15 outubro 2019

003-O Juízo de Deus sobre os deuses egípcios -Êxodo Lição 03 [Pr Afonso Chaves] 15out2019


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LIÇÃO 3 
O JUÍZO DE DEUS SOBRE OS DEUSES EGÍPCIOS 

TEXTO ÁUREO
“Mas deveras para isto te mantive, para mostrar o meu poder em ti e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.” (Ex 9.16). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 7.1-13 

INTRODUÇÃO 
O relato do livro de Êxodo continua mostrando que este registro é mais do que história; é também a demonstração da guerra espiritual, existente desde o princípio, entre a luz e as trevas. 
A presente lição mostra que Faraó resiste duramente a Deus e às suas ordens. Contudo, ele também serve de instrumento para o Senhor se manifestar como o Verdadeiro Deus e que Faraó, embora opressor do povo de Deus, tem um poder efêmero. 
É através do governo tirânico de Faraó e de sua arrogância que o grande poder de Deus será manifestado nos seus juízos sobre os deuses egípcios (Dt 4.32-35). 
Para efeito de estudo, estas pragas serão divididas em três grupos de três, sendo que no primeiro grupo será atingido o conforto dos egípcios; no segundo, as posses; e por fim no terceiro, o juízo de Deus causará desolação e morte. 

I – JUÍZOS SOBRE O CONFORTO DOS EGÍPCIOS 
Uma leitura atenta sobre as pragas destacará que existe uma progressividade na ordem e na severidade dos juízos divinos. 
A primeira priva-os de água para beber e para se lavarem. A segunda são rãs que invadem seus lares e, por fim, são os piolhos que atacam as pessoas do Egito. 
Como as pragas são juízos sobre os deuses egípcios, o primeiro a ser ferido é justamente o Nilo, cujas águas eram tidas como sagradas pela sua grande importância para aquele povo. 
Por isso lhe tributavam honras divinas e reverenciavam-no como o primeiro dos seus deuses, tendo-o como o rival dos céus, visto que regava a terra sem o auxílio de nuvens e de chuva. 
Moisés, segundo a ordem do Senhor, tomou a sua vara e estendeu sua mão sobre o rio, e as águas se tornaram em sangue, não apenas no rio, mas todas as águas do Egito. 
A ação do Senhor permanece por sete dias sobre o Nilo de tal forma que os peixes morrem e a água cheira mal diante das narinas dos egípcios. 
Na segunda praga, é o próprio rio Nilo o instrumento de Deus para castigo de outro deus – as rãs – que eram animais consagrados ao Sol. 
À semelhança da primeira, Moisés toma a vara e estende sua mão sobre o rio, que produz rãs em abundância e estas invadem os lares egípcios, tornando-se um incômodo e um tormento para o povo. Esta praga só cessa com a oração de Moisés; as rãs morrem nas casas, no pátio e nos campos, são amontoadas e cheiram mal. 
O povo egípcio era tido como asseado e totalmente limpo, especialmente os sacerdotes que rapavam os pelos do corpo de três em três dias, de maneira que nenhum parasito pudesse ser encontrado neles, enquanto serviam aos seus deuses. 
Portanto, a praga dos piolhos era uma abominação. Enquanto durasse, nenhum ato de adoração poderia ser realizado, e a partir de agora os magos egípcios reconhecem que isto era o dedo de Deus, pois não conseguem reproduzir a praga. Há um alerta da parte de Deus para o seu povo nesses três acontecimentos. 
Como há manifestação do poder de Deus, assim também há da parte do diabo. Os opositores da Obra de Deus estão presentes em todos os tempos; em Êxodo, isso ocorre por três vezes: transformação das varas em serpentes, conversão da água em sangue e na produção das rãs. Mas Deus não permite que vá além desses. 
O diabo é sempre um imitador, buscando anular os milagres de Deus. Se Deus tinha Moisés como seu servo, Faraó tinha os magos. 
Primeiro, Faraó se opõe a Deus com a escravidão e perseguição, e, quando se vê vencido, parte para outra estratégia – contrariar os atos de Deus pelo engano (2 Tm 3.8). 

II – JUÍZOS SOBRE AS POSSES 
A próxima praga abre uma nova série. A partir destas, Deus faz uma divisão entre o seu povo e os egípcios. 
A primeira deste grupo são as moscas que atacam as suas terras (Sl 78.45); a segunda, a peste que destrói o gado; e a terceira ataca novamente as pessoas, mas agora na forma de chagas (úlceras). 
O referido salmo ainda informa os efeitos devastadores dessas pragas – elas os consumiram – o termo no hebraico significa “devoraram”. 
Era uma praga pior que a dos piolhos, porque estes incomodavam, mas aquelas consumiam a carne. A praga das úlceras, assim como a terceira (dos piolhos), foi enviada sem nenhum aviso. A cada praga o Senhor demonstra o seu grande poder e senhorio sobre todas as coisas, ferindo o gado dos egípcios e poupando o gado dos hebreus (9.6). 
Ele controla completamente as suas criaturas, a doença fere apenas quando e onde Ele determina. O gado egípcio está todo morrendo ao redor, contudo, o dos filhos de Israel está todo pastando tranquilamente como, se não houvesse nenhuma epidemia. O que impedia a doença de contamina-los também? 

III – JUÍZOS QUE CAUSAM DESOLAÇÃO E MORTE 
O terceiro grupo demonstra mais diretamente a mão poderosa de Deus. A saraiva destrói tanto as pastagens como o gado; os gafanhotos atacam a vegetação que escapara da saraiva; as trevas interrompem toda a atividade na terra do Egito. 
A praga da saraiva abre a sequência de uma terceira série onde todas elas apontam para o céu como o seu lugar de origem, e são tão severas qual nunca houve no Egito. 
Moisés anuncia essa praga e aqueles que no Egito temiam a palavra do Senhor tiveram tempo para retirar o seu gado e servos do campo, mas quem não temeu sofreu as duras consequências. 
A oitava praga é um dos terrores do Oriente, pois depreda as colheitas e consome toda a vegetação, ameaçando o abastecimento de suprimentos no Egito (Sl 105.34, 35), cuja base alimentar constava quase inteiramente de vegetais. 
A esta altura, os conselheiros de Faraó já suplicavam para que ele atendesse às demandas dos mensageiros hebreus, visto que o Egito já estava quase todo arrasado. Contudo, o coração de Faraó estava endurecido. 
A posição que ocupa a praga das trevas – a nona – é bem apropriada, porque mostra o juízo de Deus sobre o deus Sol. Quando o Senhor envia as trevas, isto mostra que quem controla tanto a luz como a escuridão é o Criador delas. 
O Egito foi tomado por trevas tão espessas que os egípcios não podiam se levantar e nem sair de suas casas por três dias – era o deus Rá sendo dominado pelo Deus Todo Poderoso. Enquanto isso, os israelitas tinham luz em todas as suas habitações. 
Esta luz era tão sobrenatural quanto as trevas. Isso é uma importante lição espiritual: a verdadeira luz existe somente em Deus e fora d’Ele tudo o que existe são trevas. Esta era a situação do Egito e é a situação do mundo hoje (Is 8.19-22). 

CONCLUSÃO 
Estas pragas miraculosas foram evidentemente planejadas como instrução para Israel e um alerta para os que não criam em Deus. 
Para estes, embora não servissem ao Deus Verdadeiro, tiveram que reconhecer que Ele é o Todo Poderoso e Senhor absoluto, assim como será no final dos tempos em relação ao Senhor Jesus Cristo. E para aqueles, fortalecimento da fé e também a confirmação de que não há outro como o Senhor. 

PARA USO DO PROFESSOR






AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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