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LIÇÃO 12:
OS VERDADEIROS ADORADORES E A VERDADEIRA ADORAÇÃO
OS VERDADEIROS ADORADORES E A VERDADEIRA ADORAÇÃO
TEXTO ÁUREO:
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão
ao Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo 4.23).
LEITURA BÍBLICA: JOÃO 4.19-26
INTRODUÇÃO
Nesta lição, examinaremos as Sagradas Escrituras a fim de compreendermos a essência da verdadeira adoração que tanto agrada ao Senhor. Enquanto o mundo se divide com múltiplas doutrinas religiosas e diferentes formas de culto a diversos deuses falsos, a Bíblia aponta para uma única e legítima forma de adoração ao único Deus vivo e verdadeiro. Portanto, precisamoscompreender essa verdadeira adoração a fim de agradarmos em tudo ao verdadeiro Deus.
I – O LOCAL IDEAL PARA A ADORAÇÃO (VV. 19-22)
No diálogo travado entre Jesus e a mulher samaritana em Sicar, os segredos da verdadeira adoração são revelados com tremenda profundidade. A mulher samaritana, ao constatar que Jesus era um profeta (na verdade, Ele é muito mais do que profeta), interrogou-O acerca de qual seria o local ideal para se prestar culto ao Senhor. A razão de sua indagação era a antiga divergência existente entre samaritanos e judeus: enquanto os samaritanos ocupavam o território norte de Israel e adoravam no monte de Siquém, a ordem de Deus aos judeus fora construir um templo em Jerusalém, onde todo culto e sacrifício deveria ser realizado segundo os ditames da lei de Moisés.
Com isso, a disputa sobre qual seria o lugar ideal de adoração ao Senhor separou samaritanos e judeus ao longo de séculos. Ainda que a Antiga Aliança apontava para o templo em Jerusalém como o local ideal para se prestar culto ao Senhor, a resposta de Jesus à samaritana nos oferece a revelação da adoração verdadeiramente espiritual agora possibilitada pelo poder do Evangelho.
A adoração espiritual independe do local onde se presta culto ao Senhor, porquanto uma adoração verdadeira depende exclusivamente da cooperação do Espírito Santo no coração humano, ao invés dos aparatos da religiosidade observada na Antiga Aliança. A divergência religiosa entre samaritanos e judeus não se restringia apenas ao local ideal de culto, mas também dizia respeito à interpretação das Sagradas Escrituras. Os samaritanos restringiam-se à tradição dos seus pais e adoravam o que não conheciam; já os judeus, consideravam o Antigo Testamento como um todo, o que, por sua vez, garantia-lhes melhor compreensão do plano divino da salvação do povo de Deus (v. 22). Por isso, Jesus declarou à samaritana a compreensão limitada dos samaritanos no que dizia respeito à salvação. O Mestre também aproveitou o ensejo do assunto para revelar a origem do Messias, pois afirmou que a salvação vinha dos judeus.
Este episódio do ministério de Jesus é extremamente importante para firmar conceitos essenciais para nossa fé hoje. Neste breve diálogo de Jesus com a samaritana, fica clara a divergência inevitável entre a tradição religiosa e a doutrina verdadeiramente bíblica. Da mesma forma, em nossos dias, é muito comum este tipo de divergência entre aqueles que baseiam suas opiniões em meras tradições religiosas e os que baseiam suas opiniões na sã doutrina. Não podemos abrir mão das doutrinas bíblicas para satisfazer ao discurso hipócrita do politicamente correto, nem à demagogia da chamada “tolerância religiosa”. Somos defensores do autêntico Evangelho, e temos de estar dispostos a derramar nosso próprio sangue para defender a verdade (Jo 8.31-32; 2 Co 13.8).
II – A ADORAÇÃO OFERECIDA PELOS VERDADEIROS ADORADORES (V. 23)
A referência ao fato de que “a hora vem”, modificada pela expressão “e agora é”, mostra claramente que é o ministério de Jesus que transformaria radicalmente a adoração. Esta transformação radical se daria com o derramamento do Espírito Santo sobre todos os que cressem no Evangelho. Na Nova Aliança, Ele não fica restrito apenas a alguns profetas, mas está disponível a todos os que creem (Jo 7.38; At 2.39; 5.32; Ef 2.17-18). De posse do Espírito Santo, o crente é apto para oferecer ao Senhor um culto verdadeiramente espiritual, ao invés de apenas palavras vazias (Is 29.13; Rm 12.1, 2). O Senhor está procurando adoradores verdadeiramente espirituais, porquanto somente estes são sinceros e agradáveis a Ele (Rm 8.5-9). Somente homens e mulheres desta qualidade estão qualificados para discernir a vontade de Deus e servi-Lo de forma realmente adequada, porquanto são ajudados pelo Espírito Santo no homem interior (Rm 8.26-27; 1 Co 2.9-16; Ef 3.14-19).
Pessoas carnais serão sempre inclinadas a criar diferentes formas de cultos para diferentes deuses, porque não têm em si o Espírito Santo, para lhes oferecer o discernimento acerca do verdadeiro Deus que criou os céus e a terra. Portanto, precisamos nos firmar absolutamente na sã doutrina para não sermos enganados por falso mestres e falsos profetas, cuja intenção é tão somente desviar os incautos da sã doutrina para que sigam doutrinas de demônios (Ef 4.10-16; 2 Tm 3.1-17; 1 Co 10.14-21).
III – A NATUREZA SUBLIME DE DEUS REQUER UMA ADORAÇÃO SOBRENATURAL (VV. 24-26)
Esta declaração de Jesus é extremamente reveladora e libertadora, pois o Mestre nos oferece a compreensão da essência da verdadeira adoração oferecida a Deus, a saber: uma adoração espiritual compatível com a natureza de Deus. É preciso entender que nossos sentidos naturais (olfato, visão, audição e tato) são limitados para perceberem somente o ambiente material ao nosso redor, logo, são incapazes de perceber a natureza transcendental do nosso Criador. Somado à limitação dos nossos sentidos naturais, temos também o pecado como um tremendo impedimento à nossa adoração (Is 59.1-4). A limitação de sentidos, bem como a depravação moral do ser humano decaído, apontam para sua urgente necessidade de novo nascimento, a fim de que haja reconciliação com Deus e oferecimento de uma verdadeira adoração a Ele (Jo 3.1-8).
É totalmente inútil o homem tentar servir ao seu Criador seguindo seus próprios conceitos religiosos, porquanto o Deus Vivo e Verdadeiro já deixou registrado nas Sagradas Escrituras a Sua vontade, revelada aos profetas e apóstolos pelo Espírito Santo. Por isso Jesus foi categórico ao afirmar: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 7.21). O Filho de Deus veio ao mundo para salvar Seu povo dos seus pecados e, para isso, Ele revelou o Pai por meio de Suas palavras e obras, a fim de garantir a libertação do Seu povo de toda forma de culto religioso que, mesmo nos mais corretos, não passa de sombras da realidade (Jo 1.17-18; 17.1-8).
Não podemos viver uma religiosidade ligada no “piloto automático”, sustentada por uma falsa segurança baseada em falsos pressupostos. Muitas pessoas que professam fé em Jesus Cristo ainda não nasceram verdadeiramente de novo e continuam vazias de Deus e oferecendo um culto destituído de verdadeira espiritualidade. Devemos humildemente fazer um autoexame com base nas verdades apresentadas neste estudo, para nos certificarmos se realmente somos verdadeiros adoradores ou meros religiosos (2 Co 13.5).
CONCLUSÃO
O verdadeiro Deus está à procura de verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade, portanto, devemos nos certificar de que somos os adoradores que Ele está procurando. Somente pelo poder do Espírito Santo habitando em nossos corações é que somos aptos para oferecer ao Senhor o verdadeiro culto que tanto Lhe agrada. Então, sejamos zelosos para conservar nossas vidas cheias do Espírito Santo, a fim de que uma verdadeira adoração seja ofertada ao verdadeiro Deus.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.