29 outubro 2019

005-A travessia do Mar Vermelho - Êxodo Lição 05 [Pr Afonso Chaves] 29out2019



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LIÇÃO 5 

A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO 

TEXTO ÁUREO
“E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram como muro à sua direita e à sua esquerda” (Ex 14.22). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 14.1-14 

INTRODUÇÃO 
A presente lição tem o propósito de ensinar que Deus tem um caminho preparado para o Seu povo, e que esse caminho é diferente do caminho dos homens. 
O homem natural não compreende, nem anda por ele. O Senhor manteve oculto esse caminho até o momento oportuno do livramento do povo. 
É um caminho alto e sublime porque, ao mesmo tempo em que é de salvação para o povo escolhido, é de destruição para os inimigos de Deus. 

I – DEUS GUIA O POVO PELO CAMINHO DO DESERTO (13.17-22) 
Havia uma rota direta entre o Egito e a Palestina, uma boa estrada subindo pelo litoral e passando por Gaza. Era um caminho utilizado pelos egípcios – portanto, conhecido – mas que passava pela terra dos filisteus. 
O percurso era de 320 quilômetros e poderia ser realizado em menos de um mês. Contudo, esse caminho faria com que o povo se deparasse com fortalezas, e então teria que enfrentar a guerra. Mas o Senhor, na Sua grande misericórdia e sabedoria, pouparia o Seu povo dessa guerra inoportuna. 
O povo ainda não estava preparado física nem psicologicamente para a guerra. Não foram treinados para isso, e a fé que seria a poderosa arma espiritual ainda não estava aperfeiçoada. 
O texto relata que, se o povo visse a guerra, arrepender-se-ia e voltaria para o Egito. Como o Senhor é conhecedor da força limitada do Seu povo, Ele o protege desse inconveniente no momento (1 Co 10.13). 
Por vezes os caminhos de Deus não são os mais simples e diretos. O Senhor está separando para si um povo santo e zeloso de boas obras e já mostra que o caminho utilizado por esse povo não são os já conhecidos, mas sim o caminho preparado pelo Senhor. 
Assim Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto, indo adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para guiá-los pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que assim pudessem caminhar de dia e de noite. 
O Senhor esteve com o povo durante toda a caminhada no deserto e nunca se apartou deles. 

II – DEUS PREPARA A RUÍNA DOS EGÍPCIOS (14.1-10) 
Embora o Senhor estivesse diante do povo na coluna de nuvem e de fogo, eles não estavam muito dispostos a segui-Lo. 
Então Ele endurece mais uma vez o coração de Faraó para que os perseguisse e o impulsiona a tomar o caminho preparado pelo Senhor. Quando o povo avista Faraó, eles temem muito e clamam ao Senhor. 
O povo ainda não tinha paciência para esperar a resposta de Deus, então se inicia entre eles uma murmuração conta Moisés por conta dessa situação. 
É uma situação de grande aperto e tristeza, porque na frente do povo está um grande mar – não há escape nem para a direita nem para a esquerda; e atrás vem Faraó, disposto a capturar e reconduzir o povo de volta para o Egito. 
Em todo o tempo o Senhor está no controle da situação, mas isso não quer dizer que não haja dificuldades. O povo precisa aprender a confiar no grande poder de Deus, afinal, é para isso que Deus os está separando para si. 
A questão da murmuração apresentada nos versos 11 e 12 é muito recorrente no livro de Êxodo. Isso se explica por conta de um povo que ainda tem uma mentalidade escravizada. 
Tantos anos em escravidão condicionaram aquelas mentes a não terem esperança de livramento antes que este se concretizasse; tanto que Moisés pede para se aquietarem, pois os egípcios, que naquele momento estavam vendo, nunca mais os veriam. “O Senhor pelejará por vós e vos calareis”. 
Deus é tão grande e poderoso que se utiliza do maior inimigo para ensinar o povo a depender e confiar n’Ele, e ao mesmo tempo atrair este inimigo para a sua destruição total diante de seus olhos. 

III – A PASSAGEM PELO MAR (14.15-31) 
Os israelitas estão totalmente sem saída, pois adiante está o mar e atrás vem Faraó pelo vale que acabaram de atravessar. Eles estão encurralados. Após a resposta do Senhor, o povo precisa colocar a palavra recebida em ação – “diga ao povo que marchem”. 
A ordem de Deus para Moisés era “levanta a tua vara, estende a tua mão sobre o mar, e fende-o”. No momento em que o mar se abre, revela-se o caminho que estava até então oculto pelas águas, que é exatamente o caminho preparado por Deus para o povo atravessar, caminhando durante toda aquela noite. 
Não há como negar que tudo é providência de um Deus que conhece todas as coisas, afinal, foi Ele quem formou a topografia local e a reservou para este momento. O verso 19 diz que o anjo do Senhor e a coluna de nuvem se retiraram para a retaguarda do povo, entre o campo dos egípcios e o campo de Israel. 
A nuvem escurecia a noite ainda mais para os egípcios e para Israel era claridade, de modo que, em toda aquela noite, não se chegaram um ao outro. O objetivo de Deus em relação a Faraó não era permitir que este chegasse até ao povo, mas sim empurrá-lo para o lugar certo preparado por Ele. Quando as águas foram partidas por um forte vento oriental, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco – o que vendo os egípcios os seguiram com seus carros e cavalos até ao meio do mar. Mas o Senhor na coluna de fogo e de nuvem alvoroçou o campo dos egípcios, quebrou os seus carros e os fez andar dificultosamente, e então os egípcios quiseram fugir de Israel, porque viram que Deus pelejava por eles. 
Mas era tarde demais; quando o povo alcança a outra margem, Moisés, segundo a ordem de Deus, estendeu a mão e o mar se fechou sobre o exército egípcio. O caminho preparado por Deus é apenas para Seu povo; qualquer outro que entrar por ele perecerá (Is 35.8). 

CONCLUSÃO 
Há muitos caminhos construídos pelos homens que parecem direitos, mas o seu fim é a morte. Em contrapartida, o caminho do Senhor é de vida e vida com abundância. 
O homem natural jamais poderá contemplar esse caminho, pois está encoberto; somente quando Deus sopra o forte vento oriental é que o caminho é revelado. 
Assim também em relação ao Cristo crucificado, que para os judeus é escândalo, para os gregos, loucura, mas para os chamados, poder e sabedoria de Deus (1 Co 1.21-24). 

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22 outubro 2019

004-A instituição da Primeira Páscoa - Êxodo Lição 04 [Pr Afonso Chaves] 22out2019


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LIÇÃO 4 
A INSTITUIÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA 

TEXTO ÁUREO
“Assim, pois, o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor” (Ex 12.11). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 12.1-13 

INTRODUÇÃO 
Como visto na lição passada, as pragas vão se agravando até chegar ao seu ponto máximo, que é a décima. Em todas as pragas, o Senhor endureceu o coração de Faraó com o objetivo de alcançar esta última, e para que então ele deixasse ir o povo totalmente – e a ordem do Senhor para o povo era que saíssem a toda pressa do Egito. Esta última praga consistia na morte de todos os primogênitos na terra do Egito. 

I – A PÁSCOA 
A expressão “na terra” e não “da terra” do Egito mostra que todos os primogênitos que habitavam no Egito, tanto dos egípcios quanto dos israelitas, estavam debaixo da mesma situação – o pecado – e, como o salário do pecado é a morte, a justiça de Deus seria aplicada sem distinção. 
Mas como conciliar a misericórdia e a justiça? Debaixo da ira de Deus perecerá tanto um quanto outro e assim, desde Êxodo, já se começa a vislumbrar a essência do evangelho. 
O juízo vem sobre todos, mas não se vê entre os israelitas primogênitos mortos. 
O que acontece é que, nesse caso, a ira de Deus recai sobre um substituto – o cordeiro pascal. 
À meia noite o anjo da morte passa por todo Egito, inclusive na terra de Gósen, trazendo o pagamento pelo pecado, mas na casa onde há a marca do sangue nos umbrais da porta, ele passa por cima. 
O anjo destruidor não reconhece a diferença entre as casas egípcias e israelitas, mas sim a marca do sangue. 
A razão dessa distinção está exatamente no objetivo do anjo – tirar a vida de um primogênito na casa, todavia, avistando sangue, concluía-se que ali já havia acontecido o juízo, então passaria por cima. Nesta casa não haveria mortandade, mas sim salvação pela morte de um inocente. 
Percebe-se que a ira de Deus vem; não há injustiça – como morte apenas na casa dos egípcios e não na dos israelitas; há morte tanto em uma casa quanto na outra. 
A diferença é que na casa dos israelitas Deus providencia um substituto sobre o qual recai a sua ira para poupar aquela casa. 
Essa é a diferença entre aqueles que servem a Deus e os que não servem. Não há como o anjo destruidor trazer a morte para uma casa onde ela já esteja presente. Muito interessante é observar que, mesmo onde houve morte, foi preservada a vida. 
A morte do cordeiro preservou a vida do primogênito da casa. 

II – OS ELEMENTOS DA PÁSCOA 
Para que esse livramento do Senhor se efetivasse, os israelitas teriam que cumprir as ordenanças prescritas por Moisés. A primeira delas era separar um cordeiro macho de um ano, sem mácula, que seria tomado das ovelhas ou das cabras. 
Não poderia haver nenhum tipo de defeito físico, deformação, enfermidade, etc. (1 Pe 1.19 e Jo 1.29). Este cordeiro deveria ser separado no 10º dia e sacrificado à tarde (entre as tardes) do 14º dia ao por do Sol. Para satisfazer às exigências de um Deus perfeito, nada além de um sacrifício perfeito (Lv 22.22), a fim de que seu nome fosse glorificado. 
Como dentre os homens não se achou nem um justo sequer (Rm 3.10), Deus enviou Seu próprio Filho, nascido sob a Lei, para ser um sacrifício aceitável diante dEle (Gn 22.8). 
 A segunda exigência: “E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão” (v. 8). 
A família dentro da casa além de imolar o cordeiro, tinha que se alimentar dele – ou seja, além da proteção para aquela noite, o cordeiro também seria a provisão alimentar. Coisa alguma podia restar do cordeiro pascal; mas, se sobrasse alguma porção da carne, deveria ser consumida no fogo. 
Isto porque, primeiro, tratava-se de uma obra completa e perfeita. Segundo, porque parte alguma do sacrifício sagrado podia ser consumido com outro propósito – como por exemplo, servir para o almoço do dia seguinte. 
Quanto aos pães, deveriam ser sem fermento, ou seja, uma massa pura e sem mistura cuja simbologia era a de uma vida nova purificada do fermento da natureza pecadora (1 Co 5.7, 8); e as ervas amargas no futuro os lembraria da paixão de Cristo (Hb 2.9; Lc 24.46; 1 Co 11.26). 
Os israelitas tinham que comer a páscoa prontos para sair rapidamente do Egito – esta é a terceira exigência. Tinham que estar livres de qualquer impedimento para a caminhada – por isso os lombos cingidos, para que as vestes não os atrapalhassem na jornada; enquanto as sandálias e o cajado eram objetos que as pessoas usavam quando saíam de casa. 
O cajado era companhia constante dos viajantes, seu apoio e ajuda. Assim, apesar de estarem ainda dentro de suas casas, eles estariam preparados para sair delas, prontos para a jornada. Comeriam vestidos para viajar; um novo lar e um novo destino esperavam por eles. 


III – CRISTO, NOSSA PÁSCOA 
A páscoa era um sacrifício. Embora não tenha sido realizada no Egito por um sacerdote (Ex 12.27), após o Êxodo, nunca mais seria permitido que a páscoa fosse imolada em outro lugar senão no lugar que Deus escolhera: “Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas portas que te dá o Senhor teu Deus; senão no lugar que escolher o Senhor teu Deus, para habitar o seu nome, ali sacrificarás a páscoa à tarde, ao por do Sol, ao tempo determinado da tua saída do Egito”. 
Os israelitas seriam direcionados por Deus a um único lugar escolhido pelo próprio Senhor, lugar este onde faria habitar o seu próprio nome e que, a princípio, seria o tabernáculo, depois o templo e, por fim, o próprio Senhor Jesus Cristo (Êx 34.25; Dt 16.2; Ag 2.9). 
Sacrifício é uma oferta de sangue para aplacar a ira de um Deus justo e santo, que abomina o pecado e que pune o pecador. Então é uma satisfação propiciatória prestada a Deus. Somente por meio desse sacrifício que um israelita tinha acesso a Deus. 
O efeito do sacrifício da páscoa seria extraordinário, porque primeiro aplacaria a ira de Deus, satisfaria à sua justiça e também proporcionaria ao homem perdão e oportunidade de oferecer ao Senhor as demais ofertas – seria a porta de acesso a Deus. 
Desta forma fica claro para o leitor da Bíblia o entendimento de que Cristo é a nossa Páscoa. O sacrifício realizado por Ele foi perfeito, pois primeiro satisfez a Deus aplacando a sua ira. Também através de Cristo, Deus reconciliou consigo mesmo todas as coisas, inclusive o homem (Cl 1.20; 2 Co 5.18). Esta grande obra foi idealizada e concretizada pelo próprio Deus – “...Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho”. 
Em Jo 1.29 Jesus é identificado como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Na data exata da festa da páscoa dos judeus, enquanto o cordeiro pascal estava sendo imolado, segundo a figura, Jesus – o verdadeiro Cordeiro de Deus – também estava sendo imolado na cruz. É através desse sacrifício que, pela fé, o homem tem acesso a Deus (Jo 14.6). 

CONCLUSÃO 
A celebração da primeira páscoa foi o começo a um novo calendário para o povo israelita, assim como Jesus foi o começo de um novo tempo para o cristão. 
Essa festa seria celebrada como um memorial do livramento do povo da escravidão. O povo deveria se reunir anualmente e comemorar com a morte de um cordeiro. 
Por isso também, a páscoa não consiste na celebração da ressurreição e sim da morte de Jesus, porque é através da Sua morte que fomos resgatados da nossa vã maneira de viver. 

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15 outubro 2019

003-O Juízo de Deus sobre os deuses egípcios -Êxodo Lição 03 [Pr Afonso Chaves] 15out2019


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LIÇÃO 3 
O JUÍZO DE DEUS SOBRE OS DEUSES EGÍPCIOS 

TEXTO ÁUREO
“Mas deveras para isto te mantive, para mostrar o meu poder em ti e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.” (Ex 9.16). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 7.1-13 

INTRODUÇÃO 
O relato do livro de Êxodo continua mostrando que este registro é mais do que história; é também a demonstração da guerra espiritual, existente desde o princípio, entre a luz e as trevas. 
A presente lição mostra que Faraó resiste duramente a Deus e às suas ordens. Contudo, ele também serve de instrumento para o Senhor se manifestar como o Verdadeiro Deus e que Faraó, embora opressor do povo de Deus, tem um poder efêmero. 
É através do governo tirânico de Faraó e de sua arrogância que o grande poder de Deus será manifestado nos seus juízos sobre os deuses egípcios (Dt 4.32-35). 
Para efeito de estudo, estas pragas serão divididas em três grupos de três, sendo que no primeiro grupo será atingido o conforto dos egípcios; no segundo, as posses; e por fim no terceiro, o juízo de Deus causará desolação e morte. 

I – JUÍZOS SOBRE O CONFORTO DOS EGÍPCIOS 
Uma leitura atenta sobre as pragas destacará que existe uma progressividade na ordem e na severidade dos juízos divinos. 
A primeira priva-os de água para beber e para se lavarem. A segunda são rãs que invadem seus lares e, por fim, são os piolhos que atacam as pessoas do Egito. 
Como as pragas são juízos sobre os deuses egípcios, o primeiro a ser ferido é justamente o Nilo, cujas águas eram tidas como sagradas pela sua grande importância para aquele povo. 
Por isso lhe tributavam honras divinas e reverenciavam-no como o primeiro dos seus deuses, tendo-o como o rival dos céus, visto que regava a terra sem o auxílio de nuvens e de chuva. 
Moisés, segundo a ordem do Senhor, tomou a sua vara e estendeu sua mão sobre o rio, e as águas se tornaram em sangue, não apenas no rio, mas todas as águas do Egito. 
A ação do Senhor permanece por sete dias sobre o Nilo de tal forma que os peixes morrem e a água cheira mal diante das narinas dos egípcios. 
Na segunda praga, é o próprio rio Nilo o instrumento de Deus para castigo de outro deus – as rãs – que eram animais consagrados ao Sol. 
À semelhança da primeira, Moisés toma a vara e estende sua mão sobre o rio, que produz rãs em abundância e estas invadem os lares egípcios, tornando-se um incômodo e um tormento para o povo. Esta praga só cessa com a oração de Moisés; as rãs morrem nas casas, no pátio e nos campos, são amontoadas e cheiram mal. 
O povo egípcio era tido como asseado e totalmente limpo, especialmente os sacerdotes que rapavam os pelos do corpo de três em três dias, de maneira que nenhum parasito pudesse ser encontrado neles, enquanto serviam aos seus deuses. 
Portanto, a praga dos piolhos era uma abominação. Enquanto durasse, nenhum ato de adoração poderia ser realizado, e a partir de agora os magos egípcios reconhecem que isto era o dedo de Deus, pois não conseguem reproduzir a praga. Há um alerta da parte de Deus para o seu povo nesses três acontecimentos. 
Como há manifestação do poder de Deus, assim também há da parte do diabo. Os opositores da Obra de Deus estão presentes em todos os tempos; em Êxodo, isso ocorre por três vezes: transformação das varas em serpentes, conversão da água em sangue e na produção das rãs. Mas Deus não permite que vá além desses. 
O diabo é sempre um imitador, buscando anular os milagres de Deus. Se Deus tinha Moisés como seu servo, Faraó tinha os magos. 
Primeiro, Faraó se opõe a Deus com a escravidão e perseguição, e, quando se vê vencido, parte para outra estratégia – contrariar os atos de Deus pelo engano (2 Tm 3.8). 

II – JUÍZOS SOBRE AS POSSES 
A próxima praga abre uma nova série. A partir destas, Deus faz uma divisão entre o seu povo e os egípcios. 
A primeira deste grupo são as moscas que atacam as suas terras (Sl 78.45); a segunda, a peste que destrói o gado; e a terceira ataca novamente as pessoas, mas agora na forma de chagas (úlceras). 
O referido salmo ainda informa os efeitos devastadores dessas pragas – elas os consumiram – o termo no hebraico significa “devoraram”. 
Era uma praga pior que a dos piolhos, porque estes incomodavam, mas aquelas consumiam a carne. A praga das úlceras, assim como a terceira (dos piolhos), foi enviada sem nenhum aviso. A cada praga o Senhor demonstra o seu grande poder e senhorio sobre todas as coisas, ferindo o gado dos egípcios e poupando o gado dos hebreus (9.6). 
Ele controla completamente as suas criaturas, a doença fere apenas quando e onde Ele determina. O gado egípcio está todo morrendo ao redor, contudo, o dos filhos de Israel está todo pastando tranquilamente como, se não houvesse nenhuma epidemia. O que impedia a doença de contamina-los também? 

III – JUÍZOS QUE CAUSAM DESOLAÇÃO E MORTE 
O terceiro grupo demonstra mais diretamente a mão poderosa de Deus. A saraiva destrói tanto as pastagens como o gado; os gafanhotos atacam a vegetação que escapara da saraiva; as trevas interrompem toda a atividade na terra do Egito. 
A praga da saraiva abre a sequência de uma terceira série onde todas elas apontam para o céu como o seu lugar de origem, e são tão severas qual nunca houve no Egito. 
Moisés anuncia essa praga e aqueles que no Egito temiam a palavra do Senhor tiveram tempo para retirar o seu gado e servos do campo, mas quem não temeu sofreu as duras consequências. 
A oitava praga é um dos terrores do Oriente, pois depreda as colheitas e consome toda a vegetação, ameaçando o abastecimento de suprimentos no Egito (Sl 105.34, 35), cuja base alimentar constava quase inteiramente de vegetais. 
A esta altura, os conselheiros de Faraó já suplicavam para que ele atendesse às demandas dos mensageiros hebreus, visto que o Egito já estava quase todo arrasado. Contudo, o coração de Faraó estava endurecido. 
A posição que ocupa a praga das trevas – a nona – é bem apropriada, porque mostra o juízo de Deus sobre o deus Sol. Quando o Senhor envia as trevas, isto mostra que quem controla tanto a luz como a escuridão é o Criador delas. 
O Egito foi tomado por trevas tão espessas que os egípcios não podiam se levantar e nem sair de suas casas por três dias – era o deus Rá sendo dominado pelo Deus Todo Poderoso. Enquanto isso, os israelitas tinham luz em todas as suas habitações. 
Esta luz era tão sobrenatural quanto as trevas. Isso é uma importante lição espiritual: a verdadeira luz existe somente em Deus e fora d’Ele tudo o que existe são trevas. Esta era a situação do Egito e é a situação do mundo hoje (Is 8.19-22). 

CONCLUSÃO 
Estas pragas miraculosas foram evidentemente planejadas como instrução para Israel e um alerta para os que não criam em Deus. 
Para estes, embora não servissem ao Deus Verdadeiro, tiveram que reconhecer que Ele é o Todo Poderoso e Senhor absoluto, assim como será no final dos tempos em relação ao Senhor Jesus Cristo. E para aqueles, fortalecimento da fé e também a confirmação de que não há outro como o Senhor. 

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08 outubro 2019

002-Moisés, o libertador de Israel - Êxodo Lição 02 [Pr Afonso Chaves] 08out2019



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LIÇÃO 2 

MOISÉS, O LIBERTADOR DE ISRAEL 

TEXTO ÁUREO:
“E disse Deus a Moisés: Eu Sou o Que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me enviou a vós.” (Ex 3.14). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 3.1-9 

INTRODUÇÃO A presente lição tem o objetivo de mostrar que um homem escolhido por Deus não nasce pronto, mas é preparado por Deus durante um tempo determinado por Ele. 
Na primeira lição foi posto, dentre outras coisas, que a atitude de Moisés em querer livrar Israel foi inoportuna, uma vez que ele ainda não estava preparado – e tampouco o povo – para sair do Egito. Conforme os anos se passam, as habilidades do líder se evidenciam e também são aprimoradas. 
Há um momento em que o aprendizado é pessoal e outro em que sua liderança é então publicamente revelada. Moisés era um homem manso e, pelo que ele próprio testifica, não era muito eloquente; não obstante, Deus o escolheu para libertar o Seu povo da escravidão egípcia. 

I – MOISÉS – SUA PREPARAÇÃO E CHAMADA (3.1-10) 
A primeira etapa da preparação de Moisés havia terminado – 40 anos no palácio. Aos olhos humanos, Moisés já estava preparado para a obra, fora treinado na melhor escola, gozava de autoridade dentro do Egito, era poderoso em suas palavras e obras (At 7.22). 
Porém, mesmo com toda essa bagagem a seu favor, para Deus ele ainda não estava pronto. De nada vale a preparação humana se não for alcançada a aprovação de Deus. É por isso que Moisés é tirado do Egito e levado para outra “sala” da escola do Senhor – Midiã, onde se dará a segunda etapa do seu aprendizado. 
Passados mais 40 anos, agora pastoreando ovelhas, Moisés leva o rebanho para trás do deserto, ao monte de Deus, a Horebe. E é exatamente o lugar do encontro do servo com o seu Senhor. Pode-se colocar que é a pessoa certa, na hora certa e no lugar certo. Deus é perfeito e oportuno. 
Portanto, temos até aqui Moisés com 80 anos de idade, um homem com muito conhecimento e experiência; contudo, pode-se observar que são apenas conhecimentos técnicos e humanos por enquanto. Ainda que válidos, pois serão úteis para a missão, são inúteis sem o sobrenatural de Deus. Tudo isso se explica por conta da natureza da missão e do vaso utilizado por Deus. 
Embora a missão seja sobrenatural, os instrumentos são de natureza humana – vasos de barro (2 Co 4.7; 1 Co 1.27-29). Por isso o homem natural necessita de um encontro real com o Deus Todo-Poderoso, para que aquilo que é humano seja aniquilado e prevaleça o espiritual (Is 6; At 9.3). Moisés está caminhando no natural; não há uma clareza de um chamado, até que ele chega a Horebe. Agora o sobrenatural começa a se manifestar no natural. 
A primeira experiência é esta: uma sarça em chamas, mas que não se consumia, e isto chama a sua atenção: “Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima”. Em um lugar tão árido, como é possível uma sarça arder em chamas e não se consumir? 
A primeira iniciativa da chamada sempre é do Senhor Deus; embora o homem chamado por Deus tenha traços da missão em sua vida cotidiana, não é ele que escolhe fazer a obra, mas sim o Senhor (Hb 5.4). E, diante da grandiosidade da missão, toda a capacidade humana se torna como nada. Quando Moisés se vira para ir até a sarça ardente, ele ouve a voz do Senhor que se identifica como sendo o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e então aquele homem impetuoso, impulsivo, encobre o seu rosto e teme olhar para Deus. 
Nesse momento o Senhor revela a Moisés a sua missão, ou seja, o propósito da sua vida: “Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito”. 

II – AS DESCULPAS DE MOISÉS E SUA VOLTA AO EGITO 
Então aflora a natureza humana diante da grandiosidade da missão. Moisés se mostra incapaz de realizar tamanha tarefa, dizendo: “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire os filhos de Israel da prisão?” Há alguns anos, ao livrar um hebreu, ele pensou que os seus irmãos o aceitariam facilmente como libertador – o que não aconteceu, pois foi rejeitado pelos seus e perseguido por Faraó (At 7.25). Agora, depois de tantos anos, ele é comissionado por Deus para retornar e executar a obra. 
Há uma grande diferença entre o homem tomar iniciativa por si mesmo e ser chamado por Deus. Há quarenta anos, ele até tomou a iniciativa e falhou. Agora é o tempo certo para o chamado de Deus, mas ele se vê incapaz de o realizar. Apresenta ao Senhor várias desculpas para fugir do chamado, mas é inútil. 
O Senhor não abre mão de Moisés, garante-lhe o sucesso da missão e o encoraja com manifestações de poder e também dizendo que seria com ele. Assim Moisés viu a vara de pastor se tornar em cobra e voltar a ser vara; também viu sua mão leprosa e ficar limpa; e ainda o Senhor lhe garantiu que, se não cressem nesses sinais, ele deveria derramar água do rio em terra seca e este se tornaria em sangue. 
Então Moisés se volta para sua incapacidade de falar, dizendo não ser eloquente – ou seja, convincente em palavras. Foram muitas as suas escusas tentando escapar do chamado; porém, quando pede ao Senhor que envie outro em seu lugar, a ira do Senhor se acende e Ele permite que seu irmão Arão vá com ele até Faraó. 

III – MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (5.1-5) 
Moisés estava diante de duas situações complicadas. A primeira era convencer seus irmãos de que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó o havia comissionado para libertá-los da escravidão. Nessa ocasião a maior parte dos hebreus já havia se familiarizado com os deuses egípcios, que eram visíveis; como crer em um Deus invisível assim de repente? 
A segunda era estar de frente com o maior inimigo do povo – Faraó – que era considerado pelos egípcios como um deus. E ainda, como chegar diante de um monarca tirano com uma mensagem confrontante de libertação de um povo que era a principal mão de obra do seu país e ainda dizer que essa era a vontade do Verdadeiro e Único Deus? 
Um Deus que não fazia parte do panteão do Egito, e por isso não era reconhecido por Faraó. Quando Moisés transmite a mensagem a Faraó, este o acusa de estar afastando o povo do seu trabalho e também acusa o povo de ociosidade, por terem tempo de ouvir as mensagens de Moisés. 
Assim, ele dá ordem para que o trabalho seja agravado. Ao ouvir a mensagem de libertação, o povo se alegra com a notícia, inclinando-se e adorando. Contudo, ao receberem a nova ordem de Faraó, angustiam-se e se revoltam contra Moisés, e começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. 
Embora a situação fosse adversa, tanto para o povo quanto para Moisés, havia uma grande promessa de Deus de livrá-los da escravidão. Afinal, o Senhor já havia preparado Moisés para a resistência de Faraó em não deixar ir o Seu povo, até porque o próprio Deus endureceria o seu coração (4.21) para que os Seus sinais se multiplicassem no Egito, trazendo juízo sobre todos os seus deuses, inclusive sobre o próprio Faraó. 
O propósito de Deus não era apenas tirar o seu povo da escravidão, mas também que o Egito conhecesse o único Deus, o Verdadeiro Soberano de toda a terra, e da mesma forma os hebreus, ao observar os sinais que se seguiriam, conheceriam o seu Deus de uma forma em que Ele não havia ainda se revelado. 

CONCLUSÃO 
Moisés foi preparado e chamado por Deus para a realização do propósito da sua vida – a libertação do povo de Israel. Passou por várias etapas até que o Senhor se revelou a ele e não obstante a suas desculpas e demonstração de sua incapacidade diante da grande missão não teve como fugir. A obra precisava ser realizada.

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Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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01 outubro 2019

001-Êxodo, o Livro da Redenção - Êxodo Lição 01 [Pr Afonso Chaves] 01out2019


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LIÇÃO 1 
ÊXODO, O LIVRO DA REDENÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “Tu, com a tua beneficência, guiaste este povo, que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade.” (Ex 15.13). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 1.1-14 

INTRODUÇÃO Neste trimestre o nosso estudo está voltado para o livro de Êxodo, o segundo livro do Pentateuco – os cinco primeiros livros da Bíblia escritos por Moisés. 
Historicamente, o livro do Êxodo trata do livramento do povo de Israel do Egito; mas, considerando-o doutrinariamente, trata da redenção. 
Em Gênesis, lemos que Deus nos escolhe para a salvação, enquanto em Êxodo Ele nos ensina como o faz, ou seja, pela redenção. 
Portanto, a redenção é o tema principal do livro. Êxodo e outros livros iniciais da Bíblia contêm muito mais do que uma história inspirada de eventos que aconteceram há milhares de anos; eles estão repletos de ensinos doutrinários. 
Isso se pode constatar no Novo Testamento: “tudo o que dantes foi escrito, para o nosso ensino foi escrito” (Rm 15.4). 

I – O LIVRO DE ÊXODO O vocábulo “êxodo” significa “saída”. O livro foi escrito por Moisés e mostra como Deus formou e resgatou para Si um povo. Nos primeiros versículos é relatado como a família de Jacó se estabeleceu no Egito, inicialmente contando com um número de 70 almas. 
Faraó concedeu à família de José uma das melhores regiões do Egito – a terra de Gósen. Contudo, é necessário ressaltar porque o povo desceu para o Egito. 
Isso está registrado em Gn 15.13-16 e, para que se cumprisse esta palavra, primeiramente José é enviado por Deus à frente da família (Gn 45.5, 7) e, com a fome em toda a terra em redor e apenas no Egito existindo comida, a família de Jacó desce para lá, onde irá se estabelecer em paz até a mudança administrativa do Egito. 
Nessa ocasião o número dos filhos de Israel já havia se multiplicado grandemente. Certamente é um povo abençoado por Deus. 
A paz não dura muito mais, pois Faraó tem uma preocupação: “Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós”. E, para que não crescesse ainda mais e em uma possível guerra eles se juntassem aos inimigos de Faraó, este resolve então escravizá-los. 
Cumpre-se assim o que Deus falara a Abrão: “...peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-ão; e afligi-los-ão quatrocentos anos.” Assim o povo foi escravizado. 
Porém, quanto mais o povo era oprimido, mais o povo crescia. Faraó utiliza de várias estratégias para impedir o crescimento do povo, mas tudo em vão. 

II – O NASCIMENTO DE MOISÉS As riquezas dos detalhes no texto revelam o quanto o Senhor Deus é cuidadoso em cumprir na íntegra a Sua palavra. A família na qual está agindo é da tribo de Levi, afinal, o menino que nasceria seria um legislador. 
Esse menino nasce no momento mais crítico da escravidão, quando os meninos que nascessem deveriam ser jogados no rio, mas pela fé os pais o escondem por três meses, porque era “formoso”. Mas não era uma formosura simplesmente aos olhos dos homens. Os seus pais sabiam que o era à vista de Deus. 
Assim a fé começa a operar na vida do casal. Tudo de acordo com os projetos de Deus. Essa era a pior época no meio dos hebreus para uma mulher engravidar, e a situação pioraria por ser a criança um menino. 
Aquilo que deveria ser motivo de alegria se tornaria em tristeza, pois ele deveria ser lançado no rio. Mas nesta família de Levi havia a proteção de Deus, porque o menino fazia parte dos seus projetos. Portanto, onde normalmente haveria tristeza agora se tem alegria, afinal Deus está no controle – e isso faz a diferença. 
Após os três meses, não podendo mais escondê-lo, os pais tomam uma decisão que o homem natural não tomaria. Levar o menino para o lugar onde normalmente seria morto. Fizeram uma arca, betumaram e colocaram-na no rio em meio aos juncos, momento em que a irmã se coloca à distância para ver o que aconteceria. 
A ação de Deus continua – a filha de Faraó, ao ouvir o choro do menino, o toma-o, momento em que se aproxima a irmã se oferecendo para encontrar uma ama para cria-lo. A criança volta para a própria mãe, que ainda recebe salário do palácio. 
Nestes poucos versículos nota-se a maravilhosa providência de Deus na vida daqueles que fazem parte de um projeto de Deus na terra. A tipologia bíblica desse texto aponta claramente para a obra de Cristo Jesus. 
Moisés é levado exatamente para o lugar de morte – o rio Nilo, lugar onde os meninos hebreus eram mortos. Moisés é colocado em uma arca e preservado da morte, a mesma figura da época de Noé. Assim também foi com Jesus, que veio em nosso ambiente de morte para vencer a morte e garantir a redenção do Seu povo. Quando Jesus ressuscita – sai da morte – todos aqueles que creem também ressuscitam com Ele. 

III – O ZELO DE MOISÉS E SUA FUGA Embora Moisés tenha sido adotado pela filha de Faraó, ele foi criado por sua mãe e pode-se dizer educado na fé dos hebreus, embora não se saiba ao certo até que idade permaneceu com sua família. 
Quando já grande, diz o texto sagrado que foi levado para a filha de Faraó. Já teve a sua educação religiosa e chegou o momento da outra parte de sua preparação para a obra que realizaria. Os textos de Atos 7 e Hebreus 11 esclarecem muitos pontos desse texto: “E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras” (Atos 7.22). 
Contudo, o seu coração não estava posto nessas coisas e, conforme a educação que sua mãe lhe dera, buscava coisas melhores. Em Hb 11:24-26 lemos: “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa”. 
Completados os seus primeiros 40 anos, inicia-se então outra fase da sua preparação. Embora criado como egípcio, ele sabia que esta não era a sua pátria – afinal, era hebreu, e não pertencia àquele lugar. Um certo dia, ao ver um egípcio maltratando um israelita, Moisés tomou as dores do seu povo e resolveu defender um de seus irmãos. 
Moisés acabou matando um homem e enterrando-o na areia. No dia seguinte, dois hebreus contendiam, e repreendeu o injusto, que disse: “Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio?” 
O ocorrido era já de conhecimento público, então temeu Moisés a Faraó, porque este queria matá-lo, e fugiu para Midiã. Ali foi convidado para a casa de Jetro, um sacerdote. Moisés casou-se com uma das filhas de Jetro. 
Teve que ir para um lugar desconhecido e tornou-se um estrangeiro. As mãos de Deus continuavam sobre a vida de Moisés, quando em terra estrangeira – em Midiã – providenciando uma casa e uma família para ele durante sua permanência por lá. Socorro de Deus sempre vem. 

CONCLUSÃO Ao se estudar os primeiros anos da vida de Moisés, nota-se as providências de Deus para a vida do seu povo, embora muitas vezes não percebidas no dia a dia. Moisés nasceu em um dos momentos mais difíceis para um casal, ainda mais quando a mãe, ao abraçar o recém-nascido, notava que era um menino. 
Contudo, nesse caso Moisés era uma providência de socorro para o povo. É necessário, em meio às aflições, confiar totalmente em Deus, afinal, Ele tem o controle de toda a situação que diz respeito ao Seu povo. 

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