelo daqueles cultos idólatras, diferentemente da proposta de Deus (Rm 1.22-25).

II – O POVO É DE MOISÉS E NÃO DE DEUS 
O Senhor manda Moisés descer do monte porque o povo lá embaixo já havia se desviado de Deus. A expressão de Deus chama a atenção: “...porque o teu povo que fizeste subir do Egito se tem corrompido...”.
Ou seja, após a queda, o povo já não pertence mais a Deus. O próprio Deus fala a Moisés que o povo era dele (Os 1.9). Um Deus santo e zeloso, de boas obras e um povo de coração obstinado, como caminhariam juntos em pleno deserto? Resta apenas uma sentença para o povo – a morte.
Contudo, Moisés é a figura do mediador perfeito e se coloca entre o povo e Deus, recorrendo às promessas de Deus feitas aos patriarcas. Isso é entrelaçar Deus e a sua própria palavra com a qual Ele tem seu único compromisso (Jr 1.11, 12; Is 55.10, 11).
Moisés desce do monte com as duas tábuas de pedra esculpidas por Deus com os Dez Mandamentos. No entanto, o povo já estava desviado dos propósitos de Deus. Havia festa no arraial. O povo estava no auge da alegria, mas mal sabia que era uma alegria efêmera, porque Deus estava irado e Seu juízo não tardaria.
Infelizmente as distrações dessa terra entenebrecem o entendimento do homem e este não tem consciência do perigo iminente. Moisés, ao chegar ao arraial, teve a real noção da situação do povo e quebrou as tábuas no pé do monte (vv. 19, 20).

III – O POVO QUEBRA A ALIANÇA COM DEUS 
O povo, ao fazer uma aliança com outro deus, havia quebrado sua aliança com o verdadeiro Deus. Afinal não se serve a Deus e a baal – não é possível servir a dois senhores. O fato de Moisés ter quebrado as duas tábuas revela que estas já não tinham mais sentido de existir porque o povo já havia quebrado o concerto. Portanto, quem quebra o verdadeiro concerto é o povo; Moisés quebra apenas as pedras que não tinham mais valor.
Arão, ao ser questionado por Moisés, culpa o povo pelo coração obstinado e diz que, ao receber os pendentes do povo, lançou o ouro no fogo “... e saiu este bezerro”. O homem nunca assume as suas responsabilidades diante de Deus.
A idolatria trouxe uma grande desgraça para o povo – morreram dentre eles três mil homens. Mas Moisés se apresenta diante de Deus pelo povo e faz propiciação pelos pecados do povo (vv. 9-14; 25-28; 30,32). Moisés conclama o povo a se converter a Deus, e eles respondem favoravelmente. Então se coloca diante de Deus, que fala com ele face a face. O povo recebe a notícia de que Deus não irá mais no meio deles.
Esta é para o povo uma péssima notícia e eles não se levantam para caminhar. Então Moisés roga a Deus pela Sua presença porque é ela que faz o povo ser diferente das demais nações (Ex 33.1-4; 12-14).
Esta renovação da aliança tem um significado muito importante dentro da teologia. Nota-se que o primeiro concerto, o povo não pode guardar, mas a renovação do concerto é realizada na base da propiciação dos pecados, que reconciliou o povo com o Seu Deus e garantiu a Sua presença com eles. É a partir do segundo concerto que o rosto de Moisés resplandece, e é a partir da renovação do concerto que o Tabernáculo então será levantado, sendo erigido por Moisés e então consagrado a Deus (Ex 34.10-14; 28-30).

CONCLUSÃO 
A atitude do povo em se entregar à idolatria mostrou mais uma vez o seu coração obstinado e também a grande misericórdia de Deus. Quanto ao primeiro concerto, o povo, se desviou e o quebrou; mas, na sua renovação, revelou-se o grande amor de Deus por um povo pecador e, na base da propiciação dos pecados, o povo foi reconciliado com Deus, que então passou a habitar no meio deles.

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12 dezembro 2019

011-A Consagração de Arão e seus filhos - Êxodo Lição 11 [Pr Afonso Chaves] 10dez2019

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LIÇÃO 11 
A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS 

TEXTO ÁUREO:
“E santificarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei a Arão e seus filhos, para que me administrem o sacerdócio” (Ex 29.44). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 29.1-11 

INTRODUÇÃO 
Deus ordenou a Moisés que primeiro construísse o Tabernáculo, depois, separasse Arão e seus filhos para o sacerdócio, estabelecendo o vestiário apropriado. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do ato de consagração e purificação do sacerdócio, conforme as determinações de Deus. 

I – A SANTIFICAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS 
O procedimento estabelecido por Deus era que Moisés deveria lavar Arão e seus filhos com água, simbolizando a sua purificação. “Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). 
Na sequência, Arão seria vestido com as vestes santas e ungido com o azeite (Êx 29.3, 4; 30.23-25). O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça de Arão e representava a presença do Espírito Santo para o ministério (v. 7). 
Após isto seriam também vestidos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (vv. 8, 9). 
Moisés ministraria tudo isto, embora aqueles homens fossem adultos – mostrando que não competia a eles, nem seria possível ao homem santificar-se por si só, pois é Deus quem nos santifica e justifica (Ez 36.25; Is 43.25). 
Prosseguindo, o novilho da expiação de pecados seria imolado e com o seu sangue seria ungido o altar dos sacrifícios (Êx 29.10-12). Era necessário que, antes de ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse sacrifício para expiação de sua própria vida. 
O novilho morto tipificava a morte vicária de Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co 15.3; 1 Pe 1.18, 19). 
Arão e seus filhos deveriam, ainda, trazer um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar, representando sua entrega total para o ministério – seria o sacrifício do holocausto, totalmente consumido em fogo (vv. 15-18). 

II – AS OFERTAS DA CONSAGRAÇÃO 
As ofertas da consagração consistiam no sacrifício pacífico e na oferta de manjares específica. Um segundo carneiro seria sacrificado na consagração como oferta pacífica (Êx 29.19-21), seguindo-se a unção da orelha direita, do dedo polegar da mão direita e do dedo polegar do pé direito de todos os sacerdotes, e então a aspersão de sangue e azeite sobre todos eles (v. 21). 
A oferta de manjares da consagração deveria ser totalmente queimada sobre o altar e o estipulado por Deus foi pão, um bolo de pão azeitado e um coscorão do cesto dos pães asmos (vv. 23-25). Arão e seus filhos deveriam deter-se, ainda, por sete dias no Santuário como parte desta consagração e, a cada dia, oferecer o sacrifício de expiação de pecados e holocausto, chamado de “holocausto contínuo”, pela manhã e pela tarde, colocado como propiciação contínua – simbolizando a propiciação alcançada no sacrifício de Jesus, feito uma única vez. 
No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto para o culto diário a Deus. Isto concluído, disse Deus: “E ali virei aos filhos de Israel para que por minha glória sejam santificados; e santificarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei a Arão e seus filhos, para que me administrem o sacerdócio; e habitarei no meio dos filhos de Israel e lhes serei por Deus” (vv. 43-45). 

III – JESUS, O ETERNO SUMO SACERDOTE 
Sobre o fato de Jesus ser o Sumo Sacerdote dos bens eternos, isto é encontrado em vários registros das Escrituras, em especial nos Salmos, em Zacarias e no livro aos Hebreus. 
É em Gênesis que encontramos a primeira referência a Melquisedeque como sumo sacerdote (Gn 14.18) e depois em Hebreus a extensa argumentação do escritor mostrando nisso a referência expressa em relação a Jesus: “primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre” (Hb 7.2, 3). 
Em Salmos, temos a declaração claríssima que diz: “Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Jurou o SENHOR e não se arrependerá: Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.1, 4). 
Jesus não pertencia à tribo de Levi, mas Seu sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque; era superior ao de Arão, pois é anterior; não é de uma aliança que Israel depois quebrou; e é de um sacerdócio que também reina (Zc 6.12, 13). 
Está aqui o ponto máximo das coisas que temos dito: Nós temos um Sumo Sacerdote como aquele que estudamos. Só que este Sumo Sacerdote está no céu, sentado à direita do trono de Deus. 
Sua ministração é no Lugar Santíssimo, no verdadeiro tabernáculo, não tendo que oferecer cada dia sacrifício, pois, quanto à purificação dos nossos pecados, ofereceu um único sacrifício de si mesmo, perfeito e de validade eterna, pelo que também abriu o acesso ao Pai de uma vez para sempre (Hb 7.25- 28; 9.11-15). 

CONCLUSÃO 
Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam para o sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de Cristo. 
Ele se ofereceu como holocausto em nosso lugar. Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença santa e eterna de Deus e ter comunhão com Ele.

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04 dezembro 2019

010-A escolha dos sacerdotes - Êxodo Lição 10 [Pr Afonso Chaves] 03dez2019



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LIÇÃO 10 
A ESCOLHA DOS SACERDOTES 

TEXTO ÁUREO
“Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar” (Ex 28.1). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 28.1-11 

INTRODUÇÃO 
Esta lição trata da chamada divina para o sacerdócio em Israel. Moisés construiu o tabernáculo e agora o povo precisava aprender a adorar a Deus. Era necessário que homens chamados por Deus cuidassem da prática do culto ao Senhor no tabernáculo. Assim, o Senhor separou, dentro da tribo de Levi, a família de Arão para o santo ministério sacerdotal. 

I – O SACERDÓCIO (VV. 1-5) 
A primeira consideração a respeito dos sacerdotes é que eles foram chamados por Deus. Conforme a determinação do Senhor, Moisés separa Arão e seus filhos – Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar – para exercerem o sacerdócio. 
Assim Arão teve o privilégio de ser o primeiro sacerdote em Israel e, a partir de então, seria preciso que os sacerdotes não somente pertencessem à tribo de Levi, mas fossem descendentes de Arão. 
O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno (Hb 4.14). Arão era um ser humano e, portanto, um pecador que carecia de se apresentar diante de Deus primeiramente com sacrifícios pelos seus próprios pecados. 
Mas Cristo é perfeito e seu sacrifício por nós foi único, completo e aceito pelo Pai. O ministério dos sacerdotes consistia em apresentar o homem pecador diante do Deus santo. Eram, especificamente, três as obrigações básicas do sacerdote: “santificar o povo, oferecer dons e sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores”. 
Eles também atuavam como mestres da lei (Lv 10.10, 11). O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso único mediador diante de Deus. Como Sumo Sacerdote, Cristo intercede por nós diante do Pai (1 Tm 2.5). 
A atuação de um sacerdote já era conhecida pelas nações que estavam ao redor dos hebreus – vimos anteriormente que Jetro, sogro de Moisés, era sacerdote dos midianitas. Assim compreendia-se que os sacerdotes não receberiam nenhuma herança de terras quando as tribos entrassem na Terra Prometida, pois a sua recompensa era servir ao Todo-Poderoso. 
E ainda eles seriam sustentados pelas ofertas e os sacrifícios trazidos ao Tabernáculo. Não foi uma escolha do principal da tribo de Levi viver nessas condições, mas uma determinação de Deus (Nm 18.19-21; Dt 18.1, 2; Ez 44.28). 

II – AS INDUMENTÁRIAS SACERDOTAIS (VV. 2-42) 
O ministério sacerdotal era divino e santo e isto exigia que o ministro fosse separado para tal obra. Não somente isso, mas as suas vestimentas também deviam ser confeccionadas de acordo com as determinações de Deus. 
Eles não poderiam se apresentar diante do Senhor de qualquer maneira. Assim foram preparadas vestimentas sacerdotais para santifica-los (Êx. 28.3). 
Todos os sacerdotes tinham os mesmos tipos de roupas, a saber: o turbante, o calção para vestir por baixo da túnica, indo da cintura até ao joelho; a túnica de linho fino, bordada; e o cinto, do mesmo material. 
O linho fino apontava para a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso sacerdote (Êx 28.40- 42). As vestes de Arão seriam diferenciadas em relação aos seus filhos por causa da sua maior responsabilidade e também da figura representada pelo Sumo sacerdote – Jesus Cristo, conforme a tipologia apresentada na carta aos Hebreus. 
Estas vestimentas representavam glória e perfeição para o ofício sacerdotal. Elas davam dignidade à sua pessoa, sendo um vestuário conveniente à sua posição. 
Às vestes normais usadas pelos sacerdotes, acrescentava-se: o éfode, onde havia duas pedras de ônix com os nomes das doze tribos – Arão deveria levar e apresentar diante de Deus as doze tribos de Israel; o peitoral, contendo doze pedras preciosas com os nomes dos doze filhos de Israel; o Urim e o Tumim, que eram pedras que os sacerdotes carregavam junto ao coração e utilizavam na hora de tomar decisões; e o turbante, com uma chapa de ouro com o escrito: “Santidade ao Senhor”. 
Esta relação das suas vestimentas se encontra nos versículos 4 a 39. 

III – OS MINISTROS DE CRISTO HOJE 
Os verdadeiros ministros da igreja são chamados e vocacionados pelo Senhor. Quem exerce o santo ministério sem a direta chamada do Senhor — o Dono da obra — é um intruso e está profanando a obra de Deus. 
O ministério pastoral não é simplesmente um cargo ou uma forma de se alcançar status seja ele qual for. Muitos querem viver da obra e não para ela. Arão, como todos os levitas, não tinham herança no meio do povo (1 Pd 5.1-4). 
O sacerdote não podia se apresentar diante de Deus e da congregação de qualquer maneira. Um pastor deve sempre agir de modo a dar um bom testemunho (1 Tm 3.7). O reconhecimento de um bom testemunho deve vir não somente dos que estão fora da igreja, mas especialmente pelos irmãos em Cristo. 
É preciso viver uma vida digna diante dos homens e da Igreja e, também, diante de Deus (1 Tm 3.2, 7; 6.11, 12). O pastor deve em tudo ser o exemplo (Tt 2.7). Os sacerdotes também tinham a função de ensinar a Palavra de Deus. Da mesma forma, Paulo recomenda que o ministro seja apto para ensinar. É preciso que seja alguém capacitado na Palavra. 
A missão dos ministros de Cristo consiste no serviço, na mordomia, isto é, na administração dos negócios de Deus e, sobretudo, em sua fidelidade e santidade. Contrastando o acesso limitado a Deus que os israelitas tinham na Antiga Aliança, Cristo, ao dar sua vida por nós como sacrifício perfeito, abriu o caminho para a própria presença de Deus e para o trono da graça (Hb 4.16). 
Por isso, na Nova Aliança, os crentes podem com muita liberdade achegar-se a Deus em oração (Ef 2.18, 19), chamando-o de Pai, como Jesus nos ensinou e como o Espírito Santo nos leva a fazer (Rm 8.15). 
E isto era a vontade de Deus na colocação feita: “vós me sereis reino sacerdotal e povo santo” (Ex 19.6; Ap 1.6; 5.9, 10) 

CONCLUSÃO 
Os sacerdotes levavam os israelitas até a presença de Deus. O sacerdócio de Arão apontava para o sacerdócio perfeito de Cristo. Atualmente, todos os que creem em Jesus e no seu sacrifício na cruz foram feitos, pela fé, reis e sacerdotes do Deus Altíssimo. 
Você é um representante de Deus aqui na terra, e nessa posição, você deve levar outros até Cristo. 


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