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LIÇÃO 11:
A MENSAGEM DE JOÃO BATISTA ÀS FAMÍLIAS
A MENSAGEM DE JOÃO BATISTA ÀS FAMÍLIAS
TEXTO ÁUREO:
Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e
terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais;
para que eu não venha e fira a terra com maldição” (Ml 4.5-6)
LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 6.1-4
INTRODUÇÃO
Nesta lição, examinaremos a última predição do profeta Malaquias acerca da obra de Deus
no meio do Seu povo. O entendimento do teor desta profecia nos auxiliará a compreender a estima
do Senhor por um dos Seus projetos mais maravilhosos: a família. Portanto, estejamos atentos para
absorver ao máximo os princípios abordados neste estudo, a fim de obtermos uma edificação
consistente.
I – JOÃO BATISTA, O ELIAS QUE HAVIA DE VIR (ML 4.5)
Novamente, Malaquias prediz a vinda de um mensageiro incumbido de preparar o caminho
do Senhor. Agora, o profeta dá mais detalhes acerca do ministério deste importante mensageiro.
Primeiramente, ele é descrito como o “profeta Elias”, cuja a vinda precederia o grande e terrível dia
do Senhor. Podemos afirmar categoricamente que este profeta é João Batista, porque o próprio
Jesus Cristo fez esta identificação, a fim de esclarecer Seus discípulos sobre a identidade e
propósito de João (Mt 11.14). A razão pela qual Malaquias utilizou a figura de Elias para descrever a
pessoa de João provavelmente está ligada à similaridade dos ministérios de ambos. As semelhanças
entre Elias e João não se limitaram ao estilo em que se vestiam, porquanto ambos enfrentaram a
dureza do coração dos israelitas e, para isso, foram poderosamente revestidos com o poder de Deus
para conduzirem os israelitas ao arrependimento e à conversão a Deus.
Elias e João Batista foram profetas intensamente consagrados à defesa da causa de Deus na
terra e cumpriram seus ministérios embasados no poder sobrenatural do Espírito Santo (Zc 4.6).
Embora João não tenha clamado para cair fogo dos céus sobre um altar de holocausto, sua
pregação lançava fogo sobre os corações dos seus ouvintes para convencê-los de pecado. Pessoas de
diferentes camadas da sociedade arrependiam-se e batizavam-se nas águas do Jordão, em
testemunho da sinceridade da transformação ocorrida em seus corações pelo poder da mensagem
de João Batista (Lc 3.1-18). Outra similaridade do ministério de ambos os profetas é o fato de não
terem constituído família. A missão deles exigia um compromisso total com a causa de Deus,
portanto, a abstenção do casamento certamente era necessária para lhes conceder maior liberdade
na atuação ministerial (1 Co 7.32-38). Não podemos nos esquecer da maneira como Elias e João
ouviam a voz de Deus e O obedeciam em tudo, independentemente dos custos envolvidos (1 Rs
18.1-2; Jo 1.29-34).
Por certo, a unção e a obediência foram fatores preponderantes para assegurar o êxito
desses profetas de Deus (At 5.29-32). Sem dúvida alguma, Elias e João Batista são modelos de
sucesso ministerial que nos inspiram a sermos cheios do Espírito Santo para obedecermos em tudo
ao Senhor.
II – O ARREPENDIMENTO E A CURA DOS CORAÇÕES FERIDOS (ML 4.6)
No versículo em análise neste tópico, temos a descrição profética de um objetivo específico
do ministério de João Batista: converter os corações dos pais aos filhos e os corações dos filhos aos
pais. Alguém pode achar um tanto estranha esta declaração porque, afinal de contas, o trabalho de
um profeta não deveria ser basicamente o de converter pecadores a Deus? Agora Malaquias diz que
o trabalho de João Batista como profeta envolvia a restauração do relacionamento entre pais e filhos, com o objetivo de preparar o caminho do Messias e livrar a terra de ser ferida com grande
maldição. Outra questão pertinente é a seguinte: como uma mensagem severa de arrependimento
poderia trazer cura para corações feridos e amargurados? Embora as Sagradas Escrituras não
ofereçam um registro específico das mensagens de João Batista proferidas com o propósito de
tratar as relações entre pais e filhos, podemos deduzir pela lógica como a sua mensagem alcançou
esse objetivo. Provavelmente o orgulho religioso vigente na cultura judaica nos dias de João Batista
tornava a relação de pais e filhos um tanto ríspida e opressiva. O excesso de rigor por parte de pais
orgulhosos e hipócritas oprimia e feria os filhos, os quais, por sua vez, não se sujeitavam de bom
grado aos seus pais. Ainda por parte dos pais, não havendo o compromisso de servirem a Deus,
naturalmente davam mau exemplo, não ensinando seus filhos no caminho de Deus (Gn 18.17-19). A
restauração da relação entre pais e filhos torna-se uma realidade somente quando ambos
reconhecem e arrependem-se de seus pecados. Seja o pai, por ser opressor, ou os filhos, por serem
rebeldes e obstinados, o arrependimento é o caminho para cura e restauração. Corações
arrependidos pedem perdão e perdoam, para garantir a paz e a comunhão (Lc 3.7-14).
Podemos ter por certo que muitos pais se voltaram para seus filhos, bem como muitos filhos
se voltaram para seus pais, como efeito da pregação de João Batista. Mas no que esta obra de
restauração afetou os judeus, no tocante à recepção do Messias? A reposta é simples: visto que
Jesus veio trazer a revelação do Senhor como Pai, os jovens daquela geração não poderiam ter em
mente o conceito de um pai hipócrita e carrasco, mas sim de um pai compassivo e misericordioso.
O conceito de um mau pai aqui na terra poderia atrapalhar o vislumbre do Pai celestial como
alguém bom e amoroso de fato. Portanto, o trabalho de João Batista de converter o coração dos
pais aos filhos e dos filhos aos pais foi fundamental para preparar o caminho do Senhor.
III – A MENSAGEM DE JOÃO BATISTA PARA AS FAMÍLIAS CONTEMPORÂNEAS (EF 6.1-4)
Atualmente temos uma grande necessidade de mensagens focadas em produzir
arrependimento, a fim de trazer cura e restauração nos relacionamentos familiares. Embora
vivamos em tempos diferentes daquele do profeta João Batista, os problemas causados pelo
orgulho humano são praticamente os mesmos, especialmente em se tratando de conflitos
familiares. Muitos filhos de cristãos desenvolveram uma verdadeira aversão ao cristianismo, em
função do orgulho e legalismo religioso praticado por seus pais. Nada é mais prejudicial para a
construção da fé em crianças e jovens do que a ausência de verdadeira piedade por parte de pais
que professam a fé em Jesus Cristo (Cl 3.18-22).
A saúde nos relacionamentos familiares é restaurada principalmente pela pregação
comprometida com a fiel exposição das doutrinas bíblicas que glorificam a Deus e forjam um
caráter santo. Existem muitos pais cristãos que precisam humildemente reconhecer os erros
cometidos ao longo do processo educacional de seus filhos, bem como muitos filhos de cristãos que
precisam humildemente reconhecer a rebelião e obstinação de seus corações, para que haja uma
verdadeira restauração dos laços afetivos e da espiritualidade autêntica.
O amor é a essência do Evangelho de Jesus Cristo e, por esta razão, é poderoso para nos
reconciliar eternamente com nosso Pai Celestial e curar nossos relacionamentos feridos, porquanto
aquele que é nascido de Deus não aborrece o seu semelhante (1 Jo 3.14-16; 4.7-12).
CONCLUSÃO
A árdua tarefa do profeta João Batista de converter os israelitas ao Senhor envolvia também
o desafio de converter os corações dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Sua severa mensagem de
arrependimento proporcionou cura e restauração a muitos relacionamentos familiares que se
encontravam destruídos. Da mesma forma, nossa geração precisa ser confrontada, no tocante às
suas falhas no trato familiar, para que o Evangelho resplandeça com máxima intensidade nos
corações de pais e filhos.
PARA USO DO PROFESSOR
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AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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