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LIÇÃO 2
MOISÉS, O LIBERTADOR DE ISRAEL
TEXTO ÁUREO:
“E disse Deus a Moisés: Eu Sou o Que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de
Israel: Eu sou me enviou a vós.” (Ex 3.14).
LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 3.1-9
INTRODUÇÃO
A presente lição tem o objetivo de mostrar que um homem escolhido por Deus não nasce
pronto, mas é preparado por Deus durante um tempo determinado por Ele.
Na primeira lição foi posto,
dentre outras coisas, que a atitude de Moisés em querer livrar Israel foi inoportuna, uma vez que ele
ainda não estava preparado – e tampouco o povo – para sair do Egito. Conforme os anos se passam, as
habilidades do líder se evidenciam e também são aprimoradas.
Há um momento em que o aprendizado
é pessoal e outro em que sua liderança é então publicamente revelada. Moisés era um homem manso e,
pelo que ele próprio testifica, não era muito eloquente; não obstante, Deus o escolheu para libertar o Seu
povo da escravidão egípcia.
I – MOISÉS – SUA PREPARAÇÃO E CHAMADA (3.1-10)
A primeira etapa da preparação de Moisés havia terminado – 40 anos no palácio. Aos olhos
humanos, Moisés já estava preparado para a obra, fora treinado na melhor escola, gozava de autoridade
dentro do Egito, era poderoso em suas palavras e obras (At 7.22).
Porém, mesmo com toda essa
bagagem a seu favor, para Deus ele ainda não estava pronto. De nada vale a preparação humana se não
for alcançada a aprovação de Deus. É por isso que Moisés é tirado do Egito e levado para outra “sala”
da escola do Senhor – Midiã, onde se dará a segunda etapa do seu aprendizado.
Passados mais 40 anos,
agora pastoreando ovelhas, Moisés leva o rebanho para trás do deserto, ao monte de Deus, a Horebe. E
é exatamente o lugar do encontro do servo com o seu Senhor. Pode-se colocar que é a pessoa certa, na
hora certa e no lugar certo. Deus é perfeito e oportuno.
Portanto, temos até aqui Moisés com 80 anos de idade, um homem com muito conhecimento e
experiência; contudo, pode-se observar que são apenas conhecimentos técnicos e humanos por
enquanto. Ainda que válidos, pois serão úteis para a missão, são inúteis sem o sobrenatural de Deus.
Tudo isso se explica por conta da natureza da missão e do vaso utilizado por Deus.
Embora a missão
seja sobrenatural, os instrumentos são de natureza humana – vasos de barro (2 Co 4.7; 1 Co 1.27-29).
Por isso o homem natural necessita de um encontro real com o Deus Todo-Poderoso, para que
aquilo que é humano seja aniquilado e prevaleça o espiritual (Is 6; At 9.3). Moisés está caminhando no
natural; não há uma clareza de um chamado, até que ele chega a Horebe. Agora o sobrenatural começa
a se manifestar no natural.
A primeira experiência é esta: uma sarça em chamas, mas que não se
consumia, e isto chama a sua atenção: “Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não
queima”. Em um lugar tão árido, como é possível uma sarça arder em chamas e não se consumir?
A
primeira iniciativa da chamada sempre é do Senhor Deus; embora o homem chamado por Deus tenha
traços da missão em sua vida cotidiana, não é ele que escolhe fazer a obra, mas sim o Senhor (Hb 5.4).
E, diante da grandiosidade da missão, toda a capacidade humana se torna como nada. Quando Moisés
se vira para ir até a sarça ardente, ele ouve a voz do Senhor que se identifica como sendo o Deus de
Abraão, Isaque e Jacó, e então aquele homem impetuoso, impulsivo, encobre o seu rosto e teme olhar
para Deus.
Nesse momento o Senhor revela a Moisés a sua missão, ou seja, o propósito da sua vida:
“Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito”.
II – AS DESCULPAS DE MOISÉS E SUA VOLTA AO EGITO
Então aflora a natureza humana diante da grandiosidade da missão. Moisés se mostra incapaz
de realizar tamanha tarefa, dizendo: “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire os filhos de Israel da prisão?” Há
alguns anos, ao livrar um hebreu, ele pensou que os seus irmãos o aceitariam facilmente como libertador
– o que não aconteceu, pois foi rejeitado pelos seus e perseguido por Faraó (At 7.25). Agora, depois de
tantos anos, ele é comissionado por Deus para retornar e executar a obra.
Há uma grande diferença entre o homem tomar iniciativa por si mesmo e ser chamado por
Deus. Há quarenta anos, ele até tomou a iniciativa e falhou. Agora é o tempo certo para o chamado de
Deus, mas ele se vê incapaz de o realizar. Apresenta ao Senhor várias desculpas para fugir do chamado,
mas é inútil.
O Senhor não abre mão de Moisés, garante-lhe o sucesso da missão e o encoraja com
manifestações de poder e também dizendo que seria com ele.
Assim Moisés viu a vara de pastor se tornar em cobra e voltar a ser vara; também viu sua mão
leprosa e ficar limpa; e ainda o Senhor lhe garantiu que, se não cressem nesses sinais, ele deveria
derramar água do rio em terra seca e este se tornaria em sangue.
Então Moisés se volta para sua
incapacidade de falar, dizendo não ser eloquente – ou seja, convincente em palavras. Foram muitas as
suas escusas tentando escapar do chamado; porém, quando pede ao Senhor que envie outro em seu
lugar, a ira do Senhor se acende e Ele permite que seu irmão Arão vá com ele até Faraó.
III – MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (5.1-5)
Moisés estava diante de duas situações complicadas. A primeira era convencer seus irmãos de
que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó o havia comissionado para libertá-los da escravidão. Nessa
ocasião a maior parte dos hebreus já havia se familiarizado com os deuses egípcios, que eram visíveis;
como crer em um Deus invisível assim de repente?
A segunda era estar de frente com o maior inimigo
do povo – Faraó – que era considerado pelos egípcios como um deus. E ainda, como chegar diante de
um monarca tirano com uma mensagem confrontante de libertação de um povo que era a principal mão
de obra do seu país e ainda dizer que essa era a vontade do Verdadeiro e Único Deus?
Um Deus que
não fazia parte do panteão do Egito, e por isso não era reconhecido por Faraó.
Quando Moisés transmite a mensagem a Faraó, este o acusa de estar afastando o povo do seu
trabalho e também acusa o povo de ociosidade, por terem tempo de ouvir as mensagens de Moisés.
Assim, ele dá ordem para que o trabalho seja agravado. Ao ouvir a mensagem de libertação, o povo se
alegra com a notícia, inclinando-se e adorando. Contudo, ao receberem a nova ordem de Faraó,
angustiam-se e se revoltam contra Moisés, e começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a
saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus.
Embora a situação fosse adversa, tanto para o povo quanto para Moisés, havia uma grande
promessa de Deus de livrá-los da escravidão. Afinal, o Senhor já havia preparado Moisés para a
resistência de Faraó em não deixar ir o Seu povo, até porque o próprio Deus endureceria o seu coração
(4.21) para que os Seus sinais se multiplicassem no Egito, trazendo juízo sobre todos os seus deuses,
inclusive sobre o próprio Faraó.
O propósito de Deus não era apenas tirar o seu povo da escravidão,
mas também que o Egito conhecesse o único Deus, o Verdadeiro Soberano de toda a terra, e da mesma
forma os hebreus, ao observar os sinais que se seguiriam, conheceriam o seu Deus de uma forma em que
Ele não havia ainda se revelado.
CONCLUSÃO
Moisés foi preparado e chamado por Deus para a realização do propósito da sua vida – a
libertação do povo de Israel. Passou por várias etapas até que o Senhor se revelou a ele e não obstante a
suas desculpas e demonstração de sua incapacidade diante da grande missão não teve como fugir. A
obra precisava ser realizada.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
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